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Lógica História – E. P.

Thompson
Paradigma Indiciário – Carlo
Ginzburg
PROF. DR. ANDRÉ LUIZ DA
SILVA
EDWARD PALMER
THOMPSON

• Edward Palmer Thompson, historiador inglês, nasceu em


Oxford, Inglaterra, em 3 de fevereiro de 1924.
• Era um marxista convicto e respeitado no campo da história
no século XX.
• Atuou na Segunda Guerra Mundial na luta contra o fascismo
e Benito Mussolini na Itália.
• Realizou seus estudos no Colégio Corpus Christi, em
Cambridge, e tornou-se militante do Partido Comunista
Britânico.
• Em 1946, fundou um grupo de estudos marxistas com nomes

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notáveis como Christopher Hill, Eric Hobsbawm, entre
outros.
• Lecionou em várias universidades, com destaque para a
Universidade de Leeds, onde desenvolveu cursos noturnos
para a classe trabalhadora.
• Contribuiu para as raízes teóricas dos Estudos Culturais, 2
juntamente com Raymond Williams e Richard Hoggart.
EDWARD PALMER
THOMPSON

• Defendeu uma pedagogia mais flexível e centrada no


potencial do aluno.
• Sua obra mais conhecida é "A Formação da Classe
Operária Inglesa" em 3 volumes.
• Abordou questões sociais, história do trabalho e cultura,
com ênfase na classe trabalhadora.
• Desvinculou-se do Partido Comunista em 1956 devido às
práticas stalinistas.
• Militou no movimento pacifista antinuclear na década de

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80.
• Retomou a carreira acadêmica e lecionou em diversas
universidades, incluindo Queen's University no Canadá,
Universidade de Manchester na Inglaterra e
Universidade de Rutgers.
• Faleceu aos 69 anos em 28 de agosto de 1993, na cidade 3
de Worcester.
A LÓGICA HISTÓRICA.

Thompson define a "Lógica Histórica" como um método lógico de


investigação adequado a materiais históricos, destinado, na medida do
possível, a testar hipóteses quanto à estrutura, causação etc., e a
eliminar procedimentos autoconfirmadores ("instâncias", "ilustrações").
Ele argumenta que a lógica histórica é uma lógica característica,
adequada ao material do historiador, e que não deve ser enquadrada nos
mesmos critérios da lógica da física. Thompson também argumenta que
a história não oferece um laboratório de verificação experimental, mas

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oferece evidências de causas necessárias, embora nunca de causas
suficientes, pois as "leis" do processo social e econômico estão sendo
continuamente infringidas pelas contingências.
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A LÓGICA HISTÓRICA.

Thompson argumenta que a lógica histórica é uma forma de raciocínio que


leva em conta a complexidade e a contingência dos eventos históricos. Ele
defende que a história é moldada pela ação humana e pela luta de classes, e
que a teoria deve levar em conta esses fatores. Além disso, Thompson
critica a visão de que a história é determinada por estruturas sociais e
econômicas, argumentando que isso ignora a importância da ação humana
na mudança histórica. Em vez disso, ele defende que a história é moldada
pela ação humana e pela luta de classes, e que a teoria deve levar em conta

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esses fatores. Em resumo, a lógica histórica é uma forma de raciocínio que
leva em conta a complexidade e a contingência dos eventos históricos, e
que busca entender a história como resultado da ação humana e da luta de
classes
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CARLO GINZBURG
• Carlo Ginzburg é um renomado historiador e antropólogo italiano.
• Nasceu em 15 de abril de 1939 em Turim, Itália, filho do tradutor Leone Ginzburg e
da romancista Natalia Ginzburg.
• Estudou na Escola Normal Superior de Pisa e no Instituto Warburg em Londres,
Inglaterra.
• Formou-se em História e lecionou na Universidade de Bolonha, Itália.
• Lecionou em várias universidades nos Estados Unidos, incluindo Harvard, Yale,
Princeton e da Califórnia.
• Ocupou a cadeira de Renascimento Italiano no Departamento de História da
Universidade da Califórnia por duas décadas.
• Mais tarde, retornou à Escola Normal Superior de Pisa para lecionar cultura europeia.
• É um dos intelectuais mais notáveis da Itália, e seus livros foram traduzidos para 15
línguas.

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CARLO GINZBURG
• Tornou-se um dos principais nomes da Microhistória, uma escola historiográfica que foca
em eventos e fontes negligenciados pela história tradicional.
• Seu livro "Os Andarilhos do Bem" analisa crenças religiosas populares no início da Idade
Moderna, usando fontes de processos inquisitoriais.
• O livro "O Queijo e os Vermes" (1976) é seu trabalho mais conhecido, explorando a vida
de um camponês italiano considerado herege pela inquisição.
• Outros livros notáveis incluem "História Noturna" (1991), "Mitos, Emblemas e Sinais"
(1989) e "Olhos de Madeira" (2001).
• Recebeu vários prêmios, incluindo o Prêmio Antonio Feltrinelli em 2005 e o Prêmio
Balzan em 2010.
• É membro honorário da Academia Americana de Artes e Ciências e colabora com
importantes revistas de Ciências Humanas, como "Past and Present", "Annales" e
"Quaderni Storici".

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PARADIGMA INDICIÁRIO

O Paradigma Indiciário, segundo Carlo Ginzburg, é um método de


investigação que parte do pressuposto de que a realidade está
repleta de pequenos detalhes e indícios que permitem decifrá-la em
profundidade. Esse método é inspirado em práticas divinatórias e
detetivescas, que buscam interpretar sinais aparentemente
insignificantes para chegar a conclusões mais amplas e complexas.
O Paradigma Indiciário valoriza a análise minuciosa de fontes e a

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conexão entre diferentes áreas do conhecimento para enriquecer a
compreensão da realidade.

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PARADIGMA INDICIÁRIO

Em resumo, o Paradigma Indiciário de Ginzburg se


relaciona com a história da arte e a antropologia ao propor
uma abordagem metodológica que valoriza a análise
minuciosa de fontes e a conexão entre diferentes áreas do
conhecimento. Essa abordagem permite uma compreensão
mais ampla e profunda das práticas culturais e das obras

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de arte, e pode ser aplicada em diversas áreas do
conhecimento.
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS

GINZBURG, Carlo.
Sinais: raízes de um
paradigma indiciário. In: THOMPSON, E.P. A
____. Mitos, Emblemas e Miséria da Teoria. Rio de
Sinais. São Paulo: Janeiro: Zahar, 1981.

BIBLIOGRAFIA CLÁSSICA
Companhia das Letras,
1989.

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