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O ouro da Guiné e Preste João

(1415-99)

CHARLES BOXER.
O IMPÉRIO MARÍTIMO PORTUGUÊS (1415-1825)
A expansão marítima portuguesa e os descobrimentos

Viagens de descobrimentos dos portugueses: 1419 -


1499;
Precursores: aventureiros da antiguidade clássica;
irmãos Vivaldi; Marco Polo e frei Odorico de
Pordenone;
Mapas das rotas das caravanas do Saara: mercadores
judeus;
Navegações portuguesas (e dos espanhóis): fim do
isolamento de vastas regiões do mundo (América,
África e Ásia).
Pioneirismo ibérico: impulsos fundamentais

“Porque Portugal tomou a dianteira quando os homens


do mar de Biscaia e seus navios eram tão bons quanto
quaisquer outros da Europa?”
“Quais os motivos que impulsionaram os dirigentes e os
organizadores da expansão marítima portuguesa?”
“Era dos descobrimentos”: fatores religiosos,
econômicos, estratégicos e políticos.
Quatro motivos principais (ordem cronológica): 1. o
fervor empenhado na cruzada contra os muçulmanos;
2. o desejo de se apoderar do ouro da Guiné; 3. procura
de Preste João; 4. a busca de especiarias orientais.
Boxer, Charles. O império marítimo portugês (1415-1825). SP: Cia das Letras, 2002.
Portugal: motivação propulsora

Reino unido, século XV: estabilidade política;


Conquista de Ceuta: guerra contra os mouros;
Ceuta: motivos econômicos e estratégicos.
Impulso das Cruzadas e a busca de ouro: reforço a busca
pelo reino de Preste João (potentado místico cristão).
Bulas papais: Dum Diversas (1452); Romanus Pontifex
(1455); Inter caetera (1456)
 espírito da “Era dos Descobrimentos” e orientação de
comportamentos.
 Iniciativa da Coroa portuguesa (infante Dom Henrique, o
Navegador ).
 Religioso e econômico da exploração.
Expansão marítima

Religioso: expansão da cristandade;


Motivos econômicos: comércio e a busca do ouro
(secundário);
Feitorias: Arguim (sul do Cabo Branco –
proximidade do Marrocos).
 Expansão: Senegâmbia e Niger
 Rompimento da barreira física e

Psicológica (1434);
o Colonização das ilhas atlânticas:

Madeira e Açores
Ciência náutica europeia: observação e técnica

Domínio dos ventos e correntes marítimas;


Caravela de velas latinas: novo tipo de navio;
Instrumentos de orientação: bússola, astrolábio e
quadrante
Sinais naturais: animais (espécies de peixes e aves
marinhas), cor e corrente de água, variedade de
algas.
Motivações econômicas

Ouro: papel importante;


Comércio transaariano: canalização para o Atlântico.
Construção do forte de São Jorge da Mina (1482);
 Ouro e escravos
 Especiarias africana: pimenta malagueta, papagaios e macacos.
 Lançados.
Comércio costeiro: feitorias.
Carta náutica de Fernão Vaz Dourado (c. 1520 - c. 1580), incluída num atlas desenhado em 1571. Arquivo
Nacional da Torre do Tombo, Lisboa.
Pormenor do Golfo da Guiné no planisfério português anónimo concluído em outubro de 1502 em
Lisboa, conhecido por “mapa de Cantino”. Biblioteca Estense e Universitaria, Modena.
Dom João II: Príncipe Perfeito

 Expansão para o sul: imperialismo português;


 Monopólio do comércio africano;
 Rota de distribuição dos produtos na Europa: circuito mercantil;
 1480: interesse pelo comércio de especiarias da Ásia.
 Dom João II: anuncia ao Papado a proximidade da descoberta da rota marítima para
a Ásia.
 Fim do monopólio do comércio das especiarias asiáticas: rotas de
navegação marítima (Bartolomeu Dias e Vasco da Gama) e terrestre
(Pero de Covilhã).
 Dom Manuel e a rota para as Índias (1499): retorno de Vasco da Gama.
 Carta a Roma: dom Manuel “Senhor da Guiné e da conquista, navegação e comércio
da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia”.
 Economia: controle português sobre o comércio das especiarias da Ásia;
 Religião: busca pelo reino cristão de Preste João.

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