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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TUCURUÍ


LABORATÓRIO DE ENGENHARIA CIVIL

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I

TÍTULO: Materiais Cerâmicos e Metálicos

Prof.ª: Drª. Fernanda Pereira Gouveia


Alunos: Breno Mendes Freire. Matrícula: 202133640034
Natali Lima Pinheiro. Matrícula: 202133640010

TUCURUÍ
2022
Breno Mendes Freire
Natali Lima Pinheiro

MATERIAIS CERÂMICOS E METÁLICOS

Relatório apresentado para critério de


avaliação para disciplina de Materiais de
Construção Civil 1 no Curso de
Engenharia Civil da Universidade Federal
do Pará de Tucuruí
Prof.ª: Drª. Fernanda Pereira Gouveia

TUCURUÍ
2022
TÍTULO: Materiais Cerâmicos e Metálicos

RESUMO

Diante da ementa apresentada sobre a Disciplina de Materiais de Construção Civil, aplicada ao


Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Pará, tornou-se visível os principais pontos de
atuação para o processo de aprendizagem de materiais de construção civil para os ensaios, sendo os
assuntos colocados em prática Materiais Cerâmicos e Metálicos.
Dessa forma, foi possível através de ensaios analisar os seus resultados e ensaios, assim
pesquisando e seguindo as normas da ABNT NBR (Associação Brasileira de Normas Técnicas-
Normas Brasileiras).
Sendo assim, o presente relatório irá apresentar os resultados dos experimentos dos ensaios para
tais assuntos, sendo os ensaios para os Materiais Cerâmicos: Ensaio de Absorção, Ensaio de
Impermeabilidade, Ensaio de Flexão, e Resistencia a Compressão; e para os Materiais Metálicos os
ensaios apresentados: Ensaio de Tração e Ensaio de Corrosão.
Seguindo os padrões de execução dos ensaios determinados pelas normas foram realizados diversos
ensaios e seus resultados comparados com as especificações.

Palavras Chaves: Cerâmicos; Metálicos; Ensaios; Corrosão; Impermeabilidade.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

2. ENSAIO DE MATERIAIS CERÂMICOS: BLOCOS CERÂMICOS E TELHA


2.1. CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DO TIJOLO CERÂMICO
2.2. DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE ABSORÇÃO DE ÁGUA DO TIJOLO CERÂMICO
2.3. DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO TIJOLO CERÂMICO
2.4. DETERMINAÇÃO DA IMPERMEABILIDADE DA TELHA PLAN
2.5. DETERMINAÇÃO DA ABSORÇÃO DE ÁGUA DA TELHA PLAN
2.6. DETERMINAÇÃO DA CARGA DE RUPTURA À FLEXÃO DA TELHA PLAN

3. ENSAIOS DE MATERIAIS METALICOS:


3.1. COMPORTAMENTO DOS MATERIAIS METALICOS EM RELAÇÃO À TRAÇÃO
3.2. ENSAIO DE CORROSÃO

4. CONCLUSAO

5. REFERENCIA
1. INTRODUÇÃO

Os materiais cerâmicos são constituídos por elementos metálicos e não-metálicos que na maioria das
vezes possuem ligações de natureza iônica. Normalmente são incluídos nessa classe os óxidos,
nitretos e carbetos e como exemplos podemos citar refratários, cimento, vidro e porcelana. As
cerâmicas são um tipo de material muito cobiçado no mercado pelas suas propriedades. Uma delas, é
a sua alta dureza, a qual confere ao material a capacidade de resistir à deformação plástica, ou seja, o
material resiste às deformações permanentes. Outra característica importante desse material é o fato
de eles serem bons isolantes térmicos quanto elétricos. Isso se deve às ligações iônicas, que precisam
de temperaturas muito elevadas para serem rompidas. Além disso, o grupo das cerâmicas avançadas
possuem algumas propriedades elétricas e magnéticas interessantes que têm sido exploradas em
novos produtos.

Materiais cerâmicos são geralmente uma combinação de elementos metálicos e não-metálicos


(formam óxidos, nitretos e carbetos).

Os resultados foram baseados na NBR 15310:2009, em que seus objetivos são estabelecer os
requisitos dimensionais, físicos e mecânicos exigíveis para as telhas cerâmicas, para a execução de
telhados de edificações, bem como estabelece seus métodos de ensaio. Os requisitos citados se
aplicam aos componentes considerados acessórios da cobertura, quando explicitado. As telhas
cerâmicas, apresentando ou não tratamentos superficiais, devem atender aos requisitos desta Norma.
2. ENSAIO DE MATEIAIS CERÂMICOS

2.1. CARACTERÍTICAS GEOMÉTRICAS DO TIJOLO CERÂMICO


Quanto a sua forma, o bloco cerâmico estrutural deve possuir a forma de um prisma
reto, sendo sua geometria indicada.
Determinação das características geométricas, físicas e mecânicas
Características geométricas
As características geométricas do bloco cerâmico estrutural são as seguintes:
a) medidas das faces – dimensões efetivas;
b) espessura dos septos e paredes externas dos blocos;
c) desvio em relação ao esquadro (D);
d) planeza das faces (F);
e) área bruta (Ab) e área líquida (Aliq).
As determinações das características geométricas do bloco cerâmico estrutural devem seguir
os métodos de
ensaio constantes na ABNT NBR 15270-3.

Tabela 1 – Dimensões de fabricação de blocos cerâmicos estruturais.

Dimensões Dimensões de fabricação


LxHxC cm

Comprimento (C)
Módulo dimensional
Largura (L) Altura (H) Bloco ½ Bloco Amarração Amarração
M = 10 cm
principal (L) (T)

(5/4)M x (5/4)M x (5/2)M 11,5 11,5 24 11,5 - 35,5


(5/4)M x (2)M x (5/2)M 11,5 19 24 11,5 - 36,6
(5/4)M x (2)M x (3)M 11,5 19 29 14 26,5 41,5
(5/4)M x (2)M x (4)M 11,5 19 39 19 31,5 51,5
(3/2)M x (2)M x (3)M 14 19 29 14 - 44
(3/2)M x (2)M x (4)M 14 19 39 19 34 54
(2)M x (2)M x (3)M 19 19 29 14 34 49
(2)M x (2)M x (4)M 19 19 39 19 - 59
Fonte: ABNT NBR 15270 -2.

2.2 DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE ABSORÇÃO DE ÁGUA DO TIJOLO


CERÂMICO

MATERIAIS
▪ Corpo de prova (tijolo)
▪ Reservatório com água
▪ Balança
▪ Pano seco

MÉTODO
O tijolo é levado após a determinação da massa seca (Ms), deve ser colocado em um recipiente
de dimensões apropriadas, preenchido com água à temperatura ambiente, em volume suficiente
para mantê-los totalmente imersos, os corpos-de-prova devem ser mantidos completamente
imersos em água por 24 h. Após esse período, o tijolo é levemente seco com um pano, e logo
posto na balança
É dada através da seguinte equação:

Massa Úmida − Massa Seca


= Índice de absorção
Massa Seca

RESULTADOS
Quanto maior o índice de absorção, maior é o percentual de porosidade aberta do corpo
cerâmico, ou seja, maior é a fragilidade e menor a resistência mecânica.
O índice de absorção de água não deve ser inferior a 8% nem superior a 22%

2594 − 2197
= 18,04 → 18%
2197

Ou seja, ele apresenta um índice de absorção dentro do estabelecido pela norma.


Figura 1 Figura 2
Fontes: Autores, 2022 Fontes: Autores, 2022.

2.3 DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO TIJOLO


CERÂMICO

MATERIAIS
▪ Corpo de prova (tijolo)
▪ Prensa
▪ Paquímetro

MÉTODO
Para o ensaio de resistência à compressão simples, o capeamento das faces do tijolo deve ser
feito com pasta de cimento Portland, com espessura mínima necessária para que se obtenham
faces planas e paralelas. No entanto, não foi realizado o capeamento para esse ensaio.

RESULTADOS
Largura: 92,33 mm
Comprimento: 228,43 mm
Área: 21.182,31 mm²
Força: 2.400 kgf → 240.000 MPa
Como não foi realizado o capeamento necessário no tijolo, certamente comprometeu o
resultado.
Figura 3 Figura 4 Figura 5
Fontes: Autores, 2022. Fontes: Autores, 2022. Fontes: Autores, 2022.

2.4 DETERMINAÇÃO DA IMPERMEABILIDADE DA TELHA (PLAN)

MATERIAIS
▪ Telha (Plan)
▪ Caixa de vidro sem fundo
▪ Suporte para a telha
▪ Espelho
▪ Água
▪ Silicone

MÉTODO
A telha é colocada sobre o suporte de modo que haja um espaço entre a telha e a superfície, e
então é colocada uma caixa de vidro com o fundo vasado de modo que a água entre em
contato com a telha, e para que não haja vazamento pelas laterais, utilizasse a cola de silicone
como vedação. Então, é adicionado um espelho para uma melhor visualização do inferior da
telha, para que caso haja a presença de vazamentos ou formação de gotas.
O ensaio não foi realizado em sala, foi realizado apenas uma demonstração devido ao tempo
de absorção e a falta de alguns equipamentos necessários para a realização do ensaio.

RESULTADOS
De acordo com a NBR 15310, quando submetida ao ensaio para verificação da
impermeabilidade, a telha não deve apresentar vazamentos ou formação de gotas em sua face
inferior, sendo, porém, tolerado o aparecimento de manchas de umidade. Caso haja infiltração,
a telha não está de acordo com a norma.
Uma observação é quanto ao surgimento eventual de gotas na face inferior das telhas, devido à
permeabilidade, não deve ser confundido com a formação de gotas na face inferior das telhas
por causa da condensação da umidade do ar ambiente.
Figura 6 Figura 7
Fontes: Autores, 2022. Fontes: Autores, 2022.

2.5 DETERMINAÇÃO DE ABSORÇÃO DE ÁGUA DA TELHA (PLAN)

MATERIAIS
▪ Corpo de prova (Telha Plan)
▪ Balança
▪ Estufa
▪ Reservatório com água
▪ Pano seco

MÉTODO
Inicialmente a telha é levada à estufa, para que ela seque completamente e então ser levada à
balança, obtendo a massa seca da telha. Após esse processo, ela é imersa em um reservatório
com água (balde) por 24 horas, e então, é levemente seca elevada à balança para obter a massa
úmida. Dessa forma, é possível ser feita a determinação da absorção da telha através do
seguinte cálculo:
Massa Úmida − Massa Seca
∗ 100
Massa Seca

RESULTADOS
Onde;
Massa após a estufa: 1,660g
Massa após 24h: 1,664
O Calculo deve ser feito por meio da regra de três, assim de acordo com a norma
1660 100

1664 𝑋
x = 100,24 ou 0,24% de massa seca

Após isso foi realizado a pesagem após imersão em água durante 24h, onde sua massa pesada
após o período de 24h de imersão foi 1,904g.
Massa Úmida − Massa Seca
∗ 100
Massa Seca

1,904 − 1,664
× 100 = 14,423%
1,664

Ou seja, impermeável, dentro do limite da norma.


De acordo com a NBR 15310, o limite máximo admissível de absorção é 20%.
Essa determinação pode ser aplicada em acessórios cerâmicos retirados do lote de
fornecimento das telhas, desde que o produtor e o usuário final estabeleçam acordo particular
para esse fim.
A absorção de água dos acessórios, contudo, não pode ser utilizada para caracterizar as telhas.
Uma vez requerido o ensaio dos acessórios por meio de acordo entre produtor e usuário final,
aplicam-se todas as definições, procedimentos e cálculos utilizados para a determinação da
absorção de água das telhas.

Figura 8 Figura 9
Fontes: Autores, 2022. Fontes: Autores, 2022.
Figura 10 Figura 11
Fontes: Autores, 2022. Fontes: Autores, 2022.

2.6 DETERMINAÇÃO DA CARGA DE RUPTURA À FLEXÃO DA TELHA (PLAN)

MATERIAIS
▪ Corpo de prova (Telha Plan)
▪ Prensa

MÉTODO

Tabela 1 – Tipos de telhas e cargas de ruptura

Tipos de telhas Exemplos Cargas


N(kgf)

Planas de encaixe Telhas francesas 1 000 (100)

Compostas de encaixe Telhas romanas 1 300 (130)

Simples de sobreposição Telhas capa e canal colonial 1 000 (100)


Telhas plan
Telhas paulista
Telhas Piauí

Planas de sobreposição Telhas alemã e outras 1 000 (100)

Fonte: NBR ABNT 15270 -2.

RESULTADOS
A determinação da carga de ruptura à flexão simples (flexão a três pontos ou ensaio dos três
cutelos) tem por finalidade simular situações genéricas no transporte, no uso, na construção e
manutenção das telhas. O método para a determinação da carga de ruptura não se aplica a
acessórios cerâmicos.

Figura 12 Figura 13 Figura 14


Fontes: Autores, 2022. Fontes: Autores, 2022. Fontes: Autores, 2022.

3. ENSAIOS DE MATERIAIS METÁLICOS

3.1 ENSAIO DE TRAÇÃO: METODO DE ENSAIO À TEMPERATURA AMBIENTE

MATERIAIS
▪ Corpo de prova de material metálico
▪ Maquina de ensaio de tração

METODOS
O ensaio consiste na deformação de um corpo de prova por força de tração, geralmente até
a fratura. O ensaio deve ser realizado em temperatura ambiente, entre 10 °C e 35 °C. Após
iniciado o ensaio, a máquina deforma o corpo de prova a uma taxa de carregamento que é
medida através de uma célula de carga, já a deformação é medida por um extensômetro. Ao
início do carregamento, o corpo de prova absorve energia no regime elástico e inicia seu
alongamento até o ponto de escoamento. No ponto de escoamento, os átomos começam a
“escorregar”, tornando as deformações irreversíveis, e entrando no regime plástico. No ponto
de máxima tensão, inicia-se a estricção do corpo de prova, levando a fratura do mesmo,
tornando o ensaio destrutivo. As informações coletadas na máquina geram um gráfico de
tensão x deformação, que caracteriza as propriedades do material.

RESULTADOS
Como é apenas uma descrição do ensaio, não é possível que tenha um resultado, mas
podemos concluir que dependendo do tipo de método, dimensão e corpo de prova, os
resultados tendem a depender de todos os detalhes para o que a norma exige. A norma exige
várias exigências como os valores percentual no ponto de escoamento, Ae, onde vai ao 0,1%
mais próximo; e os outros valores de extensão e alongamento percentual, 0,5% ao mais
próximo; entre outras exigências que devem ser seguidas para que vá de acordo com a norma.
3.2- ENSAIO DE CORROSÃO DO AÇO
Os métodos mais utilizados para avaliação de corrosão são os: gravimétricos, eletroquímicos
elas técnicas de caracterização de superfície.
▪ Gravimétricos;
Consiste em preparar o corpo de prova por desengraxamento e decapagem, assim medindo
suas dimensões, pesando e expondo-os, sempre seguindo as recomendações de direções das
normas. Depois de certo tempo de exposição, são retirados e limpos novamente para a retirada
da corrosão.
▪ Eletroquímicos;
Consiste em células de lâminas finas separadas por filme isolantes, onde mede a resistência à
polarização e impedância eletroquímica com 2 ou 3 eletrodos, e as medidas de polarização
com 3 eletrodos.
▪ Caracterização de superfície;
Consiste nos procedimentos: metalografia ótica e microscopia eletrônica de varredura, energia
dispersiva de raios-X (EDS), espectroscopia por fotoelétrons de raios-X (XPS), entre outros.

4. CONCLUSÃO
Sendo assim, através dos ensaios realizados no laboratório foi possível determinar a
impermeabilidade, resistência a compressão, e absorção dos materiais cerâmicos, e a tração e
corrosão dos materiais metálicos. Assim seguindo as normas de cada ensaio da forma correta
com bastante segurança. visando assim melhorar no aprendizados dos discentes.
Desde modo, os resultados dos ensaios e procedimentos realizados foram de grande
importância para o entendimento de que cada tipo de procedimento depende do tipo de
material, pois influenciam diretamente na qualidade do produto final, quer seja na produção
de cerâmicos ou metais.

REFERÊNCIAS

Materiais Cerâmicos. Disponível em:


<http://www.engmateriais.deg.ufla.br/index.php/materiais_ceramicos/>. Acesso em: 14 dez.
2022.

Metais utilizados na construção civil. Disponível em:


<https://basev.com.br/metaisnaconstrucao/>. Acesso em: 14 dez. 2022.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 15270-2. “Componentes


cerâmicos. Parte 2: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural – Terminologia e requisitos”.
Rio de Janeiro: ABNT, 2005.

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