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EQUIPAMENTO DE

MINERACAO
Conferência

Preparação de rochas para escavação através de métodos mecânicos

RESUMO

• Desintegração mecânica de rochas (escarificadores).

• Esquemas tecnológicos de trabalho.

• Cálculos de desintegração mecânica.

Objectivo

Conhecer os principais elementos, esquemas tecnológicos e metodologia de cálculo da


preparação da rocha para escavação através de métodos mecânicos .

A preparação das rochas para escavação é realizada com o objetivo de garantir a segurança
dos trabalhos mineiros, a qualidade da matéria-prima, a possibilidade técnica de melhores
condições de utilização dos meios de mecanização dos demais processos tecnológicos. A
preparação inclui: garantir a estabilidade das paredes; sistema de esgoto; variação do seu
estado de agregação; fragmentação do maciço.

A preparação da rocha para remoção ou escavação pode ser feita por métodos mecânicos,
hidráulicos, físicos, combinados e explosivos. A escolha do método depende sobretudo do
estado agregacional e das propriedades das rochas do maciço, capacidade produtiva da
empresa, presença de meios técnicos, requisitos de qualidade da matéria-prima e ainda das
condições naturais. Os custos de preparação variam de 5 a 40% dos custos totais de extração.

A escavação de rochas moles pode ser realizada com qualquer equipamento de partida, neste
caso a preparação é combinada com a escavação e é realizada com o mesmo equipamento.

A escavação em rocha densa é feita com equipamentos mais potentes. Rochas duras devem
ser preparadas para escavação por métodos explosivos.

Desintegração mecânico de rochas. (Escarificadores Mecânicos)

Sob certas condições minerogeológicas, o desintegração mecânico das rochas apresenta


vantagens sobre o método explosivo. A principal delas é a ausência do efeito sísmico e do
deslocamento dos pedaços de rocha durante a explosão, por isso este método pode ser
utilizado próximo a pontos populacionais, edificações e instalações. Também reduz o custo da
fragmentação em 1,5 a 2 vezes, bem como as perdas e o empobrecimento, e aumenta a
produtividade da mão de obra e dos equipamentos de carregamento e transporte.

Devido ao seu poder, os escarificadores são divididos em:

 
• leve, até 105 kW;

• médio, 105 - 185 kW;

• pesado, > 200 kW.

Pelo número de dentes:

• de um dente;

• de vários dentes

Nas rochas mais duras, são utilizadas aquelas com um dente.

Para o sucesso da utilização do mulch mecânico é necessário que haja certas condições, a
principal delas é a friabilidade das rochas .

Pelo número de dentes:

• de um dente;

• de vários dentes

Nas rochas mais duras, são utilizadas aquelas com um dente.

Para o sucesso da utilização do mulch mecânico é necessário que haja certas condições, a
principal delas é a friabilidade das rochas .
Idf – índice de dificuldade de desintegração de rocha.

Vk , Vm – Velocidade de difusão das ondas acústicas longitudinais em rochas soltas e em massa,


respectivamente.

Ai – Índice acústico de fissuração da rocha.

α – Ângulo lateral da ranhura

Nas rochas mais duras, são utilizadas aquelas com um dente.

Para o sucesso da utilização do mulch mecânico é necessário que haja certas condições, sendo
a principal delas a friabilidade das rochas.

Do ponto de vista tecnológico, a friabilidade das rochas é determinada a partir do possível


aprofundamento do dente e depende da solidez das rochas e da fissuração do maciço.

Vamos analisar o esquema do dente em posição de trabalho.

Parâmetros principais : (Fig. 3-1)

 𝜸 - ângulo de corte;

𝝎 - ângulo de conicidade;

𝝋 - ângulo inferior;

b - largura do dente;

c - distância entre linhas.

A força de corte do escarificador depende do ângulo de corte 𝜸 , para rochas semi-pedregosas


seu valor ótimo varia entre 40 - 45 o ; o aumento ou diminuição leva a um aumento na
resistência das rochas ao cisalhamento.
Fig. 3-1. Diagrama do órgão de trabalho do escarificador

O ângulo de conicidade 𝝎 = 20 - 30o é estabelecido de modo que 𝝋 oscile entre 8-10o , o


aumento de 𝝋 faz com que a resistência das rochas ao cisalhamento aumente, as rochas sejam
fragmentadas com a parte de trás do dente, e o consequente desgaste desta.

Durante o movimento do escarificador as rochas são quebradas nos limites de um corte em


forma de trapézio.

Em rochas monolíticas forma-se uma fenda na parte inferior do corte, a largura da base dessa
fenda é praticamente igual à largura do dente "b" e a profundidade da fenda (Hh) é
aproximadamente igual a 15 -20 % do valor do aprofundamento do dente (Hd) que por sua vez
oscila entre 0,8-1 m .

O ângulo de inclinação das paredes laterais (𝜶) varia em função da friabilidade das rochas e
oscila entre 40 - 60 o

Fig. 3-2. Esquema de afrouxamento mecânico de rochas

A. Em rochas friáveis.
B. em rochas plásticas.

B – Largura de corte do sulco.

C – Distância entre linhas.

b - Largura do dente.
Esquemas tecnológicos do trabalho dos escarificadores

O desprendimento do maciço rochoso é feito com passos paralelos do equipamento


em quadrados horizontais ou levemente inclinados.

O esquema tecnológico de cobertura morta em quadrados horizontais, o equipamento


funciona em ambas as direções, as passagens paralelas têm comprimento de 100 a 300 m, a
potência da camada de cobertura morta é igual à profundidade do dente.

Cada camada preparada é transferida para a parede e através dela é enviada para a
esquadria inferior, onde é realizada a carga, neste caso para o transporte automóvel. A
transferência das rochas é realizada pela mesma equipe.

O esquema de trabalho do escarificador em esquadrias inclinadas (até 20 o ), neste caso


o trabalho é realizado de forma descendente, obtendo assim o máximo aproveitamento do
esforço de tração do equipamento. A subida é feita no vácuo.

Em ambos os casos, a distância entre as etapas adjacentes "C" é estabelecida com


base na garantia da granulometria desejada, possível aprofundamento do dente e também
com base no volume máximo de rochas a serem preparadas.

Nos cortes contíguos, formam-se ou permanecem rochas soltas na parte inferior, o


que dificulta a sua remoção, pelo que é racional a utilização de linhas transversais
perpendiculares aos primários, para garantir um desprendimento eficaz.

A distância entre eles será:

C 1 =(1.2 - 1.5) C
Parâmetros de desintegração mecânica e produtividade do escarificador

Os parâmetros da cobertura mecânica são determinados a partir do possível


aprofundamento do dente (Hp).

B = 2 K 1 H p cot  + b
Onde:

K 1 - coeficiente considerando a forma da seção transversal do sulco.

A profundidade efetiva da cobertura com etapas paralelas é estabelecida da seguinte


forma:
1 1
he = [ K 1 H p - (C - b) tan 
K2 2
Onde:

K2 - coeficiente considerando a influência do estado do maciço nas dimensões das


cristas não fofas.

Quando o escarificador trabalha com linhas cruzados e a distância entre eles


C1=(1.2- 1.5)C , a profundidade efetiva do desintegração (he ) é igual à profundidade do dente,
(he = Hp ) .

Os valores dos coeficientes k1 e k2 são apresentados na tabela 2.1 .

Observação . b1 - largura da ponta do dente, m.

Conhecendo “he” pode-se encontrar a distância entre linhas adjacentes (C) do


escarificador .

Quando a profundidade do dente é totalmente utilizada, a distância ótima entre as


etapas "Co" é determinada a partir do volume máximo de massa de mineração a ser
preparada com um único passe.

C o = K 1 H p cot  + 0.5b
Neste caso:
1
H e.o = 0.5 C o tan 
K2
A produtividade da equipe será:

• para etapas paralelas

3600 C he K u 3
Qp = , m /h
1 
+
Vt L
• para passos transversais:

3600 h p
Q pc = ,m3 /h
1 1 1 1 1
( + ) + ( + )
V t C C C L C  L
Onde:

  Ku - coeficiente de uso do escarificador;

Vm - velocidade de desintegração , m/s ;

t - tempo de troca entre uma linha e outra, t=30-60 s ;

ao trabalhar em apenas uma direção, então:

L
 = (30 - 60) + ,s
V1
V1 - velocidade de translação do equipamento vazio, m/s;

L,L1 - comprimento dos degraus paralelos e cruzados respectivamente, m;

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