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UNIVERSIDADE

PAULISTA
CURSO: ENGENHARIA
CIVIL

Profº Engº Valdir Oliveira Junior


PLANO DE ENSINO

CURSO: Engenharia Civil


DISCIPLINA: Materiais de Construção Civil
SÉRIE: 6º/5º Semestre
CARGA HORÁRIA SEMANAL: 2,25 horas-aula
CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 45 horas-aula

I – EMENTA
Propriedades gerais dos materiais de construção. Especificações e
métodos de ensaios de agregados, aglomerantes, argamassas,
concretos, alvenaria e materiais betuminosos. Discussão de problemas
básicos e de formação geral relacionados à Engenharia em geral e à
Engenharia Civil em especial.
II - OBJETIVOS GERAIS

Selecionar, especificar, controlar e aplicar os materiais de construção


civil, relacionando suas propriedades com os fatores que nelas
influenciam e adequando suas características às exigências específicas
do tipo e local da construção.

III - OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Conhecer, classificar e saber aplicar os materiais de construção na


Engenharia Civil, adotar critérios objetivos na seleção dos materiais de
construção e analisar em laboratório de ensaios os materiais de
Construção.
IV - COMPETÊNCIAS
• Analisare compreender os fenômenos físicos e químicos por meio de
modelos simbólicos, físicos e outros, verificados e validados por
experimentação.
• Aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e
instrumentais.
• Comunicar-se eficazmente nas formas escrita, oral e gráfica.
• Trabalhar e liderar equipes multidisciplinares. Conduzir experimentos e
interpretar resultados.
• Utilizar conhecimentos técnicos para conceber, projetar e analisar sistemas,
produtos e processos. Identificar, formular e resolver problemas.
• Desenvolver e utilizar novas ferramentas e técnicas.
• Conhecer e aplicar com ética a legislação e os atos normativos no âmbito
do exercício da profissão.
• Avaliaro impacto dos materiais de construção no contexto social e
ambiental.
• Assumir a postura de permanente busca de atualização profissional.
V – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Agregados: Granulometria, forma, propriedades físicas dos agregados
(massa específica, massa unitária, índice de vazios, compacidade,
inchamento e umidade).
Práticas:
• Determinação da Massa Específica do Agregado Miúdo por Meio do
Frasco Chapman - NBR NM 52;
• Determinação da Umidade Superficial do Agregado Miúdo Pelo
Método do Frasco de Chapman - NBR 9775;
• Determinação da Umidade Superficial do Agregado Miúdo pelo
Método do Aparelho Speedy - DNER - ME 52 – 64;
• Determinação da curva de Inchamento do Agregado Miúdo – NBR
6467.
V – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Cimento Portland: Obtenção do clínquer, reação de hidratação e
suas influências, etapas do processo de fabricação, tipos de cimento
Portland e propriedades físicas do cimento.
Práticas:
• Determinação da pasta de consistência normal de cimento Portland
pelo método Vicat - NBR NM 43;
• Determinação do tempo de pega de cimento Portland pelo método
Vicat - NBR NM 65;
• Determinação da expansibilidade de Le Chatelier - NBR 11582/1991.
Água de amassamento: Propriedades físico-químicas da água e
consumo em argamassas e concretos.
V – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Argamassa: Classificação, propriedades, traço, coeficiente de
rendimento e correção da umidade.
Concreto: Composição, concreto simples, tipos de concreto, aditivos,
propriedade do concreto no estado fresco, propriedade do concreto
no estado endurecido e concretagem.
Práticas:
• Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone de
concreto (Slump Test) - ABNT NBR NM 67.
• Determinação do ensaio de compressão de corpos de prova
cilíndricos de concreto – ABNT NBR – 5739:2007
V – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Dosagem de concreto:
Método de dosagem ABCP (sugestão), fator a/c, consumo de agua,
consumo de cimento, consumo de brita, consumo de areia, conversão
do traço em massa para volume e correção da umidade do traço.
Prática:
• Preparo de concreto utilizando a dosagem em betoneira.
Alvenaria:
Denominação de alvenaria, elemento de alvenaria e propriedades.
Materiais betuminosos:
Betumes e asfaltos, classificação de asfalto, principais ensaios para
controle de cimento asfáltico de petróleo e asfalto ecológico.
Prática:
• Determinação do ponto de fulgor em cimento asfáltico de petróleo
(NBR 11341)
VI - ESTRATÉGIA DE TRABALHO
As aulas são predominantemente em metodologia ativa de
ensino, apoiadas nas diretrizes do plano de ensino. O
desenvolvimento dos conceitos e conteúdos ocorre com
apoio de bibliografia, propostas de leituras, exercícios,
textos complementares e sugestão de literatura e filmes,
quando possível. Em conjunto com a atividade do professor
da disciplina, ocorrem discussões relevantes a cada
disciplina. Com o objetivo de aprofundar o conteúdo
programático e o incentivo à pesquisa, o docente pode
utilizar recursos como: artigos científicos, trabalhos
individuais ou em grupo e palestras, que permitam aos
alunos compreenderem na prática a teoria apresentada
VII – AVALIAÇÃO

A apuração do rendimento escolar é realizada por meio de


verificações parciais e exames, conforme previsto no Regimento
Institucional.
VIII – BIBLIOGRAFIA

BÁSICA
 NEVILLE, A. M. Propriedades do Concreto. 5ª Ed. Porto Alegre. Editora
Bookman. 2016. ISBN 978-85-8260-366-6

 NEVILLE, A. M; BROOKS, J. J. Tecnologia do Concreto. 2ª Ed. Porto Alegre.


Bookman Editora. 2013.

 PINHEIRO, Antonio Carlos da Fonseca Bragança; CRIVELARO, Marcos.


Materiais de Construção. 2ª ed. São Paulo. Editora Érica. 2016. ISBN 978-85-
365-1874-9
VIII – BIBLIOGRAFIA
COMPLEMENTAR
 MEDEIROS, Jonas Silvestre. Construção – 101 Perguntas e Respostas: Dicas
de Projetos, Materiais e Técnicas. São Paulo. Minha Editora. 2012. ISBN
978-85-7868-149-4.
 MOHAMAD, Gihad, MACHADO, Diego William Nascimento; JANTSCH,
Ana Cláudia Akele. Alvenaria Estrutural: Construindo o Conhecimento.
São Paulo. Editora Blucher. 2017. ISBN 978-85-212-1103-7.
 SALGADO, Júlio César Pereira. Técnicas e Práticas Construtivas para
Edificação. 3ª ed. São Paulo. Editora Érica. 2014. ISBN 978-85-365-0572-5.
 SANCHEZ, Emil. Nova normalização brasileira para alvenaria
estrutural. 1ª Ed. Rio de Janeiro. Editora Interciência. 2013. ISBN 978-85-7193-
316-3.
 PINHEIRO, Antonio Carlos da Fonseca Bragança; CRIVELARO, Marcos.
Qualidade na Construção Civil. 1ª ed. São Paulo. Editora Érica. 2014. ISBN
978-85-365-1878-7
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CURSO: ENGENHARIA
CIVIL

Profº Engº Valdir Oliveira Junior


CONCRETO COM CIMENTO PORTLAND
O SEGUNDO MATERIAL MAIS
CONSUMIDO NO MUNDO
CONCRETO É UM PRODUTO VERSÁTIL
PR SC PR

RS SC SC

China SC
CONCRETO É UTILIZADO EM
TODAS AS CLASSES SOCIAIS
TECNOLOGIA FORMA
TECNOLOGIA INFORMAL
HISTÓRIA
DO
CONCRETO
HISTÓRICO
CONCRETO ANTES DO CIMENTO PORTLAND
Aproximadamente cinco mil anos

127 antes de Cristo – Roma/Itália Antiga – início do concreto


HISTÓRICO
CONCRETO COM CIMENTO PORTLAND
•1848 - Canoa de Lambot
•França - 1a obra em concreto armado
HISTÓRICO

CONCRETO COM CIMENTO PORTLAND

P. Emílio Baumgart-SC Ponte da Amizade-PR Ponte Rio Guamá-PA

UNESP UNESP UNESP


HISTÓRICO

CONCRETO COM CIMENTO PORTLAND


Ed. Martinelli-SP Ed. Burj Dubai
(1925) (2010)
TIPOS
DE

CONCRETO
TIPOS DE CONCRETO

CLASSIFICAÇÃO PELA CONSISTÊNCIA

Semi Plástico Fluído


Seco
Plástico CAA
TIPOS DE CONCRETO

CONCRETO SECO – SEGMENTOS

Concreto com
50% Areia Industrial
50% Areia Natural

Concreto com
100 % Areia Industrial
TIPOS DE CONCRETO

CONCRETOS COLORIDOS
TIPOS DE CONCRETO

CONCRETO SEM FINOS


TIPOS DE CONCRETO

CONCRETO LEVE COM ISOPOR


TIPOS DE CONCRETO

CONCRETO LEVE

Concreto Concreto leve


leve Celular com argila Concreto Leve com
com espuma expandida Argila Expandida
TIPOS DE CONCRETO

Concreto Concreto
com com
cimento cimento
branco branco
Concreto preto agregado agregado
normal branco

Calcário Branco
TIPOS DE CONCRETO

CONCRETO NORMAL COM FIBRA

Fibra Fibra
de de
Aço Nylon
TIPOS DE CONCRETO

CONCRETO PESADO
Concreto semi plástico Concreto plástico
TIPOS DE CONCRETO

CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO (ALTA RESISTÊNCIA)


American Concrete Institute - ACI a partir de 1950
classifica se o concreto é de alto desempenho pela
resistência à compressão axial aos 28 dias:

- Ano de 1950 > 34 MPa

- Ano de 1960 > 50 MPa

- Ano de 1970 > 60 MPa

- Atualmente até 140 MPa

- Atualmente no Brasil > 40 MPa.


O que é o Concreto
1.1 DEFINIÇÕES
Concreto é um material de construção proveniente da mistura, em
proporção adequada, de: aglomerantes, agregados e água.
a) Aglomerantes
Unem os fragmentos de outros materiais. No concreto, em geral se emprega
cimento portland, que reage com a água e endurece com o tempo.
b) Agregados
São partículas minerais que aumentam o volume da mistura, reduzindo
seu custo. Dependendo das dimensões características φ, dividem-se em dois
grupos:
Agregados miúdos: 0,075mm < φ < 4,8mm. Exemplo: areias.
Agregados graúdos: φ ≥ 4,8mm. Exemplo: pedras.

c) Pasta
Resulta das reações químicas do cimento com a água. Quando há água
em excesso, denomina-se nata.

PASTA ↔ CIMENTO + ÁGUA


Introdução
d) Argamassa

Provém da pela mistura de cimento, água e agregado miúdo, ou


seja, pasta com agregado miúdo.

ARGAMASSA ↔ CIMENTO + AREIA + ÁGUA


Introdução
e) Concreto simples

É formado por cimento, água, agregado miúdo e agregado


graúdo, ou seja, argamassa e agregado graúdo.

CONCRETO SIMPLES ↔ CIMENTO + AREIA + PEDRA + ÁGUA


Introdução
DE QUE FORMA OS
MATERIAIS
INFLUENCIAM NO
CONCRETO?
INFLUÊNCIA DOS MATERIAIS

CIMENTO
Maior consumo de cimento acarreta:

 MAIOR plasticidade
 MAIOR coesão
 menor segregação
 menor exsudação
 MAIOR calor de hidratação
 MAIOR variação volumétrica
INFLUÊNCIA DOS MATERIAIS

AGREGADO MIÚDO

Aumento do teor de agregado miúdo acarreta:

 Aumento do consumo de água

 Aumento do consumo de cimento

 Maior plasticidade
INFLUÊNCIA DOS MATERIAIS

AGREGADO GRAÚDO
 Mais arredondado e liso maior plasticidade e
menor aderência

 Lamelar maior consumo de cimento, areia e


água e menor resistência

 Melhores agregados são cúbicos e rugosos

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