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DESEMPENHO DE BOVINOS DE CORTE EM PASTEJO RECEBENDO

SUPLEMENTAÇÃO COM SUBSTITUIÇÃO DO FARELO DE SOJA POR UREIA


Stefani Natani dos Santos ARNDT* 1 , Ériton Egidio Lisboa VALENTE1 , Tomás Marcondes CASTANHEIRA, Matheus Leonardi DAMASCENO1 ,
Brenda Vieira Rocha MELO1 , Bárbara Letícia MARQUIORO1
*autor para correspondência: stefaninatani1@hotmail.com
1 Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon, Paraná, Brasil

 As médias foram comparação utilizando o teste de Tukey,


INTRODUÇÃO considerando o nível de probabilidade de 5% de significância.
 Segundo Batista et al. (2016), para que haja sucesso em qualquer
programa nutricional de bovinos mantidos a pasto, é necessário RESULTADOS
que a produção de proteína microbiana seja otimizada. O uso de  O peso final (Pf), ganho de peso (GP) e o ganho médio diário
compostos nitrogenados não proteicos (NNP) como a ureia, é (GMD) foram maiores (P<0,05) para os animais que receberam
comum em substituição a fontes de proteína verdadeira na suplementação. O desempenho produtivo foi superior para os
alimentação de ruminantes em virtude da capacidade dos novilhos que receberam a suplementação com substituição parcial
microrganismos do rúmen em transformar o NNP em proteína de do farelo de soja pela ureia (FS+U) quando comparados aos animais
alto valor biológico (Gonçalves et al., 2014). que receberam a suplementação com substituição total (100% U). A
suplementação tendo apenas o farelo de soja (100% FS) não diferiu
OBJETIVO com os demais grupos avaliados (FS + U e 100%U; Tabela 1).
 Objetivou-se avaliar o efeito da substituição da proteína bruta do Tabela 1 - Média de mínimos quadrados, erro padrão da média (EPM)
farelo de soja pela ureia sobre o desempenho de bovinos de corte e indicativos de significância para o desempenho de bovinos de corte
terminados à pasto. terminados a pasto

MATERIAL E MÉTODOS Tratamentos

 Local: Entre Rios do Oeste/PR, Brasil. Variáveis TC 100% U 100% FS FS+U EPM Valor P
 Período: 21 de fevereiro a 5 de maio de 2018, totalizando 84 dias
experimentais. Pf (kg) 422,50c 456,95b 467,24ab 470,20a 3,89 <0,001
 Animais: foram utilizados 36 novilhos (½ Angus × ½ Nelore), com
idade média de 16 meses e peso corporal médio inicial de 373,60 kg GP (kg) 48,56c 83,67b 93,94ab 96,33a 3,92 <0,001
 O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente GMD
casualizado(DIC) com quatro tratamentos: 0,58 c
1,00 b
1,12 ab
1,15 a
0,05 a,b,c <0,001
TC: Tratamento controle, U: Ureia; FS: Farelo de soja. Medias
(kg/dia)
seguidas de letras diferentes na mesma linha diferem entre si pelo
Controle: dieta apenas com pasto teste de Tukey (5%)
Tratamento 1
e mistura mineral
 Entre os grupos suplementados os animais que tiveram
Suplementação com farelo de soja desempenho superior foram os do tratamento recebendo a
Tratamento 2 e ureia (FS + U), com 33% da PB substituição parcial do farelo de soja pela ureia (FS+U), quando
do suplemento oriunda da ureia comparado à substituição total (100% U). Isto indica que a
utilização de uma fonte de liberação rápida e uma de média
Suplementação com o farelo de solubilidade pode ter sido utilizada com maior eficiência pelos
Tratamento 3 soja como única fonte proteica microrganismos, possibilitando uma satisfatória sincronia entre a
(100% FS) digestão do carboidrato fibroso da forrageira e a liberação do
nitrogênio para síntese de proteína microbiana (Ítavo et al., 2016).
Suplementação com substituição
Tratamento 4 total do farelo de soja pela ureia
(100% U) CONCLUSÃO
 As quantidades e a composição do suplemento foram  O uso de suplementação fornecendo em conjunto fontes de
ajustadas a cada 28 dias conforme o peso corporal dos animais proteína verdadeira e nitrogênio não proteico para animais
(0,6% PC) e teor de PB da forragem. mantidos a pasto proporciona maiores ganhos produtivos aos
 A dieta experimental foi isoproteíca e calculada para fornecer aos animais.
animais suplementados 13% PB.
 O desempenho animal foi avaliado pelo ganho de peso durante AGRADECIMENTOS
o período experimental (84 dias). Realizou-se a pesagem dos
animais no início (1° dia) e no final (84° dia) do experimento, após
jejum sólido de 14 horas.
 Os dados foram analisados pelo procedimento MIXED no SAS,
considerando o peso inicial dos animais como covariável.

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