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Agravo Interno

10.09.2020
Introdução
• Princípio da colegialidade dos tribunais
• Justificativa = deliberação mais
aprofundada e refletida
• Assento constitucional?

• Ampliação dos poderes dos relatores


• De mero “preparador” da causa a
julgador “monocrático” ou “unipessoal”
• Leis 8038/90, 9139/95, 9756/98,
10352/01 e 11187/05.
• Art. 932, III a VI, do CPC/2015
Cabimento
• Obrigatoriedade de controle de todas
as decisões do relator pelo colegiado?
• Arts. 120, 545 e 557, §1º, CPC/73 (Lei 9756/98)
• Art. 527, par.ún., CPC/73 (Lei 11187/05)
• Art.1021, CPC/15 – generalização do cabimento
do recurso

• Possibilidade de previsão apenas no


regimento interno dos tribunais?
• Art. 22, I, da CF?
• Delegação de poderes do colegiado ao relator?
Cabimento
• Decisões interlocutórias em geral (art. 932,
I) – poderão ser eventualmente revistas pelo
colegiado
• Decisões sobre tutela provisória (art.932,
II) – serão obrigatoriamente confirmadas ou
revogadas pelo colegiado (salvo hipótese de
estabilização de tutela antecipada em causas
de competência originária)
• Decisões finais (art. 932, III a VI) – não
serão revistas pelo colegiado, a menos que
haja agravo interno
Cabimento
• Decisões a respeito de RE e REsp (art.1030,
§2º, 1035, §7º e 1037, §13, II, com redação
da Lei 13256/16) – não serão revistas pelo
colegiado, a menos que haja agravo interno
• Decisões em suspensão de segurança,
liminar ou sentença (art. 4º, §3º, da Lei
8437/92, art. 15, §1º, da Lei 12016/09 e Lei
4348/64) – não serão revistas pelo colegiado, a
menos que haja agravo interno
• Art. 15, §1º, da Lei 12016/09 x Súmula 217/STJ
e Súmula 506/STF (canceladas)
• Art.16 da Lei 12016/09 x Súmula 622/STF
(ainda pendente de cancelamento)
Efeitos da interposição

• Efeito obstativo = igual ao dos demais


recursos

• Efeito regressivo = inerente ao regime do


agravo interno (art. 1021)

• Efeito suspensivo = não há


– Não há norma a respeito no CPC/2015.
– Necessidade de analisar o recurso subsequente, que é
o recurso especial, extraordinário ou ordinário, os
quais não têm efeito suspensivo automático (art. 995)
– Possibilidade de atribuição pelo relator (art. 932, II e
995, par. ún).
Efeitos do julgamento

• Efeito devolutivo = recurso de


fundamentação livre

• Efeito translativo = igual aos demais


recursos

• Efeito expansivo = igual aos demais


recursos

• Efeito substitutivo =igual ao dos demais


recursos
Procedimento

• Prazo de 15 dias (arts. 1003, §5º e 1070) –


em dobro para MP e Fazenda (Súmula
117/STJ)

• Contraditório do agravado em 15 dias


(art.1021, §2º)

• Possibilidade de retratação (art.1021, §2º)

• Ônus argumentativo do agravante (art.


1021, §1º) => dever de fundamentação
do julgamento (art. 1021, § 3º).
Agravo interno protelatório

ATENÇÃO!

Art.1021

§ 4o Quando o agravo interno for declarado


manifestamente inadmissível ou improcedente
em votação unânime, o órgão colegiado, em
decisão fundamentada, condenará o agravante a
pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco
por cento do valor atualizado da causa.
Agravo interno protelatório

Toda improcedência enseja multa ou


apenas aquela “manifesta”?

• Enunciado FPPC 358. “A aplicação da multa


prevista no art. 1.021, § 4º, exige manifesta
inadmissibilidade ou manifesta improcedência.”

• Enunciado FPPC 359 “A aplicação da multa


prevista no art. 1.021, § 4º, exige que a
manifesta inadmissibilidade seja declarada por
unanimidade”.
Agravo interno protelatório

Art. 1021
(...)
§ 5o A interposição de qualquer outro recurso está
condicionada ao depósito prévio do valor da multa
prevista no § 4o, à exceção da Fazenda Pública e do
beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o
pagamento ao final.
Agravo interno e recursos aos
tribunais superiores

• Arts. 102, III e 105, III, da CF exigem que


o RE e o REsp sejam interpostos contra
“decisão de única ou última instância”

• Necessidade de esgotamento das “vias


recursais ordinárias” (Súmula 281/STF), o
que inclui a interposição de agravo interno.
Enunciados FPPC
• 142 – Da decisão monocrática do
relator que concede ou nega o efeito
suspensivo ao agravo de instrumento
ou que concede, nega, modifica ou
revoga, no todo ou em parte, a
tutela provisória nos casos de
competência originária ou recursal,
cabe agravo interno nos termos do
art. 1.021 do CPC.
Enunciados FPPC
• 464 – (arts. 932 e 1.021; Lei
9.099/1995; Lei 10.259/2001; Lei
12.153/2009) A decisão unipessoal
(monocrática) do relator em Turma
Recursal é impugnável por agravo
interno.
Enunciados FPPC
• 613 – A interposição do agravo
interno prolonga a dispensa
provisória de adiantamento de
despesa processual de que trata o
§7º do art. 99, sendo desnecessário
postular a tutela provisória recursal.
Questões finais para reflexão

• Livre possibilidade de o relator


submeter ao colegiado questão que
poderia decidir monocraticamente (art.
932)?
• Livre possibilidade de o relator proferir
decisões monocráticas na sessão de
julgamento colegiada?
• Majoração de honorários sucumbenciais
pela decisão que julga agravo interno?

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