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MASSAGEM

MODELADORA E
BANDAGENS NO FEG E
NA LIPODISTROFIA
LOCALIZADA
Profª. MSc. Ana Catharine Lima

PÓS GRADUAÇÃO EM ESTÉTICA MULTIPROFISSIONAL E DEMATOFUNCIONAL


IMAGEM CORPORAL
IMAGEM CORPORAL
FIBROEDEMAGELÓIDE
“Desordem localizada que afeta o tecido dérmico e
subcutâneo com alterações vasculares e lipodistrofia
com resposta esclerosante, que resulta no inestético
aspecto macroscópico.”
(Elaine Guirro)

“Uma patologia multifatorial, que resulta na


degeneração do tecido adiposo, passando pelas fases
de alteração da matriz intersticial, estase
microcirculatória e hipertrofia dos adipócitos, com
evolução para fibrose cicatricial.”
(Leonora Medeiros)
TESTES ESPECÍFICOS
 CASCA DE LARANJA
TESTES ESPECÍFICOS
 Teste de Preensão (Pinch Teste)
TESTE DE PREENSÃO
GRADUAÇÃO DA DOR

SEM DOR
DOR FRACA
DOR DESCONFORTÁVEL
DOR ANGUSTIANTE
DOR TORTURANTE

(CARVALHO, 1994)
FIBROEDEMAGELÓIDE
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FASE EVOLUTIVA
GRAU I - assintomática, apenas alterações histopatológicas
iniciais seriam encontradas;
GRAU II – irregularidades no relevo cutâneo, visível pela
compressão ou contração muscular; diminuição da temperatura e
elasticidade da pele, palidez;
GRAU III – aspecto de “casca de laranja”, nódulos frios na
profundidade, dor à palpação, palidez, redução da temperatura e
elasticidade da pele;
GRAU IV – nódulos maiores e dolorosos, mais visíveis e mais
palpáveis, aderidos aos planos profundos, além da aparência
fortemente ondulada da pele.

(KEDE e SABATOVICH, 2004)


FIBROEDEMAGELÓIDE
FIBROEDEMAGELÓIDE
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CONSISTÊNCIA DA PELE
DURA – ocorre em pacientes jovens, com tecidos com boa
tonicidade e que praticam atividade física regular, o aspecto casca
de laranja aparece ao beliscar a pele e não muda de acordo com a
posição;
FLÁCIDA – acomete pessoas sedentárias ou com antecedentes
desportivos, sendo mais comum em mulheres inativas que
perderam peso rapidamente. Mais frequente após terceira década.
A aparência muda conforme a posição;
EDEMATOSA – acomete mulheres jovens que tomam
anticoncepcionais. O sinal de casca de laranja é precoce, com
péssimo prognóstico qto a reversão do processo;

MISTA – quando há a presença de mais de um tipo.


(KEDE e SABATOVICH, 2004)
FIBROEDEMAGELÓIDE
CLASSIFICAÇÃO QTO À PROPORÇÃO DO TECIDO ADIPOSO
FEG PURO – comum em mulheres magras, sem gordura
circunscrita ou geral; acredita-se que ocorra pela compressão
vascular. Predileção por culotes, face interna das coxas e joelhos e
região lombar;
FEG COMPOSTO (GORDURA CIRCUNSCRITA) – comum após o
parto ou após a puberdade; caracteriza-se por uma adiposidade
circunscrita acompanhada de placas rígidas sobre abdômen e
culotes;
FEG COMPOSTO (OBESIDADE) – comum em pacientes com mais
de 40 anos que apresentam grande sobrecarga lipídica e retenção
hidrossalina. Apresenta-se de forma difusa e associada a
obesidade.

(GUIRRO & GUIRRO, 2004)


FEG
ou
FLACIDEZ MUSCULAR ?
GORDURA LOCALIZADA
CLASSIFICAÇÃO
QUANTO A
DISTRIBUIÇÃO:

Andróide (maçã): maior


concentração na região
abdominal (central), gordura
visceral, maior risco de
problemas por coronopatias;
Ginóide (pêra): maior
concentração na coxas e
quadris (periférica), gordura
não visceral, menor risco de
problemas por coronopatias.
GORDURA LOCALIZADA
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO ASPECTO:

Flácida: aparência acolchoada, fácil palpação e


mobilidade. Acomete pessoas sedentárias, pessoas que
perdem muito peso, ou com baixo trofismo muscular. Este
tipo de gordura muda de posição com o movimento.
Compacta: dura, difícil palpação, presença de dor à
palpação, acomete pessoas com bom trofismo muscular e
atletas. Este tipo de gordura não muda de posição com o
movimento.
Mista: são os dois tipos (flácida e compacta) em regiões
diferentes.
MASSAGEM MODELADORA E/OU
MASSAGEM CLÁSSICA???
EFEITOS CIRCULATÓRIOS - Pemberton e Scull relatam que a massagem
causa definido aumento na velocidade de circulação sanguínea. Como
evidência mencionam a hiperemia cutânea, a elevação da temperatura da
pele, e, microscopicamente, um enchimento de maior número de capilares
da pele em atividade.
EFEITOS NEUROMUSCULARES - “Segundo Guirro, a massagem
clássica apresenta efeito benéfico pós-exercícios por ↑ a circulação c/
eliminação + rápida de substâncias residuais, melhoram a nutrição das
miofibrilas e eliminam o líquido extravascular, possibilitando o aumento da
excitabilidade e contratilidade”.
EFEITOS METABÓLICOS - Segundo Guirro, já era conhecido desde a
década de 1940, que a massagem isoladamente não promovia a redução
ponderal. Também não se encontra fundamentação cientifica para as
chamadas “massagens modeladoras”, as quais se atribui um deslocamento
de tecido gorduroso para determinadas regiões.
MANOBRAS DE MASSAGEM

Deslizamento superficial;

Deslizamento profundo;

Amassamento.
MANOBRAS DE MASSAGEM
DESLIZAMENTO SUPERFICIAL
■ Leves, suaves e rítmicos;
■ Pressão quase imperceptível e uniforme;
■ Efeito principal: reflexo;
■ Usada no início e fim da massoterapia.
MANOBRAS DE MASSAGEM

DESLIZAMENTO PROFUNDO
■ Pressão causa efeito mecânico e reflexo;
■ Efeitos favorecem esvaziamento venoso e linfático;
■ Atua sobre a pele e tec. subcutâneo (circulação e
drenagem);
MANOBRAS DE MASSAGEM
AMASSAMENTO
 É a mobilização do tecido muscular;
 Pressão intermitente;
 Efeito principal: mecânico (circulação e aderências);
BANDAGENS

 Considera-se bandagem todo e qualquer material


utilizado para imobilizar parcial ou totalmente uma
área externa do corpo humano, com o objetivo de
tratamento. A bandagem é um método de
tratamento que pode ser utilizado isoladamente,
mas que apresenta resultados mais expressivos
quando associada a outras modalidades
terapêuticas.
BANDAGENS - CARACTERÍSTICAS

 Alternativa coadjuvante;
 Materiais: ataduras ou fitas;
 Associadas a algum ativo cosmético ou não;
 Indicações: lipodistrofia localizada (gordura
localizada), fibroedemageloide (celulite) e edemas
diversos.
FUNDAMENTOS PARA USO DAS BANDAGENS

 Ação dérmica – sobre mecanorreceptores;

 Sistema linfático – edema e FEG;

 Sistema tegumentar – cicatrizes;

 Tecido adiposo – Lipodistrofia localizada.


BANDAGEM TERMOTERÁPICA

 Na área da estética, a bandagem termoterápica diz


respeito ao uso de bandagem compressiva (atadura)
aplicada a uma região corporal após a aplicação de um
agente cosmético, que irá agir no tecido adiposo por
meio da temperatura, esfriando ou aquecendo esse
tecido de acordo com os objetivos. Conforme o ativo
cosmético utilizado, a bandagem termoterápica será
classificada em fria ou crioterápica e em quente.
BANDAGEM FRIA

 Vasoconstricção e redução da temperatura corporal no


local;
 Aplicação: Ataduras, soluções crioterápicas e cosméticos
com cânfora, mentol, trietanolamina, metilparabeno e
propilenoglicol;
 Indicação: Lipodistrofia localizada.
BANDAGEM QUENTE

 Calor superficial que gera aquecimento local;


 Aplicação: Ataduras, cosmético local, Ativos
cosméticos (nicotinato de metila, centella asiática,
cafeína), manta térmica, toalhas quentes.
 Indicação: Procedimentos detox, LDL e FEG.
EXEMPLO DE PROTOCOLO DE APLCAÇÃO DE
BANDAGEM

1.Esfoliação em todo o corpo;


2.Distribuir por todo o corpo um creme que ative o calor;
3.Envolver o corpo com faixa umedecida ou plástico PVC;
4.Por cima da faixa, pode-se aplicar um óleo aromático específico para
celulite e gordura localizada e ainda cobrir o cliente com um mayler
(lençol de plástico revestido com papel alumínio).

OBS: As bandagens também podem ser embebidas com sal ou com


chás, como o de camomila. O ideal é que elas permaneçam por 40
minutos. Para obter resultados ótimos, é preciso fazer até 10 sessões de
bandagem quente com intervalos de 3 a 7 dias. A energia liberada
nesse processo é a utilizada para alcançar a homeostase (estado de
equilíbrio) do corpo, tanto no calor quanto no frio.
AÇÃO DAS BANDAGENS

 Potencializa o efeito dos cosméticos;

 Melhora a modelagem do tecido;

 Melhora a circulação local.


VAMOS PRATICAR!!!
REFERÊNCIAS
AZULAY, R.D.; AZULAY, D.R.; ABUFALIA, L.A. Dermatoses atróficas e escleróticas.
In: HANAUER, L.; AZULAY, M.M.; AZULAY, D.R. Dermatologia. 5.ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2008, cap.11, p.147-149.
BORGES, F.S; Dermato Funcional: Modalidades Terapêuticas nas Disfunções
Estéticas. São Paulo: Editora Phorte. 2006
GUIRRO, Elaine. Fisioterapia Dermato-funcional – Fundamentos – Recursos –
Patologias. 3ª Ed. São Paulo: Manole, 2002
GUYTON, Arthur C. Fisiologia Humana. 6ª ed. São Paulo: Guanabara Koogan,
1988.
KEDE, M.P.V.; SABATOVICH, O. Dermatologia Estética. São Paulo: Atheneu, 2004.
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. 8ª Edicão. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1995.
MAIO. M.; Tratado de Medicina Estética. 1 Edição. Vol 1; São Paulo: Editora Roca
Ltda. 2004
MENDES, Tarcísio Campos Marques. O uso do carbox em tratamentos de estrais:
casos clínicos. Artigo, 2009. Disponível em http://www.tuasaude.com Acesso em
08/10/2013.

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