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LEGISLAÇÃO E

SAÚDE PÚBLICA
CURSO AUXILIAR VETERINÁRIO
 Profa. Susana de Medeiros Matos - CRMV-RN0740
 Médica Veterinária - UFERSA
 Mestra em Produção Animal – UFERSA
 Especialização em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais - Qualittas
MEDICINA VETERINÁRIA NO BRASIL

 Primeira turma 1917


 09 de setembro de 1933
 Regulamentação Decreto nº 23.133
LEI nº 5.517, DE 23 DE OUTUBRO DE 1968

 Dispõe sobre o exercício da profissão de médico veterinário e


cria os Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária.
 Só é permitido o exercício da profissão de médico veterinário:
 aos portadores de diplomas expedidos por escolas oficiais ou
reconhecidas e registradas na Diretoria do Ensino Superior do
Ministério da Educação e Cultura;
 aos profissionais diplomados no estrangeiro com validação do
diploma no Brasil.
 O exercício das atividades profissionais só será permitido aos
portadores de carteira profissional.
LEI nº 5.517, DE 23 DE OUTUBRO DE 1968

 Competência do médico veterinário:


 a prática da clínica em todas as suas modalidades;
 a direção dos hospitais para animais;
 a assistência técnica e sanitária aos animais sob qualquer
forma;
 o planejamento e a execução da defesa sanitária animal;
 a direção técnica sanitária dos estabelecimentos que
produtos de origem animal;
LEI nº 5.517, DE 23 DE OUTUBRO DE 1968

 Competência do médico veterinário:


 a inspeção e a fiscalização sob o ponto-de-vista sanitário,
higiênico e tecnológico desses estabelecimentos;
 a perícia sobre animais, identificação, defeitos, vícios,
doenças, acidentes, e exames técnicos em questões judiciais;
 a direção e a fiscalização do ensino da medicina-veterinária;
 a organização dos congressos, comissões, seminários e outros
tipos de reuniões destinados ao estudo da Medicina Veterinária.
LEI nº 5.517, DE 23 DE OUTUBRO DE 1968
 Os CRMV juntamente com o CFMV formam a entidade que
regulamenta as profissões de Medicina Veterinária e Zootecnia no
Brasil.
 A composição dos conselhos regionais ocorre de forma semelhante
a do conselho federal, sendo constituídos por seis membros, no
mínimo, e de até dezesseis no máximo, dos quais os cargos são
divididos em:
 diretoria executiva (Presidente Raimundo Barrêto, Vice-Presidente
Nirley Formiga, Tesoureira Valéria Veras e Secretário Geral José
Arimateia);
 conselheiros efetivos e conselheiros suplentes.
LEI nº 5.517, DE 23 DE OUTUBRO DE 1968

 Cada conselho regional é dotado de personalidade jurídica


de direito público, com autonomia administrativa e
financeira, não havendo interferência do Conselho Federal
nestes quesitos, exceto em casos especiais.
 O CFMV tem por finalidade, além da fiscalização do
exercício profissional, orientar, supervisionar e disciplinar
as atividades relativas à profissão de médico veterinário e
zootecnista em todo o território nacional, diretamente ou
através dos CRMV.
LEI nº 5.517, DE 23 DE OUTUBRO DE 1968

 São atribuições do CFMV:


 organizar o seu regimento interno;
 aprovar os regimentos internos dos conselhos Regionais,
modificando o que se tornar necessário;
 tomar conhecimento de quaisquer dúvidas suscitadas pelos
CRMV;
 julgar em última instância os recursos das deliberações dos
CRMV;
 publicar o relatório anual dos seus trabalhos e a relação de
todos os profissionais inscritos;
LEI nº 5.517, DE 23 DE OUTUBRO DE 1968

 São atribuições do CFMV:


 expedir as resoluções que se tornarem necessárias à fiel
interpretação e execução da presente lei;
 propor ao Governo Federal as alterações desta Lei que se
tornarem necessárias;
 deliberar sobre questões oriundas do exercício das atividades
afins às de médico veterinário;
 realizar periodicamente reuniões de conselheiros federais e
regionais, para fixar diretrizes sobre assuntos da profissão;
 organizar o Código de Deontologia Médico-Veterinária
LEI nº 5.517, DE 23 DE OUTUBRO DE 1968

 São atribuições do CRMV:


 organizar o seu regimento interno, submetendo-o à aprovação do
CFMV;
 inscrever os profissionais e expedir as respectivas carteiras de
identidade;
 examinar as reclamações e representações acerca dos serviços de
registro e das infrações a este regulamento;
 solicitar ao CFMV as medidas necessárias ao melhor rendimento das
tarefas sob sua alçada e sugerir-lhe providências junto às autoridades
competentes para a alteração que julgar conveniente na Lei nº
5.517/68, principalmente as que visem a melhorar a regulamentação
do exercício da profissão de médico veterinário;
LEI nº 5.517, DE 23 DE OUTUBRO DE 1968

 São atribuições do CRMV:


 fiscalizar o exercício da profissão, punindo os seus infratores, bem
como representando às autoridades competentes acerca de fatos
que apurar e cuja solução não seja de sua alçada;
 funcionar como Tribunal de Honra dos profissionais, zelando pelo
prestígio e bom nome da profissão;
 aplicar as sanções disciplinares, estabelecidas nesta Lei;
 promover perante o juízo da Fazenda Pública e mediantes processo
de executivo fiscal, a cobrança das Penalidades previstas para a
execução da presente Lei;
 contratar pessoal administrativo necessário ao funcionamento do
Conselho.
LEI nº 5.517, DE 23 DE OUTUBRO DE 1968

 O poder de disciplinar e aplicar penalidades aos médicos


veterinários compete exclusivamente ao CRMV, em que estejam
inscritos.
 As penas disciplinares aplicáveis pelos Conselhos Regionais são as
seguintes:
 advertência confidencial, em aviso reservado;
 censura confidencial, em aviso reservado;
 censura pública, em publicação oficial;
 suspensão do exercício profissional até 3 (três) meses;
 cassação do exercício profissional, ad referendum do CFMV.
LEI Nº 5.550, DE 4 DE DEZEMBRO DE 1968

 Dispõe sobre o exercício da profissão Zootecnista.


 Só é permitido o exercício da profissão de zootecnista:
 ao portador de diploma expedido por escola de zootecnista
oficial ou reconhecida e registrado na Diretoria do Ensino
Superior do Ministério da Educação e Cultura;
 ao profissional diplomado no estrangeiro com validação
do diploma no Brasil.
LEI Nº 5.550, DE 4 DE DEZEMBRO DE 1968

 São privativas dos Zootecnistas:


 promover e aplicar medidas de fomento à produção dos
animais domésticos, instituindo ou adotando os processos e
regimes, genéticos e alimentares, que se revelarem mais
indicados ao aprimoramento das diversas espécies e raças,
inclusive com o condicionamento de sua melhor adaptação
ao meio ambiente, com vistas aos objetivos de sua criação e
ao destino dos seus produtos;
LEI Nº 5.550, DE 4 DE DEZEMBRO DE 1968

 São privativas dos Zootecnistas:


 planejar, dirigir e realizar pesquisas que visem a informar e
a orientar a criação dos animais domésticos, em todos os
seus ramos e aspectos;
 exercer a supervisão técnica das exposições oficiais a que
eles concorrem, bem como a das estações experimentais
destinadas à sua criação;
 participar dos exames a que os mesmos hajam de ser
submetidos, para o efeito de sua inscrição nas Sociedades de
Registro Genealógico.
RESOLUÇÃO Nº 1.259, DE 28 DE
FEVEREIRO DE 2019
 Título de enfermeiro veterinário foi alterado em 2002 para
auxiliar veterinário pela CBO.
 O CFMV reconhece o papel do auxiliar de veterinário no
apoio às práticas diárias do Médico Veterinário e, baseado
nisso, editou e publicou a Resolução nº 1.260/2019.
 Para fins dessa Resolução, auxiliar de veterinário exerce
atividade de apoio, assistência e acompanhamento do
trabalho do médico veterinário. Tendo limitações.
LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998

 Esta Lei tipifica e esclarece o que são crimes ambientais,


bem como atribui penas e regulamenta as características
e cada crime. São elas:
 Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna
silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida
permissão, licença ou autorização da autoridade
competente;
 Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis
em bruto, sem a autorização da autoridade ambiental
competente;
LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998

 Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico


oficial favorável e licença expedida por autoridade
competente;
 Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar
animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos
ou exóticos;
 Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de
materiais, o perecimento de espécimes da fauna
aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas,
baías ou águas jurisdicionais brasileiras;
LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998

 Pescarem período no qual a pesca seja proibida ou em


lugares interditados por órgão competente;
 Pescar mediante a utilização de explosivos ou
substâncias que, em contato com a água, produzam
efeito semelhante; substâncias tóxicas, ou outro meio
proibido pela autoridade competente.
LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998

 Não é crime o abate de animal, quando realizado:


 Em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou
de sua família;
 Para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação
predatória ou destruidora de animais, desde que legal e
expressamente autorizado pela autoridade competente;
 Por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo
órgão competente.
NOÇÕES BÁSICAS DE DIREITO DO
CONSUMIDOR
 O conhecimento dos direitos e deveres do cidadão faz
parte da construção da cidadania.
 Constituição Federal estabeleceu que cada cidadão seja
respeitado em sua individualidade.
 Igualdade só é realizada quando pessoas diferentes
recebem atenção e cuidados capazes de eliminar ou
minimizar as dificuldades especiais que impossibilitam um
convívio de iguais oportunidades.
 Para que todos sejam realmente iguais, pessoas em
condições diferentes devem receber tratamento
diferenciado.
VULNERABILIDADE DO CONSUMIDOR

 A Lei nº 8.078/90 (CDC) diz que o consumidor é um sujeito


vulnerável ao adquirir produtos e serviços do mercado.
 A vulnerabilidade traduz-se na insuficiência, na fragilidade
de o consumidor se manter imune a práticas lesivas.
 Vulnerabilidade permeia, direta ou indiretamente, todos os
aspectos da proteção do consumidor. Em rápido apanhado
histórico, é preciso saber que o modo de produção da
economia mundial tem se modificado profundamente,
especialmente pelos avanços tecnológicos da humanidade.
DEFINIÇÃO DE CONSUMIDOR

 O consumidor é a parte vulnerável da relação de consumo.


 CDC define consumidor como toda pessoa física ou jurídica
que adquire ou utiliza produto ou serviço como
destinatário final.
 Crianças e adolescentes também são consumidores,
bastando que o atendimento de suas demandas ocorra
com o acompanhamento de um responsável.
DEFINIÇÃO DE FORNECEDOR

 O CDC estabelece de modo bastante genérico e


propositadamente amplo, que fornecedor é toda pessoa
física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou
estrangeira, bem como entes despersonalizados, que
desempenham atividades de produção, montagem,
criação, construção, transformação, importação,
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação
de serviços.
PRODUTOS E SERVIÇOS

 O CDC trata os bens da vida como produtos ou serviços.


 Os produtos são bens que se transferem do patrimônio do
fornecedor para o do consumidor, sejam eles materiais ou até
imateriais.
 Os produtos móveis são aqueles que, como o próprio nome indica,
são passíveis de deslocamento, sujeitos à entrega, enquanto são
imóveis os bens incorporados natural ou artificialmente ao solo.
 Já os serviços são atividades humanas executadas pelos
fornecedores, de interesse dos consumidores que delas
necessitam.
DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR

 Direito à vida, saúde e segurança


 Direito à educação, liberdade de escolha e informação
adequada
 Direito à proteção contra publicidade enganosa e abusiva
 Direito à proteção contratual
 Direito à prevenção e reparação de danos
 Direito à facilitação de acesso à justiça
 Direito ao serviço público eficaz
OBRIGADA!

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