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Métodos para o estudo

do interior da Geosfera
Investigação do interior da Terra

?
Métodos Métodos
Diretos Indiretos

Recolha e Dados
análise de obtidos
materiais através de
na estudos
superfície científicos,
terrestre. envolvendo
aparelhos e
técnicas
sofisticadas.
Métodos para o estudo do interior da Geosfera

Métodos Diretos
Observação da
superfície Exploração de Perfurações na
terrestre visível jazigos minerais crusta terrestre:
em minas sondagens e furos
Rochas e
minerais

Materiais emitidos da atividade


vulcânica (lava, gases e piroclastos)
MÉTODOS DIRETOS
Investigações diretas na superfície terrestre acessível
ao Homem.

Afloramentos rochosos Fósseis


MÉTODOS DIRETOS
Exploração de jazigos minerais (minas e escavações).
MÉTODOS DIRETOS
Sondagens (abertura de furos, com sondas, de diâmetro variável).

Tarolos (ou carotes) Sondagem numa


de sondagem plataforma petrolífera
MÉTODOS DIRETOS
Furos ultraprofundos (ultrapassam os 1700m de profundidade).
MÉTODOS DIRETOS
Estudo das características da lava e dos materiais
expelidos através de erupções vulcânicas.

Os produtos vulcânicos fornecem


dados acerca da temperatura, da
pressão e da composição química
do manto superior (> 100km).
MÉTODOS DIRETOS

Os dados fornecidos pelos métodos diretos correspondem a


± 0,18% do valor do raio terrestre!
Métodos para o estudo do interior da Geosfera

Métodos Indiretos

Dados de Astrogeologia Métodos Geofísicos

Planetas Rochas e imagens de - Gravimetria


outros corpos celestes - Geomagnetismo
- Geotermia
Meteoritos - Sismologia

Permitem obter informações do interior da Terra


1. GRAVIMETRIA
Ramo da geofísica que estuda a intensidade da
gravidade e a sua distribuição à superfície da Terra.

Métodos indiretos para o estudo do interior da Geosfera


FATORES QUE INFLUENCIAM A
VARIAÇÃO DA GRAVIDADE
A atração gravítica varia de zona
para zona, de acordo com:
- a latitude (mínima no Equador);
- a altitude;
- os acidentes topográficos e a
densidade das rochas.

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DENSIDADE

 O valor da gravidade
é maior no local onde
existem rochas de
maior densidade

Maior atração
gravitacional
ANOMALIAS
d = 2,3 g.cm-3
GRAVIMÉTRICAS
d = 2.5 g.cm-3
ANOMALIA GRAVIMÉTRICA

É a diferença entre os valores da gravidade


medidos (com o gravímetro), depois de corrigido (g),
e os valores teoricamente calculados para um
mesmo local da Terra (gc).

Por convenção, considera-se que o nível


médio das águas do mar corresponde ao
valor de gravidade zero.

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ANOMALIAS GRAVIMÉTRICAS

Anomalias gravimétricas acima e


abaixo de zero são respetiva-
mente positivas ou negativas.
ANOMALIAS GRAVIMÉTRICAS

d= 2.1 g.cm-3 d = 2.1 g.cm-3


d= 2.3 g.cm-3 d= 2.3 g.cm-3
Minério
d= 2.4 g.cm-3 d= 2.4 g.cm-3
Domo salino metálico

d=1.9 g.cm-3 d=2.6 g.cm-3

anomalia gravimétrica negativa: anomalia gravimétrica positiva:


g (real) < g (teórico) g (real)  g (teórico)
ANOMALIAS GRAVIMÉTRICAS

Menor densidade

ANOMALIA GRAVIMÉTRICA NEGATIVA


O valor da gravidade ao nível do doma de sal-gema é
mais baixo que o normal.
ANOMALIAS GRAVIMÉTRICAS

Maior densidade

ANOMALIA GRAVIMÉTRICA POSITIVA


O valor da gravidade acima da intrusão magmática é
mais alto que o normal.
ANOMALIAS GRAVIMÉTRICAS

As anomalias podem ser


compensadas por
ajustamentos isostáticos:
a crusta continental por ser Crusta oceânica Crusta continental

menos densa do que a crusta


oceânica, como compensação
possui, uma maior espessura.
2. GEOMAGNETISMO

Núcleo
externo

Permite a
manutenção da
vida (barreira
Campo magnético terrestre protetora das
radiações nocivas).

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PALEOMAGNETISMO
 Estudo do registo do campo magnético terrestre, nas
rochas basálticas dos fundos oceânicos, no
momento da consolidação dos minerais
ferromagnesianos.

Fornece inúmeras informações sobre o passado da Terra.


PALEOMAGNETISMO
 Quando consolidam, as rochas basálticas ficam
magnetizadas: registam paralelamente a polaridade do
campo magnético terrestre desse momento.
Minerais de olivina
ao microscópio

Basalto
Olivina
 Conservam o magnetismo do momento da sua formação,
fornecendo informações do passado.
PALEOMAGNETISMO
PALEOMAGNETISMO
 Regista informações da polaridade do campo magnético
terrestre;
 Apoia a hipótese da deriva continental e permite comprovar
a hipótese da expansão dos fundos oceânicos, a partir do
rifte;
 Permite tirar ilações sobre a posição dos continentes
relativamente aos pólos magnéticos;
 Permite determinar a latitude geográfica que a rocha em
estudo ocupava no momento da sua formação.

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PALEOMAGNETISMO
 Ao longo do tempo, o campo magnético terrestre sofreu
várias inversões;
 As inversões magnéticas apresentam-se simétricas de
um e de outro lado do rifte;
 Ao dar-se a solidificação das rochas do fundo oceânico,
estas magnetizam-se de acordo com a polaridade do
campo magnético dessa altura;
 Se a polaridade existente nas rochas é idêntica à
polaridade atual chama-se polaridade normal, se é
oposta à atual chama-se de polaridade inversa.

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3. GEOTERMIA
 Corresponde à energia térmica do interior da Terra;

 A Terra tem uma elevada temperatura interna que


conserva desde a sua formação.

Fontes do calor interno da Terra


- Energia gravítica;
- Impacto de planetesimais;
- Desintegração radioativa.

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3. GEOTERMIA
GLOBO Temperatura média
TERRESTRE (exterior – interior)
CRUSTA 150c / 200c  6000c a 8000c
MANTO 8000c / 10000c   4 0000c
NÚCLEO  4 0000c   4 0000c

A temperatura aumenta com a profundidade.

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3. GEOTERMIA

 GRADIENTE GEOTÉRMICO = taxa de variação da


temperatura em função da profundidade (ºc/km).
O gradiente geotérmico diminui com a profundidade.
3. GEOTERMIA
 Quando se podem efetuar cálculos diretos utiliza-se o
valor do grau geotérmico = número de metros que é
necessário percorrer em profundidade, para que a
temperatura aumente 1ºc;
 O seu valor médio é de 33 m/ºc, até à profundidade de
 8 Km;
 Nas zonas de vulcanismo recente, em virtude da maior
proximidade do magma, o grau geotérmico é menor do
que o valor médio;
 em áreas estáveis o grau geotérmico é maior.

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3. GEOTERMIA
 Pensa-se que a variação do gradiente geotérmico não
se processa de modo contínuo e uniforme em
função da profundidade;

 Com a profundidade, a temperatura aumenta de modo


mais moderado do que à superfície;

 Para zonas próximas da superfície utiliza-se o grau


geotérmico.

 O núcleo terá uma temperatura aproximada de 6600 ºc.

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3. GEOTERMIA

diminui com a aumenta com a


profundidade profundidade
3. GEOTERMIA
 O calor do interior da Terra é a causa da
atividade geológica do planeta.

 Fluxo térmico:
quantidade de calor
libertada na Terra, por
unidade de superfície
e unidade de tempo.
Dorsal médio-oceânica
Arco
Insular (rifte)
Fluxo Térmico
Cal /cm2 / csg

Fossa abissal
Valor médio do fluxo térmico

 O gradiente geotérmico não é igual para todos os


locais da superfície terrestre, verificando-se uma
dissipação de calor - Fluxo Térmico.
(Valores mais elevados nas dorsais oceânicas - rifte)
1,82 ± 1,56 1,28 ± 0,53 0,99 ± 0,6 1,54 ± 0,38

FLUXO TÉRMICO
(cal/cm2/csg)
4. SISMOLOGIA

 Estudo do comportamento das ondas sísmicas que se


propagam através do globo terrestre;
 Fornecem-nos informações sobre a composição e as
propriedades físicas dos materiais do interior da Terra.
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4. SISMOLOGIA

As ondas sísmicas propagam-se por todo o


globo, podendo ser registadas a milhares de km
do foco de origem.

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4. SISMOLOGIA
A velocidade das ondas sísmicas varia de acordo
com as propriedades do material que atravessam.

As ondas aumentam
ou diminuem de
velocidade

As ondas
sofrem
refração ou
reflexão

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