Você está na página 1de 50

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL


Campus Santa Rosa

GEOLOGIA APLICADA
À ENGENHARIA

AULA 2

Professor: André Bock


Eng. Civil Dr. UFRGS - Geotecnia/Pavimentação
UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Campus Santa Rosa

Aula 2:
A Terra: Origem e Constituição
Geologia Aplicada à Engenharia
Geologia Aplicada à Engenharia

Estrutura Interna da Terra


Geologia Aplicada à Engenharia

Estrutura Interna da Terra


Geologia Aplicada à Engenharia

Estrutura Interna da Terra

crosta terrestre

manto superior

manto inferior
núcleo externo

núcleo interno
Geologia Aplicada à Engenharia

Estrutura Interna da Terra


Métodos de Investigação
Diretos
Túnel (escavação)
• Túnel mais profundo: 12,4km (Kola);
• Diâmetro da Terra: 6.370km
Problema?
Temperatura: 30 a 40oC por km; Alta pressão; Materiais.

Indiretos
Sismologia: propagação de vibrações dos terremotos
Gravidade: teoria da gravitação
Geomagnetismo: paleomagnetismo
Geologia Aplicada à Engenharia

Sismologia

Sismologia: estudo das vibrações provocadas por terremotos.


Mas o que é um terremoto?
Um terremoto é a vibração de grande intensidade causada pela
ruptura de uma camada do subsolo devido a forças de compressão
ou tração.
Geologia Aplicada à Engenharia

Sismologia

Terremotos no Brasil?
Geologia Aplicada à Engenharia

Velocidade de propagação de ondas sísmicas


Geologia Aplicada à Engenharia

Mudança de direção de ondas sísmicas


Geologia Aplicada à Engenharia

Gravidade
• Gravitação Universal (física!)

• Gravimetria (medição de gravidade)


– Gravidade muda de lugar para lugar
– Como?

• Terra como corpo único (G sem variação)

• Terra como diversas pequenas partículas


– Partículas mais próximas influenciam mais
– Gravidade cai quando densidade próxima é baixa!
Geologia Aplicada à Engenharia

Considerar efeito da rotação! g = acp + ag


Geologia Aplicada à Engenharia

Geomegnetismo
• Terra único planeta que se sabe ter magnetismo
– Movimento: crosta x núcleo

• Polos Magnéticos ≠ Geográficos

• Anomalias devem ser consideradas

• Paleomagnetismo
Geologia Aplicada à Engenharia

Estrutura Interna da Terra


Geologia Aplicada à Engenharia
Geologia Aplicada à Engenharia
Geologia Aplicada à Engenharia

Calor interno e grau geotérmico


Geologia Aplicada à Engenharia

Calor interno e grau geotérmico

Energia da Terra
Energia gerada pelos sucessivos impactos durante a sua formação
(energia cinética → térmica)

Manutenção do calor:
Atividade de desintegração atômica
Pressão gerada pela gravidade → calor

Temperaturas crescentes com a profundidade (+ 6.000°C no núcleo)

Manto e Núcleo → estado de fusão devido à elevada temperatura.


Parte central do núcleo →
mantem-se sólida devido a elevada pressão
Geologia Aplicada à Engenharia

Formação dos Continentes e Oceanos


• Partes mais leves sobem e esfriam
– “Flutuam” sobre o manto
– Processo cíclico

• Resfriamento
– Vapores!
Geologia Aplicada à Engenharia

Formação dos Continentes e Oceanos


• Vapores + Águas e Gases de Cometas...

• ...atmosfera!
Geologia Aplicada à Engenharia

Formação dos Continentes e Oceanos


• Resfriamento dos vapores...

• ... precipitação, formando...

• ... Rios e oceanos!


Geologia Aplicada à Engenharia

Formação dos Continentes e Oceanos


• Finalmente, a água e o vento desgastam as rochas
da crosta...

• ... Formando solo e definindo o relevo !


Geologia Aplicada à Engenharia

Engenharia Crosta emersa


Menos densa e geologicamente mais antiga e complexa.
Normalmente apresenta uma camada superior formada
predominantemente por rochas graníticas.

Crosta imersa
Comparativamente mais densa e mais jovem que a
continental. Normalmente é formada por uma camada
homogênea de rochas basálticas.
Geologia Aplicada à Engenharia
Geologia Aplicada à Engenharia

Tectônica das Placas


• Correntes convectivas e movimentos

• Movimento
– Litosfera afunda e é arrastada para a astenosfera
– Começa a se liquefazer e passa ao manto inferior
– Posteriormente, emerge e se resfria novamente
Geologia Aplicada à Engenharia

Tectônica das Placas


• Tectônica de Placas
– Litosfera não é contínua
– 12 placas que se movem (cm/ano)

• Por que não se fixam?

• Calor interno
– Correntes convectivas
– Liberação de Gases
– Calor muda comportamento
• Derretimento
Geologia Aplicada à Engenharia

Tectônica das Placas


Muitas das rochas existentes nas grandes cadeias montanhosas
têm origem em soalhos marinhos.

São calcários provenientes de corais, arenitos que são


formados pela cimentação de areias marinhas, ou ainda
argilitos que são formados pela compactação de lama
(esta última contendo conchas e fósseis de animais de hábito aquático salgado)

Imagem dos Alpes Suíços


Geologia Aplicada à Engenharia

Tectônica das Placas


A primeira teoria sobre a dinâmica geológica deve-se
a Alfred Wegener que, em 1915, expôs a ideia de que
todos os continentes já estiveram agrupados em um
supercontinente denominado de Pangéia.

Segundo Wegener, os continentes se movimentavam


sem uma razão aparente e denominou o fenômeno
de “deriva continental”.
Geologia Aplicada à Engenharia

A Comprovação da Pangéia
através da continuidade de
Fósseis.

Teoria da Deriva Continental


Geologia Aplicada à Engenharia

Tectônica das Placas

Teoria da Deriva Continental


Geologia Aplicada à Engenharia

Tectônica das Placas


A Teoria de Wegener foi abandonada por muito tempo.

Seus críticos nunca aceitaram o fenômeno pelo fato do autor


não ter conseguido explicar que forças seriam capazes de
deslocar massas tão monumentais a distâncias tão longas.

A resposta para essas perguntas só foi definitivamente estruturada a


partir de uma sucessão de pesquisas que começaram por volta de
1950 e culminaram com os trabalhos de Dietz e Hess em 1968,
Teoria da Tectônica de Placas.
Geologia Aplicada à Engenharia

Tectônica das Placas


Teoria da Tectônica de Placas.

Condução térmica Convecção Térmica


Geologia Aplicada à Engenharia

Tectônica das Placas


Teoria da Tectônica de Placas.

Condução térmica Convecção Térmica

Correntes de convecção no manto:


o movimento convectivo arrasta a litosfera lentamente por atrito viscoso
Geologia Aplicada à Engenharia
Geologia Aplicada à Engenharia

Tectônica das Placas


Teoria da Tectônica de Placas.
Geologia Aplicada à Engenharia

Tectônica das Placas


Teoria da Tectônica de Placas.
Movimentos impulsionados pelas correntes
convectivas e podem se afastar umas das
outras, escorregarem ou entrarem em colisão,
produzindo diferentes “limites”.
Geologia Aplicada à Engenharia

Tectônica das Placas


Limites Divergentes

Limites Convergentes

Limites Transformantes
Geologia Aplicada à Engenharia

Tectônica das Placas


Limites Divergentes
Geologia Aplicada à Engenharia

Tectônica das Placas


Fenda do Mar Vermelho
Limites Divergentes nordeste da África

Dorsal mesoatlântica
entre o Brasil e a África
Geologia Aplicada à Engenharia

Tectônica das Placas


Limites Convergentes

Uma placa possui densidade maior e constitui um soalho marinho,


colidindo com uma placa de densidade menor e mais espessa.

→ placa de densidade maior entra em subdução, mergulhando para o


interior do magma, enquanto a placa com densidade menor é
soerguida, formando uma cordilheira.
Ex.: Cordilheira dos Andes
Geologia Aplicada à Engenharia

Tectônica das Placas


Limites Convergentes

Duas placas de densidade menor e já emersas entram em colisão,


soerguendo cordilheiras amplas em forma de arco.

Ex.: Himalaia.
Geologia Aplicada à Engenharia

Tectônica das Placas


Limites Convergentes

Placas com densidade maior e submersas entram em colisão,


formando cordilheiras submarinas, com alinhamento de ilhas e, por
esta razão, também são conhecidas como “arcos de ilhas”.

Ex.: Japão e Ilhas Aleutas (no Alasca)


Geologia Aplicada à Engenharia

Tectônica das Placas


Limites Convergentes
Geologia Aplicada à Engenharia

Tectônica das Placas


Limites Transformantes

Placas movimentam-se em um plano, sem que haja subdução


de placas (destruição) ou subida de material do manto
(construção).

Movimento lateral entre duas placas:

Devido ao atrito, as placas não podem simplesmente deslizar


▪ tensão acumula-se em ambas placas → nível crítico

- energia potencial liberada sob a forma de movimento ao


longo da falha, muitas vezes de forma abrupta (terremotos).
Geologia Aplicada à Engenharia

Tectônica das Placas


Limites Transformantes
Geologia Aplicada à Engenharia

Tectônica das Placas


Pontos Quentes e Plumas Mantélicas
Nas proximidades dos limites entre placas, existe uma
concentração de energia térmica.

Liberação de energia→ erupções: em locais denominados de


“pontos quentes” onde há o abastecimento direto de magma
por um canal denominado de “pluma mantélica”.
Dúvidas ???
Geologia Aplicada à Engenharia
Obrigado pela Atenção!

Você também pode gostar