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APELAÇÃO E AGRAVO

PROCESSO CIVIL III


PROF. DANILO GOMES DE MELO
Obs. Em preliminar de
Obs. Tendo havido decisões
1 Grau – Juízo apelação existe outro
interlocutórias não
“a quo momento para impugnar
impugnáveis por agravo de
eventual decisões
instrumento este é o
interlocutória preliminar de
momento para impugnar
apelação. Art. 1.009 § 1º
através de uma preliminar de
apelação. Art. 1.009 § 1º

Dirigida ao juiz 15 dias para Remessa dos autos


SENTENÇA APELAÇÃO sentenciante (a contrarrazões ao Tribunal (Juízo
Art. 487 ART. 1.009 quo) Art. 1.010 Art. 1.010 § 1º  ad quem) Art.
1.010 § 3º 

Prazo recursal
de 15 dias – Obs. Aqui é
CPC. Art. 1003 possível uma
§ 5º  apelação adesiva.
Art. 997 § 1º
2 GRAU – JUÍZO AD
QUEM
O relator
Inclusão em
Juízo positivo elaborará seu Julgamento
pauta de
(conhece) voto – CPC. (provimento ou
julgamento
At. 1.011, II. improvimento)
A apelação
será Juízo de
distribuída admissibilidade
para um de apelação
relator
Juízo Caberá agravo
negativo (não interno (CPC,
conhece) art. 1.021)
 APELAÇÃO

 Prevista no art. 1.009/CPC ao art. 1.014/CPC.

 
→ Cabimento
 
Recurso cabível contra sentença (terminativa ou definitiva) em qualquer tipo de processo ou
procedimento (exceto se previsto outro recurso) e decisões interlocutórias não agraváveis.
 
Interessa se a sentença é terminativa ou definitiva? Não
 
Interessa o tipo de procedimento? Em regra não.
 Algumas exceções (sentenças que não cabem apelação):

causas internacionais (art. 1.027, II, ‘b’/CPC): quando litigam organismo internacional ou país
estrangeiro contra pessoa domiciliada no país ou Município (competencia da justiça federal), a
sentença é recorrível por recurso ordinário constitucional endereçado ao STJ.
 
execução fiscal (art. 34/LEF): quando a sentença tiver valor de até 50 ORTNS, caberá recurso de
embargos infringentes, dirigida ao próprio juízo de 1o grau que sentenciou os embargos à execução.

Juizados especiais (art. 41/LJE): a sentença admite recurso inominado, que será julgado por uma
Turma Recursal.

 Decisões interlocutórias que não admitem agravo de instrumento (art. 1.000, §1o/CPC): a partir
do CPC/15 passou a haver decisões interlocutórias recorríveis por AI e as demais são recorríveis por
apelação ou contrarrazões
Cabe apelação apenas das decisões interlocutórias (não agraváveis) sem impugnar a sentença?

Se a sucumbência gerada pela decisão interlocutória foi absorvida pela vitória na sentença, não
haveria motivo para interpor apelação apenas para discutir a decisão interlocutória, mas se aquela
sucumbência somente será superada por meio da interposição da apelação, haverá interesse recursal
(ex: multa por violação da boa-fé– Enunciado 67/CJF).

A decisão interlocutória não agravável poderá também ser recorrida em contrarrazões de apelação,
assumindo uma natureza dupla, tanto de resposta, quanto de recurso, mas o julgamento do recurso
interposto dessa forma fica condicionado ao resultado da apelação.

ATENÇÃO: o art. 1.009, §2o/CPC aponta que se o apelado veicular pretensão recursal em suas
contrarrazões, o apelante deverá ser intimado para manifestar-se a respeito delas, em verdadeiras
contrarrazões às contrarrazões.

  
→ Procedimento em 1o grau
 
1-Interposição: segue a regra do prazo de 15 dias e apesar de o art. 1.010/CPC apontar para a
interposição por uma única peça, a praxe forense é de apresentação em duas peças
(concomitantemente): uma de interposição (endereçada ao juízo de 1o grau) e outra de razões
(endereçada ao Tribunal).
 
Diferentemente do processo penal, que em alguns casos é possível a interposição em um momento e
depois o arrazoamento.
 
O inciso I do art. 1.010/CPC exige a indicação do nome das partes, o que é necessário, mas a
qualificação somente será necessária se o recurso for interposto pelo 3o prejudicado (ou outro sujeito
que esteja ingressando nos autos apenas em sede recursal).
A qualificação das partes é uma exigencia anterior muito antes da apelação (petição inicial) claro que
se já houver qualificação não é necessário. Na Praxe nunca vi qualificarem as partes na apelação.
Existe uma hipotese em que faz sentido (porque ainda não tem). Na hipotese de recurso de terceiro
prejudicado

O inciso II do art. 1.010/CPC exige a exposição do fato e do direito, que na praxe forense é o resumo
da demanda.
 
O inciso III trata da causa de pedir recursal e o inciso IV do pedido (de “nova decisão”).

2-Intimação do recorrido: para, em 15 dias, contrarrazoar e/ou apresentar recurso adesivo.

3-Intimação do recorrente: se houver recurso adesivo, para contrarrazoar em 15 dias.


4-Remessa ao Tribunal: exceto se houver juízo de retratação (sentença liminar – art. 330 e 332 do CPC,
sentença terminativa – art. 485/CPC).

ATENÇÃO: o juízo de 1o grau não possui competência para exercer juízo de admissibilidade. Se o juiz
inadmitir a apelação, caberá reclamação ao TJ/TRF, por conta da usurpação da competência.

→ Procedimento em 2o grau
 
1-Distribuição (art. 930/CPC): será feita para um relator.
 
2-Relator: poderá decidir monocraticamente nos termos do art. 932, III (inadmitir), IV (negar
provimento) e V (dar provimento) do CPC, em decisão impugnável por agravo interno.

3- Será elaborado relatorio pelo relator, não sendo caso de julgamento monocrático e pedido ao
Presidente do órgão que o recurso seja incluído em pauta.

ATENÇÃO: não há mais revisor.

 
 
Questões de fato novo poderão ser suscitadas tanto na apelação quanto nas contrarrazões, desde que
não modifiquem a causa de pedir (estabilização da demanda) e seja justificada a alegação posterior
em motivo de força maior (fato superveniente, desconhecimento anterior, impossibilidade de a parte
comunicar o advogado ou impossibilidade de o advogado comunicar o juízo).

→ Efeito suspensivo

Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo.

§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua
publicação a sentença que:
 

 
I - homologa divisão ou demarcação de terras;
II - condena a pagar alimentos;
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado;
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;
VI - decreta a interdição.
§ 2º Nos casos do § 1º, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório depois
de publicada a sentença.
§ 3º O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1º poderá ser formulado
por requerimento dirigido ao:
I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição,
ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la;
II - relator, se já distribuída a apelação.
§ 4º Nas hipóteses do § 1º, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o
apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a
fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
→ Teoria da causa madura
  
Sendo provida a apelação para anular sentença proferida, se o processo estiver pronto para um novo e
imediato julgamento do mérito, o próprio Tribunal julgará o mérito da ação, caso contrário, remeterá o
processo de volta ao 1o grau, para que sejam feitas as diligências e o próprio juízo de 1o grau julgue o
processo.

hipóteses de aplicação (Art. 1.013 paragrafo 3): trata-se de rol restritivo, pois restringe o duplo grau de
jurisdição

Art. 1013 [...] § 3º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o
mérito quando:
I - reformar sentença fundada no art. 485 ;
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir;
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;
IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
§ 4º Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se possível, julgará o
mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau.
Como se afasta pontualmente o duplo grau de jurisdição é uma norma restritiva de direito tem
interpretação restritiva. Assim, ainda que a prova seja facil de ser buscada o tribunal remeterá ao
primeiro grau.

OBSERVAÇÃO: o STJ (4a Turma, AgRg no Ag 867.885/MG) firmou entendimento no sentido de que a
aplicação da teoria independe da vontade das partes.
AGRAVOS
→ Introdução
 
1o grau: em regra, as decisões interlocutórias desafiam agravo de instrumento, independentemente
do conteúdo (terminativa, incidental ou mérito), desde que inseridas no rol legal (considerando a
taxatividade mitigada reconhecida pelo STJ). Não há mais agravo retido.
 
Obs. Só cabe agravo de instrumento de interlocutória (não todas, mas tem que ser interlocutoria).

Tribunais: em regra, as decisões monocráticas/unipessoais desafiam agravo (interno),


independentemente do conteúdo (final/interlocutória, mérito/terminativa ou proferida em
recurso/remessa/processo originário). O art. 1.009/CPC aponta que qualquer decisão monocrática do
relator é recorrível por agravo interno e o art. 1.042/CPC dispõe que caberá agravo em RE/RESP da
decisão do Presidente/Vice.

 
Agravo de instrumento

Previsto no art. 1.015 a 1.020 do CPC. A lei criou um rol de decisões interlocutórias agraváveis e o
inciso XIII do art. 1.015/CPC aponta que permanecem válidas as previsões esparsas/especiais de
cabimento de agravo de instrumento, como a redução objetiva da demanda (art. 354, §único/CPC).

Art. 1.015, §único/CPC: prevê que nos procedimentos de liquidação de sentença, cumprimento de
sentença, no processo autônomo de execução e no processo de inventário, todas as decisões
interlocutórias são agraváveis, o que se aplica também aos processos (de execução) concursais
(falência e recuperação judicial – Enunciado 69/CJF).

 Art. 1.015: Hipóteses

art. 1.015, XIII - outros casos expressamente referidos em lei.

art. 1.015, I/CPC (tutela provisória): o STJ entende que (3a Turma, 1.752.049/PR) essa hipótese de
cabimento vai além da decisão que concede, denega, modifica, confirma ou revoga a tutela,
abarcando também a interlocutória que se refira ao modo ou forma de cumprimento, bem como que
trate de garantia para sua concessão. Assim, qualquer tema que refira direta ou indiretamente à tutela
será agravável com base nesse inciso.
art. 1.015, II/CPC (mérito): além da hipótese do art. 356/CPC, há a situação referente à decisão
interlocutória que rejeita alegação de prescrição ou decadência.

Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles:
I - mostrar-se incontroverso;
II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355 .
[...]
§ 5º A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por agravo de instrumento.

art. 1.015, III/CPC (rejeição de alegação de convenção de arbitragem): envolve somente a que rejeita,
pois a decisão que acolhe extingue o processo, por isso é recorrível por apelação.

art. 1.015, IV/CPC Incidente de desconsideração da personalidade jurídica;

art. 1.015, V/CPC (gratuidade de justiça): somente se refere à decisão que rejeita o pedido de
gratuidade ou aquela que acolhe o pedido de revogação.
art. 1.015, VI/CPC (exibição de coisa ou documento).
 
art. 1.015, VII/CPC (exclusão de litisconsorte)

art. 1.015, VIII/CPC (rejeição do pedido de limitação de litisconsórcio): lembrando que o acolhimento
de tal pedido admitirá agravo, mas com base no inciso anterior.

art. 1.015, IX/CPC (admissão/inadmissão de terceiro interveniente): não se aplica à decisão sobre
amicus curiae, cuja admissão/inadmissão é entendida como irrecorrível.

art. 1.015, X/CPC (concessão, modificação, revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução):
o STJ (2a Turma, RESP 1.694.667/PR) entende que a decisão que versa sobre a concessão engloba tanto
aquela que concede quanto a que indefere a concessão do efeito suspensivo.

 
art. 1.015, XI/CPC (redistribuição do ônus da prova): o STJ (3a Turma, RESP 1.729.110/CE) aponta que a
decisão que versar sobre redistribuição engloba tanto aquela que defere quanto a que indefere.
 
 Taxatividade mitigada: o STJ, em precedente vinculante (CE, RESP 1.704.520/MT), cunhou a
expressão em decorrência da insuficiência das hipóteses previstas para o cabimento de agravo,
admitindo a possibilidade de agravo mesmo se a decisão não está prevista no rol legal,
estabelecendo o critério da urgência, ou seja, se mostrar-se inútil (incapacidade de reversão da
sucumbência) a recorribilidade apenas em apelação/contrarrazões (ex: sigilo).
 
 Instrução: em regra, dá-se por meio de cópia de peças dos autos principais (dispensadas quando os
autos são eletrônicos – art. 1.017, §5o/CPC, desde que em ambos os graus de jurisdição, no
entender da 3a Turma/STJ, RESP 1.643.956/RJ), que independem de autenticação, mas exige-se
declaração de autenticidade, feita pelo advogado (art. 425, IV/CPC). Poderão ser inseridos
documentos novos.
peças obrigatórias (desde que existentes nos autos): no CPC/73 eram quatro, passando para sete na
vigência do CPC15. São elas a decisão agravada, a publicação da intimação (ou documento oficial que
demonstre tempestividade), procurações (agravante/agravado), já previstas desde o CPC/73, as quais
acresceu-se a petição inicial, a contestação e a petição que gerou a decisão interlocutória recorrida.

ATENÇÃO: quando a(s) peça(s) necessária(s) não existir(em), este fato deve ser declarado pelo advogado
do agravante (art. 1.017, II/CPC).
 
peças facultativas (art. 1.017, III/CPC): aquelas que sejam úteis ao agravante e cuja ausência não leva a
inadmissão do recurso, apenas impede a situação de vantagem que a peça lhe conferiria.
 
informação em primeiro grau (art. 1.018/CPC): em até três dias da interposição, o agravante deve
juntar cópia do recurso e apresentar rol dos documentos que o instruíram, dispensando-se em autos
eletrônicos (art. 1.018, §2o/CPC, desde que em ambos os graus de jurisdição – 3a Turma/STJ, RESP
1.749.958/RS).

ATENÇÃO: o descumprimento dessa determinação, desde que alegado e provado pelo agravado, gera a
inadmissão do recurso.
 
 Procedimento: o prazo de interposição foi unificado (15 dias). A interposição é feita endereçada ao
Tribunal e, em regra, com protocolo diretamente no Tribunal, mas pode ser protocolizada em 1 o
grau (art. 1.017, §2o, II/CPC), que remeterá ao Tribunal, onde será distribuído a um relator, que
poderá proferir decisão monocrática liminar (negando seguimento = inadmite ou nega provimento)
ou após o prazo de contrarrazões (dando provimento).
O relator poderá também resolver sobre eventual pedido de tutela de urgência, mediante
provocação, que pode versar sobre pedido de efeito suspensivo (art. 995, §único/CPC) ou tutela
antecipada (art. 300, caput/CPC), intimará o agravado, em regra na pessoa do advogado (DO) para
contrarrazoar em 15 dias e finalmente, o MP, por meio eletrônico, para atuar como fiscal, se for o
caso, em 15d.
 
Fonte: https://trilhante.com.br/trilha/oab-2-
fase-tributario/curso/agravos-no-direito-
tributario-tributario/aula/agravo-de-
instrumento-estrutura
 AGRAVO INTERNO

 CABIMENTO

-Decisão monocrática do relator

Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão
colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.

Hipóteses em que cabe decisão monocrática: Artigo 932 III, IV, V. Dispõem sobre as hipóteses em que
o relator pode decidir monocraticamente.

Atenção. Não cabe julgamento monocrático de ED contra decisão colegiada, nem decisão
monocrática em Agravo Interno.
Processo de competência originária cabe decisão monocrática?

O Art. 937 § 3º é possível concluir que o CPC permite algumas decisões monocráticas em sede de
competência originária.

Na remessa necessária (Art. 496) cabe decisão monocrática?

O CPC também não dispõe de maneira expressa, mas a jurisprudência há muito tempo admite.

Sumula 253 do STJ: O art. 557 do CPC, que autoriza o relator a decidir o recurso, alcança o reexame
necessário.
Conclusão: Cabe decisão monocrática em julgamento de recurso, processo originário e Reexame
necessário.

Obs. Não é relevante para o agravo interno o conteúdo da decisão (mérito, sem mérito).

Procedimento

Prazo 15 dias

É causa de inadmissão do Recurso a ausência de impugnação específica.

Art. 1021 [...] § 1º Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os


fundamentos da decisão agravada.

Obs. A hipótese supra é causa de inadmissão de todo o recurso.


Da mesma forma, o legislador também impõe ao julgador fundamentação específica.

Art. 1021 [...] § 3º É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada
para julgar improcedente o agravo interno.

O julgamento deve ser incluído em pauta.

Art. 1021 [...] § 2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o
recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a
julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.

Para evitar o excesso de agravos existe uma multa para inibir agravos manifestamente inadmissível ou
improcedente

Art. 1021 [...] § 4º Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou
improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o
agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa.
§ 5º A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da
multa prevista no § 4º, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que
farão o pagamento ao final.

Obs. Faltou o MP (geralmente estão juntos nesse tipo de prerrogativas). Contudo o MP tem uma
isenção generalizada. Art. 91. As despesas dos atos processuais praticados a requerimento da
Fazenda Pública, do Ministério Público ou da Defensoria Pública serão pagas ao final pelo vencido.

Obs. O exaurimento dos Recursos ordinários são requisitos do RE e do Resp. O agravo interno é um
recurso ordinário.
 AGRAVO EM RE/RESP (Art. 1.042 CPC)

 Cabimento

O RE e REsp podem ter procedimento no juizo a quo e ad quem.

Interposto o RE ou REsp. Haverá uma decisão de admissibilidade no juízo a quo.

Prazo: 15 dias.

Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que
inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de
entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos
Interposição: Juízo de origem.

§ 2º A petição de agravo será dirigida ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de origem e


independe do pagamento de custas e despesas postais, aplicando-se a ela o regime de repercussão
geral e de recursos repetitivos, inclusive quanto à possibilidade de sobrestamento e do juízo de
retratação.  

§ 3º O agravado será intimado, de imediato, para oferecer resposta no prazo de 15 (quinze) dias.

Cabe efeito regressivo.

§ 4º Após o prazo de resposta, não havendo retratação, o agravo será remetido ao tribunal superior
competente.

§ 6º Na hipótese de interposição conjunta de recursos extraordinário e especial, o agravante deverá


interpor um agravo para cada recurso não admitido.
§ 7º Havendo apenas um agravo, o recurso será remetido ao tribunal competente, e, havendo
interposição conjunta, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça.

§ 8º Concluído o julgamento do agravo pelo Superior Tribunal de Justiça e, se for o caso, do recurso
especial, independentemente de pedido, os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal para
apreciação do agravo a ele dirigido, salvo se estiver prejudicado.

§ 5º O agravo poderá ser julgado, conforme o caso, conjuntamente com o recurso especial ou
extraordinário, assegurada, neste caso, sustentação oral, observando-se, ainda, o disposto no
regimento interno do tribunal respectivo.
ASSUMPÇÃO, Daniel. Manual de direito processual civil. Volume único, Juspodivm, 2017

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