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Portuguesa
• Estrabão, nos raros relatos sobre os costumes nativos, diz que no cabo Sagrado, o lugar onde os deuses
reuniam-se de noite, havia diversas pedras, amontoadas em grupos de três ou quatro, que eram viradas ao
contrário pelos visitantes e que, após um ritual em que estes ofereciam uma libação, as pedras tornavam a
ser reviradas na sua posição anterior.
• Este seria um dos relatos mais antigos de um culto das pedras, penedos e montanhas que a tradição
preserva ao longo do tempo em crenças como a da procissão infantil para pedir chuva, nos moledros
dispersos pelas paisagens, nos Fiéis de Deus venerados nas beiras dos caminhos, na pedra de raio que
Solino comenta ser objecto de culto pelos lusitanos, ou mesmo na lenda da pedra-moura. Associada a um
culto solar ou ritual de fecundidade, a Nossa Senhora d'Antime, também chamada Senhora do sol, uma
pedra tosca de granito metamórfico, apenas com o rosto esculpido; é a sobreposição de um culto cristão a
um ritual pagão.
• Os frades de pedra são associados a um culto fálico pré-romano, também identificado nas estátuas-menir
da idade do bronze, assim como a tradição do levantamento do mastro de Fonte Arcada e o cortejo do
Pinheiro das Festas Nicolinas.
Origens Pré-Romanas
• O culto das cabeças cortadas representado nas esculturas e
artefactos galaico-lusitanos que supõe-se ser um ritual religioso
de origem celta, relacionado a divindades associadas a cultos
agrários, funerários e guerreiros ao qual Rafael Loureiro indica
haver uma continuidade na tradição das caveiras iluminadas, que
chamam-se em Portugal de coca ou coco. Um ser que Gil Vicente
chama de demo no Auto da Barca do Purgatório e que foi ao
longo dos séculos representado nas festas do Corpo de Deus por
um dragão e nas procissões pelo faricoco e que deu o nome a um
traje ainda em uso no início do século XX, a coca.
https://www.mitologia.pt/todas-as-lendas-de-portugal-435108
Muito Henrique Dores
henriquecnndores@gmai
Obrigado l.com