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Instituto Superior de Imagem e

Comunicação de Moçambique
Produção conjunta
Curso: Gestão Empresarial
Turma:GED2A
Docente: Msc. Nataniel Parruque
Discentes: Vanila André Cumba
Iyara Carina Simba
Mateus Alberto Magaia
Natércia Tomas Manave
Shania Vaid Khan
Cristiam de Isabel Mucavele
Edna Samuel 1
Introdução
• E fundamental o conhecimento de processos e fundamentos
para a fabricação de produtos. De forma sistemática o
processo de produção de dois ou mais produtos denomina-se
produção conjunta e obtemos várias transformações múltiplas
através do regime de fabricação múltipla e que são
classificados em co-produtos e subprodutos. Tendo em conta
a forma de custeio, o custeio dos produtos implicara, o
apuramento de custos específicos e custos conjuntos

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Continuacao

•Os processos produtivos das empresas podem ser simples ou múltiplos.


•Os processos produtivos simples são aqueles cujo objecto é a fabricação
de um único produto. Os processos produtivos múltiplos são aqueles
através dos quais se obtêm vários produtos diferentes.
•Por outro lado, os processos produtivos podem ser disjuntos ou
conjuntos.

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Produção Disjunta

•É um regime de fabricação múltipla em que, a partir da


transformação das matérias-primas, se obtêm vários produtos
autónomos, isto é, a produção de cada um deles não depende
dos outros.

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Produção conjunta

•Considera-se que uma empresa labora em produção conjunta quando a


fabricação de um produto obriga necessariamente à fabricação de dois ou mais
produtos, a partir da transformação de uma matéria-prima.
•Exemplos:
 Obtenção do petróleo, gasóleo e fuel a partir da destilação do petróleo bruto;
 Produção de leite, manteiga, queijo e soro a partir do leite;

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Custos conjuntos

•São aqueles que respeitam a um processo produtivo de que


resultam dois ou mais produtos e que até determinada fase de
fabricação ( o chamado ponto de separação) não se podem
identificar como produtos distintos.

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Designação dos produtos conjuntos

•Os produtos têm as seguintes designações consoante a sua importância


relativa: co-produtos e Resíduos
•Designam-se co-produtos os produtos conjuntos que têm idêntica importância
relativa.
•Designam-se também por produtos principais. No abate de perus, por exemplo,
podem considerar-se os diversos produtos obtidos (bife, pernas, asas e miúdos)
como co-produtos.
•O mesmo acontece com a gasolina, o gasóleo, e o fuelóleos, produtos
derivados da refinação do petróleo.
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Subproduto
•Os produtos têm as seguintes designações consoante a sua importância
relativa: co-produtos e Resíduos
•Designam-se co-produtos os produtos conjuntos que têm idêntica importância
relativa.
•Designam-se também por produtos principais. No abate de perus, por exemplo,
podem considerar-se os diversos produtos obtidos (bife, pernas, asas e miúdos)
como co-produtos.
•O mesmo acontece com a gasolina, o gasóleo, e o fuelóleos, produtos
derivados da refinação do petróleo.
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Co-produtos e subprodutos
•Os produtos conjuntos podem obter se em proporções fixas e variáveis
•No primeiro a proporcionalidade entre os produtos permanece invariável. A
relação técnica entre o facto gerador (matérias primas) e os factos
gerados(produção conjunto) e estável.
• Grosso modo na industria de carnes o custo de produção de lombos e filetes
e sensivelmente o mesmo custo de produção de apenas lombos visto que a ateria
prima (res) mantem uma proporção fixa com os produtos obtidos lombos e filetes

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4.3. Critérios de repartição dos custos conjuntos pelos produtos
4.3.1. Co-produtos
Na produção conjunta existe habitualmente, dificuldade na obtenção dos custos reais que estão imputados a cada um dos
produtos, pelo que se utilizam para cálculo dos custos por produto, métodos ou critérios que permitem repartir os custos
conjuntos pelos diversos produtos (coprodutos, subprodutos e resíduos); embora os custos industriais unitários dos produtos
conjuntos não tenham relevância para se tomarem decisões relacionadas com a sua rendibilidade, visto não influenciarem o
aumento ou diminuição da produção, nem quaisquer transformações a efectuar nos produtos.
Quanto aos coprodutos, adaptam-se, entre outros, os seguintes critérios:

1. Das quantidades produzidas (ou do custo unitário médio) - repartem-se os custos conjuntos pelos
produtos proporcionalmente às quantidades obtidas de cada um deles. Usado quando os produtos
principais se encontram expressos na mesma unidade de medida. Apresenta o inconveniente de não
atender ao valor comercial nem aos custos específicos industriais e não industriais dos produtos.

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2. Do valor de venda da produção - consiste em repartir os custos conjuntos pelos produtos proporcionalmente ao respectivo valor de
venda da produção. Ultrapassa as limitações do anterior ao
permitir a sua aplicação em produtos expressos em unidades de medida diferentes e ao ponderar o valor
comercial de cada produto. Porém, apresenta ainda o inconveniente de não levar em conta os custos
específicos industriais e não industriais dos diversos produtos;
3. Do valor de venda da produção reportado ao ponto de separação - repartem-se os custos conjuntos
pelos produtos proporcionalmente ao seu valor de venda no ponto de separação, isto é, ao valor de venda
da produção deduzido dos custos específicos industriais e não industriais.

Ilustração dos critérios


Considere o seguinte exemplo da empresa "Xitala Mati, Lda.":
Produto Quantidades Preço de venda por unidade
produzidas (Cts)
A 12.000 2,0
B 8.000 2,5
C 4.000 4,0
Custos conjuntos: 48.000 contos.
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Petende-se a repartição do custo conjunto utilizando os critérios acima referidos.
a) Critério das quantidades produzidas
Produto Quantidade % da quantidade C. total no ponto de separação
produzida produzida (em Cts)
A 12.000 50,00 24.000
B 8.000 33,3(3) 16.000
C 4.000 16,6(6) 8.000
total: 24.000 100,00 48.000

b) Critério do valor de venda da produção


Produto Quantidade Preço de Receita % de Custo total no ponto de
produzida Venda (Cts) Total Receita separação (em Cts)
Total
A 12.000 2,0 24.000 40,00 19.200
B 8.000 2,5 20.000 33,3(3) 16.000
C 4.000 4,0 16.000 26,6(6) 12.800
60.000 100,00 48.000
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c) Critério do valor de venda da produção reportado ao ponto de separação
No exemplo, suponhamos que se verificaram ainda os seguintes custos para o acabamento dos produtos B e C:
Produto B 4.000 Cts;
Produto C 6.000 Cts.

Produto Quantid. Preço de Receita Custo Receita % relativa Custo


Prod. Venda (Cts) Total posterior Total no da RT no Total no
ao ponto de ponto de no ponto ponto de separação
separação separação d separação
A 12.000 2,0 24.000 - 24.000 48 23.040
B 8.000 2,5 20.000 4.000 16.000 32 15.360
C 4.000 4,0 16.000 6.000 10.000 20 9.600
60.000 10.000 50.000 100 48.000
Custo total = Custo no ponto de separação + custo posterior ao ponto de separação

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Produto Custo no Custo Custo total Quantidade Custo unitário
ponto de posterior ao produzida
separação ponto de
separação
A 23.040 - 23.040 12.000 1$92
B 15.360 4.000 19.360 8.000 1$42
C 9.600 6.000 15.600 4.000 3$90
48.000 10.000 58.000 24.000

4.3.2. Subprodutos
Para a valorização dos subprodutos podem ser utilizados os seguintes critérios:
1. Custo nulo - os produtos principais (co-produtos) suportam todos os custos conjuntos e assume-se que os subprodutos
não possuem qualquer custo. Os produtos principais ficam, por conseguinte, com um custo superior e o valor de venda dos
subprodutos representa, na sua totalidade, um lucro para os mesmos.
2. Lucro nulo – no lucro nulo os subprodutos nao propociam qualquer resultado pelo o valor de venda (deduzido dos gastos
com a venda) e subtraido aos custos conjunto o valor dos custos atribuidos aos co-produtos.

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Ilustração dos critérios
Os vários critérios ligados aos subprodutos exercem um efeito sobre os custos totais e unitários dos produtos principais.
Vejamos o seguinte exemplo (valores em MTn):
Matérias-primas 6.000
Mão-de-obra directa 8.000
Gastos gerais de fabrico 4.300
18.300
Outros elementos:
Subproduto "C":
Valor estimado no mercado 300 Cts;
Despesas de venda 45 Cts;
Margem de lucro 15 Cts;
Custos de transformação (tratamento adicional) 20 Cts.
Pretende-se: o cálculo do custo dos produtos principais (A e B) e do subproduto C.
NB: O custo conjunto é repartido com base nas qualidades produzidas.
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a) Critério do custo nulo.
Considera-se que o subproduto não tem qualquer valor comercial. Neste caso, a totalidade dos custos conjuntos é
repartida pelos produtos principais:
Produto "A": (2.500/4.500) * 18.300 = 10.167
Produto "B": (2.000/4.500) * 18.300 = 8.133
18.300

b) Critério do lucro nulo


Considera-se o valor estimado no mercado do subproduto - deduzido das despesas de venda e custos adicionais -
como seu custo:
Custo do subproduto "C": 300 - (45+20) = 235Cts
Custo conjunto de "A" e "B": 18.300-235 = 18.065 Cts
Base de rateio: medição quantitativa da produção:
Produto "A": (2.500/4.500) * 18.065 = 10.036 Cts
Produto "B": (2.000/4.500) * 18.065 = 8.029 Cts
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18.065 Cts
Variantes do critério do lucro nulo
(i) Considerar o custo do subproduto igual ao seu preço de venda deduzido das despesas de venda:
Custo do subproduto: 300-45=255 Cts
Custo conjunto dos produtos principais: 18.300-255 = 18.045 Cts
Rateio do custo conjunto (medição quantitativa):
Produto "A": (2.500/4.500) * 18.045 = 10.025 Cts
Produto "B": (2.000/4.500) * 18.045 = 8.020 Cts
18.045 Cts
(ii) Considerar o custo do subproduto igual ao seu preço de venda deduzido das despesas de venda e a margem de lucro:
Custo do subproduto: 300-(45+15=60) = 240 Cts
Custo conjunto dos produtos principais: 18.300-240 = 18.060 Cts
Rateio do custo conjunto (medição quantitativa):
Produto "A": (2.500/4.500) * 18.060 = 10.033 Cts
Produto "B": (2.000/4.500) * 18.060 = 8.027 Cts
18.060 Cts
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(iii) Considerar o custo do subproduto "C" igual ao seu preço de venda deduzido das despesas de venda,
margem de lucro e custos adicionais de transformação:
Custo do subproduto: 300-(45+15+20=80) = 220 Cts
Custo conjunto dos produtos principais: 18.300-220 = 18.080 Cts
Rateio do custo conjunto (medição quantitativa):
Produto "A": (2.500/4.500) * 18.080 = 10.044 Cts
Produto "B": (2.000/4.500) * 18.080 = 8.036 Cts
18.080 Cts
4.3.3. Resíduos
Quando os resíduos têm valor de mercado - este é conhecido – e poderá adoptar-se um critério idêntico ao referido para os
subprodutos, isto é, atribuir-se um custo igual ao seu valor de venda.
São frequente os casos em que os resíduos não têm qualquer valor de venda. Neste caso, não se atribui ao resíduo qualquer
custo aquando da sua obtenção e, no caso de ser conseguido qualquer proveito com a sua venda, aquele é considerado no
resultado do produto ou produtos que o ocasionaram. Noutros casos, além de não terem qualquer valor, acontece que a
remoção dos resíduos da fábrica ocasiona encargos que devem ser considerados do produto ou produtos que os ocasionaram.
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4.3.4. Escolha dos critérios
Põe-se, agora, a questão de seleccionar qual dos critérios atrás referidos para a repartição dos custos conjuntos pelos co-produtos deve ser
adoptado no caso concreto.
A questão liga-se também com a utilização dos custos industriais que a partir daqueles critérios se determinam.
Aquela utilização limita-se à avaliação dos stocks de produtos existentes no fim de cada período contabilístico e, por conseguinte, à
determinação dos resultados. Com efeito, os custos unitários determinados a partir daqueles co-produtos serão valorizados por custos unitários
que, relativamente ao respectivo valor de venda reportado ao ponto de separação, se traduzem por percentagens iguais.

4.4. Os custos conjuntos e a tomada de decisões


Os custos industriais unitários determinados para os produtos conjuntos não servem para tomar decisões relacionadas com a rentabilidade
daqueles, nomeadamente as que se relacionam com:
1. O aumento ou redução da produção, pois não se pode aumentar ou reduzir isoladamente a produção de um produto, pois esta arrastará,
necessariamente, a produção do outro. Tendo em conta que na produção conjunta não é possível conhecer qual a parte dos custos conjuntos que
cada produto respeita, decisões deste tipo só podem ser tomadas a partir do resultado global do grupo de produtos em causa.
2. Transformação adicional que deve ser feita aos produtos obtidos no ponto de separação. A questão que se coloca é: "vender o produto no
estado em que se obtém no ponto de separação ou efectuar operações de transformação adicionais, e qual a profundidade destas". Estas decisões
deverão basear-se na comparação dos proveitos adicionais resultantes da transformação em causa com os custos específicos do produto que
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aquela ocasiona.

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