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SEMINTER VII

TRABALHO, RENDA E SOBREVIVÊNCIA DURANTE O PRIMEIRO ANO DE


PANDEMIA DE COVID-19: OS DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS VENDEDORES
AMBULANTES QUE ATUAM NO CENTRO DE CAMAÇARI

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLOGIAS CARLOS BRASILEIRO JANDERSON CORREIA
CURSO DE DIREITO CAROLINE LEAL MILENA BENTO
ORIENTADORA: PROFA. DRA. ADRIANA WYZYKOWSKI CLEUMA XAVIER WALLACE NASCIMENTO
COORIENTADOR: PROF. DR. JOSÉ ARAÚJO AVELINO JACKSON LEITE
CAMPUS XIX – CAMAÇARI
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TEMA, PROBLEMA E HIPÓTESE

• TEMA: Trabalho, renda e sobrevivência durante o primeiro ano de pandemia de covid-


19: os desafios enfrentados pelos vendedores ambulantes que atuam no centro de
Camaçari.

• PROBLEMA: Quais os desafios enfrentados pelos vendedores ambulantes que atuam


no centro de Camaçari durante o primeiro ano de pandemia?

• HIPÓTESE: O trabalho ambulante é uma atividade que possui riscos inerentes ao seu
exercício, e com o surgimento da pandemia da covid-19 esses riscos foram
acentuados, comprometendo a captação de renda por parte dos trabalhadores
ambulantes.

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OBJETIVOS DA PESQUISA

• OBJETIVO GERAL: Analisar quais foram os desafios enfrentados pelos vendedores


ambulantes que atuam no centro da cidade de Camaçari-BA durante o primeiro ano
de pandemia.

• OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Realizar uma abordagem conceitual sobre o trabalho


ambulante e suas dimensões; Observar de que maneira o contexto pandêmico afetou
a captação de renda por parte dos vendedores ambulantes; Traçar um perfil
socioeconômico desses sujeitos; Verificar quais programas e políticas públicas os
vendedores tiveram acesso.

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JUSTIFICATIVA E METODOLOGIA

• JUSTIFICATIVA: Relevância temática (os desafios enfrentados pelos trabalhadores


ambulantes no contexto de pandemia); aspectos jurídicos (proteção e garantia de
direitos básicos desse grupo); aspectos econômicos (os impactos do trabalho informal
na economia do Município); aspectos sociais (os dilemas impostos pela desigualdade
social).

• METODOLOGIA: Método (hipotético dedutivo - Popper 1978); técnica de pesquisa:


pesquisa bibliográfica e estudo de campo (questionário quali-quantitativo).

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DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO

2 DA ESCRAVIDÃO AO DIREITO FUNDAMENTAL AO TRABALHO: BREVES CONSIDERAÇÕES

3 O TRABALHO AMBULANTE E SUAS DIMENSÕES

4 AS REPERCUSSÕES DA PANDEMIA NO MUNICÍPIO DE CAMAÇARI E OS REFLEXOS NO


MUNDO DO TRABALHO

4.1 POLÍTICAS ASSISTENCIAIS DESTINADAS AOS TRABALHADORES INFORMAIS NO


CONTEXTO DA PANDEMIA

4.2 OS DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS TRABALHADORES AMBULANTES QUE ATUAM NO


CENTRO DA CIDADE

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OS DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS TRABALHADORES AMBULANTES
QUE ATUAM NO CENTRO DE CAMAÇARI

Tabela 1. Faixa etária dos respondentes

Faixa etária Frequência %


Menor de 18 anos 0 0%
De 18 a 25 anos 1 5%
De 26 a 35 anos 5 25%
De 36 a 45 anos 4 20%
De 46 a 55 anos 4 20%
Mais de 55 anos 6 30%
Total 20
Fonte: Elaborado pelo autor (2022).
100%
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OS DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS TRABALHADORES AMBULANTES
QUE ATUAM NO CENTRO DE CAMAÇARI

Tabela 2. Gênero

Gênero Frequência %
Masculino 10 50%
Feminino 8 40%
Não quero declarar 2 10%
Total 20 100%

Fonte: Elaborado pelo autor (2022).

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OS DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS TRABALHADORES AMBULANTES
QUE ATUAM NO CENTRO DE CAMAÇARI

Tabela 3. Cor/raça
Raça/cor Freqûencia %
Negra 11 55%
Branca 0 0%
Parda 9 45%
Amarela 0 0%
Indígena 0 0%
Total 20
Fonte: Elaborado pelo autor (2022). 100%

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OS DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS TRABALHADORES AMBULANTES
QUE ATUAM NO CENTRO DE CAMAÇARI
Tabela 4. Grau de escolaridade

Grau de escolaridade Freqûencia %


Ensino Fundamental incompleto 10 50%

Ensino Fundamental completo 3 15%

Ensino médio incompleto 0 0%


Ensino médio completo 7 35%
Ensino superior 0 0%
incompleto/completo

Total 20 100%
Fonte: Elaborado pelo autor (2022).

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OS DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS TRABALHADORES AMBULANTES
QUE ATUAM NO CENTRO DE CAMAÇARI
Tabela 5. Atividade que desenvolve

Atividade que desenvolve Freqûencia %


Venda de sorvete 2 10%
Venda de frutas 5 25%
Venda de água de coco 3 15%
Venda de churros 1 5%%
Venda de acessórios 8 40%
Venda de ervas e raízes 1 5%
Total 20 100%
Fonte: Elaborado pelo autor (2022).

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OS DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS TRABALHADORES AMBULANTES
QUE ATUAM NO CENTRO DE CAMAÇARI

Tabela 6. Se recebeu o Auxílio Emergencial

Recebeu o auxílio Frequência %


emergencial

Sim 11 55%
Não 9 45%
Total 20 100%
Fonte: Elaborado pelo autor (2022).

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OS DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS TRABALHADORES AMBULANTES
QUE ATUAM NO CENTRO DE CAMAÇARI

Tabela 7. Se foi assistido (a) por alguma política


socioassistencial a nível municipal

Foi assistido pelo Freqûencia %


município?

Sim 10 50%
Não 10 50%
Total 20 100%
Fonte: Elaborado pelo autor (2022).

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OS DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS TRABALHADORES AMBULANTES
QUE ATUAM NO CENTRO DE CAMAÇARI

Tabela 8. Se continuou exercendo a atividade durante


o ano de 2020

Continuou Frequência %
trabalhando em 2020?

Sim 13 65%
Não 7 35%
Total 20 100%
Fonte: Elaborado pelo autor (2022).

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OS DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS TRABALHADORES AMBULANTES
QUE ATUAM NO CENTRO DE CAMAÇARI

Quais desafios enfrentados para manter as atividades e garantir a sobrevivência


durante o primeiro ano de pandemia?

• A diminuição do fluxo de pessoas nas ruas;


• Aumento dos preços e a redução da disponibilidade dos produtos;
• O medo de contrair o vírus.

• “O fato de as lojas estarem fechadas foi ótimo para mim, porque as pessoas só
vinham comprar roupas na minha mão. Eu fiz muito dinheiro, cheguei até a comprar
uma moto” (Vendedor de roupas, 2022).

• “Eu salvei muitas vidas” (Vendedor de plantas medicinais, 2022).


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CONSIDERAÇÕES FINAIS
• O trabalho é um elemento inerente ao desenvolvimento das relações humanas;

• A exclusão do mercado formal contribui para a ascensão da atividade informal;

• O surgimento da pandemia de Covid-19 impactou a vida dos trabalhadores


ambulantes que atuam no centro de Camaçari;

• As políticas socioassistenciais federal, estadual e municipal não alcançou a todas


pessoas que necessitavam;

• A pandemia potencializou a condição de vulnerabilidade dos sujeitos;

• É necessário a criação de políticas públicas socioassistenciais (no âmbito municipal)


mais inclusivas, sobretudo em tempos atípicos como foi o caso do contexto
pandêmico.
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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Joelio Santos et al. Impacto da pandemia COVID-19 nas atividades operacionais das empresas que atuam no complexo Ford industrial em Camaçari-BA. In:
XXVIII Congresso Brasileiro de Custos. Associação Brasileira de Custos, 2021. Disponível em: https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/view/4908/4922. Acesso
em: 15 de mai. de 2022.

ARANTES, José Tadeu. Estudo avalia a vulnerabilidade de trabalhadores na crise causada pela pandemia de COVID-19. Agência FAPESP, 30 de abril de 2020. Disponível
em: https://agencia.fapesp.br/estudo-avalia-a-vulnerabilidade-de-trabalhadores-na-crise-causada-pela-pandemia-de-covid-19/33065/. Acesso em: 12 abr. 2022.

ARAÚJO, Iara Soares de; BRANDÃO, Viviane Bernadeth Gandra. Trabalho e renda no contexto da pandemia de covid-19 no Brasil. Revista Prâksis, Universidade
Feevale, a. 18, n. 2, 2021, p. 96-111. Disponível em: https://periodicos.feevale.br/seer/index.php/revistapraksis/article/view/2545. Acesso em: 12 abr. 2020.

BELOQUE, Leslie Denise. A cor do trabalho informal: uma perspectiva de análise das atividades informais. 2007. Tese. (Doutorado em Ciências Sociais) – Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo, PUC-SP, São Paulo. Orientadora: Profa. Dra. Leila Maria da Silva
Blass. Disponível em: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/3785. Acesso em: 12 abr. 2022.

BRASIL. Portaria nº 188, de 3 de fevereiro de 2020. Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), 2020a. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/Portaria/prt188-20-ms.htm. Acesso em: 12 abr. 2022.

BRASIL. Lei 13.982, de abril de 2020. Altera a Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993 para dispor sobre parâmetros adicionais de caracterização da situação de
vulnerabilidade social [...], 2020b. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
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COSTA, Márcia da Silva. TRABALHO INFORMAL: um problema estrutural básico no entendimento das desigualdades na sociedade brasileira. CADERNO CRH, Salvador, v.
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REFERÊNCIAS
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https://www.scielo.br/j/se/a/xJ7mwmL7hGx9dPDtthGYM3m/. Acesso em: 08 mai. 2022.

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https://periodicos.unb.br/index.php/rbb/article/view/7966. Acesso em: 12 abr. 2022.

PAMPLONA FILHO, Rodolfo; FERNANDEZ, Leandro. Panorama das alterações trabalhistas durante a pandemia da covid-19. Revista de Direito da UNIFACS – Debate
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PREFEITURA DE CAMAÇARI. Vale Cesta em Camaçari já beneficiou 60 mil famílias. Prefeitura de Camaçari, 21 de julho de 2020. Disponível em:
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70% dos profissionais com mais de 40 anos já sofreram preconceito no mercado de trabalho, mostra pesquisa. Portal G1 Notícias. Disponível em:
https://g1.globo.com/economia/concursos-e-emprego/noticia/2021/05/19/70percent-dos-profissionais-com-mais-de-40-anos-ja-sofreram-preconceito-no-mercado-
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SILVA, Pedro Henrique Isaac. O mundo do trabalho e a pandemia de covid-19: um olhar sobre o trabalho informal. Caderno de Administração, Universidade Estadual
de Maringá, v. 28, Ed. Esp., 2020, p. 66-70. Disponível em: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/CadAdm/article/view/53586. Acesso em: 12 abr. 2022.

TORRES, Tatiana de Lucena et al. Representações Sociais do Trabalho informal para Trabalhadores por Conta Própria. Revista Subjetividades, v. 18, n.3, 2018, p. 01-16.
Disponível em: https://www.redalyc.org/journal/5275/527562771003/527562771003.pdf. Acesso em: 09 mai.2022.

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