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SOBRE O AUTOR:
João Alves Filho
SOBRE O LIVRO:
“Sem exageros, pode-se-ia afirmar que o São Francisco é o coração da região nordestina e
que, se circunstancialmente parasse de pulsar, com ele também feneceria literalmente, em
termos de habitabilidade, parte considerável da sua região ribeirinha, que cruza quatro
estados nordestinos e o Norte mineiro, além de implicar a plena inviabilidade econômica
também dos outros cinco não banhados pelo rio”
TODA A VERDADE SOBRE A TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
I PARTE II PARTE
“ Deveríamos, aprender as técnicas de se conviver com elas, quando se verá que nossa
região seca é viabilíssima, como tenho procurado demonstrar em inúmeras palestras,
debates, incontáveis artigos e em vários livros escritos sobre o tema.”
TODA A VERDADE SOBRE A TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
I PARTE II PARTE
“ O segundo fato é que com sua conclusão, a chamada industria da seca, com seus famigerados
carros-pipas e latas d’água na cabeça, na maioria, continuaria vigente nos estados receptores, pois a
maioria da água aduzida seria destinada à irrigação”
“ o fato de esconder da população que existem projetos alternativos que através de obras
relativamente simples – daí a aversão a elas por parte dos grandes empreiteiros e seus apaniguados
– são capazes de levar água a praticamente 100% das casas de todos os dez estados do semiárido,
por menos da metade dos custos da transposição
TODA A VERDADE SOBRE A TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
I PARTE II PARTE
“ Quanto ao modus faciendi da indústria da seca, é simples: o chefe político- ou o prefeito e seus vereadores- controla a
distribuição da água retirada dos açudes através dos caminhões que a transportam regularmente, conhecidos como “carros-
pipas”, e que, naturalmente, a levam principalmente -e, às vezes, de forma exclusiva- às propriedades rurais dos seus eleitores.
Na sede dos povoados, o ritual se repete na distribuição da água às mulheres, que entram na longa fila para ter direito a
encher sua lata d’água na torneira do carro-pipa- parado, normalmente, no meio de uma praça- para, depois de cheia, leva-la
na cabeça para casa. Sem contar os latifundiários, em cujas terras, usualmente, foram construídos os açudes.”
TODA A VERDADE SOBRE A TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
I PARTE II PARTE
“a primeira é que a região doadora tenha comprovado o excesso de água, além de solos imprestáveis para a
irrigação; a segunda é que a região receptora seja absolutamente desprovida de água, nem nela existam
alternativas locais para viabilizá-la e, finalmente, solos extremamente melhores do que aqueles da região
doadora, quanto a irrigação”
TODA A VERDADE SOBRE A TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
I PARTE II PARTE
“ Nas exposições do projeto, as equipes do governo, nas suas discussões estólidas, não pronunciam
uma s[o palavra sobre as grandes reservas aquíferas subterrâneas. Desconhecem o enorme superávit
hídrico desta região, logo o semiárido, que é “uma ilha cercada de água doce por todos os lados”.
TODA A VERDADE SOBRE A TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
I PARTE II PARTE
“Na Paraíba, as formações costeiras são extensas e podem fornecer mais de 20m³/s, água de excelente
qualidade, sobejamente suficiente para abastecer a Paraíba inteira, nos seus mais diversos usos.”
“ Essa revitalização é uma obra para ser imitada no mundo inteiro por que as bacias hidrográficas
tem tudo em comum. As águas, o solo, o ar, os minerais, as chuvas, o sol, a vegetação, a ictiofauna
e as populações que vivem a vida do rio”
TODA A VERDADE SOBRE A TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
I PARTE II PARTE
1- reunir, ordenar, analisar e atualizar todo o acervo existente de estudos, projetos e programas elaborados para a Bacia
por todas as unidades governamentais;
2- Recuperar e ampliar toda a rede hidrométrica do rio e dos seus afluentes, fluviometria, pluviometria, insolação,
temperatura e evaporação;
3- Sedimetologia. Instalar postos sedimentológicos para medir as concentrações de material sólido em todo o sistema
aquático, diagnosticando os processos de erosão e assoreamento;
4- Reflorestar com silvicultura regional e essências nativas, toda a bacia hidrográfica, a partir das microbacias, dos
afluentes secundários, dos afluentes primários, até a calha principal do rio;
5- Restaurar todas as lagoas marginais ganglionares na calha principal e nos tributários, útero larval e ictiofauna;
6- Construir parques de recreação para a população ribeirinha;
7- Executar programas de saneamento básico em cerca de 500 cidades e 800 povoados existentes no vale;
8- Executar um grandioso programa de despoluição do rio principal e de todos os seus afluentes;
TODA A VERDADE SOBRE A TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
I PARTE II PARTE
“ A transposição do Rio São Francisco pela sua importância e elevado custo financeiro e social, tem uma conotação
muito maior do que apenas uma megaobra de engenharia. O próprio governo a vende como um programa de
desenvolvimento de grande vulto para o Nordeste, a importância da obra para a região torna-se uma questão preliminar
a ser respondida, que deveria, até mesmo, anteceder a questão ambiental do São Francisco. Então, vamos tentar
responder algumas perguntas que estão diretamente associadas com essa problemática”
TODA A VERDADE SOBRE A TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
I PARTE II PARTE
“Em termos de justiça social, pode-se assegurar que o projeto não se destina a atender as populações rurais dispesas
que realmente sofrem com o drama da seca. Para essas, o projeto oferece, no máximo, a instalação de chafarizes ao
longo dos canais. Significa dizer que as cenas das latas d’água na cabeça e dos carros-pipas vão continuar”
“Menos de 4% da vazão média dos canais da transposição serão destinados ao uso ao longo das margens dos canais, de
acordo com documento enviado ao MI à Agencia Nacional de Águas. Significa idzer que esta é a quantidade que será
efetivamente destinada ao uso da população rural do semiárido e demonstra que o real destino das águas são os açudes
próximos ao litoral”
TODA A VERDADE SOBRE A TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
I PARTE II PARTE
“Do ponto de vista ambiental, são ecossistemas integrados, construindo a magnifica bacia do Rio São Francisco, todavia,
do ponto de vista econômico, é preciso analisar criteriosamente toda essa integridade”
“A efetivação de um projeto como o de transposição das aguas do Rio São Francisco é muito mais complexa do que se
informa, justamente porque dentro da federação brasileira se faz necessário o respeito ao pacto federativo, e no caso
específico da bacia do Velho Chico, existe a integração das bacias estaduais com a federal “
Uma obra dessa magnitude, à Transposição do Rio São Francisco, precisa estar contextualizada, no mínomo, nos
seguintes aspectos: aprovação pelo comitê da Bacia Hidrográfica doadora, no caso o comitê da Bacia Hidrográfica do
Rio São Francisco – CBHSF; Que a bacia doadora tenha excedente de água; Que a Bacia receptora tenha comprovada
escassez de agua e tem alternativas internas para abastecimento humano e dessedentação animal; Caso a
transferência de aguas seja para fins econômicos que: a bacia doadora tenha atendido todo o seu potencial
econômico; a bacia hidrográfica receptora tenha o uso econômico da agua mais vantajoso que na bacia doadora”
TODA A VERDADE SOBRE A TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
I PARTE II PARTE
“ A transferência de aguas entre bacias hidrográficas tem sido utilizada pela humanidade desde o século XV. Mais
recentemente, com o desenvolvimento da engenharia e o aumento de necessidades hídricas surgidas com o forte
crescimento populacional em vários pontos do planeta, propostas de transposição tem sido efetivadas e discutidas”
TODA A VERDADE SOBRE A TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
I PARTE II PARTE
“A conclusão das inúmeras obras de infraestrutura hídrica de abastecimento, reservação e irrigação (140
mil hectares na bacia do Rio São Francisco e 180 mil hectares no Nordeste Sententrional) paralisadas em
todo semiárido;
Falta água nos estados do Nordeste Setentrional, alvos prioritários do projeto de transposição
do São Francisco?
NÃO. De fato, muito pelo contrário, há excesso de água. Smente no século XX foram construídos 70 açudes na
região. O vlume total armazenado é de 37 bilhões de metros cúbicos
TODA A VERDADE SOBRE A TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
I PARTE II PARTE
NÃO. Além de se destinar ao uso econômico, a transposição não resolve o problema do desabastecimento
humano e animal.
TODA A VERDADE SOBRE A TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
I PARTE II PARTE
NÃO. Ele não estudou adequadamente o estado de Minas Gerais, onde estão sete grandes afluentes do Rio São
Francisco, tanto que o estado de Minas ajuizou uma açã pública
TODA A VERDADE SOBRE A TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
I PARTE II PARTE
As bacias receptoras estão degradadas, como identificado numa auditoria do Tribunal de Contas da União.
TODA A VERDADE SOBRE A TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
I PARTE II PARTE
“ O diagnostico contido no Plano Decenal de Recursos Hídricos da Bacia do São Francisco, aprovado em outubro de
2004 pelo Comitê da Bacia Hidrográfica, demonstra alto grau de degradação ambiental decorrente de intervenções
(...)”