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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA - Campus Gurupi.

ANA CLARA COELHO CARDOSO


Engenharia Civil- 2022/1

RELATÓRIO DA PRÁTICA DE LABORATÓRIO 02


PLACAS CERÂMICAS

Gurupi, 24 de Fevereiro de 2023


RELATÓRIO DA PRÁTICA DE

LABORATÓRIO 02 PLACAS

CERÂMICAS

Relatório apresentado para técnico


critério de avaliação da disciplina
Materiais de Construção Civil 1 -
Experimental do Curso de
Engenharia Civil do Instituto Federal do
Tocantins.

Profª Drª Arthur Aviz

Gurupi, 24 de Fevereiro de 2023


RESUMO

Os materiais cerâmicos são fundamentais na maioria das edificações, por


conta de suas características, como por exemplo, excelente isolamento
térmico e acústico, elevada resistência a temperaturas e o fogo, além de
sua grande durabilidade e baseado nisso torna-se claro a necessidade de
ter certificação da qualidade do material a ser empregado na construção civil.
Desta maneira o presente relatório, advindo da prática experimental em
laboratório, visa especificar junto às normas técnicas NBR 13816 e NBR 13817
critérios para avaliação de lotes de placas cerâmicas, determinando assim a
aceitação ou rejeição dos mesmos.
Assim, foram executados avaliações de Inspeção Geral, que abrangem os
ensaios de Identificação e de Características Visuais; e Inspeção por Ensaios,
que englobam Características Geométricas, Índice de Absorção de Água e
Aplicação das cerâmicas nos ambientes. Tornando-se necessário a
conformidade dos resultados de verificação nos respectivos ensaios para
garantir a aceitação do lote.

Palavras - chave: Placas Cerâmicas, Ensaios, Requisitos, Características,


Requisitos, NBR 13816 e NBR 13817.
SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO TEÓRICA 5

2.OBJETIVO 5

3.APARELHAGEM E INSTRUMENTAÇÃO 6

4.PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 6

4.1.INSPEÇÃO GERAL 6

4.2.CARACTERÍSTICAS FÍSICAS 7

4.3 APLICAÇÃO DAS PLACAS 8

5.RESULTADOS 9

5.1.INSPEÇÃO GERAL 9

5.2.INSPEÇÃO POR ENSAIOS 9

6.CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 9

7.REFERÊNCIAS 11

APÊNDICE A - AMOSTRAGEM SIMPLES, CORPOS DE PROVA 12

APÊNDICE B – DETERMINAÇÃO DE MASSA UMIDA E SECA 13

APÊNDICE C - ENSAIO DE APLICAÇÃO DE CERÂMICAS 15


1. INTRODUÇÃO TEORICA.

A cerâmica para revestimentos é feita a partir de uma mistura de


argilas e outras matérias-primas inorgânicas. Através de um processo
de queima, é possível obter peças de alto nível técnico e estético, que
garantem qualidade e eficiência para todo tipo de projeto. Para
proteger e conceder brilho à placa é aplicada em sua superfície uma
camada de esmalte. Ele é composto por materiais que, a partir da
reação química da queima, adquirem aspecto vítreo e brilhoso. Essa
camada contribui para aspectos não só estéticos, mas também
higiênicos e melhoria da resistência mecânica. A queima é
fundamental para o desenvolvimento das propriedades finais das
placas. Chamada tecnicamente de sinterização, por conta da reação
química que acontece durante esse processo. As placas são
queimadas no forno em temperaturas acima de 1.000ºC, onde os
componentes das matérias-primas utilizadas se transformam. A placa
adquire atributos próprios da cerâmica e cria substâncias com
propriedades diferentes das existentes no início de fabricação. Após
saírem do forno, os defeitos de fabricação, e as classificações das
placas são conferidas, alguns produtos podem necessitar de
procedimentos adicionais, como polimento, cortes, furação, e etc.

Assim, recomenda-se que ao receber um lote de placas cerâmicas


seja realizado os ensaios a fim de se aprovar ou negar o produto,
conforme especificado pelas normas da NBR 13816:1997 – Placas
cerâmicas para revestimento – Terminologia, NBR 13817:1997 –
Placas cerâmicas para revestimento – Classificação, NBR
13818:1997 – Placas cerâmicas para revestimento - Especificação e
métodos de ensaios.

2. OBJETIVO

Fazer a avaliação das placas cerâmicas conforme as normas, por


meio de ensaios de inspeção geral e por ensaio para garantir uma
boa qualidade do lote, que quando aplicado na construção civil, seja
qual for, não cause efeitos prejudiciais à estrutura em geral e minimize
o desperdício do mesmo. Portanto, podendo estabelecer se um
determinado lote atende ou não aos requisitos especificados e se será
aceito ou negado.
3. APARELHAGEM E INSTRUMENTAÇÃO
- Balança de alta precisão (MARK M4202);
- Estufa (para a secagem dos blocos)
- Recipiente (grande o suficiente para a imersão de 5 placas
cerâmicas).
- Superfícies de isopor para teste de aplicação das cerâmicas
- Desempenadeira para argamassa de inox
- Argamassa

4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

A NBR 13817:1997 classifica o produto como de primeira qualidade,


quando 95% ou mais das peças examinadas não apresentarem
defeitos visíveis na distância padrão de observação, conforme as
normas da NBR 13818:1997.

4.1 Inspeções gerais

Em laboratório foram realizados ensaios de identificações e


características visuais como mostra no apêndice A, importante para
aprovação e desaprovação dos corpos de prova. Recomenda-se conferir
a classe, nome e cor do produto recebido com o que realmente foi pedido
na Ordem de Compra (itens). Caso haja alguma divergência entre o
adquirido e o recebido, as placas cerâmicas deverão ser devolvidas e
sua reposição negociada com o fornecedor.

Devem ser verificadas as seguintes características:

 As placas examinadas, em forma de um painel, devem estar livres


de defeitos que possam afetar sua aparência.
 Os limites de aceitação das diferenças de tonalidade devem ser
fixados por acordo entre as partes e podem ser definidos com
padrões ou com coordenadas de cor (no caso de cores lisas).
 A dimensão dos lados, a espessura, a retitude lateral, a
ortogonalidade, a curvatura central, a curvatura lateral e o empeno
devem ser verificados na fabricação, conforme estabelecido na
NBR 13818:1997.
 Desvios da dimensão de fabricação em relação à dimensão
nominal, conforme NBR 13816:1997 e NBR 13818:1997.
 Características geométricas e visuais, conforme o dito na NBR
13818:1997.

4.2 Características Físicas - Índice de absorção de água -


AA(%):

A absorção de água é a razão entre a massa de água nos poros


para a massa do produto queimado, é uma função fundamental
do comportamento de sinterização e da qualidade de cerâmica
que estão diretamente relacionados com a porosidade residual
aberta.

Para esse ensaio é necessário:

• Secar as peças;

• Pesar;

• Resfriar as peças por 24 h em água corrente;

• Secar amostras com pano úmido;

• Pesar as amostras.

Tendo a massa seca e massa úmida calcula-se o índice de


absorção dos blocos com a seguinte relação:

AA%= pu – ps x 100/ ps

Após determinado os índices de absorção das 5 placas como


mostra o apêndice B é realizado uma média aritmética de todos
os corpos de prova, a fim de se obter a absorção que será
avaliada segundo os critérios da norma NBR 13818:1997 , a
qual deve estar entre 6% e 10%. Os dados destes ensaios
podem ser vistos na tabela 5. Critério de aceitação: 6% ≤ AA%
≤ 10%.
TABELA -INDICE DE ABSORÇÃO DE ÁGUA - AA(%)
MASSA (g)
CP Nº AA(%) C ou NC
SECA ÚMIDA
1 430,62 460,5 6,93 C
2 480,64 519,9 8,16 C
3 479,23 512,8 7,00 C
4 564,8 610,3 8,00 C
5 701,8 755,1 7,60 C

C: Conforme (aprovado)

NC: Não conforme (reprovado)

4.3 Aplicação das placas

Nessa parte fizemos a aplicação de algumas placas observando para


não deixar bolhas de ar e nem espaços vazios com que poderiam trazer
possíveis problemas na obra futuramente como mostra o apêndice C.
Com o uso de um pedaço de isopor e a utilização de uma placa de vidro
fizemos uma aplicação podendo observar como a placa se fixa com a
argamassa.
5. RESULTADOS

5.1 INSPEÇÃO GERAL

Após a realização do experimento podemos analisar os resultados


obtidos com os procedimentos descritos e tirar conclusões a respeito
da aceitação ou não do lote de placas cerâmicas. Do ensaio de
inspeção geral - identificação, analisando a quantidade de corpos de
prova que estavam conformes e não conformes, as amostras estavam
todas conforme as normas.

5.2 INSPEÇÃO POR ENSAIOS

Nas analises visuais as placas estão todas conforme, identificação,


cor e dimensões.

No ensaio de características físicas - índice de absorção de água -


AA(%) foram analisados 5 placas e obtidas as suas massas secas
(ms) e massas úmidas (mu), assim como mencionado nos
procedimentos. A partir destas características foi possível determinar
a absorção de água das 5 placas em questão. Como pode ser
observado na tabela, todos os blocos estavam conformes, pois
apresentaram índices menores que maiores que 6% e menor que
10%.

6. Conclusões e recomendações

Como são de suma importância os materiais cerâmicos amplamente


empregados na construção civil e por isso devem ser analisados de
maneira técnica na aquisição de um lote. Com efeito, podem ser
seguidos os procedimentos constantes nas normas NBR 13816:1997,
NBR 13817:1997 que além de atestarem a qualidade do material a
ser trabalhado, orientam de maneira diversificada cuidados e
informações de grande relevância a serem observadas.
Também tendo como base as normas foram analisadas
características físicas e visuais de 5 placas (amostragem simples).

O lote apresentado está dentro dos conformes para aceitação, sendo


assim, o comprador deve aceitar o lote pois o mesmo esta dentro dos
requisitos apresentados nas normas da NBR.
REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13816


(1997),Placas cerâmicas para revestimento - Terminologia.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13817


(1997), Placas cerâmicas para revestimento - Classificação.

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL e Princípios de Ciência e


Engenharia de Materiais, G.C. Isaia(ed) – São Paulo: IBRACON,
2010.

cartilha_qualimat_blocoshttps://www.sinduscon-mg.org.br/site/
arquivos/up/geral/Placas_Ceramicas_para_Revestimento.pdf.
APÊNDICE A - AMOSTRAGEM SIMPLES, CORPOS DE PROVA
APÊNDICE B – DETERMINAÇÃO DE MASSA UMIDA E SECA

Úmida
SECA
APÊNDICE C - ENSAIO DE APLICAÇÃO DE CERÂMICAS

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