O documento é uma ficha de trabalho sobre um texto literário que descreve a morte de uma árvore. Contém um questionário com perguntas sobre detalhes do texto, incluindo a recordação da árvore antes de morrer e seus últimos gestos. Pede também uma composição sobre o papel de um assistente familiar no apoio a idosos, relacionando-os com as árvores descritas no texto.
O documento é uma ficha de trabalho sobre um texto literário que descreve a morte de uma árvore. Contém um questionário com perguntas sobre detalhes do texto, incluindo a recordação da árvore antes de morrer e seus últimos gestos. Pede também uma composição sobre o papel de um assistente familiar no apoio a idosos, relacionando-os com as árvores descritas no texto.
O documento é uma ficha de trabalho sobre um texto literário que descreve a morte de uma árvore. Contém um questionário com perguntas sobre detalhes do texto, incluindo a recordação da árvore antes de morrer e seus últimos gestos. Pede também uma composição sobre o papel de um assistente familiar no apoio a idosos, relacionando-os com as árvores descritas no texto.
Assistente Familiar e de Apoio Comunidade | EFA B2 Modular | Formador: Carlos Coimbra
INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL
DELEGAO REGI ONAL DE LI SBOA E VALE DO TEJ O CENTRO DE FORMAO PROFISSIONAL DE AMADORA
FICHA DE TRABALHO DE LINGUAGEM E COMUNICAO Nome: _________________________________ N. ____ Data: __/__/______
A - Leia com ateno o texto e responda s perguntas que se seguem fazendo frases completas.
TEXTO AS RVORES
O Rafael respirou fundo, mordeu os lbios e subiu at ao primeiro andar. Em casa, voou para o quarto, levou o gato para a cama e fechou os olhos a ver se conseguia libertar-se da imagem tenebrosa da gravata do pai. (...) - Ainda bem que no usas gravata, Pessoa disse para o gato, deitado ao seu lado sobre a colcha azul. aposto que o velho Elias era capaz de te impingir uma nojenta, toda colorida, s palmeiras amarelas e verde-alface... Bom, agora vai para o cho e deixa-me em paz, que tenho de corrigir o artigo para o Dia da rvore, seno a Quarta Idade chaga-me a cabea. E o gato l foi depositado no tapete, onde ficou de olhar expectante, observando os movimentos de dono, procura do papel dentro da pasta. - C est. Ora vamos l ver... As rvores morrem de p. E ali permanecem erguidas, de ps agasalhados no bero onde nasceram. Morrem de mansinho, sem fazer alarde. Ainda de braos elevados ao cu, mas de f perdida, deixam-se acariciar suavemente pelos ltimos raios de sol. E saboreiam pela derradeira vez o afecto do vento, eterno companheiro desde a primeira hora, j sem folhas que estremeam no gesto do habitual reconhecimento. Ento, despida e vazia de seiva e esperana, a rvore olha os ramos, outrora cheios de folhagem, flores e frutos e recorda, por breves instantes, o calor dos veres. E, se um pssaro jovem lhe pede abrigo, ela estica ainda um brao seco e magro, oferecendo-o sem nada em troca. E o pssaro inquieto, alheio proximidade da morte (to perto j!), faz um trinado desafinado, um curto ensaio de canto. Depois, num mpeto sem razo, abre as asas e escapa-se para um telhado ou um banco de jardim. E a rvore fica, finalmente, s. Os braos, irremediavelmente erguidos, j no cansam. No tronco, o vazio deixado pelo ltimo casal de esquilos j no faz saudade. Fecha os olhos e respira devagar. O ar imundo da cidade que amou j no a sufoca. Ento, fitando o cu, percebe que apenas os ps a prendem terra. E solta a alma como um grito mudo. As rvores morrem de p. Por isso no nos apercebemos da sua morte... Releu uma vez mais o texto. Pareceu-lhe, ento, demasiado sombrio. Afinal, o Dia da rvore comemorava a vida, o incio da Primavera, o renascer de todas as coisas. Era um facto. Mas tambm era certo que as rvores lhe lembravam sempre os velhos abandonados, semeados pelas ruas de Lisboa, gente sem tecto de quem ningum sabe o nome, a idade, a identidade...Gente que, como as rvores, vai morrendo aos poucos, at que um dia, sem razo aparente, fica onde est, num passeio qualquer ou num banco de jardim, perante o olhar cego dos apressados. Passou o artigo mquina e guardou-o na pasta. In Poeta (s vezes) de Maria Teresa Maia Gonzalez
A - QUESTIONRIO
1 Identifique a(s) personagem(s) dos excertos do texto lido, que aqui lhe so apresentados.
() ali permanecem (), de ps agasalhados no bero onde nasceram. Morrem de mansinho, sem fazer alarde.
Ainda de braos elevados ao cu, mas de f perdida, deixam-se acariciar suavemente pelos ltimos raios de Sol. E saboreiam pela derradeira vez o afecto do vento, eterno companheiro desde a primeira hora ().
Ento, despida e vazia de seiva e esperana, recorda, por breves instantes, o calor dos veres. E, se um () jovem lhe pede abrigo, ela estica ainda um brao seco e magro, oferecendo-o sem nada pedir em troca.
E () fica, finalmente, s. Os braos, irremediavelmente erguidos, j no cansam.
Assistente Familiar e de Apoio Comunidade | EFA B2 Modular | Formador: Carlos Coimbra
INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL DELEGAO REGI ONAL DE LI SBOA E VALE DO TEJ O CENTRO DE FORMAO PROFISSIONAL DE AMADORA
Fecha os olhos e respira devagar. O ar imundo da cidade que amou j no a sufoca. Ento, fitando o cu, percebe que apenas os ps a prendem terra. E solta a alma como um grito mudo.
2 - Enumere os pargrafos, de modo a formar um texto com uma sequncia lgica.
Os braos, irremediavelmente erguidos, j no cansam. No tronco, o vazio deixado pelo ltimo casal de esquilos j no faz saudade. Fecha os olhos e respira devagar. O ar imundo da cidade que amou j no a sufoca. Ento, fitando o cu, percebe que apenas os ps a prendem terra. E solta a alma como um grito mudo. As rvores morrem de p. Por isso no nos apercebemos da sua morte...
As rvores morrem de p. E ali permanecem erguidas, de ps agasalhados no bero onde nasceram. Morrem de mansinho, sem fazer alarde. Ainda de braos elevados ao cu, mas de f perdida, deixam-se acariciar suavemente pelos ltimos raios de Sol. E saboreiam pela derradeira vez o afecto do vento, eterno companheiro desde a primeira hora, j sem folhas que estremeam no gesto do habitual reconhecimento.
E o gato l foi depositado no tapete, onde ficou de olhar expectante, observando os movimentos do dono, procura do papel dentro da pasta. - C est. Ora vamos l ver...
Ento, despida e vazia de seiva e esperana, a rvore olha os ramos, outrora cheios de folhagem, flores e frutos e recorda, por breves instantes, o calor dos veres. E, se um pssaro jovem lhe pede abrigo, ela estica ainda um brao seco e magro, oferecendo-o sem nada pedir em troca. E o pssaro inquieto, alheio proximidade da morte (to perto j!), faz um trinado desafinado, um curto ensaio de canto. Depois, num mpeto sem razo, abre as asas e escapa--se para um telhado ou um banco de jardim. E a rvore fica, finalmente, s.
Releu uma vez mais o texto. Pareceu-lhe, ento, demasiado sombrio. Afinal, o Dia da rvore comemorava a vida, o incio da Primavera, o renascer de todas as coisas. Era um facto. Mas tambm era certo que as rvores lhe lembravam sempre os velhos abandonados, semeados pelas ruas de Lisboa, gente sem tecto de quem ningum sabe o nome, a idade, a identidade... Gente que, como as rvores, vai morrendo aos poucos, at que um dia, sem razo aparente, fica onde est, num passeio qualquer ou num banco de jardim, perante o olhar cego dos apressados. Passou o artigo mquina e guardou-o na pasta.
O Rafael respirou fundo, mordeu os lbios e subiu at ao primeiro andar. Em casa, voou para o quarto, levou o gato para a cama e fechou os olhos (...). Bom, agora vai para o cho e deixa-me em paz, que tenho de corrigir o artigo para o Dia da rvore ().
3 - So descritos os momentos que antecedem a morte da rvore. 3.1 Que recordao surge por breves instantes? 3.2 Indique os seus ltimos gestos. 3.3 Que semelhana encontra o Rafael entre as rvores e os velhos?
B COMPOSIO
Partindo do texto, d a sua opinio sobre os idosos e a maneira como so tratados. importante que realce o papel e a funo que poder ter um Assistente Familiar e de Apoio Comunidade no exerccio da profisso, no contexto em causa. No se esquea que ter de construir um texto bem estruturado e com correo gramatical.