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SOBRE O AUTOR:
Durval Muniz de Albuquerque Júnior
SOBRE O LIVRO:
- 5 edições;
GEOGRAFIA EM RUINAS
“ O Nordeste é filho da ruína da antiga geografia do país, segmentada entre “Norte” e “Sul”.
“ O espaço “natural” do antigo Norte cedera lugar a um espaço artificial, a uma nova
região, o Nordeste, já prenunciada nos engenhos mecânicos ciclópicos usados nas obras
contra as secas, no final da década anterior”. (referindo-se a “grande Seca”)
LINHAS TELEGRÁFICAS
CANAVIAIS E ALGODOAIS FIOS DE TELEFONE
VIAS FÉRREAS
A INVENÇÃO DO NORDESTE E OUTRAS ARTES
I PARTE
GEOGRAFIA EM RUINAS
GEOGRAFIA EM RUINAS
GEOGRAFIA EM RUINAS
GEOGRAFIA EM RUINAS
O olhar regionalista
1920 – emergência de um novo regionalismo – “ não mais aquele difuso e provinciano
do século XIX e início do século XX, mas um regionalismo que reflete as diferentes
formas de se perceber e representar o espaço nas diversas áreas do país”.
Crise nos estados do antigo Norte, consequentes da sua dependência econômica, sua
submissão política em relação às outras áreas do país, do seu problema de adoção de
uma tecnologia mais avançada e de assegurar mão de obra suficiente para suas
atividades.
GEOGRAFIA EM RUINAS
Os sertões- Euclides da Cunha -1906
“ O tapete de cordas duras e agressivas impedia que seja
real o contato entre a criatura e a terra”
Nordeste visível
x Nordeste dizível
A INVENÇÃO DO NORDESTE E OUTRAS ARTES
I PARTE
GEOGRAFIA EM RUINAS
O olhar regionalista
“Impressões do Nordeste” “Impressões de São Paulo”
x
- Regionalismo de Inferioridade; - Berço de uma nação civilizada;progressista;
GEOGRAFIA EM RUINAS
O Brasil Pitoresco – Cornélio Pires
GEOGRAFIA EM RUINAS
O turista Aprendiz – Mário de Andrade*
O autor se coloca no lugar de aprendiz, e não de
distanciamento;
Nordeste visível
x Nordeste dizível
GEOGRAFIA EM RUINAS
O novo regionalismo
Escolha dos “temas” do nordeste inventado:
Cangaço;
Messianismo;
Coronelismo;
A INVENÇÃO DO NORDESTE E OUTRAS ARTES
I PARTE
A literatura Regionalista
A brasilidade afirmada por meio de diversidade, pela manutenção das diferenças
peculiares de tipos e personagens; paisagens sociais e históricas de cada área do país,
reduzindo a nação a um simples somatório dessas especialidades literárias diversas.
Para Nina Rodrigues, por que: no Norte havia presença do mestiço indolente, inerte,
(...) e pela predominância do branco, empreendedor, dominador, na área do Sul.
Para Oliveira Vianna: “ o destino do Norte era ficar cada vez mais subordinado à
influencia do Sul” –movimentos migratórios tem influencia direta na formação dos
estereótipos.
A INVENÇÃO DO NORDESTE E OUTRAS ARTES
I PARTE
Para Lourenço Filho ( O Estado de São Paulo): “esses fenômenos (da seca) se explicam
pela “violência e fanatismo natural das populações do Norte”.
A INVENÇÃO DO NORDESTE E OUTRAS ARTES
I PARTE
“ um recuo no tempo para os olhos de um filho do Sul, a vida parece desandar, girar ao
inverso, vinte anos menos em cada dia de viagem...Povo, hábitos, manifestações
estéticas e religiosas, ideias e preconceitos, tudo soa no vazio indefiníveis de alongado
pretérito(...)”
A INVENÇÃO DO NORDESTE E OUTRAS ARTES
II PARTE
ESPAÇOS DA SAUDADE
ESPAÇOS DA SAUDADE
Existe uma realidade de vidas, histórias, práticas e costumes no que hoje entendemos como
Nordeste.
A origem do Nordeste portanto, está longe de ser um processo linear, em que a identidade
está desde o começo assegurada e preservada.
Toda a pesquisa em torno do Nordeste está ligado a localizar esses elementos garantidores da
identidade, da semelhança, da homogeneidade do espaço...
ESPAÇOS DA SAUDADE
Nordeste nasce de um reconhecimento da derrota, espaço subalterno na rede de poderes,
por aqueles que já não podem aspirar ao domínio do espaço nacional.
1- Combate às secas;
ESPAÇOS DA SAUDADE
Imprimindo a Região
Freyre aponta em 1925 a seca de meio século atrás como sendo fator determinante ao
Nordeste;
Jorge de Lima
Luiz Gonzaça
Ariano Suassuna
“um espaço onde não existem limites entre o imagínário e o real (...)”
Para Freyre, havia características gerais nos povos que nasciam das interações entre
raça e ambiente, que se não eram determinantes como dados naturais, eram indicadores de
relações sociais e culturais.
A cidade é mostrada como um lugar de libertinagem, de rompimento com os padrões
morais, de importação de costumes artificais, desnacionalizadores e corrompedores dos
códigos tradicionais tidos como brasileiros.
A família tem um papel civilizador, foi ela uma instituição predominantemente de
poder e influencia econômica, politica e moral em nossa formação.
A INVENÇÃO DO NORDESTE E OUTRAS ARTES
II PARTE
O nordeste é uma invenção não apenas nordista, mas, em grande parte, uma invenção
do Sul, de seus intelectuais que disputam com os intelectuais nordistas e hegemonias no
interior do discurso histórico e sociológico.
Partes das impressões sobre o Nordeste, eram publicadas por escritores e pensadores
que não eram “nativos”.
A INVENÇÃO DO NORDESTE E OUTRAS ARTES
II PARTE
Páginas do Nordeste
Páginas do Nordeste
“A língua do Nordeste” – Mário Marroquim , traz as diferentes formas de falar “do Nordeste”
(sotaques e dialetos);
O sertanejo como figura principal, considerado um ser superior por não ter sangue preto. O
“tipo regional”.
Rachel de Queiroz
Imagem idealizada do homem do sertão, o mito do sertanejo, fala das transformações sociais
causadas pelo capitalismo
A INVENÇÃO DO NORDESTE E OUTRAS ARTES
II PARTE
A música do Nordeste
Cenas de Nordeste
A INVENÇÃO DO NORDESTE E OUTRAS ARTES
III PARTE
TERRITÓRIO DA REVOLTA
A Inversão do Nordeste
O Nordeste agora visto como um lugar de utopia, de “um novo amanhã”, como um território
de revolta contra a miséria e as injustiças.
TERRITÓRIO DA REVOLTA
Jorge Amado
Sua obra surge ligada à problemática da identidade nacional e cultural do país, sobre a
questão da raça, da formação do nosso povo, da relação entre a nação e o capital estrangeiro.
Graciliano Ramos
TERRITÓRIO DA REVOLTA
Quadros de Miséria e dor – A morte de Alexandrina - Carybé
A INVENÇÃO DO NORDESTE E OUTRAS ARTES
III PARTE
TERRITÓRIO DA REVOLTA
Quadros de Miséria e dor – Os Retirantes - Portinari
A INVENÇÃO DO NORDESTE E OUTRAS ARTES
III PARTE
TERRITÓRIO DA REVOLTA
Novos Planos do Olhar – O canto do Mar
A INVENÇÃO DO NORDESTE E OUTRAS ARTES
III PARTE
TERRITÓRIO DA REVOLTA
Novos Planos do Olhar – O cangaceiro
A INVENÇÃO DO NORDESTE E OUTRAS ARTES
III PARTE
TERRITÓRIO DA REVOLTA
A estética da Fome – Vidas Secas
A INVENÇÃO DO NORDESTE E OUTRAS ARTES
III PARTE
TERRITÓRIO DA REVOLTA
A estética da Fome – Barravento
A INVENÇÃO DO NORDESTE E OUTRAS ARTES
III PARTE
TERRITÓRIO DA REVOLTA
A estética da Fome – Deus e o Diabo na Terra do Sol
A INVENÇÃO DO NORDESTE E OUTRAS ARTES
CONCLUSÕES
Nordeste não existe antes de determinado período histórico;