Você está na página 1de 12

CAP.

9 – AMÉRICA PORTUGUESA:
COLONIZAÇÃO – parte 3
Prof. PEDRÉ VERAS
História

7º ano
O GOVERNO-
 Diante do fracasso da maioria GERAL
das capitanias, o rei
de Portugal decidiu centralizar a administração,
criando, em 1548, o Governo- Geral.

 Parte do poder dos donatários passava para o


governador-geral.

 Os governadores eram, geralmente, homens que


tinham prestado serviços ao Império Português na
África ou no Oriente, ou eram parentes de pessoas
influentes.

 Assim, formaram-se pouco a pouco no interior do


Império Português redes de poder baseadas no
favor, no parentesco e em interesses particulares.
O GOVERNO-
GERAL
 Em março de 1549, chegou à Bahia o
primeiro governador-geral, Tomé de
Sousa, acompanhado de três auxiliares:

• o capitão-mor, que cuidava da defesa;


• o ouvidor-mor, encarregado da justiça; e
• o provedor-mor, responsável
pelas finanças.

 Com ele vieram também funcionários,


carpinteiros, soldados e jesuítas, religiosos
chefiados pelo padre Manoel da Nóbrega.
O GOVERNO-
GERAL
 Tão logo chegaram, os portugueses guerrearam contra
os indígenas que resistiam à ocupação portuguesa.

 Após vencê-los, apossaram-se de suas terras e nelas


construíram e fundaram, naquele mesmo ano, a
cidade de Sã o Salvador, primeira capital do Brasil.

 As primeiras casas da cidade eram todas muito


simples. Essas casas e os armazéns ficavam na parte
baixa da cidade, chamada hoje de Comércio.

 A casa do governador e a casa da Câmara Municipal


ficavam na parte alta, onde estão hoje a Praça
Municipal, a Igreja de Nossa Senhora da Ajuda e o
Terreiro de Jesus.
O GOVERNO-
 Duarte da Costa (1553-1558),
GERAL
o segundo
governador, também veio acompanhado de vários
colonos e de jesuítas.

 Entre eles estava o padre José de Anchieta, que


fundou no planalto de Piratininga, em 1554, o
Colégio de São Paulo, origem da vila e, depois,
cidade de São Paulo.
Acima, maquete
representando a Vila de São
 Enquanto isso, D. Álvaro da Costa, filho do Paulo na época de sua
governador, liderava uma guerra contra os fundação. Abaixo, vista do
Pátio do Colégio, em São
tupinambás no litoral baiano. Paulo; nesse local foi erguida a
primeira construção da atual
 Conhecida como Guerra de Itapuã, essa luta cidade de São Paulo. Foto de
foi vencida pelos portugueses, que tomaram 2015. O Pátio do Colégio abriga
hoje um museu, uma igreja, uma
terras dos nativos e as usaram para erguer biblioteca temática e importantes
engenhos. projetos sociais.
O GOVERNO-
O governador Duarte da Costa deu poucaGERAL
atenção às capitanias ao sul, e os franceses se aproveitaram disso
para invadir a
Baía de Guanabara, onde fundaram uma colônia comercial chamada França Antártica (1555). Lá, com a ajuda de
tupinambás, inimigos dos portugueses, conseguiram permanecer por doze anos.

Baía de Guanabara no final do


século XVI. No centro, à
esquerda, a recém-criada
cidade de São Sebastião do
Rio de Janeiro. Biblioteca da
Ajuda, Lisboa.
O GOVERNO-
 Mem de Sá (1558-1572), o GERAL
terceiro governador,
também guerreou contra grupos indígenas que resistiam
aos portugueses.

 E, por meiodessas guerras, conseguiu terra e


escravos para os engenhos.

 Além disso, Mem de Sá combateu os franceses que


haviam fundado uma colônia comercial na Baía de
Guanabara.

 Durante esse combate, Estácio de Sá, o sobrinho de


Mem de Sá, mandou erguer um forte no local, que deu
origem à cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro
(1565).

 Dois anos depois os franceses foram expulsos dali.


O GOVERNO-
 Em 1621, com o
GERAL
de
objetivo a defesa e o controle do
melhorar
território, a monarquia portuguesa
dividiu o território colonial em duas
áreas administrativas:

 Estado do Maranhão, com capital


em São Luís (que, em 1751, passaria a
se chamar Estado do Grão-Pará e
Maranhão, com capital em Belém), e
Estado do Brasil, com capital em
Salvador.
AS CÂMARAS
MUNICIPAIS
 Com o avanço da colonização na América portuguesa,
o rei de Portugal criou as Câmaras Municipais, órgãos
encarregados de administrar as vilas e cidades
brasileiras.

 Os vereadores das câmaras eram eleitos entre os


“homens bons”, isto é, pessoas com riqueza e
prestígio social, a exemplo dos grandes proprietários de
terra e dos grandes comerciantes.

 Pesquisas recentes demonstram que era isso que


acontecia nas Câmaras Municipais de Salvador, do
Rio de Janeiro e de São Paulo.
Prédio onde funcionava
 Para ser vereador não bastava riqueza ou prestígio; era a Câmara Municipal de
preciso ter “pureza de sangue”: não eram aceitos Diamantina (MG). Hoje é
descendentes de negros nem de judeus. sede do fórum da
cidade.
Fotografia de 2014.
AS CÂMARAS
M UNICIPAIS
Reunidos nas Câmaras, os “homens bons” decidiam, entre outras coisas:

a) a realização de obras públicas (calçadas,


estradas e pontes);

b) alguns impostos, a exemplo dos que eram


pagos pelos vendedores ambulantes;

c) a conservação, limpeza e arborização das


ruas;

d) os salários pagos a trabalhadores livres;

e) o abastecimento de gêneros da terra,


como farinha de mandioca.
AS CÂM ARAS
M UNICIPAIS
 Se por um lado os vereadores dessas câmaras
representavam os interesses do rei de Portugal
e tinham de cumprir suas ordens, por outro,
enquanto habitantes da Colônia, tinham
interesses próprios que divergiam dos do rei.

 Eram comuns, por exemplo, as divergências


em torno do preço do açúcar: os senhores do
engenho pediam um preço maior do que aquele
que os comerciantes portugueses queriam
pagar.

 Quando isso acontecia, os vereadores das


câmaras escreviam para o governador pedindo
que ele os ajudasse junto ao rei.

Você também pode gostar