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PROJETOS DE ESTAÇÕES

DE TRATAMENTO DE
ÁGUA

Prof. Me. Danilo Prado Pires


Introdução
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas):
• NBR 12211: Estudos de Concepção de Sistemas
Públicos de Abastecimento de Água;
• NBR 12212: Projeto de poço tubular para captação
de água subterrânea;
• NBR 12213: Projeto de captação de superfície para
abastecimento público;
• NBR 12215-1: Projeto de adutora de água Parte 1:
Conduto Forçado;
• NBR 12216: Projeto de estação de tratamento de
água para abastecimento público;

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Captação

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Captação
É o conjunto de estruturas e dispositivos, construídos ou montados junto a um manancial, para a retirada de água destinada a um sistema
de abastecimento.
• Superficiais: Arroios, Rios, Lagos, Represas
• Subterrâneas: Aquíferos freático e artesiano

5% da água doce
existente no globo
terrestre encontram-se
disponíveis
superficialmente

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Captação
Fontes de água para abastecimento
• Nem toda água armazenada no subsolo pode ser retirada em condições
economicamente viáveis, principalmente a localizada em profundidades excessivas e
confinada entre formações rochosas.
• Quanto a sua dinâmica de deslocamento as águas superficiais são frequentemente
renovadas em sua massa enquanto que as subterrâneas podem ter séculos de
acumulação em seu aquífero, pois sua renovação é muito mais lenta pelas dificuldades
óbvias, principalmente nas camadas mais profundas.

As obras de captação devem ser projetadas e construídas para:


• Funcionar ininterruptamente em qualquer época do ano;
• Permitir a retirada de água para o sistema de abastecimento em quantidade suficiente e
com a melhor qualidade possível;
• Facilitar o acesso para a operação e manutenção do sistema
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Captação
CARACTERÍSTICAS QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS DO MANANCIAL
• Coleta e análise de dados hidrológicos(série histórica).
• Vazões de cheia e de estiagem, precipitação, evaporação.
• Coleta e análise de dados geológicos e geotécnicos. Quantitativo
• Levantamento topográfico.
• Levantamentos batimétricos.
• Amostragem e análise físico química e microbiológica da água.

Qualitativo
Qualidade futurada água x Uso da bacia hidrográfica.

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Captação

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Captação
Medidas de controle
• Caráter corretivo → medidas que tem como objetivo corrigir uma situação existente
para melhorar a qualidade das águas.
• Caráter preventivo → medidas que evitam ou minimizam a degradação na qualidade
das águas.

corretiva

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Medidas de controle

Preventivo

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Captação
Águas subterrâneas:
• Aquífero freático: superfície livre e camada impermeável inferior (poços rasos);
• Aquífero artesiano: confinado entre as camadas impermeáveis (poços profundos,
jorrantes/surgentes ou não).

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Águas subterrâneas:
• APLICABILIDADE
1. SAA’s localizados de menor porte, com vazões limitadas.
2. Múltiplas captações SAA’s de maior porte.
3. Cotejamento técnico econômico favorável x água superficial.
4. Manancial mais protegido →melhor qualidade de água

• PRECAUÇÕES / RESTRIÇÕES
1. Exploração intensiva águas subterrâneas: intrusão salina
2. Infiltração e percolação de efluentes de fossas e sumidouros,
chorume, resíduos industriais, fertilizantes e pesticidas

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Águas subterrâneas:
• Tipos de Aquífero:

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Captação
Águas subterrâneas:
• Contaminação:

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Captação
Águas subterrâneas:
• Contaminação:

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Seleção do manancial:
• Características da unidade
• Manancial de abastecimento: rio, lago, reservatório.
• Unidade de funcionamento constante.
• Assegurar condições operacionais em qualquer período do ano.
• Dispositivos componentes:
• Barragens ou vertedores →reservatórios de nível ou de acumulação.
• Dispositivos de controle e operação.
• Gradeamento e Caixa de Areia
• Interligação → canal ou tubo.

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Captação
Partes constituintes de uma captação:
• Barragem, vertedor ou enrocamento (para
regularização de vazões ou elevação do
nível da água);
• Tomada de água;
• Gradeamento;
• Desarenador;
• Dispositivos de controle (comportas);
• Canais e tubulações.

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Captação
Partes constituintes de uma captação:

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Captação
Tomada de água: Conjunto de dispositivos destinado a conduzir água do manancial para as demais partes constituintes do sistema de
captação.
• Principais cuidados:
1. Velocidade nas tubulações/canais maior que 0,60m/s.
2. Prever dispositivos antivórtice.

• Tomada de água com grande variação do nível d’água:


1. Torre de tomada;
2. Captação flutuante.

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Captação
Tomada de água

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Captação
GRADEAMENTO:
• Grades:
1. Constituídas de barras paralelas:
2. Impedem a passagem de materiais grosseiros flutuantes e em
suspensão;
3. Grade grossa: espaçamento entre as barras de 7,5 a 15cm
4. Grade fina: espaçamento entre as barras de 2 a 4 cm

• Telas:
1. Constituídas de fios que formam malhas, de 8 a 16 fios por
decímetro
2. Retém materiais flutuantes não retidos pelas grades

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DESARENAÇÃO
• Remoção de sólidos minerais pesados.

Considerações:

Coeficiente de segurança: Lproj = Lteórico*1,5

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CAPTAÇÃO EM CURSOS D’ÁGUA
• Avaliação caso a caso
• Diversas variações no projeto;
• Nem sempre há necessidade do desarenador;
• A tomada de água pode ser feita com canais (condutos
livres) ou tubulação (condutos forçados);
• Na elevatória, as bombas podem ser afogadas ou não;
• Na elevatória as bombas podem ter eixo horizontal ou
vertical.

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Captação
CAPTAÇÃO EM REPRESAS:

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Captação
CAPTAÇÃO EM REPRESAS:

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Exemplo
Calcular as dimensões da caixa de areia com os seguintes
dados:
• Vazão do projeto:
 Etapa: 350L/s
 Etapa: 490L/s
• Características das partículas a serem removidas:
 Diâmetro médio ≥ 0,2 mm
 Velocidade de sedimentação ≤ 0,021 m/s

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Referências Bibliográficas
 ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT.NBR 12211: estudos de concepção de sistemas públicos de
abastecimento de água – Procedimento. Rio de Janeiro: 1992.
 ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.ABNT.NBR 12217: projeto de reservatório de distribuição de água para
abastecimento público – Procedimento. Rio de Janeiro, ABNT, 1994.
 ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.ABNT.NBR 12218: projeto de rede de distribuição de água para
abastecimento público – Procedimento. Rio de Janeiro, ABNT, 2017.
 AZEVEDO NETTO, J.M. Manual de Hidráulica. 9. ed., Editora Edgard Blücher, 2015, São Paulo- SP.
 BRASIL. FUNASA. Manual de saneamento. 3ª ed. Brasília: FUNASA, 2006.
 HELLER, L.; PÁDUA, V. L. de. Abastecimento de água para consumo humano. 2. ed., rev. e atual. Belo Horizonte, MG:
Editora UFMG, 2010.
 LIBÂNIO, M. Fundamentos de qualidade e tratamento de água. 4ª ed. Campinas: Editora Átomo, 2016.
 TOMAZ, P. Rede de Água. Navegar editora. São Paulo, 2011
 TSUTIYA, M.Abastecimento de água. 3ª. ed., 643p. São Paulo : USP. 2006.

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