Atenas e Sólon Reformas de Sólon Medidas sociais: • Fim da escravatura por dívidas; • Libertação dos cidadãos conduzidos à escravatura; • Leis iguais para todos; • Redistribuição da propriedade; • Lei sobre a transmissão da propriedade; • Obrigatoriedade de o pai ensinar ao filho o seu ofício; Reformas de Sólon • Reorganização das classes sociais (de acordo com rendimentos e posse de terras): Pentacosiomedimnos (500 medidas); Cavaleiros (300 medidas); Zeugitas (200 medidas); Tetas (inferior a 200 medidas); Reformas de Sólon Medidas de incidência política: • Instituição da Bulé (conselho), constituída por 400 membros (100 por tribo); • Criação dos Tribunais da Helieia.
Outras medidas: • Reforma de pesos e medidas; • Fixação das despesas para os sacrifícios Sólon, frg. 1 Diehl, vv. 3-8
Concedei-me da parte dos deuses bem-aventurados a felicidade
e, perante os homens, ter sempre boa fama. Ser doce aos amigos, amargo aos inimigos, respeitado por aqueles, temível para estes. Desejo possuir riquezas, mas não quero adquiri-las injustamente. A justiça vem no fim. Sólon, frg. 1 Diehl, vv. 59-64
Muitas vezes, de pequeno sofrimento surge uma grande dor,
que ninguém dissipa, dando remédios propícios. E a outro, torturado por doenças terríveis, tocam-lhe com as mãos, e logo fica com saúde. Assim a sorte traz aos homens o mal e o bem, e são inevitáveis as dádivas dos imortais. Sólon, frg. 3 Diehl, vv. 1-10 A nossa cidade jamais perecerá, por vontade de Zeus e querer dos homens imortais, bem-aventurados. Sobre ela estende os braços, magnânima e vigilante, Palas Atena, filha de um pai ilustre. Mas querem destruir a grande urbe, com os seus desvarios, cedendo às riquezas, os próprios cidadãos, e dos chefes do povo o espírito injusto, a quem está destinado sofrer muitas dores pela sua grande insolência. Pois não sabem refrear os seus excessos, nem pôr ordem nos bens presentes, na paz do banquete. Sólon, frg. 3 Diehl, vv. 30-39 Manda-me o meu coração que ensine aos Atenienses estas coisas: como a Desordem causa muitas desgraças ao Estado, e a Boa Ordem apresenta tudo bem arranjado e disposto, e muitas vezes põe grilhetas aos injustos. Aplaca asperezas, faz cessar a saciedade, enfraquece a insolência, faz murchar as flores nascidas da desgraça, endireita a justiça tortuosa e abranda os actos insolentes, termina com os dissídios, cessa a cólera da terrível discórdia, e, sob o seu influxo, todos os actos humanos são sensatos e prudentes. Sólon, frg. 5 Diehl, vv. 1-6
Ao povo dei situação que lhe baste,
sem lhe tirar nem lhe arrebatar a honra. Aos que tinham poder e eram considerados pelas suas riquezas, a esses prescrevi que não sofressem nenhum desacato; um forte escudo lancei sobre ambos. Não consenti que nenhum deles vencesse injustamente. Sólon, frg. 24 Diehl, vv. 7-19 A que era antes escrava é livre agora. Reconduzi a Atenas, pátria fundada pelos deuses, muitos que haviam sido vendidos, com justiça ou sem ela, e outros que tinham fugido forçados pela penúria, que já nem falavam ático, de tanto andarem errantes por todo o lado. A outros que aqui mesmo suportavam ignóbil escravidão, trémulos à vista dos seus senhores, tornei-os livres. Isto consegui e levei a bom termo as minhas promessas, harmonizando com o poder a força e a justiça. Escrevi leis, tanto para o vilão como para o nobre, que para cada um concertavam uma recta justiça. Aristóteles, Constituição de Atenas 7.3
Tendo em conta o rendimento, dividiu [os cidadãos] em quatro classes,
tal como já antes acontecia: pentakosiomedimnoi, hippeis, zeugitai e thetes. Distribuiu as magistraturas mais importantes pelos pentakosiomedimnoi, hippeis e zeugitai, a saber, os nove arcontes, os tamiai, (...), atribuindo a cada um a magistratura correspondente à dimensão do rendimento; porém, à classe dos thetes concedeu somente que fizesse parte da ekklesia e dos dikasteria.