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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS

UNIDADE CURVELO

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS


CURSO ENGENHARIA CIVIL

Aline Fernanda Lopes Pereira


Luana Aparecida Silva

MATERIAIS CERÂMICOS
ENSAIO 1- Determinação das características
geométricas
ENSAIO 2- Determinação da área líquida de blocos e
tijolos cerâmicos
ENSAIO 3- Determinação do índice de absorção d’água
de blocos e tijolos cerâmicos

ABNT NBR 15270-1:2017 – Componetes cerâmicos –


Blocos e tijolos para alvenaria – Parte 1: Requisitos

ABNT NBR 15270-2:2017 – Componetes cerâmicos –


Blocos e tijolos para alvenaria – Parte 2: Métodos de
ensaios

Curvelo/MG
03/10/2022
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RELATÓRIO – ENSAIO TECNOLÓGICO No 1,2 e 3

1. INTRODUÇÃO

Os blocos e tijolos são de suma importância para a construção civil, eles são classificados de
duas formas, os de vedação que são os tijolos com função de aguentar apenas o seu próprio peso,
geralmente tem seus furos na horizontal, já os tijolos estruturais suportam além do seu próprio
peso, seus furos ficam na vertical. Para averiguar a qualidade desse material, a fim de manter
uma eficiência, a NBR 15270-1:2017 e a NBR 15270-2:2017 traz requisitos e métodos de
ensaios para que os blocos e tijolos cerâmicos mantenham um padrão de qualidade.
Para as características visuais, a norma apresenta pontos que o tijolo deve ou não conter, como
identificação no produto, dimensões, tipo, não apresentar defeitos, superfícies irregulares,
trincas, sendo possível uma devolução do lote caso não obedeça tais considerações. Outros
parâmetros que as NBRs trazem são ensaios como obtenção das características geométricas,
medidas máximas e mínimas, características físicas, mecânicas.
Para esse relatório, foram feitas no ensaio 1, a determinação das características geométricas das
amostras, no ensaio 2 obtemos a determinação da área bruta e área líquida com as equações 01
e 02.
𝑨𝒃 = 𝑳 × 𝑪 (01)

Onde: L= largura;
C = comprimento.
(𝒎𝒖 𝒎𝒂 )
𝑨𝒍𝒊𝒒 = (02)
𝜸×𝑯

Onde: m = massa saturada;


𝑚 = massa aparente;
𝛾 = massa específica da água;
H= altura.
Para o ensaio 3, foi determinado o índice de absorção d’água das amostras com a equação 03.

𝒎𝒖 𝒎𝒔 )
𝑨𝑨(%) = × 𝟏𝟎𝟎 (03)
𝒎𝒔

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Onde: m = massa saturada;


𝑚 = massa seca.

2. OBJETIVO

O relatório do ensaio 1 tem como objetivo a caracterização geométrica de 4 tijolos cerâmicos


para alvenaria, como as: medidas das faces: largura(L), altura(H) e comprimento(C); espessura
das paredes externas e septos; desvio em relação ao esquadro(D); planeza das faces ou flecha
(F).
Já o relatório do ensaio 2 tem o objetivo de determinar a área bruta e a área líquida de 03 amostras
de tijolos cerâmicos para alvenaria.
E, por fim, o ensaio 3 tem o objetivo de determinar o índice de absorção d’água de 03 amostras
de tijolos cerâmicos para alvenaria.

3. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

Item Descrição Foto representativa

01 Tijolo cerâmico maciço

Tijolo cerâmico convecional e


02
não convencional

04 Paquímetro

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05 Esquadro

06 Balança

07 Balança hidrostática

4. PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO

 ENSAIO 1
Com o auxílio de um paquímetro foi medido, como ilustra as figuras 1 e 2, as larguras,
alturas e comprimento de todas as 04 amostras, sendo dois tijolos maciços (C16 e C33),
um convencional (G)e um não convencional (C11). Vale ressaltar que, todas as medidas
foram feitas para as duas faces dos tijolos.

Figura 1 e 2 – Medidas das faces sendo lidas com o auxílio de um paquímetro.


Fonte: Próprios autores.

Em seguida, também com um paquímetro, foram retiradas as medidas das espessuras


das paredes externas e septos. Foram feitas 4 medições das paredes, considerando
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sempre as mais críticas.

Figura 3 e 4 – Medidas das paredes sendo lidas com o auxílio de um paquímetro.


Fonte: Próprios autores.

Para a medição do desvio em relação ao esquadro a amostra foi apoiada na bancada de


modo que sua metade ficasse para fora, assim as leituras do esquadro foram feitas
também com o paquímetro, como mostra a figura ilustrativa 5.

Figura 5 – Medidas dos desvios em relação ao esquadro.

E, por fim, para a medição da planeza foram feitos duas leituras em cada face mundando
com o esquadro as diagonais. Como mostra a figura 6 e 7.

Figura 6 e 7 – Medidas da planeza.


Fonte: Próprios autores

 ENSAIO 2
Para o ensaio 2, foram utilizadas duas amostras maciças, C33 e C16 e o tijolo
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convencional (G). A princípio as amostras foram deixadas na água com temperatura


ambiente por 24 horas, em seguida, com uma balança hidrostática as amostras foram
pesadas para obtenção da massa aparente como mostra a figura 8.

Figura 8 – Amostra sendo pesada em uma balança hidrostática.


Fonte: Próprios autores

Por fim, assim que retiradas, as amostras foram pesadas em uma balança normal, como
na figura 9, para adquirimos as massas saturadas.

Figura 9 – Amostra sendo pesada em uma balança normal.


Fonte: Próprios autores

 ENSAIO 3
No ensaio 3, para a determinação do índice de absorção d’água obtivemos a massa seca
através da pesagem das amostras no início dos ensaio e a massa saturada obtida no ensaio
anterior.

5. RESULTADOS

 ENSAIO 1

Para a medida das faces, foram feitas a média das duas leituras obtidas pelas faces dos tijolos.
Os resultados estão apresentados na tabela 2, a seguir:
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CPs Largura (cm) Altura (cm) Comprimento (cm)


C11 13,8755 18,845 28,21
C16 11,127 5,0775 22,9015
C33 11,298 5,125 23,0045
G 8,963 19,1235 28,3625
Tabela 2 – Resultados das medidas das faces
Fonte: Próprios autores

Segue, na tabela 3, as medidas das espessuras das paredes externas e septos para duas faces,
onde foi feito uma média das quatro leituras que foram feitas para cada uma das faces.

Parede externa
CPs Faces (cm) Septo (cm)

1 0,750 0,805
C11
2 0,693 0,752
1 0,958 0,774
G
2 0,993 0,861
Tabela 3 – Resultados das medidas das paredes
Fonte: Próprios autores

Na tabela 4 ,a seguir, estão apresentadas as medidas dos desvios em relação ao esquadro.


Desvio face 1 Desvio- face 2
CPs
(cm) (cm)
C11 0,599 0,637
C16 0,070 0,089
C33 0,041 0
G 0,103 0
Tabela 4 – Resultados das medidas dos desvios.
Fonte: Próprios autores

E, por fim, as medidas da planeza das flechas estão apesentadas da tabela 5, onde foi feito a
média das duas leituras adquiridas para cada face.
Flecha- face 1 Flecha -face 2
CPs
(cm) (cm)
C11 0,127 0,100
C16 0,058 0,207
C33 0,141 0,065
G 0,049 0,093
Tabela 4 – Resultados das medidas dos desvios.
Fonte: Próprios autores

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 ENSAIO 2

Para o cálculo da área bruta, foi utilizada a equação (01). Os tijolos utilizados como amostras
foram o C33, C16 e o G.

𝑨𝒃 = 𝑳 × 𝑪 (1)

CPs Área bruta (cm²)


C16 254,825
C33 259,905
G 254,213
Tabela 5 – Resultados para a área bruta.
Fonte: Próprios autores

E, para cálculo da área líquida, foi utilizado a equação (02), onde a massa saturada foi obtida
com a pesagem do tijolo úmido e a massa aparente foi obtida através da balança hidrostática,
para o peso específico da água utilizou-se 1,00g/cm³. Os tijolos utilizados como amostras
também foram o C33, C16 e o G.

(𝒎𝒖 𝒎𝒂 )
𝑨𝒍𝒊𝒒 = (2)
𝜸×𝑯

Massa saturada Massa aparente Área líquida


CPs
mu (g) ma (g) (cm²)
C16 2764,44 1500 2490
C33 2810,05 1520 2550
G 3878 2084 940
Tabela 6 – Resultados para a área líquida.
Fonte: Próprios autores

 ENSAIO 3

Para o cálculo da absorção d’água foi utilizado a equação (03), onde a massa seca é a massa
do tijolo obtida com ele seco. Os tijolos utilizados como amostras foram o C33, C16 e o G.

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𝒎𝒖 𝒎𝒔 )
𝑨𝑨(%) = × 𝟏𝟎𝟎 (3)
𝒎𝒔

Massa saturada Massa seca Absorção de


CPs
mu (g) ms (g) água (%)
C16 2764,44 2454,24 12,64
C33 2810,05 2485,81 13,04
G 3878 3330 16,46
Tabela 7 – Resultados para a absorção d’água.
Fonte: Próprios autores

6. ANÁLISE DOS RESULTADOS

 ENSAIO 1
Considerando as amostras C16, C33 e G como tijolos de vedação. Temos que, de acordo
com a norma, a tolerância individual é de ±5mm. Logo as amostras C16 eC33 não foram
aprovadas pela sua altura e a amostra G não foi aprovada pelo seu comprimento. Para a
amostra C11 ela também não é aprovada pelo seu comprimento, pois foi considerada
como um modelo estrutural a sua tolerância é de ±3mm.
Nos resultados de paredes externas e septos, temos a tolerância de -0,5mm para VED15
e -0,3mm para o EST. Considerando que a amostra G é um VED15, logo ele não é
aprovado pois tem a parede externa de 9mm, sendo 7mm o mínimo para esse modelo.
Para a amostra C11, considerando um modelo EST40, a amostra não é aprovada pois
suas paredes externas são de 7,5 e 6,9mm e o ideal para esse tipo é de no mínimo 8mm.
Para o desvio em relação ao esquadro a norma determina que o máximo deve ser 3mm,
então, apenas o C11 é reprovado e as outras três amostras são aprovadas. A norma
também determina um máximo de 3mm para a planeza e com os resultados obtidos todas
as quatro amostras analisadas estão aprovadas.
 ENSAIO 3
Considerando o C16 e C33 modelos VED40 eles estão aprovados pela norma, pois suas
porcentagens de absorção d’água é de 12% e 13% respectivamente e na norma é
estabelecido que a porcentagem fique entre 8% e 25%. Já para a amostra G,
considerando um modelo VED15, também é aprovado por estar entre 8% e 25%.

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7. CONCLUSÃO

Conclui-se a importância da verificação e fiscalização dos produtos adquiridos em relação as


normas que se referem, para que possamos garantir o padrão e a qualidade dos produtos que
adquirimos. Ao se tratar de construções civis, esse padrão deve ser seguido rigorosamente e
caso não estiver conforme a NBR, como o caso das nossas amostras, esses produtos podem ser
devolvidos.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. Componetes cerâmicos –


Blocos e tijolos para alvenaria – Parte 1: Requisitos-15270. Rio de Janeiro,2017.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. Componetes cerâmicos –


Blocos e tijolos para alvenaria – Parte 2: Métodos de ensaio-15270. Rio de Janeiro,2017.

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