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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS E EXATAS

Gabriel Humberto Freiria da Silva


Iago Silva Souza
Ítalo Henrique Rosa

RELATÓRIO SOBRE POLÍMEROS E ASFALTO

MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO CIVIL II

UBERABA, MG
2023
Gabriel Humberto Freiria da Silva
Iago Silva Souza
Ítalo Henrique Rosa

RELATÓRIO SOBRE POLÍMEROS E ASFALTO

Trabalho acadêmico apresentado à disciplina


Materiais da Construção Civil II como
requisito parcial para aprovação no 6º período
do Curso de Engenharia Civil, da
Universidade Federal do Triângulo Mineiro.
Profº Dr. Paulo de Castro Guetti.

UBERABA, MG
2023
POLÍMEROS

1. INTRODUÇÃO

Os materiais poliméricos são amplamente utilizados na construção civil devido às suas


propriedades de resistência, leveza e durabilidade. Para garantir a segurança e eficiência das
edificações, a ABNT estabelece normas técnicas que definem os requisitos mínimos de
desempenho e segurança, além de estabelecer os procedimentos de ensaio para avaliar esses
materiais.

A norma ABNT NBR 15575 estabelece os requisitos mínimos de desempenho para


edificações habitacionais, incluindo aspectos relacionados à resistência e durabilidade dos
materiais. A norma ABNT NBR 15577 trata dos requisitos para sistemas de impermeabilização
de edificações.

Dessa forma, o uso de materiais poliméricos na construção civil deve seguir as normas
técnicas da ABNT, a fim de garantir a qualidade e segurança das edificações. É essencial contar
com profissionais qualificados na escolha e aplicação desses materiais para obter os melhores
resultados.

As conexões de PVC das séries normal e reforçada devem ser fabricadas com bolsas do
tipo dupla atuação para serem acopladas aos tubos de PVC através de anéis de borracha, com
dimensões conforme 4.4, ou soldadas.

As conexões DN 40 podem ser fabricadas com bolsas lisas para serem soldadas com
tubos de PVC. Fica a critério do fabricante determinar se as conexões das séries normal e
reforçada serão do tipo ponta-bolsa ou bolsa-bolsa. NOTA - Decorridos 18 meses da publicação
desta Norma, as bolsas das conexões DN 150 série normal deverão ser do tipo dupla atuação.
As conexões devem ser fabricadas com dimensões e formas conforme a figura 2 e a tabela 5.
A profundidade mínima das bolsas (Pb) das conexões deve estar de acordo com a tabela 5.
2. OBJETIVO

Esse ensaio tem como objetivo observar e analisar a propriedade das amostras de
materiais poliméricos.

3. MATERIAIS:
● Conexão de PVC;
● Prensa hidráulica;
● Estufa;
● Paquímetro;
● Trena.

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1. ANÁLISE VISUAL

Deve-se fazer a análise visual da conexão, visualizando se a mesma tem cor uniforme

e é livre de corpos estranhos, bolhas, trincas, fendas ou outros defeitos visuais, estes que

possam indicar descontinuidade do material e/ou do processo de moldagem.

4.2. ANÁLISE DIMENSIONAL

Deve-se fazer as medições de espessura, diâmetro e comprimentos das conexões, a fim


de determinar suas medidas e se elas estão de acordo com a tabela 5, figura 2.

4.3. ENSAIO DE COMPORTAMENTO AO CALOR


Submeter as conexões à temperatura de 150° na estufa, durante
15 min para e ≤ 3,0 mm e 30 min para e > 3,0 mm. As conexões, quando
submetidas à temperatura de (150 ± 2)°C, não devem apresentar, após
o resfriamento, bolhas ou escamas com profundidade superior a 50%
da espessura da parede; assim como fendas, rachaduras ou fissuras
nas linhas de emenda ou outra região que ultrapassem, em qualquer
ponto, a espessura da parede da conexão; e danos superficiais nas
vizinhanças do ponto de injeção com profundidade superior a 50% da
espessura da parede.

4.4. ENSAIO DE DEFLEXÃO PERCENTUAL

A conexão será colocada na prensa. Segundo a norma, neste ensaio as conexões devem
resistir a uma deflexão de 30% do diâmetro interno máximo na temperatura de 3 20 - 2 + °C
sem romper e/ou estilhaçar, apresentar trincas, rasgos e delaminações nas superfícies externa e
interna. Pequenas fissuras que não ultrapassem em qualquer ponto a espessura da parede da
conexão não devem ser consideradas como defeitos.

5. RESULTADO E DISCUSSÕES

5.1. ANÁLISE VISUAL

Para esta etapa, verificou-se que a peça observada apresentava cor branca uniforme,
não havendo presença de corpos estranhos, como manchas e fissuras.

5.2. ANÁLISE DIMENSIONAL


Nesta etapa, foram conferidas as dimensões, onde verificamos as seguintes medidas:

Diâmetro interno e1 e2 e3 Profundidade Diâmetro externo

10,2 cm 2,5 mm 2 mm 1,8 mm 4,5 cm 9,6 cm

Sendo assim, foi possível verificar que é uma peça reforçada, e as medidas condizem
com as normas.

5.3. ENSAIO DE COMPORTAMENTO AO CALOR

A peça foi levada à estufa, e após o período dentro da estufa, foi possível analisar a
formação de escamas, bolhas e manchas, o que demonstra certa fragilidade ao fogo. Além disso
a peça sofreu deformação em decorrência do calor.

5.4. ENSAIO DE DEFLEXÃO PERCENTUAL

A peça foi medida antes de ser levada à estufa. E também após o tempo de estufa. As
medidas foram alocadas na tabela abaixo:

Situação Diâmetro Original (cm) Diâmetro pós flexão (cm)


Engate 10,3 9,05

Saída 9,6 5,9

A peça resistiu a 670 Kgf durante o ensaio, que foi interrompido quando atingiu 6,5 cm
de deflexão. Após um certo tempo, a peça apresentou tendência a retornar ao tamanho original,
o que é uma característica dos polímeros.

6. CONCLUSÃO

Os ensaios em materiais poliméricos são de extrema importância na construção civil,


pois garantem a segurança e a qualidade das edificações. Esses materiais são amplamente
utilizados em diferentes aplicações, como revestimentos, impermeabilização, isolamento
térmico e acústico, e precisam ser avaliados de acordo com as normas técnicas da ABNT.

Os ensaios permitem verificar a resistência mecânica, a durabilidade, a estabilidade


dimensional, a reação ao fogo, entre outras propriedades dos materiais poliméricos. Isso auxilia
na escolha dos materiais adequados para cada aplicação, contribuindo para a redução de custos
e para a segurança das edificações.

Além disso, as normas técnicas da ABNT estabelecem requisitos mínimos de


desempenho e segurança para os materiais poliméricos, o que traz ainda mais confiabilidade
para a utilização desses materiais na construção civil

Portanto, é fundamental que os profissionais da construção civil estejam familiarizados


com as normas técnicas e procedimentos de ensaio em materiais poliméricos, a fim de garantir
a segurança e eficiência das edificações.
ASFALTO

1. INTRODUÇÃO

Os ligantes asfálticos são materiais de construção utilizados para produzir asfalto e


pavimentos asfálticos na construção civil. Os aglutinantes asfálticos são compostos viscosos
derivados do petróleo que são misturados com agregados minerais para criar uma mistura
asfáltica.

Na construção de pavimentos asfálticos, o ligante asfáltico é aplicado em camadas na


base do agregado e compactado para criar uma superfície lisa e durável. Também é usado como
selante para juntas e rachaduras de pavimentos de concreto.

Existem diferentes tipos de ligantes asfálticos, cada um com diferentes propriedades e


características, tais como: B. Viscosidade, resistência à deformação, resistência à fadiga,
durabilidade. A seleção do ligante asfáltico depende das condições de tráfego, clima e
disponibilidade local.

Alguns exemplos de ligantes asfálticos incluem asfalto diluído, asfalto emulsionado,


asfalto modificado por polímero, asfalto borracha e asfalto oxidado. Cada um desses ligantes
possui propriedades e vantagens específicas para uso na engenharia civil.

2. OBJETIVO

Esse ensaio tem como objetivo observar e analisar a propriedade das amostras de
ligantes asfálticos

3. MATERIAIS

3.1. PONTO DE AMOLECIMENTO:

●Amostra de ligante asfáltico;

●Estufa;

●Placa de moldagem;

●Anéis;
●Espátula;

●Béquer;

●Água;

●Termômetro;

●Esferas;

●Pinça.

3.2. DETERMINAÇÃO DE PENETRAÇÃO:

●Amostra de ligante asfáltico;

●Estufa;

●Recipiente de metal, cilíndrico e de fundo plano,

●Tampa;

●Penetrômetro;

●Agulha curta ou longa;

●Banho d’água;

●Água;

●Cuba de Transferência;

●Termômetro;

●Pipeta;

●Termômetro.

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1. DETERMINAÇÃO DO PONTO DE AMOLECIMENTO

Procedimento para determinação do ponto de amolecimento por anel e bola:

1- Preparação dos corpos de prova:

- Aquecer a amostra em estufa, homogeneizando periodicamente e evitando a inclusão


de ar e superaquecimento localizado.
- Aplicar o material não adesivo sobre a placa de moldagem.
- Aquecer os anéis à temperatura da amostra e colocá-los sobre a placa de moldagem.
- Encher os anéis com a amostra fluida, deixando um excesso acima do topo dos anéis.
- Resfriar a amostra à temperatura ambiente por 30 minutos.
- Cortar o excesso da amostra com a espátula aquecida e nivelar com a parte superior do
anel.

2- Iniciar o ensaio:

- Colocar o fluido do banho no béquer e ajustar sua temperatura para 5°C ou 30°C,
dependendo do ponto de amolecimento esperado.
- Encaixar as guias das esferas nos anéis e posicioná-los no suporte junto com o
termômetro.
- Inserir o equipamento anel e bola no banho, mantendo as esferas no fundo do béquer.
- Manter o fluido do banho à temperatura selecionada por 15 minutos.
- Colocar as esferas sobre a superfície dos corpos de prova por meio da pinça, mantendo-
as centradas nas guias dos anéis.
- Levar o conjunto à fonte de aquecimento.
- Aquecer o fluido do banho à taxa de 5°C/min.
- Registrar a temperatura indicada pelo termômetro no instante em que as esferas tocarem
a placa de referência do equipamento.
- Repetir o ensaio se a diferença entre as temperaturas obtidas para cada esfera exceder
1°C.

4.2. DETERMINAÇÃO DA PENETRAÇÃO

1- Preparação dos corpos de prova:

- Aquecimento da amostra em estufa, sem ultrapassar 110 *C do ponto de amolecimento


esperado;
- Aplicação do material não adesivo sobre a placa de moldagem;
- Aquecimento dos anéis à temperatura da amostra e colocação sobre a placa de
moldagem;
- Preenchimento dos anéis com a amostra fluida, deixando um excesso acima do topo
dos anéis;
- Resfriamento dos ligantes asfálticos com ponto de amolecimento próximo à
temperatura ambiente.

2- Condições de ensaio
- Quando não mencionados, subentendem-se como 25°C, 100 g e 5 s.

3- Preparação do equipamento:

- Examinar o suporte da agulha e a haste, para verificar a ausência de água e outros


materiais estranhos.
- Limpar a agulha com solvente adequado, secar com pano limpo e fixá-la no suporte.
- Usando um indicador de nível certificar-se de que o equipamento está nivelado
- A menos que sejam especificadas condições especiais, colocar o peso de 50 a acima da
agulha, fazendo com que a carga total seja de 100,0 g para o conjunto de penetração,
inclusive a agulha.
- Colocar o recipiente da amostra dentro da cuba de transferência, encher a cuba a cuba
com água, de tal modo que a cuba fique totalmente submersa.
- Colocar a Cuba de transferência sobre o prato do penetrômetro para dar início imediato
ao ensaio.
- Ajustar a agulha já devidamente carregada à superfície da amostra, fazendo com que
coincida exatamente a imagem da agulha refletida pela amostra com a sua imagem
verdadeira.
- A imagem refletida deve ser obtida usando-se uma fonte de luz que ilumina
adequadamente a amostra
- Anotar a leitura do mostrador do penetrômetro, ou preferencialmente, trazer o seu
ponteiro para posição zero.
- Após o ajuste da agulha à superfície da amostra e da leitura do mostrador, liberar
rapidamente a agulha durante o tempo especificado.
- Ajustar o instrumento para medir a distância penetrada e anotar o valor.
- Fazer três determinações em pontos diferentes, distantes entre si e da borda em 10mm
no mínimo.

5. RESULTADO E DISCUSSÕES

4.1. DETERMINAÇÃO DO PONTO DE AMOLECIMENTO

Para essa etapa do experimento, o componente asfáltico foi inserido em um


equipamento para esquentá-lo a uma taxa de 1,5. Após aguardar o período necessário para
amolecê-lo, foi constatado que a brita utilizada só foi totalmente coberta aos 76°C. Era
esperado valores próximos à 56°C, porém deveria ser utilizado bolas metálicas, o que
acarretaria em um peso maior, como a brita é mais leve, o ponto de amolecimento faz sentido.

4.2. DETERMINAÇÃO DA PENETRAÇÃO

Para esta etapa, foram realizadas medições em três amostras de asfalto, onde foi
possível analisar a penetração em cada uma delas, todas à 25°C. Os valores coletados estão na
tabela abaixo:

Tipo de Amostra Penetração 1 (mm) Penetração 2 (mm) Penetração 3 (mm)

Amostra 1 27 35 32

Amostra 2 32 33 32

Amostra 3 40 40 44

Sendo assim, é possível verificar que as amostras 1 e 2 ficaram na faixa <40, já a


amostra 3 ultrapassou essa faixa. Este ensaio busca verificar a facilidade de penetração de
materiais no asfalto, logo a amostra 3 é a que permite maior penetrabilidade.

6. CONCLUSÃO

Em conclusão, tanto o ensaio de ponto de amolecimento do asfalto quanto o ensaio de


penetração do asfalto são métodos importantes para avaliar as propriedades do asfalto utilizado
em pavimentação. O ensaio de ponto de amolecimento é usado para determinar a temperatura
em que o asfalto começa a amolecer e deformar sob carga, o que é crucial para garantir que o
pavimento mantenha a sua integridade estrutural e não se deforme excessivamente em
temperaturas elevadas. Por sua vez, o ensaio de penetração avalia a consistência do asfalto em
relação à sua capacidade de resistir à penetração de uma agulha padronizada, o que é importante
para determinar a qualidade do asfalto e sua capacidade de suportar cargas.
Ambos os ensaios são amplamente utilizados na indústria de pavimentação e construção
rodoviária, e são essenciais para garantir a qualidade e segurança das estradas e rodovias. Além
disso, esses ensaios podem ser utilizados para monitorar a qualidade do asfalto ao longo do
tempo e para avaliar a durabilidade do pavimento ao longo do seu ciclo de vida. Em última
análise, esses ensaios são importantes para garantir a eficácia e a longevidade dos pavimentos,
proporcionando segurança e conforto aos usuários das vias públicas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 6560:2016: Ligantes
asfálticos - Determinação do ponto de amolecimento - Método do anel e bola. Tag. 2 ed. Rio
de Janeiro: ABNT Coleção, 2012. 6p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 6576:2007: Materiais


asfálticos - Determinação da penetração. Tag. 2 ed. Rio de Janeiro: ABNT Coleção, 2012. 6p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, ABNT 5688:1999: Sistemas


prediais de água pluvial, esgoto sanitário e ventilação - Tubos e conexões de PVC, tipo DN -
Requisitos - 1 ed. Rio de Janeiro: ABNT Coleção, 1993. 3p.

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