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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Faculdade de Engenharia de Saneamento Ambiental


Disciplina: Resíduos Sólidos
Professora: Valéria Borba

QUARTEAMENTO
INTRODUÇÃO:

Em todas épocas e lugares, os homens


produziam e produzem lixo. A
quantidade e a qualidade do lixo mudam
de acordo com o nível de vida, os
hábitos pessoais e a época do ano. Com
estas variações torna-se necessário o
diagnóstico para determinar a melhor
tecnologia para tratamento,
aproveitamento ou destinação final
possibilitando a classificação e
caracterização do lixo da área levantada.

Fonte: Site RESOL


Alguns diferentes tipos de resíduos sólidos:

 Lixo Domiciliar – restos de alimentos, garrafas, embalagens, jornais, sucatas etc.


Existem os tóxicos como pilhas, baterias de celulares, lâmpadas fluorescentes etc.

 Lixo Público – limpeza das vias públicas (ruas, praças, parques etc).

 Lixo Comercial - restaurantes, bares, mercados, bancos etc.

 Lixo Industrial – pode conter materiais tóxicos.

 Lixo dos Serviços de Saúde – hospitais, clínicas, postos etc. Pode conter materiais
de corte e contaminados
Quarteamento
Definição (NBR 10.007)

“Processo de divisão em quatro partes iguais de uma amostra pré-homogeneizada,


sendo tomadas duas partes opostas entre si para constituir uma nova amostra e
descartadas as partes restantes. As partes não descartadas são misturadas totalmente
e o processo de quarteamento é repetido até que se obtenha o volume desejado.”

É um procedimento prático para realizar a análise gravimétrica do lixo de uma cidade,


que consiste na determinação da percentagem de cada um dos componentes do lixo
(papel, papelão, vidro, etc...), a partir da relação entre o peso do componente
analisado e o peso total da amostra considerada.

Devido a inviabilidade financeira e falta de laboratórios apropriados para avaliar as


características de nosso lixo, recorremos a uma técnica mais simples, prática e barata
o quarteamento que promove o levantamento necessário demonstrando através das
características das amostras o provável retrato do todo.

Vamos mostrar agora como é feito o Quarteamento, através da Cartilha que segue:
Cartilha de Limpeza Pública:
Passo à Passo
1) Devem ser selecionadas algumas amostras de lixo “solto”, provenientes de diferentes
áreas de coleta, a fim de conseguir resultados que se aproximem o máximo possível da
realidade;

2) As amostras serão misturadas, com auxílio de pás e enxadas, num mesmo “lote” ,
rasgando-se os sacos plásticos, caixas de papelão, caixotes, etc. e materiais
assemelhados que porventura existam.

3) A massa de resíduos será dividida em quatro partes. Um dos quartos resultantes será
escolhido para nova divisão em quatro partes e assim por diante. O processo se chama
quarteamento.

4) Os quarteamentos cessarão quando o volume de cada uma das partes for de


aproximadamente 1 m3.

5) Qualquer uma das quatro partes do material será separada para análise.

6) Em seguida deverão ser escolhidos cinco recipientes de capacidade e pesos próprios


conhecidos (tambores vazios de 200 litros usados para armazenar óleo são ideais).

7) Os recipientes serão preenchidos até a borda com o lixo do “quarto” selecionado.


1) Devem ser selecionadas algumas amostras de lixo “solto”, provenientes de
diferentes áreas de coleta, a fim de conseguir resultados que se aproximem o máximo
possível da realidade;

2) As amostras serão misturadas, com auxílio de pás e enxadas, num mesmo “lote” ,
rasgando-se os sacos plásticos, caixas de papelão, caixotes, etc. e materiais
assemelhados que porventura existam.

3) A massa de resíduos será dividida em quatro partes. Um dos quartos resultantes


será escolhido para nova divisão em quatro partes e assim por diante. O processo se
chama quarteamento.

4) Os quarteamentos cessarão quando o volume de cada uma das partes for de


aproximadamente 1 m3.

5) Qualquer uma das quatro partes do material será separada para análise.

6) Em seguida deverão ser escolhidos cinco recipientes de capacidade e pesos


próprios conhecidos (tambores vazios de 200 litros usados para armazenar óleo são
ideais).

7) Os recipientes serão preenchidos até a borda com o lixo do “quarto” selecionado.


A composição gravimétrica

Para chegar a esta proporção será preciso escolher dois dos tambores contendo
lixo e proceder à separação manual dos seguintes componentes:
- papel e papelão;
- plástico;
- madeira;
- couro e borracha;
- pano e estopa;
- folha, mato e galhada;
- matéria orgânica (restos de comida);
- metal ferroso;
- metal não-ferroso (alumínio, cobre, etc.);
- vidro;
- louça, cerâmica e pedra;
- agregado fino, isto é, todo o material peneirado em malha
de uma polegada (1”) e de difícil catação, composto de pós,
terra, grãos de arroz, etc.
Em seguida, deve ser determinado o peso de cada um dos
materiais separados.
Finalmente, através de regra de três simples, será obtido
o percentual em peso de cada componente ou seja, a composição
gravimétrica do lixo.
O recipiente cheio de lixo passa a ser o
elemento básico de estudo
 Através dele é possível obter:

O peso especifico médio


Peso líquido de lixo (em kg)
Peso Específico = peso líquido de lixo (em Kg) / Volume total dos latões (em m3)
Peso Líquido de lixo = peso total dos latões cheios - peso próprio dos latões vazios

O teor da umidade

Para defini-lo, é preciso começar separando uma amostra de até 2 kg de lixo de um


dos tambores. Essa amostra será levada a uma estufa, onde deverá permanecer até
alcançar peso constante (24 horas a 105°C ou 48 horas a 75°C).
O material resultante deverá ser pesado. Uma regra de três simples determinará o
teor de umidade do lixo.
A ficha de coleta deve conter no mínimo
os seguintes dados:
a) nome do técnico de amostragem;
b) data e hora da coleta;
c) identificação da origem do resíduo;
d) Identificação de quem recebera os resultados:
e) número da amostra;
f) descrição do local da coleta;
g) determinações efetuadas em campo;
h) determinações a serem efetuadas no laboratório;
i) observações.

Deve.se informar ao laboratório que irá realizar os ensaios analíticos os risco


potenciais da amostra.
Conclusões
 Este trabalho visa demonstrar a metodologia utilizada para realização dos estudos de
Caracterização dos Resíduos Sólidos Domiciliares,através da qual é criada uma série histórica e
contribui de alguma forma como um instrumento para trabalhos futuros do Centro de Pesquisas
Aplicadas, uma vez que é possível disponibilizar toda a estratégia de amostragem e metodologia
de trabalho adotada.

 Devido ainda às dificuldades encontradas para minimizar todos os fatores que exercem
forte influência sobre a composição gravimétrica dos lixos domiciliares em grandes
municípios, especialmente quanto à amostragem composta por vários dias em um mesmo
bairro, sugere-se que seja realizado um estudo continuado, preferencialmente ao longo
de todo o ano, visando inclusive estabelecer-se modelos matemáticos que possam
reduzir tais efeitos, aprimorando assim, cada vez mais os resultados da série histórica.
Fontes :

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Amostragem de resíduos-


procedimentos: NBR – 10007/2004

 Lixo Municipal: Manual de Gerenciamento Integrado / Coordenação Maria Luiza


Otero D’Almeida, André Vilhena. 2a Edição. São Paulo: IPT/ CEMPRE, 2000
(Publicação IPT 2622).
 GRIPPI, SIDNEY. Lixo, reciclagem e sua história: guia para as prefeituras brasileiras.
Rio de Janeiro: Interciência, 2001.
 ORTH, MARIA HELENA DE ANDRADE E MOTTA, FERNANDO SODRÉ.
Caracterização Gravimétrica e Físico-Química dos Resíduos Sólidos Domiciliares no
Município de São Paulo realizada em maio de 1988. Revista Limpeza Pública, 48,
p. 9-16, agosto 1998.
 Caracterização dos Resíduos Urbanos Coletados nos Domicílios do Rio de Janeiro.
Rio de Janeiro: COMLURB, 2002.
 CD-ROM Listas Interativas com Mapas Digitais Rio/ São Paulo. Jornal do Brasil,
1999.
 http://www.resol.com.br

 http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br

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