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Estrutura interna da Terra

Métodos de estudo do interior da Terra

Métodos diretos
Os geólogos recorrem a métodos diretos e a métodos indiretos para
estudar o interior da Terra.
Os métodos diretos permitem a observação e o estudo de rochas que se
encontrem à superfície ou em profundidade de forma direta, como
os afloramentos, as explorações mineiras, as sondagens e
a vulcanologia.
Métodos indiretos

Os métodos indiretos baseiam-se na interpretação de dados fornecidos


no âmbito da geofísica, como os obtidos a partir da  sismologia, do
estudo do geomagnetismo e do estudo da geotermia.
Foram descobertas descontinuidades que separam as várias secções da
Terra:
– descontinuidade de Mohorovicic (ou Moho) – entre a crosta e o manto;
– descontinuidade de Gutenberg – entre o manto e o núcleo externo;
– descontinuidade de Lehmann – entre o núcleo externo e o núcleo
interno.
Existe uma zona de baixa velocidade, que corresponde à astenosfera, a
qual é evidenciada por uma diminuição abrupta da velocidade das ondas
S, aproximadamente, entre os 100 km e os 250 km de profundidade.

O campo magnético terrestre é,


aproximadamente, dipolar acima da
superfície do planeta e, atualmente,
gera forças magnéticas que atuam
do polo sul magnético para o polo
norte magnético – polaridade
normal.
Em algumas rochas, a direção
registada do campo magnético indica
uma inversão dos polos magnéticos
em relação ao campo magnético
atual – polaridade inversa.
Os geólogos constataram que rochas vulcânicas ou rochas sedimentares
detríticas formadas por minerais ricos em ferro registam o campo
magnético existente na altura em que se formam, isto é,
o paleomagnetismo.

Quando a intensidade do campo magnético numa região é menor do que o


esperado – anomalia magnética negativa –, as rochas apresentam
polaridade inversa. Quando o valor de intensidade do campo magnético
registado numa região é superior ao previsto –  anomalia magnética
positiva –, as rochas apresentam polaridade normal.
O gradiente geotérmico é a medida do aumento do valor da temperatura
por quilómetro de profundidade (°C/km).
O grau geotérmico corresponde ao número de metros que é necessário
percorrer em profundidade para que o aumento de temperatura seja de 1
°C (m/°C).
A medida da quantidade de energia térmica libertada por unidade de
superfície e de tempo denomina-se fluxo térmico.
Modelos da estrutura interna da Terra

Modelo geoquímico
Modelo geoquímico – baseia-se nas diferenças de composição
química dos materiais que constituem o interior da Terra. Considera que
o planeta se divide em três camadas – crosta, manto e núcleo.
Modelo geofísico
Modelo geofísico – baseia-se no estado físico e na rigidez dos
materiais que constituem o interior da Terra. Considera o planeta dividido
em litosfera, astenosfera, mesosfera, núcleo interno e núcleo externo.
Astenosfera e dinâmica da
litosfera

A astenosfera possui
materiais parcialmente
fundidos e, portanto, um
comportamento plástico e uma
menor rigidez, permitindo a
movimentação horizontal e
vertical da litosfera.
O princípio
da isostasia verifica-se porque
a litosfera é menos densa do
que a astenosfera, «flutuando»
sobre ela.
Quando ocorre fusão dos glaciares, ou quando a espessura da crosta
continental decresce por erosão,

verifica-se um movimento isostático ascensional de compensação


– soerguimento.

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