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restauração o
às bebidas em serviço de buffet, coffee-break e room-service;
ser capaz de se relacionar com o cliente com mobilidade reduzida, ao longo de
todo o serviço, de modo a que este se sinta aceite, compreendido e valorizado
como pessoa e cliente da unidade de restauração.
i. Condições de acessibilidade e produtos de apoio
A deficiência motora resulta de uma disfunção física ou motora, a
qual poderá ser congénita ou adquirida por doença ou acidente. Este
1. O cliente tipo de deficiência poderá ser temporária ou permanente,
unidade de devem estar localizados ao longo do percurso acessível mais curto até
o
à
restauração entrada/saída do espaço que servem;
o os limites devem estar demarcados por linhas pintadas no piso em
cor contrastante com a da restante superfície;
o devem estar identificados por um sinal horizontal com o símbolo internacional de
acessibilidade.
1. O cliente com
deficiência motora
numa unidade de
restauração
unidade de o Os elementos que constituem as escadas não devem apresentar arestas vistas
ou extremidades perigosas;
restauração o As escadas que tiverem desníveis superiores a 40 cm devem
possuir
corrimões de ambos os lados.
i. Condições de acessibilidade e produtos de apoio
Acessibilidade no exterior da unidade:
Os corrimões das escadas devem satisfazer as seguintes condições:
o A altura dos corrimões deve estar compreendida entre os 70 e os 90 cm;
1. O cliente o No topo, devem prolongar-se pelo menos 30 cm para além do último degrau do
numa o Os corrimãos devem ser contínuos ao longo dos vários lanços da escada.
No que diz respeito às rampas, estas devem ter a menor inclinação possível, a
unidade de largura deve ser de, no mínimo 1,20 m (contudo, a largura ideal é de 1,5 m
restauração visto que permite uma mais fácil circulação) e devem possuir corrimões de
ambos os lados.
Os corrimões das rampas devem:
o prolongar-se pelo menos 30 cm na base e no topo da rampa;
1. O cliente com
deficiência motora
numa unidade de
restauração
i. Condições de acessibilidade e produtos de
apoio
Acessibilidade no exterior da unidade:
o ser contínuos ao longo dos vários
lanços e patamares de descanso;
o ser paralelos ao piso da rampa.
Imagem 4 - Rampas de acesso (esquema)
Se estes requisitos não se verificarem, preste
apoio personalizado ao cliente, ajudando-o
a ultrapassar os obstáculos
i. Condições de acessibilidade e produtos de apoio
Acessibilidade ao/no interior da unidade:
A unidade de restauração deve estar dotada de um percurso acessível,
que proporcione o acesso seguro e confortável das pessoas com mobilidade
1. O cliente reduzida entre a via pública, o local de entrada/saída principal e todos os
espaços interiores e exteriores que a constituem.
com Para tal é necessário verificar se:
deficiência a distância entre o mobiliário e o equipamento é adequada;
motora
o
com palhinhas, canecas e copos com bases lisas para maior estabilidade, pratos com
rebordo.
unidade de o
disponíveis;
verificar periodicamente as condições de operação, funcionalidade e utilização das
restauração adaptações e dos produtos de apoio disponíveis;
o reportar as não conformidades detetadas ao(s) serviço(s) apropriado(s);
o verificar se as não conformidades detetadas são tratadas atempada e adequadamente,
insistindo nos casos em que a regularização tarde ou seja deficiente.
ii. Acolhimento do
cliente
O acolhimento e as suas regras:
Quando falamos em clientes com mobilidade reduzida, não estamos a
referir-nos apenas a clientes em cadeira de rodas, mas também a clientes com
outras limitações de mobilidade tais como deslocação com apoio de canadianas
1. O cliente ou andarilho, dificuldades de coordenação motora ou de equilíbrio, limitações ao
restauração Lembre-se que o primeiro contacto com o cliente é fundamental. Tenha por isso
em atenção a importância de estabelecer uma comunicação pessoal simpática e
cativante com o cliente e lembre-se que quanto melhor sucedido for o
acolhimento, mais à vontade ficará o cliente para solicitar ajuda caso dela precise.
ii. Acolhimento do
cliente
O acolhimento e as suas regras:
Neste sentido, ao acolher o cliente com deficiência motora:
o Receba-o com um sorriso sincero;
1. O cliente o Caso o cliente lhe estenda a mão, retribua;
com o Olhe o cliente nos olhos;
deficiência o Lembre-se que o cliente com deficiência motora não tem deficiência intelectual,
restauração As pessoas com deficiência podem despertar sentimentos como curiosidade e
pena, mas não se esqueça que a pessoa com deficiência é, em primeiro lugar, uma
pessoa com limitações mas também com capacidades, com sucessos e insucessos
tal como todos nós. Não permita que os sentimentos em relação à deficiência se
sobreponham ao respeito que qualquer indivíduo merece.
ii. Acolhimento do
cliente
Encaminhamento do cliente à mesa e apoio na locomoção:
O cliente com deficiência motora pode precisar de ajuda na sua locomoção dentro da unidade de
restauração. Ofereça-se sempre para ajudar e caso a ajuda seja aceite adapte uma postura natural,
sem alarmismos e siga permanentemente as instruções do cliente, lembrando que o grau de
autonomia determinará o grau de ajuda necessária.
1. O cliente Caso o cliente esteja acompanhado, permita com naturalidade que o(s) acompanhante(s)
ajudem o cliente, se assim o preferirem.
numa o quando a cadeira de rodas tiver que descer uma rampa inclinada, é preferível usar a marcha-atrás,
para evitar que, pela excessiva inclinação, a pessoa se desequilibre e caia de frente;
unidade de o ao subir degraus, deve inclinar a cadeira para trás para levantar as rodas da frente e apoiá-las sobre a
elevação;
restauração o para descer um degrau, é mais seguro fazê-lo de marcha-atrás, apoiando sempre a cadeira para que a
descida seja o mais confortável possível e sem solavancos;
o para subir ou descer mais do que um degrau em sequência, é adequada a intervenção de duas
pessoas. Caso não seja possível é desejável utilizar equipamentos elevatórios;
o é necessário prestar atenção para não esbarrar com pessoas ou obstáculos.
ii. Acolhimento do
cliente
Encaminhamento do cliente à mesa e apoio na locomoção:
Ao acompanhar uma pessoa com bengala ou canadianas não se
1. O cliente esqueça que:
restauração o preparar o peixe, cortar a carne, cortar os legumes, descascar a fruta, etc,
de forma a ultrapassar as eventuais dificuldades do cliente;
o estar especialmente atento às necessidades de reposição dos alimentos e
bebidas.
iii Serviço de mesa, bar e cafetaria
. Quando as limitações do cliente se situam ao nível dos membros superiores
(braços, mãos, coordenação de movimentos), dê atenção às necessidades
especiais que daí decorrem, designadamente:
1. O cliente Ajustamento da mise-en-place: reposicionamento dos
com utensílios
habituais de modo a ficarem mais facilmente ao alcance do cliente, retirando
alguns deles para que o espaço fique mais desimpedido ou substituir alguns
deficiência por outros que confiram maior estabilidade;
motora Mobilização de produtos de apoio: colocar à disposição do cliente outros
numa utensílios de que a unidade de restauração disponha para ajudar a
1. O cliente o os utensílios, alimentos e bebidas devem estar ao alcance de uma pessoa que aborde a mesa
em cadeira de rodas;
com o os clientes em cadeira de rodas, com canadianas ou outras limitações de mobilidade, podem
visual numa ser capaz de efetuar o serviço de mesa, bar ou cafetaria, tendo em conta as
o
restauração ser capaz de efetuar o serviço de alimentos e bebidas nas modalidades de buffet,
o
restauração bem, mas possui visão residual. Apenas uma percentagem limitada de
pessoas com deficiência visual é totalmente cega.
ii. Condições de acessibilidade e produtos de apoio
Tanto as pessoas cegas como as que têm baixa visão confrontam-se com
inúmeros obstáculos em situações de mobilidade, orientação e comunicação.
No que diz respeito às condições de acessibilidade numa unidade de
2. O cliente restauração, estes são os principais pontos de acessibilidade física a ter em conta
para um cliente com deficiência visual:
com o Porta de acesso do estabelecimento identificada com o símbolo de restaurante
deficiência e/ou número da porta em relevo e com largura não inferior a 80 cm;
Escadas ou rampas, quando existam, delimitadas por corrimãos;
visual numa o
visual numa o motive o toque, pois tocar nos objetos e pessoas ajuda o cliente na sua identificação.
Coloque-se junto ao cliente para que ele o possa identificar mais facilmente.
unidade de o não se esqueça que as pessoas cegas não veem os seus gestos. Não vale a pena abanar
restauração o
a cabeça ou gesticular com as mãos. Comunique sempre com palavras.
esteja atento à criação de ambientes com boa iluminação e contrastes especiais para
que o cliente possa deslocar-se mais facilmente e alcançar maior autonomia.
o descreva, com clareza, o meio físico que o rodeia. Indique a posição dos obstáculos e do
mobiliário, baseando-se em referências conhecidas como os ponteiros do relógio, os
pontos cardeais, etc.
iii. Acolhimento do
cliente
Encaminhamento para a mesa e o Cão-guia
No que toca ao encaminhamento da pessoa com deficiência
visual para a mesa, os cuidados a ter são:
2. O cliente o guie o cliente até à mesa, ajude-o a chegar perto da cadeira e
com coloque a mão dele no braço ou no encosto da cadeira, deixando que
deficiência a pessoa se sente sozinha. Se notar alguma dificuldade, pergunte se
precisa de ajuda e preste o apoio conveniente.
visual numa se o cliente se deslocar com apoio do seu cão-guia (que é uma das
unidade de
o
restauração Poderá realizar esta tarefa antes da chegada do cliente, no caso de o serviço ter sido
reservado previamente, ou antes da acomodação do cliente no lugar e/ou já na presença
do mesmo. Quando os ajustamentos forem realizados na presença do cliente, converse
com ele sobre o que está a fazer.
Uma vez acomodado o cliente, faça a descrição da mise-en-place. Descreva a localização
das travessas, pratos, copos, talheres, guardanapos, garrafas etc. Esta descrição deverá
ser a mais detalhada possível e deve possibilitar ao cliente orientar-se durante a refeição.
iv. Serviço de mesa, bar e
cafetaria
Relativamente ao serviço, faça o empratamento, adequando-
o às específicas do cliente (que devem ter sido registadas no momento
necessidades
do pedido), não esquecendo algumas regras básicas de serviço, como por
exemplo:
2. O cliente o dispor os alimentos seguindo o modelo do mostrador do relógio, ou seja, a
peixes e desossar as carnes, visto que as pessoas com deficiência visual podem
(prato de sopa) para que os alimentos não saiam do prato com tanta facilidade;
o servir as sopas, sobremesas e bebidas sem prato de suporte;
o descrever com detalhe os alimentos colocados no prato e a sua disposição;
o descrever as bebidas e as características dos copos ou chávenas em que estão a
ser servidas.
iv. Serviço de mesa, bar e
cafetaria
Se o cliente necessitar de usar a casa de banho, encaminhe-o até ao
local, faça uma breve descrição do espaço e dos obstáculos que irá encontrar.
Seja discreto, evite toda a espécie de situações que possam causar
2. O cliente constrangimentos ao cliente. Lembre-se sempre que as pessoas com
com deficiência visual precisam que o contacto que estabelecem com os outros se
deficiência baseie numa troca contínua de informação oral. Precisam de tocar nos
objetos e pessoas para melhor as identificarem. Precisam de explicações e
visual numa descrições claras do meio físico que as rodeia, para mais facilmente
unidade de o esteja atento às necessidades de reposição, quer dos alimentos quer das
bebidas.
restauração No caso do serviço de coffee-break, os cuidados são semelhantes aos do serviço
de buffet, nomeadamente no que diz respeito ao apoio que os clientes cegos ou
com baixa visão precisem para aceder aos alimentos, para aceder às bebidas, para
acederem a produtos de apoio, etc.
Cabe ao funcionário estar especialmente atento, para ocorrer prontamente às
necessidades especiais de cada cliente em concreto.
v. Serviço de alimentos e bebidas nas modalidades de buffet, coffee-
break e room-service
2. O cliente Já no serviço de room-
service:
com o apoie o cliente na formulação do pedido, descrevendo-lhe, de forma
deficiência detalhada, a ementa disponível e procurando o maior ajustamento
possível às suas necessidades e gostos;
visual numa
unidade de o acomode o espaço e o mobiliário no quarto, de modo a diminuir as
possíveis barreiras, e descreva as alterações realizadas;
restauração o ponha a mesa, prepare os alimentos, disponha as bebidas, etc., de
acordo com os cuidados já referidos a propósito do serviço de mesa.
vi. Relacionamento
interpessoal
Direito à não-discriminação
O maior obstáculo à inclusão da pessoa com deficiência é a atitude preconceituosa e
discriminatória da sociedade. De facto, as nossas atitudes no quotidiano, muitas vezes
mesmo inconscientes, não respeitam a diversidade humana.
O cliente com deficiência visual, confrontado com os seus anseios no plano do
2. O cliente relacionamento, manifesta a expectativa de que os profissionais de uma unidade de
restauração, demonstrem compreensão face às suas limitações e as aceitem com
com naturalidade. Que ajam com profissionalismo, tranquilidade, paciência, simpatia e
disponibilidade, sendo igualmente expectável que os profissionais atuem sem
deficiência paternalismo ou amabilidade excessiva, que não discriminem o cliente em função da
sua limitação visual, e que comuniquem com respeito e consideração, estando
visual numa despertos para eventuais suscetibilidades de comportamento.
unidade de De facto, bom senso e naturalidade são essenciais no relacionamento com a pessoa com
deficiência e é muito importante não condicionar nem limitar a prática do exercício de
restauração qualquer direito. Quer isto dizer que não se deve diferenciar ou distinguir
negativamente as pessoas com qualquer tipo de deficiência, não se deve separar as
mesmas dos demais clientes, nem as tratar de forma desigual. Discriminar é injusto,
imoral e ilegal.
Não nos devemos esquecer que o direito à igualdade e não discriminação com
fundamento na deficiência é um direito fundamental, reconhecido a todos os cidadãos
pela Constituição da República Portuguesa.
i. Objetivos
específicos
No final deste tema, o formando deverá:
auditiva o ser capaz de efetuar o serviço de mesa, bar, cafetaria, buffet e room-service,
restauração o ser capaz de se relacionar com o cliente com surdez total ou severa, ao
longo de todo o serviço, de modo a que este se sinta aceite, compreendido
e valorizado como pessoa cliente da unidade de restauração.
A deficiência auditiva pode ocorrer em qualquer idade e pode estar
relacionada com fatores de natureza hereditária ou congénita
(malformações/alterações morfológicas), bem como na sequência de
3. O cliente alterações que se manifestam aquando do nascimento ou
decorrentes de doenças ou acidentes.
com
A consequência mais grave da deficiência auditiva é a dificuldade
deficiência de comunicação relacionada com o desenvolvimento da fala e da
auditiva língua. Muitos dos que têm dificuldades auditivas podem, igualmente,
numa ter mais dificuldade na compreensão e na expressão oral.
unidade de Em alguns casos, as pessoas com deficiência auditiva podem
restauração aprender leitura labial, o que lhes permite compreender a língua
falada através da leitura dos movimentos dos lábios do seu
interlocutor.
ii. Acolhimento do cliente
De um modo geral, o cliente com deficiência auditiva
chegaráao
restaurante como qualquer outro cliente, sem sinais exteriores que o informem
de imediato que se encontra na presença de um cliente com necessidades
especiais.
3. O cliente A questão colocar-se-á quando procurar estabelecer comunicação com o
cliente.
com Neste contexto, que detalhes de comportamento do cliente com deficiência
deficiência auditiva poderão ajudar o profissional a deduzir que aquele cliente tem
necessidades especiais de atendimento?
auditiva São diversos os comportamentos adotados pela pessoa com deficiência
numa auditiva quando pretende revelar a sua limitação. Poderá, imediatamente,
expressá-la oralmente, em linguagem correta se a surdez não for congénita ou
unidade de por sons menos percetíveis caso não tenha aprendido a falar. Pode informá-lo da
sua limitação por escrito. Pode também fazê-lo através de gestos.
restauração Seja qual for a forma, o certo é que rapidamente vai perceber que aquele cliente
tem limitações auditivas. O grau da limitação é pouco importante, uma vez que
a grande maioria das técnicas de comunicação poderão ser utilizadas com
sucesso seja qual for a situação.
ii. Acolhimento do
cliente
Comunicação
Uma comunicação correta com um portador de deficiência auditiva passa por:
o Quando estiver a falar com uma pessoa surda, se ela não estiver a prestar atenção, acene-lhe ou
3. O cliente
toque-lhe levemente no braço.
o Fale de forma clara, pronunciando bem as palavras e no seu tom normal de voz, ou um pouco mais
o A sua boca tem que estar bem visível e não deverá deslocar-se enquanto fala.
unidade de
os movimentos do corpo são excelentes indicações do que queremos dizer.
o Enquanto estiver a falar, mantenha sempre contacto visual. Se desviar o olhar, a pessoa pode
restauração o
pensar que a conversa terminou.
A pessoa surda que aprendeu a falar, normalmente não tem muito boa dicção. Peça-lhe que repita
as vezes necessárias. Geralmente não se importam.
o Comunique através da escrita, caso necessário.
o Repita as vezes necessárias e certifique-se que o recetor compreendeu a mensagem.
ii. Acolhimento do
cliente
Língua Gestual
3. O cliente
Portuguesa
Embora não seja expectável que o profissional domine a língua gestual,
numa Em caso de emergência, tenha especial atenção ao cliente surdo ou com audição
reduzida. Verifique se este se deu conta do ocorrido e preste-lhe o apoio necessário e
unidade de conveniente.
restauração Nos dias de hoje o cliente com necessidades especiais, ciente dos seus direitos, é
mais exigente. Por isso, muito mais difícil de manter quando insatisfeito com os serviços
prestados.
Lembre-se que cada cliente que é mal atendido divulga a sua insatisfação a outros. A
informação de que prestou um mau serviço pode propagar-se de forma vertiginosa e
descontrolada.
iv. Relacionamento
interpessoal
Conhecimento e aceitação
De um modo geral, o preconceito tem origem no desconhecimento e na
ignorância acerca da deficiência e da própria pessoa com necessidades
especiais, daí resultando barreiras à sua inclusão, das quais, no caso da pessoa
3. O cliente com deficiência auditiva, se destaca a comunicação.
Geralmente, julgamos as pessoas não pelas suas capacidades, mas em função de
com conceções exageradas e desfasadas da realidade das várias deficiências,
multideficiência o ser capaz de efetuar o serviço de mesa, bar ou cafetaria, tendo em conta as
multideficiência o orientação para acesso aos utensílios (pratos, talheres, copos, etc.);
restauração o ser capaz de efetuar o serviço de alimentos e bebidas nas modalidades de buffet,
coffee-break e room-service, tendo em conta as especificidades decorrentes das
necessidades especiais do cliente com deficiências decorrentes do envelhecimento,
as soluções disponíveis e as solicitações e explicações do cliente;
o ser capaz de se relacionar com o cliente sénior com limitações motoras, sensoriais e
intelectuais decorrentes do envelhecimento, de modo a que este se sinta aceite,
compreendido e valorizado como pessoa cliente da unidade de restauração.
i. Condições de acessibilidade e produtos de apoio
Os clientes seniores são, cada vez mais, um importante segmento da procura
turística e da utilização dos serviços da restauração. Mas, inevitavelmente, com
o avançar da idade, vão surgindo limitações de diversas ordens, nomeadamente:
numa unidade de o problemas de saúde (por exemplo, diabetes onde, por esse motivo, existem
outros cuidados com a alimentação e as bebidas).
restauração O aparecimento destas dificuldades pode levar o cliente sénior a evitar ou
deixar mesmo de viajar, de sair, de ir ao restaurante, ao bar, a menos que a
oferta turística e a oferta de restauração se consigam adaptar com naturalidade
e eficiência a essas novas necessidades, garantindo o bem-estar e a satisfação
do cliente.
i. Condições de acessibilidade e produtos de apoio
Quando o cliente da unidade de restauração possui limitações de ordem física
ou sensorial decorrentes do envelhecimento, os primeiros aspetos a observar são
os que se relacionam com as acessibilidades, mais concretamente o acesso ao
edifício, à sala, à mesa, ao buffet, etc.
5. O cliente sénior No que se refere ao acesso ao restaurante e à acessibilidade no seu
com limitações interior, é de relembrar, como debatido no tema 1, a importância:
sensoriais e/ou o de evitar obstáculos provenientes de objetos deixados ao acaso nos percursos/
locais de passagem;
intelectuais
das distâncias entre os elementos do mobiliário e os equipamentos;
numa unidade de o
das canadianas;
o dos pisos antiderrapantes;
o da sinalização de espaços acessíveis;
o da sinalização das casas de banho.
i. Condições de acessibilidade e produtos de apoio
Outro aspeto a observar é a disponibilidade de produtos de apoio
destinados a minorar as dificuldades que o cliente possua. Relembrando
alguns desses produtos de apoio, destaca-se:
5. O cliente sénior o talheres próprios e palhinhas;
com limitações o canecas e copos com bases lisas para maior estabilidade;
motoras, o pratos com rebordo, para evitar que a comida entorne;
sensoriais e/ou o talheres mais pesados e/ou com inscrições em Braille.
intelectuais Quanto às práticas de serviço é de referir, uma vez mais:
numa unidade de • a utilização de cores contrastantes como é exemplo: pratos em cores
restauração suaves com uma borda escura, taças coloridas, cor dos guardanapos e das
toalhas de mesa contrastantes com a loiça;
o evitar a utilização na mise-en-place de elementos de vidro transparente;
o assegurar uma boa e uniforme iluminação da sala.
i. Condições de acessibilidade e produtos de apoio
Visando o conforto e a segurança do cliente sénior com limitações,
5. O cliente sénior importa referir que o mobiliário de suporte do restaurante, bar ou cafetaria,
com limitações deve ter as seguintes características:
motoras, o poltronas e sofás com altura de cerca de 50 cm e profundidade entre 70 a
sensoriais e/ou 80 cm, com design que auxilie o sentar, não devendo os assentos ser muito
intelectuais macios;
numa unidade apressar o cliente na sua refeição e mantenha uma postura proactiva questionando sempre que se
justificar a necessidade de reposição dos alimentos.
de restauração No que diz respeito ao room-service, procure tirar partido do potencial carácter individualizado
do serviço para conseguir as melhores condições possíveis de ajustamento às características, gostos e
necessidades especiais do cliente.
Se necessário, ajude na acomodação do espaço, do mobiliário e dos utensílios para a refeição, no
empratamento e no corte de carnes e legumes, das frutas, na preparação de peixes e na utilização dos
produtos de apoio.
Lembre-se que o cliente sénior, de um modo geral, tende a preferir um serviço terno e
acolhedor prestado com cortesia.
v. Relacionamento interpessoal
Necessidades do cliente sénior em matéria de comunicação
Com o envelhecimento, as pessoas podem apresentar modificações na articulação das
palavras, na audição, na fluência vocabular, na entoação. Estas alterações exigir-lhe-ão um
cuidado especial em situação de comunicação com o cliente sénior.
5. O cliente Para conseguir estabelecer uma boa comunicação com o idoso, é recomendado que:
oiça o cliente com atenção, paciência e interesse, respeitando o seu ritmo de resposta e
e/ou intelectuais
o
numa unidade o fale de frente, de modo a que o cliente possa ler nos seus lábios;
de restauração o seja amável, paciente e atencioso, mas sem paternalismo ou amabilidade excessiva;
o promova a participação do cliente no diálogo e nas decisões a tomar;
o evite expressões do tipo "deve", "não deve";
o utilize formas alternativas de comunicação, gestos, figuras, palavras familiares.
o comunique com naturalidade e tenha uma atitude tranquila e disponível;
o corrija com prontidão eventuais erros no serviço e apresente um pedido de desculpa.
ACAPO - Associação de Cegos e Amblíopes de
Portugal
o http://www.acapo.pt
Acessibilidade Portugal - portal de partilha e esclarecimentos de dúvidas
o http://acessibilidade-portugal.blogspot.pt/
APTTA - Associação de Turismo Acessível
o http://associacaoturismoacessivel.blogspot.pt/
Associação Portuguesa de Surdos
o http://www.apsurdos.org.pt/
CECD Mira Sintra - Centro de Educação para o Cidadão Deficiente
o http://www.cecdmirasintra.org
Bibliografia Instituto Nacional para a Reabilitação
o http://www.inr.pt/category/1/1/acessibilidades
o Plano de Ação para a Integração das Pessoas com Deficiências ou
Incapacidade
http://www.inr.pt/uploads/docs/programaseprojectos/paipdi/PAIPDIdesenv.pdf
Portal do Cidadão com
Deficiência
o http://www.pcd.pt
Tourism For AII
o https://www.tourismforall.org.uk/
Turismo de Portugal IP