BREVE HISTÓRICO DO DIREITO DA DA

CRINÇA E DO ADOLESCENTE

Como registra Ariès (1981, p.164), a atenção com a

proteção da criança iniciou-se no século XVII,
anotando que
Tudo o que se refere às crianças e a família torna-
se um assunto sério e digno de atenção. Não
apenas do futuro da criança, mas também sua
simples presença e existência entre dignos de
preocupação – a criança havia assumido um
lugar central na família.
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DA DA CRINÇA E DO ADOLESCENTE

Brasil colônia

O pai resguardavam a máxima autoridade

sobre a família. (AMIN, 2017)
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DADA CRINÇA E DO ADOLESCENTE

Império

De forma ainda bastante embrionária começou

Igreja e o Estado a manifestar preocupação e
interesse com o menor infrator. (AMIN, 2017)
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INFÂNCIA E DA JUVENTUDE

Século XVII

Houve uma atenção especial do Estado para com

as crianças abandonadas por seus familiares nas
portas das igrejas, conventos e residências,
surgindo, a partir daí a Casa dos Expostos, com o
fim de acolher as crianças rejeitadas e
abandonadas. (AMIN, 2017)
 CASA DOS EXPOSTOS

https://gauchazh.clicrbs.com.br/porto-alegre/noticia/2022/10/como-funcionava-a-roda-dos-expostos-onde-quase-3-mil-criancas-foram-
entregues-para-adocao-na-santa-casa-de-porto-alegre-cl97qlwiv00ka013plw6o67l1.html
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CRINÇA E DO ADOLESCENTE

Primeira assistência ao menor

A primeira instituição a se preocupar com a assistência

aos menores foi a Igreja Católica e as irmandades.
(SIMÕES, 2009)
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CRINÇA E DO ADOLESCENTE

Século XVIII e XIX

O interesse pela pesquisa do direito do menor se

deu a partir do século XVIII, sendo que no sec.
XIX começaram a surgir os estudos doutrinários
sobre o discernimento, vindo posteriormente a
influenciar o Direito Penal brasileiro.(ISHIDA,
2018)
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CRINÇA E DO ADOLESCENTE

PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO LEGISLATIVA NO

BRASIL

Lei 4.242/1921, que disciplinou a assistência e

proteção aos infantes abandonados e delinquentes.
Logo em seguida instituíram os decretos de n°
16.272 e 16.273/1923, que criou os Juizados de
Menores. (ISHIDA, 2018)
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CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

PRIMEIRA CÓDIGO

Em 1926 surgiu o Decreto de n° 5.083/1926,

denominado Código de Menores, também
conhecido como Código de Mello Matos, que por
muito tempo usou a expressão menor abandonado
e menor delinquente. (ISHIDA, 2009; VERONESE,
1999)
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CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA

A Declaração dos Direitos da Criança aprovada e

proclamada pela Assembleia Geral das Nações
Unidas em 1959 estabeleceu valores, princípios,
direitos e liberdades à criança, tutelando sua
dignidade como pessoa humana.
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CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

CÓDIGO DE MENORES DE 1979

Em 10 de outubro de1979 surge a lei 6.697, que

instituiu o novo Código de Menores, vindo a invocar
e consolidar a doutrina da situação irregular,
passando a dispor que o “menor de 18 anos de
idade que se encontrava abandonado
materialmente, vítima de maus tratos em perigo
moral, desassistido juridicamente, com desvio de
conduta e ainda o autor de infração penal”
(VERONESE,1999, p. 35)
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CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Veio romper com a doutrina da situação irregular .

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CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Coroando com este novo movimento, a Carta

maior institui em um título próprio a questão da
criança e do adolescente com prioridade absoluta,
sendo dever da família, da sociedade e do estado
garantir os direitos fundamentais da pessoa em
desenvolvimento.(vide art. 227)
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CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

– 1990

A Lei 8.069 de 13 de julho de 1990, denominado

Estatuto da Criança e Adolescente, resultado de
articulação de movimentos sociais e documentos
internacionais aprovados pelo Brasil.
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CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

A DOUTRINA DA PROTEÇÃO INTEGRAL

O Estatuto segue a doutrina da proteção integral,

que encontra fundamento no princípio do melhor
interesse da criança e do adolescente.
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LEI 8.069/90 – ECA

Com o advento da lei 8.069/90, foi abandonado do

termo “menor”, bem como optou-se pela
terminologia estatuto em vez de código, por que
aquele dá ideia de direitos enquanto este tem
sentido de punir.
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CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

TERMINOLOGIA DE ECA E CÓDIGO

Plácido e Silva (2008) explica que: Código traz

consigo a ideia de uma coleção de leis e Estatuto
a de uma lei especial de uma coletividade ou
corporação.
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CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

PRINCIPAIS MUDANÇAS DO C. DE MENORES E

DO ECA

Base da doutrina segundo Yshida (2009):

CM- tutelava do menor, objeto de medidas judiciais

quando se encontra em situação irregular.

ECA- a lei assegura direito de todas as crianças-

proteção integral.
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CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Código de Menores ECA
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CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

PRINCIPAIS MUDANÇAS DO C. DE MENORES E

DO ECA
Concepção política e social

CM- controle social dirigido às vítimas de omissões e

transgressões da família, da sociedade e do
Estado.

ECA- proteção especial àquele considerado

socialmente o mais sensível e em estado de
vulnerabilidade.
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CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
PRINCIPAIS MUDANÇAS DO C. DE MENORES E
DO ECA

Infração
CM – os casos que envolvia infração passava pelo
juiz.

ECA- infrações que impliquem grave ameaça pode

ser beneficiado pela remissão (perdão), forma de
exclusão ou suspensão do processo.
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PRINCIPAIS MUDANÇAS DO C. DE MENORES E

DO ECA
Apreensão

CM – preconiza a prisão cautelar ao menor.

ECA- a apreensão do adolescente apenas em duas

situações: flagrante delito e ordem expressa e
fundamentada pelo juiz.
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CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
PRINCIPAIS MUDANÇAS DO C. DE MENORES E
DO ECA

Internamento

CM- medida aplicada as crianças e adolescentes sem

tempo e condições determinadas.

ECA- medida aplicada apenas ao adolescente autor

de ato infracional grave, obedecidos alguns critérios.
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CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

PRINCIPAIS MUDANÇAS DO C. DE MENORES E

DO ECA

Direito de defesa

CM- tinha seu direito de defesa pelo curador

(promotor público), prevalecendo a vontade estatal.

ECA- garante defesa técnica por profissional

habilitado (advogado)
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CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

PRINCIPAIS MUDANÇAS DO C. DE MENORES E

DO ECA

Crimes e infrações contra a criança e o adolescente

CM- era omisso a esse respeito.

ECA - pune o abuso do poder familiar, das

autoridades e dos responsáveis pelas crianças e
adolescentes.