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Fibro Edema Gelóide

Profa. Evelyn Castro


Fibroedema Gelóide - FEG

 O fibroedema geloide (FEG), popularmente conhecido como


“celulite”, é uma afecção do tecido dérmico e subcutâneo
que provoca alterações lipodistróficas com resposta
esclerosante, resultando no aspecto pouco estético.
 Para Goldman (2006) citado por Gold (2012), afirma o
FEG como um estado fisiológico normal em mulheres
pós puberdade que serve para garantir a
disponibilidade de calorias adequada para a gestação e
lactação.
Fibroedema Gelóide - FEG

 Lipodistrofia;
 Lipoedema;
 Hidrolipodistrofia;
 Hidrolipodistrofia ginóide;
 Paniculopatia edemato-fibroesclerótica;
 Paniculose;
 Lipoesclerose Nodular;
 Lipodistrofia Ginoide.

Alterações histomorfológicas*
Epidemiologia

 Sua prevalência é estimada em torno de 80-90% das


mulheres após a puberdade, podendo causar
desconforto emocional, constituindo queixa frequente
de pacientes.
 A maioria em mulheres de pele branca;
FEG – processo

 Acúmulo de edema;
 Posteriores nódulos fibróticos;
 Que favorecerão a formação de relevos cutâneos;
 Possível sensação dolorosa;
 Região das nádegas, coxas e abdômen.
FEG – caraterísticas
 Aparência ondulada e irregular da pele, em decorrência da
protrusão da gordura na interface dermo-hipodérmica.

 O sexo feminino apresenta bandas fasciais verticais,


determinadas geneticamente, cujo alongamento, acredita-
se, tenha por consequência o FEG.

 Debilitam e afinam a base do tecido conjuntivo dérmico,


permitindo, assim, a protrusão da gordura na interface
dermo-hipodérmica e causando a aparência de pele
ondulada e irregular.
FEG – caraterísticas

 As herniações da gordura na derme são características


da anatomia feminina.

 O subcutâneo nos homens, por outro lado, é


caracterizado por bandas fasciais horizontais e
diagonais, impedindo a herniação da gordura.
FEG - etiologia

 Hipertrofia dos adipócitos, distúrbios da


microcirculação, estase venosa, anormalidades do
tecido conjuntivo e fibrose, assim como, influências
hormonais no colageno.
FEG – Etiologia

 Para guirro e guirro (2004), subdivide-se em:

 Fatores predisponentes (a genética, sexo e desequilíbrio


hormonal);
 Fatores determinantes (stress, tabagismo, sedentarismo,
desequilíbrio glandulares, alterações metabólicas, maus
hábitos alimentares, disfunção hepática),
 Fatores condicionantes (aumento da pressão capilar e
dificuldade para a reabsorção linfática).
FEG – Etiologia
 Três teorias têm ganhado mais destaque:
 1) O edema, devido à característica hidrofílica da matriz
intercelular;
 2) A alteração na microcirculação
Sato & Kawana (2013), afirmam que há proliferação de
fibras colágenas e elásticas no interior no tecido com FEG e
consequentemente compressão dos capilares e
congestionamento das arteríolas, resultando má circulação
 (Terranova et al., (2006) cit. por Krupek & Mareze-da-Costa (2012))
FEG – Etiologia

 3) as características diferentes na conformação anatômica


do tecido subcutâneo dos homens e das mulheres
Tem sido relatado que septos fibrosos de mulheres afetadas são
muito mais finos e orientados paralelamente em comparação
com os homens ou mulheres não 11 afectadas, por conseguinte,
facilitando a extrusão de tecido adiposo na derme reticular
(Khan et al., 2010)
Alterações Semiológicas

 Alteração do relevo cutâneo, com sucessivas


saliências e depressões;
◼ Perda de elasticidade;
◼ Textura fina;
◼ Dor à palpação profunda, e nódulos na palpação;
◼ Varizes;
◼ Alterações da coloração da pele.
Formas de avaliação

Medidas antropométricas

 Frequentemente utilizado devido sua simplicidade e baixo


custo.
 Mensurar o peso, altura, circunferências e pregas cutâneas
indicam obesidade e distribuição de gordura corporal.

Medida indireta do FEG, observando-se falhas uma vez que nem todos
os indivíduos com alterações nos parâmetros mencionados apresentam
fibro edema gelóide e nem sempre alteração dos parâmetros por perda
ponderal e de medidas significa melhoria da condição.
Formas de avaliação

 Bioimpedanciometria
 Medir os tecidos através da corrente elétrica alternada que
percorre o corpo por meio de eletrodos colocados nos
membros superiores e inferiores. Obtem-se a percentagem
das massas magra e gorda e de água total corporal.

Este método apresenta limitações na avaliação da FEG, pois


não permitem o estudo da microcirculação e nem as alterações
do tecido conjuntivo
Formas de avaliação

 Xerografia
 Método que avalia os tecidos por suas radio-opacidade e
diferentes densidades com raios-X utilizando o selênio
eletricamente carregado, ocorrendo a alteração do campo
eletrico.
 Este método, permite mensurar a profundidade e os limites
da epiderme, derme, tecido subcutâneo e muscular no
entanto não provê dados para a avaliação microcirculatória.
Formas de avaliação

 Macrofotográfia
 Método simples que envolve custos do material
fotográfico e profissional habilitado para obtenção

 Condições padronizadas de iluminação, fundo, posição


da camera e do paciente.
 Limitações: aspecto clínico visível das alterações do
FEG, profissional treinado para padronização das fotos
e idealmente usado com outros métodos das fotos.
Pinch Test
(Hexsel et al., 2006)
FEG – classificação quanto aos graus

◼ Branda (Grau 1) - não é visível a inspeção,


somente com a contração voluntária e o teste
de casca de laranja e de preensão

◼ Média (Grau 2) - as alterações do relevo


cutâneo são visíveis a inspeção e pode
apresentar alterações da sensibilidade

◼ Grave (Grau 3) - as alterações descritas no grau


II estão presentes, e associando nódulos
palpáveis com alteração da sensibilidade
FEG – classificação quanto a forma
O FEG duro
 Espessamento muito marcado
 Aumento dos tecidos superficiais;
 Numerosas depressões e profundas;
 Pouca mobilidade dos planos superficiais sobre os planos
profundos;
 Consistência dura ao tato por predomínio de fibrose;
 Varicosidades, equimoses e extremidades frias;
 Pele seca e rugosa.
 Jovens que praticam atividade física constantemente e
apresentam a musculatura bem definida;
 Indivíduos magros ou com excesso de peso que nunca perderam
quantidade de tecido adiposo importante.
FEG – classificação quanto à forma

 O FEG Flácido
Forma mais importante - número e manifestações aparentes.
 Depressões numerosas mas pouco profundas;
 Raramente dolorosa e
 Tecidos superficiais com movimento sem consistência,
deformando-se de acordo com a posição adotada
 Varicosidades são comuns associadas a uma sensação de peso
nos membros acometidos.
 Indivíduos após a terceira década que perderam peso sem
atividade física associada, sedentários e com massa muscular
pouco desenvolvida
FEG – classificação quanto à forma

O FEG edematoso
 Aspecto externo de edema tecidual;
 Depressões pouco profundas e alargadas;
 Aumento do volume do membro inferior;
 Pele fina;
 Sinal de godet positiva;
 Sensação de dor nas pernas;
 Percepção ao tato de núcleos endurecidos.
 Qualquer faixa etária ou de peso com desequilíbrio
circulatório que possam desencadear o edema.
FEG – classificação quanto à forma

 O FEG misto
 Presença de mais de um tipo no mesmo paciente, como
fibro edema gelóide duro na região lateral da coxa e
fibro edema gelóide flácido no abdome.
Avaliação - FEG
Avaliação
Avaliação
Avaliação
Avaliação
Recursos Terapêuticos
Ultrassom
Parâmetros do UST

◼ Frequência 1.0, 3.0 e 5 mhz

◼ Intensidade 0.01 a 2.5 wcm-2

◼ Regime de pulso contínuo e/ou pulsado

◼ Ciclos de repetição 16, 48 e 100 hz


Seleção de Dose do UST depende:

◼ Ação terapêutica

◼ Área a ser irradiada

◼ Tempo de aplicação

◼ Profundidade do tecido

◼ Frequência do ust

◼ Regime do pulso
Ultrassom
Efeito Biológico

◼ Frequência da terapia

◼ Intensidade

◼ Tempo de aplicação
Ultrassom

◼ Acelera a resolução de hematomas

◼ Vasodilatação

◼ Aumento da temperatura tecidual

 Iniciar tratamento 24 - 36 horas após a lesão

◼ Terapia combinada
Ultrassom - Fonoforese
◼ Transporte de fármacos através da pele utilizando ondas
sonoras produzidas por ultrassom.

◼ Técnica que facilita a penetração por via cutânea através da


energia ultrassônica.

◼ Ocorre uma desorganização lipídica da epiderme facilitando


assim a sua absorção.

◼ Utiliza-se como um meio de contato entre o cabeçote do


ultrassom e a pele um gel ou medicamento.

◼ o modo contínuo é preferível para fonoforese, pois, o tempo


constante interage melhor com a droga e o tecido alvo.
Ultrassom – Fonoforese
evidências

 US de 3MHz associado à fonoforese na região


abdominal.
Ultrassom – Fonoforese
evidências
 20 sessões de tratamento, ocorrendo 3 vezes por semana.
 Exame físico - (teste da “casca de laranja” e teste de preensão);
 análise fotográfica (máquina digital de 14.1 megapixels modelo Sony
Lens G e zoom 5).
Ultrassom – Fonoforese
evidências
Ultrassom – Fonoforese
evidências
Endermologia

◼ Massagem mecânico-assistida, composta de

rolamento e sucção.

◼ Desenvolvida na França, déc. 70 para

tratamento de cicatrizes aderentes.


Endermologia
Eletroterapia
Iontoforese

 Técnica não invasiva em que


agentes ionizados são
administrados na pele com o uso
de uma corrente elétrica (em
geral, a galvânica) para aumentar
a absorção desses componentes.

 Ajuda na permeabilização de
ativos na pele.
Iontoforese

◼ A penetração depende:
 Massa e valência da substância
 Intensidade da corrente
 Tempo de aplicação
 Tamanho do eletrodo
Iontoforese

◼ A droga age em estruturas profundas sob o local de aplicação.

Wadsworth et al., 1980; Kahn, 1994; Demirtas e Omer, 1998


Iontoforese

◼ Vantagens:

 Ausência de efeitos colaterais

 Ação localizada da droga

 Ação mais prolongada

 Ações polares da corrente


Radiofrequência

➢ Monopolar ou Multipolar

✓ Ponteira hexapolar = 6 eletrodos e

dois pólos elétricos, aquecimento

rápido e uniforme

✓ Tratamento de baixa e média

profundidade

(27,12 MHz)
Radiofrequência

 modificação térmica no tecido conectivo da pele.


 não invasivo;
 produz aquecimento dérmico e vasodilatação.
 Aumenta o aporte circulatório e de nutrientes,
 melhora a hidratação tecidual e a oxigenação,
 Lipólise
 A injúria térmica causada pela radiofrequência ativa a
cascata inflamatória e estimula a síntese de colágeno,
promovendo assim o espessamento da derme
Radiofrequência
✓ N°de sessões /frequência • 2 sessões por mês

• 12 sessões durante 3 meses

• 1 vez por semana • 1 sessão por mês

• Possíveis resultados a durante 2 meses

partir da 6ª sessão • Intervalo

✓ Programa de manutenção
Carboxiterapia

✓ Roberts (1997) -infusão excessiva de CO2 pode desencadear aumento da acidez

do sangue com aumento da pressão arterial, taquicardia, estímulo para início do

quadro de epilepsia e até infarto.

✓ Complicação rara - embolia gasosa (presença de gás dentro de estruturas

vasculares) por dióxido de carbono, neste estudo específico durante uma cirurgia

laparoscópica (Berger et al., 2005, Muth and Shank, 2000; Yao, et al., 2000; Locali

e Almeida, 2006; Fors et al. 2010; Taylor, Hoffman, 2010).

✓ Outras reações adversas decorrentes da utilização de técnicas invasivas são

alergia e ou infecção (Rosina, 2001, Polacow et al., 2004 e Chorilli, 2005).

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