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CÁLCULO DE RESERVAS

(CUBAGEM) A PARTIR DE
SONDAGENS
INTRODUÇÃO.

Finalidade dos trabalhos de avaliação dos


depósitos minerais é determinar:
 “T”- tonelagem do minério;
 “Q” – tonelagem do metal; e,
 “t” – teor médio do minério.
 (1) Q = T x t ou
 (2) Acumulação média Q = S x A x d;
 Acumulação = teor x espessura (tm x em)
 (3) T = S x e x d
 S: superfície mineralizada;
 e: espessura média do minério;
 d: densidade média;
 A: acumulação
PROCESSOS DE CÁLCULO PARA
DETERMINAR “Q” & “T” SEGUNDO SUA
ORDEM DECRESCENTE DE INFLUÊNCIA.
 2.1. Processo de “Krigagem”
 É o melhor método de cálculo para
jazidas com modelo esférico ou de
Wijsienne. É um bom método para
quantificação de reservas.
 No processo de “Krigagem”, usado
para a computação de reservas em blocos
de minério, individualizados por malhas
quadradas de perfuração, cada bloco é
influenciado por até 9 (nove) furos, no
caso de duas auréolas completas de
perfuração.
KRIGAGEM
 No entanto, este método deve ser melhor usado em
depósitos com distribuição definida.
 A presença de valores erráticos (Maranhão, 1989, p.
367) pode conduzir a uma supervalorização do valor
médio.
 O valor médio deve ser corrigido antes da aplicação
do método.
 A “Krigagem” estabelece, a partir de expressões
matemáticas, o melhor estimador possível dos valores
médios (teor, espessura, acumulação, densidade,
etc.) na área de influência de um furo de sonda ou de
um bloco de minério compreendido entre serviços
mineiros (galerias e chaminés ou entre galerias).
KRIGAGEM
 Se um corpo de minério estiver sendo
avaliado por sondagens, no cálculo do
valor médio e da reserva em cada área de
influência dos furos, intervém não só os
dados da sondagem central mas, também,
os dados obtidos nos outros furos de
sonda.
 Cada uma destas informações é
ponderada em função da distância ao
bloco que está sendo “krigado” e da
estrutura do minério variografado.
KRIGAGEM
 Para “krigar” uma área, tem-se de efetuar a
análise variográfica do minério, determinar
seu modelo e parâmetros característicos.
 “Krigagem” de minérios com modelo de Wijs ou
logarítimico.
• “Krigagem” de malhas quadradas de sondagem.

 O processo tradicional considera que o teor ou


acumulação na área de influência do furo “A”
corresponde ao teor e a acumulação
determinados no minério atravessado no furo
“A”.
KRIGAGEM
 Na “Krigagem”, o teor ou acumulação na
área de influência do furo “A”, depende dos
resultados do furo “A” e são também
influenciados pelos furos B1, B2, B3 e B4
(furos da 1ª auréola) e pelos furos C1, C2,
C3 e C4 (furos da 2ª auréola).

 O teor ou acumulação, na área de influência


de “A”, são dados pela expressão:
 TA = [(1-  -) . a} + ( . b) + ( . c)
KRIGAGEM

  e : coeficientes determinados
matematicamente
 a: teor ou acumulação do furo “A”;

 b: média aritmética dos teores ou

acumulações dos furos de 1ª auréola


(b = somatório bi:4);
 c: média aritmética dos teores ou

acumulações dos furos de 2ª auréola


(c = somatório ci:4);
KRIGAGEM

 C1 B1 C2
 A

B4 B2
 C4 B3 C3
 ----------- Limite da área de influência do
furo “A”;
 ----------- Auréola de 1ª ordem
 ----------- Auréola de 2ª ordem
 A, B1, C4, etc.: furos de sondagem
KRIGAGEM
 Caso em que nem todas as sondagens
programadas são feitas:
 se o depósito ou jazida permanece
contíguo a “krigagem” pode ser usada;
 se o furo não foi feito, por se estar no
limite da jazida, pode-se usar 2 artifícios
para a “krigagem”.

 2.1. marca-se o limite da jazida por


inferência geológica, determina-se o tm e
a “Q” só na parte positiva da área de
influência do furo “A” e consideram-se os
furos positivos em torno do “A” (B1, C1,
C2).
KRIGAGEM
 C1 B1 C2 Limite do minério
 A
 B4 A B2
 C4 B3 C3
 admite-se que a auréola é completa e são
nulos os teores dos furos não feitos fora
do limite do depósito.
 Seriam nulos os furos B2, C3, B3, C4 e
B4, não feitos e o teor é calculado para
toda área de influência do furo “A”.
 Não há uma regra geral a ser usada. O
uso do 1º ou 2º método deve ser
analisado caso a caso.
Processo dos quadriláteros.
 Este método de cálculo de
reservas, a partir de sondagens, é
aplicado SÓ em malhas regulares.
 O processo liga cada furo com os

três adjacentes mais próximos e


forma blocos de minério quadrados,
retangulares ou
losangular/romboédricos, em função
da malha de amostragem.
Processo dos quadriláteros.
 QUADRADA

RETANGULAR

LOSANGULAR
Processo dos quadriláteros.
 Para blocos de forma quadrada ou retangular, a
espessura média (“em”) em cada bloco é a média
aritmética das espessuras obtidas nos quatro furos.
 B1: em= e1 + e2 + e3 +e4
 4
 tm= e1.t1 + e2.t2 + e3.t3 + e4.t4
 e1 + e2 + e3 + e4
 Em blocos losangulares os fatores de ponderação dos
furos dependem da distância dos furos ao centro do
losango, dado pela interseção das duas diagonais. A “em”
de um bloco losangular é dada pela fórmula (EL:
espessura média do losango) :
e1 + e2 + e3 + e4
 EL=10 20 30 40
 1+ 1+ 1+ 1
20 30 40
PROCESSO DOS QUADRILÁTEROS

 10, 20, 30 e 40: são as distâncias dos


furos 1, 2, 3 e 4 ao centro “O” do losango;
 e1, e2, e3 e e4: são as espessuras do
minério nos furos 1, 2, 3 e 4.
 EL: espessura média do losango.
 Teor médio de cada quadrilátero:
 e1.t1 + e2.t2 + e3.t3 + e4.t4
 Tq= 10 20 30 40
 e1 + e2 + e3 + e4
 10 20 30 40
PROCESSO DOS QUADRILÁTEROS
 10, 20, 30 e 40: são as distâncias dos furos ao
 centro do quadrilátero;
 e1,..., en: espessuras do minério nos furos;
 t1, ..., tn: teores do minério nos furos.

 Em base a espessura (em) e teor médio (tm), em


cada bloco, a tonelagem de minério e de metal é
calculada pelas fórmulas gerais:
 T = S.e.d
Q = T.tq

 A tonelagem de toda a área pesquisada será o


somatório dos valores encontrados em cada bloco
individual.
Processo das seções geológicas
 Neste processo de cubagem de jazida são realizadas
seções geológicas detalhadas ( em geral
perpendiculares a direção de máxima variação do
corpo de minério) com o uso de TODAS informações
geológicas disponíveis:
 levantamentos topográficos e geológicos, dados
geofísicos, geoquímicos e de MP;
 sondagens;
 poços-teste, trincheiras e cachimbos;
 galerias;
 chaminés;
 etc.
Processo das seções geológicas
 Em cada seção calcula-se a área ocupada
pelo minério.

 A tonelagem entre duas seções contíguas,


p.ex.: S3 e S4, é encontrada através das
fórmulas:
 1º) T= S3+ S4 x H x d e
 Q= T x t

 2
 2º) T= S3 +S4+  S3 +S4 x H x d
 3
 Q= T x t
Processo das seções geológicas
 Sendo:
 H= distância entre as seções;
 d= densidade do minério;
 t= teor médio do bloco entre as seções;
 t= (S3 x e3 x t3) + (S4 x e4 x t4);
 (S3 x e3) + (S4 x e4)
 e3 e e4: espessuras médias nas seções 3
e 4.
Processo das áreas de influência
ou dos polígonos.
 O processo baseia-se no fato de que cada amostra tem
uma área de influência no interior da qual o minério
permanece com as mesmas características da amostra.
 A quantidade de minério e de metal é dada por:
 T3= S3 x e3 x d
 Q= T3 x t3
 S: área de influência do furo 3, medida em metros
quadrados;
 e3: espessura do minério no furo 3;
 t3: teor do minério no furo 3;
 d: densidade do minério no furo 3

 A tonelagem (Q) total de minério e de metal na área


pesquisada será o somatório () dos valores
determinados para cada bloco.
Processo das áreas de influência
ou dos polígonos.

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