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MATERIAIS CERÂMICOS
Itajaí
2017
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MATERIAIS CERÂMICOS
Itajaí
2017
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RESUMO
Este relatório refere-se ás experiências desenvolvidas em laboratório sobre
Materiais Cerâmicos, na disciplina de Materiais de Construção Civil. Serão explicitados
os procedimentos envolvidos nos ensaios das características visuais, desvio de esquadro
e de planeza, resistência à compressão e a regularidade das medidas, materiais utilizados
e juntamente com sua análise e conclusões obtidas. A partir destes, pôde-se aprofundar
e obter resultados antes vistos na teoria. Este estudo é de grande importância por conta
da grande utilização das cerâmicas na construção civil.
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SUMÁRIO
Introdução
Objetivos
Parte Experimental
Experiência 1 – Resistência Mecânica
Materiais
Procedimentos
Experiência 2 – Desvios
Materiais
Procedimentos
Resultados e Discussão
Experiência 1 – Resistência Mecânica
Experiência 2 – Desvios
Experiência 3 – Densidade
Conclusão
Referências
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1. INTRODUÇÃO
Segundo Eládio G. R. Petrucci “Os produtos cerâmicos são materiais de
construção, obtidos pela secagem e cozimento de materiais argilosos.1” O principal
componente das Cerâmicas são as argilas, materiais terrosos que quando misturados
com água, adquirem uma alta plasticidade, ou seja, facilidade de moldar.
1
PETRUCCI, Eládio G. R.. Materiais de Construção. 11. ed. São Paulo: Globo, 1998. Cap. 1,
p. 2.
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2. OBJETIVOS
- Aprofundar o conhecimento acerca das cerâmicas e suas propriedades;
- Analisar a resistência a compressão paralela e normal aos furos;
- Observar se há desvio de esquadro, planeza e de dimensões nos blocos cerâmicos,
verificando se os mesmos são admitidos pela norma.
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3. PARTE EXPERIMENTAL
3.1 Experiência 1 – Resistência Mecânica
3.1.1 Materiais
Foi utilizada a prensa, onde a mesma exerceu uma força normal e paralela aos
furos e dois blocos cerâmicos, sendo que um deles já estava com a superfície de
argamassa.
3.1.2 Procedimentos
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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Experiência 1 – Resistência Mecânica
O bloco cerâmico com argamassa rompido no sentido normal aos furos, tinha as
seguintes medidas:
BLOCO CERÂMICO COM ARGAMASSA
Largura Altura Comprimento
19,4 cm 11,5 cm 19,2 cm
E obteve um resultado de:
= 0.5 MPa
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F = 8816.32 N
O bloco cerâmico rompido com tensão aplicada paralela aos furos, tinha as
seguintes medidas:
BLOCO CERÂMICO SEM ARGAMASSA
Largura Altura Comprimento
18,3 cm 11,0 cm 18,6 cm
E obteve um resultado de:
= 1.1 MPa
F = 190026.29 N
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Como já era esperado esse sentido apresentou uma resistência maior que no
sentido normal aos furos, pois no mesmo a secção resistente é maior. Entretanto a NBR-
7171 não especifica uma resistência ideal para esse sentido.
Na largura o valor obtido ao medir todos os cinco blocos lada a lado foi 92,3cm
quando o resultado ideal seria 95±0,3cm, com um desvio de 24mm acima do permitido
pela norma (NBR-7171), já na altura o resultado obtido foi de 55,3cm que também é um
desvio acima do permitido, uma vez que o resultado ideal seria 57,5±0,3cm, portando o
desvio apresentado foi de 19mm. O comprimento assim como as outras dimensões
também apresentou desvio, com o resultado de 92,4cm enquanto o aceitável seria
95±0,3cm, nesta dimensão o desvio foi de 23mm, enquanto a norma previa 3mm.
Porém, essas medidas foram obtidas em laboratório, em todos os blocos
cerâmicos constavam a mesma medida do lote:
Logo depois de medir, percebeu-se que as medidas que constavam nos blocos
cerâmicos não eram verdadeiras, houveram erros em milímetros, o que pode parecer
pouco, em obra pode ser muito ruim. Os desvios significativos se devem a erros no
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processo de fabricação que, provavelmente, foi realizado de forma mais artesanal, o que
os tornam mais recorrentes.
Posteriormente, mediu-se os desvios de esquadro e de planeza nos dois lados de
cada bloco (lado 1 e 2), obtendo os seguintes valores:
Esse processo evidenciou ainda mais a falta de padrão nos blocos analisados,
quem em todo caso apresentaram desvio maior que o permitido (3mm), em pelo menos
uma dimensão, enquanto media-se os desvios foi possível observar plenamente o quanto
os blocos eram fora do esquadro. O motivo se deve, assim como no tópico anterior, a
erros no processo de fabricação.
3 1,061 g/cm³
4 1,136 g/cm³
5 1,164 g/cm³
5. CONCLUSÃO
Os materiais cerâmicos são, portanto, muito importantes na área da Engenharia
Civil, por serem de fácil produção, de baixo custo, de grande durabilidade, isolamento
térmico e acústico e é uma matéria-prima abundante em nossa região, como no Vale do
Rio Tijucas.
Concluiu-se, que segundo as normas, existem especificações que cada lote
deve seguir, como ter o nome do fabricante, a cidade da fabricação, o número do lote e
as suas dimensões corretas, porém, em laboratório, percebemos que isso não é seguido e
que alguns blocos cerâmicos apresentaram desvios de esquadro e de planeza, o que deve
ser mais fiscalizado para obter ainda mais qualidade. Viu-se também, que a resistência a
compressão paralela aos furos é maior que a normal aos furos.
Diante dos fatos observados, concluímos que em vista dos blocos cerâmicos
que tínhamos, nenhuma era 100% nos padrões da norma, em relação às dimensões dos
blocos e desvios de esquadro e de planeza. Alguns víamos que poderiam ser usados,
como um que não obteve nenhum desvio.
Por fim, é de suma importância a verificação do lote dos blocos cerâmicos,
pois blocos de má qualidade ou que não seguem as normas, implicam inúmeras
complicações nas obra, como uma não padronização da construção. Entendeu-se
também que por esse motivo é necessário comprar os produtos de um fornecedor
confiável, porém essa tarefa acaba por ser um problema, pois na região das cidades de
Tijucas, Canelinha e São João Batista que é responsável por grande parte da produção
desse seguimento no estado, são poucas as empresas que apresentam automação em seu
processo de produção, e a produção dos blocos, na sua maioria, ainda é bastante
artesanal e por esse motivo muitos blocos apresentam desvios em suas dimensões, assim
como os blocos testados em laboratório.
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6. REFERÊNCIAS
PETRUCCI, Eládio G. R.. Materiais de Construção. 11. ed. São Paulo: Globo, 1998.
Cap. 1. p. 1-38.