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Desonestos Wolfhounds 13

As consequências de mexer com o companheiro do Alfa


Marcy Jacks

Dean e Joey ainda estão trabalhando em seu relacionamento. Nem


sempre é fácil, considerando que Joey recentemente teve uma lavagem
cerebral e tentou matar Dean e o resto do bando. Não pode ignorar seus
instintos, no entanto. Ele ama Dean. Eles estão acasalados, e o sexo é incrível.
Dean é o alfa em seu acasalamento, e a fim de ajudar seu
companheiro a curar, precisa deixar de lado todos os seus sentimentos de
impotência por não conseguir proteger seu companheiro. Ele vai fazer com que
os homens que feriram seu companheiro sofram. Haverá consequências por
ferir Joey.
Joey não quer que Dean vá. Ele quer ser normal, gosta de estar
acasalado ao homem que ama, desde antes que soube que isso era amor. Mas
a natureza alfa de Dean não vai querer ficar de lado, quando o ataque
finalmente acontecer, Joey vai ser deixado para trás, mas Dean terá seu
coração com ele – voltando ou não.

Revisora Responsável pela série :


Desonestos Wolfhounds

1 – Sequestro de seu companheiro grávido – Postado


(Max e Todd)

2 – Venha Comigo Agora – Postado


(Zane e Colten)

3 – Confie em Mim – Postado


(Smith e Teddy)

4 – Sendo Oferecido ao Alfa – Postado


(Ryland e Scott)

5 – O Alfa toma o que Quer – Postado


(Jason e George)

6 – Me Comande , Alfa – Postado


(Phoenix e Peter)

7 – O Monstro Alfa – Postado


(Phoenix e Peter)

8 – O Alfa e o Inimigo – Postado


(Griffin e Emery)

9 – Se juntando ao bando de seu Alfa – Postado


(Griffin e Emery)

10 – Quer você queira ou Não! – Postado


(Neal e Hyde)

11 – Este Omega me faz Uivar – Postado


(Sam e Logan)

12 – O Alfa Deprimido – Postado


(Dean e Joey)

13 – As consequências de mexer com o companheiro do Alfa – Postado


(Dean e Joey)

Série Finalizada
Capítulo Um

— Isso não chateia você? — A voz de Joey era baixa. Não


olhou para Dean, mas o apertou um pouco mais apertado. — Que eu
seja tão pegajoso?
Dean sorriu. Correu os dedos pelo cabelo castanho suave na
cabeça de Joey. Estava ficando mais comprido. Iria precisar de um corte,
mas Dean meio que gostava do cabelo desgrenhado em seu
companheiro.
— Você não é pegajoso.
Se qualquer coisa, Dean tinha sido o único pegajoso. Ele era o
alfa do acasalamento, e depois que Joey tinha sido baleado... depois de
Dean pensar que ele tinha morrido...
Ainda não tinha perdoado Max por ter mentido para ele sobre o
funeral, mas para ser justo, Max tinha pensado que Dean perderia sua
mente e se mataria se soubesse que o corpo de seu companheiro tinha
sido levado pelo inimigo.
Alfas normalmente não viviam muito tempo após a morte de um
companheiro, e Dean tinha chegado tão perto de apenas acabar com sua
vida, tantas vezes, quando Joey tinha ido embora...
As coisas estavam melhorando, mas estavam à milhas de serem
como eram no início. Joey tinha voltado com sua mente distorcida e as
memórias adulteradas. Ele pensou que Dean e o resto do bando o tinha
abandonado, o deixado para trás para ser torturado por esses seres
humanos.
Levou algumas semanas antes que Joey fosse capaz de ver a
verdade para o que era, mas ainda estava arisco, especialmente depois
de acordar em pânico e acidentalmente tentar rasgar a garganta de
Peter.
Dean deixou os dedos deslizarem para baixo da pele lisa das
costas de Joey. Lisa com exceção das duas cicatrizes de bala que o
marcava lá. Dean evitou tocar naquelas. Não gostava delas e nem Joey e
Joey estava tendo um bom dia, não precisa de nenhum lembrete.
Atualmente, estavam de volta fora. Era primavera, mas quase
parecia que era o quente do verão, lá fora. O inverno tinha sido duro,
batendo recordes, assim parecia que a Mãe Natureza estava dando-lhes
um bom, quente dia de primavera. As flores silvestres estavam surgindo,
abelhas e beija-flores voando ao redor, e os esquilos eram divertidos
para perseguir.
Era um ambiente meio que romântico, mas nenhum deles
precisou pensar quando Dean tinha sugerido uma corrida.
Agora que Joey já não era humano, não tinha mais asma. Seu
lobo era muito rápido também. Correr, perseguir e brincar através das
árvores era ótimo. Tinha sido uma das coisas mais favoritas de Dean
para fazer com Joey, mesmo quando ele era humano. Dean realmente
não deveria ter forçado Joey a correr assim quando humano.
Agora que Joey era um shifter, a corrida sempre terminava em
sexo ofegante, feliz e frenético. O que mais deveriam fazer com toda
essa energia que tinham acumulado entre eles?
Dean deixou os dedos deslizarem sobre o quadril nu de Joey.
Joey se contorceu, pressionando-se mais profundo no peito de Dean.
— Isso faz cócegas.
— Faz? — Dean sorriu, fazendo isso de novo, apreciando a
contorção e o bufo de respiração contra seu peito.
— Sério, isso faz cócegas, — disse Joey. Ele não parecia
irritado, mas Dean tirou a mão de qualquer maneira.
Ainda estava descobrindo os limites. Ambos estavam. Joey tinha
passado meses de sua vida trancado naquela sala, amarrado, e coisas
sendo feitas a ele quando não as queria. Cócegas não era exatamente
uma tortura, mas Dean não queria fazer coisas que o lembrassem da
tortura.
Além disso, a ereção meio-dura que podia sentir pressionando
contra sua coxa era uma boa indicação de que o bom humor de Joey não
tinha diminuído em tudo. Dean queria mantê-lo assim.
Joey gemeu.
— Quero você de novo, mas também quero perseguir aquele
esquilo estúpido.
Dean soltou uma risada.
— Você quer dizer aquele que está atrás de mim?
Joey balançou a cabeça, levantando-se apenas o suficiente para
que pudesse olhar por cima do ombro de Dean, e ele rosnou.
— O pequeno bastardo ainda está lá.
— Aww, ele está brincando com você?
— Imagine o traseiro mais gordo que já viu em um esquilo,
aparecendo fora e olhando para nós como se estivéssemos prestes a
jogar um pouco de comida a ele, e você vai saber a minha chateação.
Dean começou a rir. Dean tinha estado atraído para perseguir
esquilos quando ainda era jovem e vivia no composto. Às vezes, ele e os
outros eram deixados soltos por seus mestres humanos, em uma área
cercada, é claro, e os poucos esquilos azarados que passavam por cima
do muro logo aprendiam a não fazer essa merda. A não ser que eles
quisessem ser agarrados e sacudidos tão duramente que seus pequenos
pescoços estalariam.
Joey era um lobisomem agora, mas ainda era novo. Tinha sido
transformado apenas alguns meses atrás, tinha sofrido uma lavagem
cerebral e atormentado tanto que pensava que tinha se passado quase
dois anos. Ainda assim, ver os esquilos, ouvindo sua vibração, e
aturando sua valente mendicância era novo. Dean pensava que era a
coisa mais adorável no planeta que seu companheiro queria perseguir e
matá-los.
Joey rosnou.
— Oi, eu sou um esquilo suculento, quem é você? Porra. Aquele
esquilo estúpido ainda está lá!
— Você deveria ir e ensinar uma lição, — disse Dean.
O próximo rosnado soou como se fosse para ele.
— Pareço um idiota quando os persigo.
— Não, você não parece. É engraçado, mas é bonito. — Dean
olhou por cima do ombro. Ele parecia incrivelmente gordo e macio. Tinha
que estar sobrevivendo das latas de lixo das pessoas. Mesmo ele queria
persegui-lo.
Dean se aproximou e sussurrou no ouvido de seu companheiro.
— Vamos pegá-lo.
Ele viu os olhos de Joey dilatar pesadamente. Quase nenhuma
cor naqueles olhos cor de avelã sobrou, quando as narinas de Joey
queimaram.
— Vamos lá, — disse Dean. — Nós podemos mudar e
persegui-lo juntos. — então, eles poderiam ir caçar algo maior, e depois
foder mais uma vez na floresta. O dia ainda estava claro, e Dean queria
ter mais um pouco de diversão com seu amante.
Joey adorava fazer novas memórias. Tudo o que era novo era
bom e não estava manchado por seu tempo na sala, pelas drogas que
tinha sido forçado a tomar e os filmes com mortes que fizeram assistir.
As garras de Joey estavam saindo. Dean sabia disso porque
podia senti-los coçar em suas costas. Gostava do arranhar. Ele e o seu
wolfhound interior ficavam tão animados como o lobo de Joey.
— Vamos lá, vamos ensiná-lo uma lição, — disse Dean, e que
foi a última coisa que disse quando seu corpo mudou, enquanto o corpo
de Joey mudava, até o ponto onde não podiam mais confortavelmente
deitar com seus peitos juntos assim. Tiveram que se separar, surgindo
peles, as caudas crescendo, e, então, ambos estavam em quatro patas,
sacudindo os pelos soltos de seus casacos.
O lobo de Joey era de um magnífico preto, o casaco brilhava na
luz do sol. Era bonito, mesmo sob esta forma, como se pudesse estar na
capa de alguma revista de natureza. Ele não era um alfa, e não por
muito. Seu lobo era um beta, mesmo que Dean achava que a
personalidade real de Joey estava mais próxima ao de um ômega.
Mais a ciência suja humana em seu jogo fez esse trabalho de
merda.
Dean era maior. Era um wolfhound. Ou parte dele, e ainda se
elevava sobre seu companheiro.
O esquilo realmente era incrivelmente estúpido. Ou estava
assustado. Ainda estava sentado lá, só que agora parecia duro e
congelado, como se não soubesse se deveria correr ou ficar parado. Era
da cor cinza, por isso não era como se pudesse facilmente se misturar
com a grama e as flores, e era definitivamente muito grande para não
ser visto se apenas ficasse parado.
Joey realmente lambeu os lábios. Estava ansioso para perseguir,
matar. Para ser justo, assim estava Dean. Amava perseguir os esquilos
com seu companheiro. O fazia se sentir jovem de novo, se fosse
honesto.
Joey se lançou pela primeira vez. O esquilo fugiu, e Dean
perseguiu junto com seu companheiro, o vento no rosto e ouvindo os
latidos excitados que vinham de seu amante enquanto perseguia sua
presa.

Capítulo Dois

É claro que ele não o pegou. Joey quase nunca pegava esses
pequenos bastardos. Mesmo os mais gordos. Eles eram rápidos e
mudavam em padrões aleatórios antes de voar para as árvores onde não
poderia obtê-los.
Não eram chamados de esquilos por nada. Não quando a
maneira como se movia era positivamente esquisito.
Ele e Dean acabaram perseguindo um ao outro depois disso, só
porque Joey necessitava obter um pouco de sua energia fora dele. Foi
divertido quando brincaram cedendo um ao outro, antes de Joey permitir
ser perseguido.
O lobo de Joey podia ser forte e rápido, mas não estava em
qualquer lugar perto de tão forte como Dean, nem mesmo nessa forma,
e mesmo que ele tinha perseguido alguns animais de grande porte,
sozinho, ou com a ajuda de Dean, havia uma parte dele que
absolutamente não podia negar o fato de que gostava de ser perseguido.
Joey adorava ser a presa neste jogo que tinham. Adorava correr,
sabendo que Dean estava o perseguindo, querendo pegá-lo. Parte da
diversão era a que vinha depois de Joey ser capturado.
Pela maior parte, era sexo áspero e selvagem, apenas o que
precisava. Outras vezes, Joey estava cansado demais, ou tiveram muito
sexo antes. Joey então se jogaria nas folhas mortas ou grama, tentando
resfriar seu ventre, enquanto Dean fungava para ele.
Enquanto Dean o perseguiu por entre as árvores e folhagens,
Joey foi rapidamente perdendo o fôlego. Tinham corrido por horas em
toda a manhã, tinha capturado e almoçado alguns coelhos, que estavam
saindo da toca agora que era primavera.
Basicamente, isso significava que, tanto quanto Joey ainda
queria ser satisfeito por seu companheiro, queria ser levado por ele, e
queria ser fodido por ele, mas estava muito danado de cansado quando
Dean finalmente o pegou pela segunda vez.
Joey estava ofegante, e caiu em uma cama de folhas mortas,
preservadas desde a queda, graças a toda a neve. Foi bom para seu
estômago e pernas. Dean o circulou orgulhoso pela captura. Joey poderia
dizer pela maneira como estufava o peito. Também cheirou Joey, como
se tentando determinar quão cansado Joey estava.
Quando Dean não fez uma tentativa de montá-lo, Joey sabia
que seu companheiro tinha obtido a imagem.
Se Joey ia ser fodido novamente, teria que esperar até depois
que chegasse de volta a casa e tivesse uma banheira.
Dean latiu para ele, no entanto, claramente não querendo que
apenas deitasse lá.
Joey levantou a cabeça, inclinando para o lado um pouco. O
que? O que estava tentando dizer?
Dean olhou para fora em uma direção, depois de volta para
Joey, e então deu vários passos nessa direção que queria ir.
Joey pegou o ponto. Dean queria que ele o seguisse, assim o
fez.
Ele cheirava e ouvia onde estavam indo antes que chegassem
lá, e um frio de preocupação quase o congelou.
O fluxo. Era o mesmo que Joey tinha quase se afogado, aquele
que pensava que Dean o havia jogado.
Dean não o tinha jogado. Dean tinha salvado sua vida. Levou
seu tempo doce em fazê-lo, mas ainda tinha feito isso. Ao mesmo
tempo, Joey sentiu um instinto natural de fugir deste lugar quando
entrou por entre as árvores e viu a água.
Era o mesmo fluxo, embora não o mesmo lugar. O local onde
Joey tinha quase se afogado tinha uma corrente mais rápida, tinha sido
mais profunda e quase o tinha levado para longe. Este local tinha uma
água corrente, superficial e lenta. Dean andou diretamente na água,
chegando ao meio da corrente antes de mergulhar a cabeça para uma
bebida.
A água estava provavelmente fria, provavelmente se sentiu bem
depois de aquecer-se durante a sua longa corrida.
E Joey estava incrivelmente com sede. Não tinha bebido desde
antes de deixarem a casa naquela manhã.
Mas ainda sentia uma aversão natural à água. Não toda a água,
apenas a água desta corrente particular.
Dean levantou a cabeça, parecendo perceber que Joey não
estava ao lado dele. Virou a cabeça wolfhound grande para olhar por
cima do ombro.
Só então Joey percebeu que ainda estava na linha da árvore,
ainda hesitando antes de vir para fora e se juntar ao seu companheiro
para uma bebida inocente.
Dean virou todo o seu corpo ao redor. Ele não se moveu, além
disso. Não fez mais do que virar a cabeça para o lado. Parecia estar
apenas esperando por Joey tomar a decisão.
Certo, poderia ficar aqui como um idiota e se recusar a ir como
um covarde, ou poderia aceitar isso e ver que nada de ruim iria
acontecer. Dean não o tinha machucado naquele dia. Não havia tentado
matar Joey, e certamente não queria machucá-lo agora. Era uma loucura
pensar que iria querer fazer algo para machucá-lo agora.
Essas imagens estavam ainda em sua cabeça, no entanto. Não
importava o quanto Joey tentava tirá-las, sempre estariam lá. As falsas
memórias torcendo e deformando em sua mente.
Elas não iam embora, e Joey tinha estado com Dean por muito
tempo, esteve a sós com ele o suficiente, para perceber que o homem
não iria machucá-lo. Joey queria confiar nele de todo o coração, e para
fazer isso, ia ter que enfrentar alguns de seus medos.
Deu um passo adiante, avançando lentamente seu caminho para
fora da linha das árvores. As rochas abaixo de suas patas eram suaves, a
maioria delas secas até que ficou mais perto da água.
Pensou em simplesmente ficar onde estava e obter uma bebida,
mas isso não parecia que ia funcionar muito bem. Queria estar ao lado
de Dean. Queria estar ao lado de seu companheiro.
Dean esperou pacientemente. Não latiu, não rosnou, não fez
qualquer ruído ou indicação de que Joey devia apressar-se. Joey estava
feliz por isso, mas ainda sentia uma pressão inacreditável, algo que não
conseguia explicar, nem mesmo para si mesmo.
Entrou na água. Estava realmente fria. Estava quente no ar, mas
a água não tinha tido a chance de aquecer ainda do inverno. Podia até
ter ainda um pouco de gelo mais para cima do córrego.
Enquanto Joey dava cada passo para a corrente, a sua confiança
cresceu quando a água não ficou mais profunda quando se aproximou de
seu companheiro. Quando finalmente estava ao lado de Dean, parte
dessa pressão deixou o peito de Joey. Então podia respirar novamente.
Estranho, porque quando andou para frente, sentiu como se não
estivesse fazendo qualquer progresso em tudo, e então de repente olhou
para cima e estava bem ao lado de seu companheiro.
Dean se inclinou delicadamente mordendo sua orelha antes de
lamber seu rosto.
Joey foi ao máximo do carinho de seu companheiro antes de se
inclinar para baixo e tomar uma bebida. A água estava fria e deliciosa na
boca. Sua cauda começou a abanar. Isto era ótimo. Tinha feito isso, e
agora se sentia bem demais.
Dean estava tão orgulhoso. Não tinha notado que Joey não
estava seguindo-o na água imediatamente, e quando o fez, viu que Joey
estava ainda nas árvores, uma pata levantada, como se dividido entre se
devia avançar ou voltar, Dean percebeu onde o trouxe.
Claro que tudo era a mesma corrente, interligadas, mas Joey
tinha uma razão para não gostar deste lugar, e Dean não podia culpá-lo
por isso. Tinha acabado de enfrentar seu companheiro e esperou
pacientemente.
Se Joey tivesse sido incapaz de entrar na água, Dean o teria
levado para casa, onde poderiam obter água lá. Tinha pensado que era o
que iria acontecer, mas o seu companheiro o surpreendeu quando
começou a dar um passo adiante, uma pata de cada vez na água.
E o coração de Dean tinha inchado. Sabia o que isso significava,
porque sabia o que era que Joey tinha temido.
Uma das lembranças que tinha sido mudada e torcida era
aquela em que Joey tinha quase se afogado na parte mais profunda
deste mesmo fluxo.
Era uma memória real, mas a cabeça de Joey tinha sido mexida
o suficiente para que pensasse que Dean foi o único a jogá-lo, e que
Dean tinha rido quando Joey lutou para respirar.
Não tinha sido muito melhor do que Dean tinha feito. Dean tinha
odiado Joey então. Ele odiava todos os seres humanos, e apesar de Joey
sempre se meter em problemas, Dean tinha quase se afastado antes de
salvá-lo.
Para ter Joey pisando na água, bebendo ao lado de Dean, sentiu
quase como um perdão.
Dean lambeu os ouvidos de Joey enquanto seu companheiro
bebia.
Perguntou se Joey estaria demasiado cansado para mais sexo
quando voltassem para casa. Desde que Joey tinha voltado para ele,
parecia que estavam passando por seu calor de acasalamento mais uma
vez.
Embora, para ser justo, não era como se tivessem tido a chance
de terminar o seu calor na primeira vez, com Joey sendo baleado e
supostamente morrendo e tudo.
As orelhas de Joey contraíram enquanto eram lambidas, então
seu rosto e focinho. Ele parou de beber, lambendo os beiços, enquanto
olhava para Dean.
Dean gritou e pulou para fora da água. Queria correr de volta
para a casa, levando Joey com ele e...
E um tiro soou, e o local ao lado de Joey explodiu com água.
Joey pulou para trás, evitando por pouco outro tiro enquanto corria para
se esconder nas árvores.
Alguém estava atirando neles!
Dean correu para Joey primeiro, seu coração batendo forte. Se
fosse baleado... se tivesse sido atingido... Dean pensou em todo o
sangue que tinha derramado do corpo frágil de Joey da última vez que
tinha sido baleado. Não podia lidar com isso. Não podia aguentar isso de
novo!
Dean encontrou Joey. Embora não fosse Joey, era o lobo. Ele
tremia e balançava tremendo de medo de ser alvejado. A bala que quase
o tinha acertado parecia tê-lo assustado o suficiente para que deixasse o
lobo assumir o controle total, e não parecia saber o que fazer mais do
que Joey fazia.
Dean mordeu o rabo do animal, chamando a sua atenção. Joey
gritou, girando e mordendo o focinho de Dean. Dean soltou um rosnado
para o lobo elevando-se sobre ele.
As orelhas de Joey voltaram a encolher diante de Dean.
Outro tiro soou. Eles tinham que sair daqui.
Dean queria caçar quem estava disparando contra eles e matá-
lo, assim como tinha matado o homem que tinha atirado em Joey pela
primeira vez.
Mas não podia. Não quando Joey estava assim. Não quando
estava com medo e não estava pensando direito.
Dean gritou, saltando à frente de Joey e fazendo sinal para ele
correr. A linguagem corporal era tudo neste momento, e, felizmente,
Joey, ou o lobo, qualquer um que estava no comando agora, entendeu
imediatamente. Dean correu, e Joey o seguiu.
Mais tiros soaram, e Dean constantemente verificava por cima
do ombro, certificando-se que seu companheiro o seguia.
Joey fez, e, eventualmente, Dean teve que interromper a
verificação. iria correr em uma árvore se não olhasse para onde estava
indo.
Os tiros pararam. Quem quer que estivesse atirando contra eles
estava a pé ou não se interessou em seguir.
Porra! Foda, foda, foda! As coisas tinham estado tão pacíficas
nos últimos meses que Dean tinha parado de ficar procurando o perigo.
Tinha estado mais interessado em mostrar a Joey o território, em
perseguir e brincar com ele que Dean tinha parado de fazer o seu
trabalho de manter qualquer um deles seguros.
Chegaram de volta para a casa quinze minutos mais tarde.
Correndo todo o caminho até lá, em alta velocidade, Dean percebeu o
quão longe tinha levado Joey, e o perigo que o colocou.
Não conseguia parar de pensar sobre o tiro que havia pousado
ao lado de Joey, centímetros das suas patas. A água tinha espirrado para
cima, e Joey tinha saltado para trás e...
Foda-se, o que aconteceria se esse tiro tivesse acertado?
Dean mudou antes de chegar à porta da frente.
Joey lamentou. O lobo ainda estava claramente no controle, e
não sabia o que fazer.
Certo. Mais uma prova de que Joey era um ômega. Um beta,
um verdadeiro beta, não teria sofrido a partir desta falta de controle.
Dean ficou de joelhos, agarrando Joey pela nuca antes que seu
companheiro pudesse entrar em pânico e fugir de volta para as árvores,
de volta onde um lobo selvagem pensaria que estaria seguro.
— Joey mude agora. — Dean disse com toda a autoridade
que podia, balançando seu companheiro um pouco quando Joey
lamentou.
— Eu disse mude de volta para uma pessoa. Faça isso agora.
Os olhos de Joey começaram a brilhar. Dean sabia que os seus
próprios estavam ardendo, quando ordenou ao seu companheiro.
Um rosto humano começou a surgir a partir do focinho longo e
pele. Pelos pretos se foram, e Joey gemeu e estremeceu quando estava
de volta à sua forma humana.
— O-o que aconteceu?
Dean colocou o braço por baixo dos joelhos de Joey, pegando o
homem em seus braços. Sentir-se-ia melhor em responder quaisquer
perguntas que Joey tivesse depois que entrassem na casa.
Dean empurrou as portas abertas, fechando-as atrás dele.
— Max!
Zane foi o primeiro a aparecer.
— O que está acontecendo?
Seus olhos pousaram em Joey. Provavelmente pensou que Joey
estava tendo algum tipo de ataque mental.
— Os caçadores furtivos estão no território, porra! — Dean
estalou através de seus dentes.
Max apareceu ao lado, no topo das escadas. Seu companheiro,
Todd, estava atrás dele com seu filhote, Frankie, em seus braços.
— É sobre os caçadores furtivos?
— Alguém … porra.... atirou em nós! — Dean correu para
além de Max, precisando para chegar ao seu quarto.
— Quer que eu chame George? — Perguntou Todd.
— Não!
Ele provavelmente iria chamar George. Dean não podia sentir o
cheiro de sangue em seu companheiro, mas ainda era uma boa ideia ter
um profissional médico para ver estas coisas.
— Sem médicos, — Joey sussurrou, sua voz era baixa.
Bom. Eles tinham o mesmo pensamento.
Max resmungou alguma coisa, e marchou, presumivelmente
para cuidar do problema. Dean não sabia o que ele estava pensando em
fazer, e não se importava realmente em saber, contanto que algo fosse
feito.
Chutou a porta aberta do quarto. Foi uma coisa boa que tinha
sido deixada aberta uma fresta. Caso contrário, Dean poderia ter
chutado fora de suas dobradiças.
— Eram realmente caçadores?
Dean fechou e trancou a porta. O animal selvagem dentro dele
queria uma coisa e uma coisa só quando colocou Joey em sua cama.
— Eu não sei, — disse ele, sentando-se em cima do homem e
beijando-o com força.
Havia algo sobre observar seu companheiro quase levar um tiro
que fazia Dean precisar foder com ele, para reclamá-lo, para provar que
ainda estava vivo e bem.
Joey soltou um barulho de chocado enquanto suas bocas se
uniam. Empurrou o peito de Dean, gemendo de dor quando os dentes se
uniram.
O choque acentuado foi o suficiente para tirar Dean fora de seu
estupor por apenas um momento. Esfregou o queixo, balançando a
cabeça e forçando algum controle de volta para si mesmo.
Uma das coisas que Joey tinha na lavagem cerebral pensado era
que Dean tinha o estuprado. Provavelmente não era a melhor ideia estar
assim com ele na cama.
— Porra, eu sinto muito, — Dean gemeu, pressionando seu
rosto na garganta de Joey, exatamente onde sua mordida de
acasalamento estava.
Joey balançou a cabeça, empurrando com mais força contra o
peito de Dean.
Dean se afastou, mas apenas quando estava prestes a sair dele,
Joey agarrou seus ombros.
— Não, está bem. Assim, foda, recolha os dentes, — Joey
disse, e agarrou Dean pela parte de trás da cabeça e puxou-o de volta
para baixo para outro beijo duro.

Capítulo Três

Havia algo sobre a alta adrenalina que fazia Joey querer ser
fodido. Apesar de perder o controle para o lobo, algo que odiava quando
isso acontecia, e quase sendo baleado, encontrou-se puxando o corpo de
Dean, espalhando as pernas e sem palavras convidando Dean entre elas.
Não havia nenhuma palavra. Apenas um monte de linguagem
corporal. E beijos. Havia um monte disso. De beijar e suspirar quando
seus paus duros vieram juntos. Dean empurrou com força, para frente e
para trás, dando a ambos o atrito que precisavam, mas não era o
suficiente.
Joey gemeu, descendo e colocando o punho em torno de ambas
suas ereções. Dean era maior do que Joey era, e mais grosso. Joey
quase não podia pegar os dois ao mesmo tempo, mas ainda se sentia
bem. Era bom sentir o calor do pau de Dean em sua mão. Era bom sentir
o pau sem cortes de Dean deslizando para frente e para trás contra Joey.
Seu prazer aumentou rapidamente. Muito rápido. Isso não ia
durar, não ia ser um ato sexual prolongado. Era sobre obter um
orgasmo, apenas sentindo um ao outro.
O orgasmo de Joey caiu sobre ele rapidamente. Não foi gentil,
mas não alcançou as alturas que normalmente fazia com Dean também.
Que foi bom. Mesmo quando ofegava para respirar, ainda havia um
prazer de um tipo diferente de ser conseguido apenas por ter sido tocado
por seu alfa, de ter Dean beijando-o como se precisasse dele enquanto
inclinava os quadris para frente e para trás, seguindo logo atrás de Joey.
O calor de seu esperma jorrando no estômago de Joey, e a
sensação de respiração ofegante de Dean em seu ombro quando
interrompeu o beijo era quase tão maravilhoso quanto o próprio
orgasmo.
Não era apenas o medo do que quase tinha acontecido, mas
cada vez que fez isso, cada vez que Joey era fodido ou chupado ou feito
amor por Dean, era algo para segurar, para lembrar como sendo real.
Dean era real e Joey adorava quando eram íntimos.
Dean praticamente caiu em cima do peito de Joey, arfando para
respirar. Estavam sujos e suados nas lençóis, e isso não importava.
Ambos cheiravam um pouco, também, mas sim, isso também não
importava. Joey não se importava. Queria Dean em cima dele durante o
tempo que pudesse lidar com isso.
Joey não queria dizer nada, queria aproveitar o silêncio, mas,
claro, não poderia ficar assim. Tinha muitas perguntas.
— E se não era um caçador?
A implicação disso, se não fosse um caçador, era uma das
pessoas que tinham levado Joey e o torturado pela primeira vez.
Dean estremeceu. Na verdade, estremeceu. Joey não achava
que já sentiu seu companheiro fazer isso antes. Não que suas memórias
poderiam ser confiáveis para qualquer coisa recentemente.
— Se não for, vou matá-los. Se for ainda estou indo para
matá-los.
Joey tentou pensar sobre isso, tentou ver o que tinha acontecido
antes que tivesse perdido o controle ao lobo. — O tiro foi perdido.
Bateu direto na água ao meu lado. Isso poderia ser um tiro de aviso. Um
cara pensando que estava perseguindo alguns lobos selvagens ou cães.
Dean resmungou. Parecia mais um grunhido que surgiu no
fundo da garganta. Seus braços apertaram ao redor dos ombros de Joey,
como se estivesse tentando proteger Joey desta pessoa, mesmo agora
que estavam a salvo de volta a casa.
Joey abraçou Dean de volta. Era o lado pegajoso de Joey que
surgiu desde então percebendo a maioria que suas memórias eram feitas
e não reais.
Queria segurar a parte de suas memórias que eram reais, para
a parte real de Dean, então Joey se agarrou a ele. Parecia que seu
companheiro estava impedindo-o de voar além, sempre que ele fazia
isso.
Joey estava bem com isso.
— Não vou deixar ninguém te machucar. — Dean se levantou
em suas mãos, levando o seu calor com ele quando olhou para Joey. —
Qualquer um que queira atirar em você, e eu não me importo com que
razão, vai pagar por isso.
Joey mordeu os lábios. Ele assentiu.
— Eu sei.
Dean já havia deixado claro o que estava pensando em fazer
para as pessoas que tinham machucado Joey em primeiro lugar. O que
disse para o rosto de Joey, e as coisas que Dean gritara com Max quando
tinha estado de mau humor eram em dois níveis diferentes de violência.
Dean conteve sua raiva quando estava na frente de Joey, como se
tivesse medo que isso fosse assustá-lo.
Às vezes o assustava.
— Só não se machuque, porque quer me proteger, — disse
Joey. — Por favor, não se machuque.
Joey estava ocasionalmente dividido entre temer o seu
companheiro e precisar dele. Algo que ainda estava trabalhando depois
de ter sido torturado e ter sua mente fodida, mas para a maior parte,
queria ter certeza de que Dean não fosse cegamente para dentro da
noite para ir atrás das pessoas que os tinham machucado.
Se Dean ficasse ferido fazendo algo assim, se fosse atrás dos
caçadores, ou dos seres humanos que tentaram ter Joey matando o seu
próprio companheiro, isso não importava. Joey tinha acabado de ter seu
companheiro de volta. As coisas estavam agora finalmente começando a
curar. Não queria perder o que tinha.
Snack, seu gatinho, miou.
Dean resmungou, e os dois olharam para o lado da mesma
maneira que o animal saltou sobre a cama em um movimento fluido.
Snack ainda era tecnicamente um gatinho, mas estava ficando
cada vez maior, agora que estava com quase oito meses de idade.
O gato sacudiu-se fora quando subiu na cama, então trotou em
direção a eles, ainda miando.
Snack sempre parecia saber quando Joey estava em perigo.
Dean tinha comprado o animal para ele para consolá-lo, e Snack fez o
seu trabalho muito bem.
Snack bateu a cabeça na mão estendida de Joey e ronronou.
Os próximos dias foram chatos. Joey continuou sua terapia com
George. Max e Dean saíram à caça de quem tinha atirado em Joey.
Quando voltaram, Max tinha anunciado que era apenas alguns
caçadores humanos idiotas. Eles seguiram o cheiro para a casa de seu
vizinho mais próximo. Esse cara vivia a algumas milhas de distância,
então ele não tinha nada que estar no território de Max assim.
Max tinha explicado que tinha falado com o homem em sua
forma humana, e anunciado que não haveria mais problemas.
Dean não parecia impressionado, e tinha os braços cruzados,
aparentemente mais chateado que normalmente estava.
Joey descobriu mais tarde que Dean estava tão chateado porque
não chegou a intimidar o homem. Ou matá-lo.
Joey não ia mentir para si mesmo. Gostava quando Dean era
tão possessivo. A coisa que ele fazia, quando batia seus punhos contra o
peito e anunciava ao mundo que Joey pertencia a ele, e quem mexesse
com ele teria um inferno para pagar, era meio que sexy.
Mas tanto quanto Joey gostava da ideia de um homem forte ser
um alfa em cima dele, sabia que não poderia ter Dean realmente ferindo
algum ser humano idiota por que teve a infeliz ideia de invadir as terras
de Max. Se Joey realmente tivesse sido baleado, então não se importaria
se Dean saísse para se vingar, mas Joey precisava de alguma aparência
de normalidade.
Não só porque George estava recomendando isso.
Joey não queria que seu companheiro se machucasse, porque
correu para defender os sentimentos de Joey, e as coisas estavam bem
agora mesmo, então Joey queria voltar a passar seu tempo com Dean,
com fazer mais memórias com ele e aprender sobre sua vida antes que
tudo tivesse sido tão fodido.
Mas não. Dean estava lá fora, agora, farejando em torno,
apenas no caso que algum caçador tinha deixado armadilhas, e Joey
estava sentado na biblioteca com Snack, passando por cima de todos os
seus velhos livros de anime.
Conseguiu colocar as mãos sobre alguns depois de vir morar
aqui pela primeira vez, de acordo com Todd e Max, mas desde que Joey
tinha sido autorizado a sair de sua gaiola no porão, Dean tinha enchido
Joey com presentes. Tinha muitos livros, filmes e mangas para manter-
se entretido até que estivesse exausto.
Atualmente, estava olhando sobre um de seus livros de arte. Art
of Kiki’s Delivery, grande livro de capa dura. Tinha visto o filme antes,
tinha memórias disso, mas olhando para as imagens e esboços era um
bom passatempo.
Foi bom ver coisas como estas e saber que nem todas as suas
memórias foram deformadas ou incorretas.
Levou sua mente fora o fato de que seu companheiro alfa
estava fora em algum lugar, provavelmente, indo contra as ordens de
Max e assediando o ser humano que tinha atirado contra eles.
Por mais que olhar através de seus livros de quadrinhos o
acalmasse, não podia deixar de notar a sua ausência.
Queria ir lá fora, com Dean. Queria correr com ele novamente,
mas não podia porque Dean estava convencido que Joey ia levar um tiro
e morrer, se saísse da casa novamente.
Sim, essa era a parte não tão divertida sobre ter um parceiro
superprotetor.
Joey suspirou e fechou o livro. Snack levantou a cabeça do colo
de Joey, e puxou o gato em seu ombro quando se levantou de seu
assento e colocou o livro de lado.
Joey provavelmente devia ir para a sala de jogos, ou ver se
alguém estava na sala de estar. George não era um terapeuta treinado,
mas era a coisa mais próxima que o bando tinha, e ele sugeriu dar
passos de bebê para socializar-se com o resto de sua matilha.
Especialmente Todd e Colten. Eles deveriam ser seus melhores
amigos.
Joey deixou os dedos permanecerem sobre a coluna de outro
livro. O problema era que ainda estava tão desconfortável em torno de
todos os outros.
Joey havia tentado matar Peter. Tentou matar o cara novo no
bando, Sam, e tentou matar Dean. Tinha feito todas essas coisas quando
ainda tinha acreditado que este bando o abandonara para ser torturado e
experimentado, e não era como se pudesse fingir que nada tinha
acontecido.
Todd e Colten tentaram fingir que nada tinha acontecido. Eles
queriam continuar exatamente onde tudo havia parado. Pelo menos, foi
o que pensou Joey, já que ainda não estava totalmente claro sobre a
forma como as coisas tinham sido antes.
Era muito estranho. Joey tinha pensado coisas tão terríveis
sobre eles, tinha pensado que o tinham machucado, e queria machucá-
los por um tempo. Se Dean não tivesse o encontrado, não o tivesse
parado e passado semanas com ele no porão tentando convencê-lo...
Joey não gostava de pensar sobre isso, mas tinha que saber. Será que
ele ainda estaria tentando machucar as pessoas neste bando? Teria
matado alguém?
Estremeceu.
Snack não pareceu notar. O gato tinha ficado mole no ombro de
Joey, dormindo. Animal preguiçoso.
Joey adorava o seu gato. Adorava que Dean tinha se importado
o suficiente com ele, mesmo antes que tivessem acasalado, para dar
Snack para ele.
Foi a força que Joey tinha, o instinto dentro dele que o arrastou
para Dean, que tinha ajudado a tirar Joey fora disso. Isso, e Snack.
Joey tinha pensado que Dean havia matado Snack na frente
dele, um modo de ser cruel depois que Joey tinha descoberto que seus
pais tinham morrido.
Não. Dean tinha dado o gato a Joey dias depois que descobriu
sobre seus pais.
Sua necessidade de Dean, e o gato no ombro eram lembretes
reais que as experiências de Joey não eram tudo real. Essas pessoas
eram sua família. Dean era sua família.
Mas Dean não estava aqui, e Joey tinha pavor de passar seu
tempo com as pessoas no andar de baixo.
Agarrou mais alguns livros e um bloco de notas. A prateleira
onde todas as suas coisas estavam sendo mantidas foi ficando cada vez
mais vazias, desde que começou a levar todos os seus livros até o seu
quarto e de Dean. Isso ajudou quando não tinha mais que sair de seu
quarto para qualquer coisa.
Snack ficou em seu ombro, enquanto Joey levava o material até
o seu quarto.
Passou por Colten no caminho. Joey evitou contato com os
olhos, mas o homem falou.
— Hei, Joey! Fico feliz em vê-lo fora do quarto.
Joey ainda não olhou para ele. Agarrou os livros mais apertados
em suas mãos.
— Sim.
Ele podia sentir a maneira como os olhos de Colten ficaram
bloqueados em cima dele. Estava segurando seu filho. O bebê que tinha
o nome de Joey. Isso era tão estranho.
— Você ainda está trabalhando em seu desenho?
— Mais ou menos.
Todos os livros que Joey tinha eram livros como desenhar
mangas. Não tinha nada que o ajudava com realismo, mas o YouTube
era para isso.
— Você quer sair e ficar com a gente? Estamos tendo
churrasco para o almoço, e tenho certeza que terá uma disputa de todos
os alfas para jogar futebol sem camisa.
O convite parecia bom, e Joey teve que admitir, era uma espécie
de tentação.
Se Dean não estivesse por perto para ele cobiçar, por que não
olhar para alguns dos alfas quando estavam todos suados?
Isso não deveria ser duro. George tinha dito a ele que estava
tudo bem para tomar seu tempo. Podia fazer passos de bebê aqui. Só
porque desceu as escadas para pegar alguns alimentos não significava
que tinha que falar com alguém ou participar de qualquer coisa. Na
verdade, se os outros vissem Joey com a cabeça baixa, desenhando ou
colorindo, poderiam deixá-lo sozinho.
— Certo.
Joey levantou a cabeça, e parecia que tinha respondido quando
Colten estava prestes a abrir a boca para dizer que não queria pressioná-
lo.
Colten piscou. — Sério? Certo, ótimo.
Estava sorrindo largamente, como se Joey tivesse acabado de
fazer algo impressionante.
— Uh, apenas deixe-me levar o meu gato no andar de cima.
Vou descer daqui a pouco.
Colten assentiu ansiosamente. Isso poderia realmente fazê-lo
feliz? Por que não estava nervoso sobre ter Joey em torno dele ou seu
filho?
— Perfeito. Vou dizer aos outros para colocar um prato extra
para você.
Joey balançou a cabeça, e fez uma retirada precipitada. Toda
essa felicidade estava começando a fazê-lo nervoso.
Sim, definitivamente não era a mesma pessoa que costumava
ser.
Pelo menos Colten não tentou segui-lo até seu quarto para se
certificar de que viria para baixo ou algo assim.
Joey colocar Snack em sua cama. O gatinho olhou para ele em
um momento de confusão, como se perguntando por que estava sendo
colocado para baixo, antes que manuseasse em sua cama e se
estabelecesse para outra soneca.
Joey acariciou o animal com carinho.
Dean estava certo. O gatinho era bom para terapia.
Joey colocou os livros na cama, levando apenas o que queria,
juntamente com um bloco de notas de colorir. O tipo que tinha papel
grosso, absorvente.
Um dos presentes de Dean para Joey quando começou a
conseguir seu senso de realidade de volta, foi um conjunto completo de
Copics. Setenta e dois deles.
Joey tinha estado chocado que Dean sabia o que aqueles eram.
Copics eram insanamente caros, e mesmo que Dean tinha encontrado
uma promoção, não pagou menos do que trezentos e cinquenta dólares
por eles.
A suposição de Joey era que Dean não se preocupou em buscar
uma promoção e tinha acabado apenas pagando o preço total, que era
quase seiscentos dólares por setenta e dois marcadores de álcool.
Joey não era o melhor em desenho, mas era bom em coloração.
George tinha dito que era bom. Um hobby que relaxava e o fazia se
sentir Zen era algo que precisava, que foi provavelmente por isso que
Dean tinha comprado os Copics, juntamente com uma quantidade
pecaminosa de livros para colorir de adultos.
Joey não utilizou mais os outros que tinha. Os marcadores
manchavam através do papel, arruinando os padrões do outro lado, e
não era tão satisfatório como colorir algo que ele próprio assinava.
Levou sua anatomia para personagens de livros mangas, o
papel de colorir, e seus marcadores, e trouxe-os para baixo.
Foi tão embaraçoso quando saiu para o pátio. Todos tinham um
sorriso e um tapinha para ele. Honestamente pensava que algumas
pessoas podiam começar a bater palmas por sua bravura ou algo assim.
Ele meio que odiava, mas, ao mesmo tempo, era meio lisonjeiro.
Claro, Sam estava um pouco hesitante para avançar, e Joey
estava grato por isso. Claro, isso provavelmente era porque ainda estava
com medo de Joey.
Emery e Neal sorriram timidamente e acenaram com a cabeça
em sua direção. Eles provavelmente não pensaram de dar boas-vindas,
uma vez que costumavam trabalhar para as mesmas pessoas que
tinham machucado Joey. Seja como for, Joey não ligava mais.
— Dean está aqui?
Zane lhe entregou um copo de plástico, pegando o material que
Joey mantinha e o colocou sobre a mesa de vidro.
— Ele deve estar de volta em breve. Sente-se. Os
hambúrgueres estão quase prontos.
Joey tomou um assento, sentindo-se totalmente exposto, como
se estivesse nu.
Sentiu-se melhor quando Max anunciou que todos precisam dar-
lhe o seu espaço. Isso não parou Todd e Colten de sentarem-se em
frente a ele, perguntando sobre seus livros, seus marcadores, e o que
tinha feito recentemente.
— Você sempre gostou de colorir, mesmo quando estávamos
em nosso velho bando, — disse Todd.
— Eu sei, — respondeu Joey.
— O que você está trabalhando hoje? — Perguntou Colten.
— Eu não sei.
Eventualmente, chegaram ao ponto. Joey não sabia o que dizer,
e não estava sentindo-se demasiado amiguinhos ainda, embora. Queria
estar. Essa era a parte que o fez se sentir culpado que não podia.
Colten e Todd não pareceram se ofender. Eles foram agradáveis
sobre isso. Joey estava grato. Poderia ser tão antissocial como precisava,
e as pessoas ao seu redor pareciam entender.
George estava lá com Jason, ele sorriu, mas não se aproximou
de Joey e dizendo-lhe quão bem estava fazendo, o quanto isso o ajudava
a estar junto com todos mais tarde. Apenas ele estando lá, e aquele
sorriso foi suficiente.
Joey desejou que Dean estivesse aqui.
Independentemente disso, após cerca de dez minutos de se
sentir desconfortável, se acalmou. O churrasco cheirava bem, e quando
Jason colocou um cheeseburger de bacon na frente dele, a boca de Joey
regou, e estava no céu.
George tinha entrado brevemente, e quando voltou estava com
um enorme cesto de batatas fritas quentes, Joey pensou que iria
realmente começar a babar na frente de todos.
Ketchup e sal vieram então, e Joey enfiou a mão na refeição.
Todos comeram antes que os alfas começassem a jogar, e Joey
lambeu a gordura de seu hambúrguer diretamente fora dos dedos.
Então, se limpou e começar a colorir. Até se sentiu um pouco falador
naquele momento quando Todd e Colten voltaram à mesa para alimentar
seus filhos. Frankie tinha idade suficiente para obter algum alimento
sólido agora, mas ainda não suficientemente grande para hambúrgueres
e batatas fritas. Joey ainda era alimentado com papa para bebês.
— Hei, isso é muito bom, — comentou Todd, olhando para o
que Joey tinha feito.
— Obrigado, — disse Joey, admirando seu trabalho. Obrigado
a todos os alfas sem camisa correndo em volta, Joey foi capaz de
praticar o desenho de peitos nus através da vida real, em vez de usar o
seu livro de anatomia.
Colten pegou um dos Copics.
— Isto é como um marcador de aquarela?
Joey balançou a cabeça e explicou-o da melhor maneira
possível.
Todd assobiou quando disse o custo. — Droga, Dean está
estragando você, não é?
— Acho que sim. — Dean tinha usado a desculpa de que
queria dar a Joey todos os presentes de Natal que podia, uma vez que
Joey tinha perdido o Natal com o bando.
Com esse tipo de desculpa, Joey não se sentia mal sobre isso.
Todd riu.
— Você pode fazer o peito de Max para mim? Eu poderia querer
pendurar na parede do nosso quarto.
Joey riu.
— Certo. Vou ir sobre isso. Há mais batatas fritas?
Capítulo Quatro

— O alfa continua farejando. Ele vai descobrir alguma coisa.


— Ele não sabe nada. Tendo esse agricultor atirando com seu
rifle foi boa sorte. Agora eles vão pensar que tudo isso é apenas caça
furtiva do humano.
— Mas se ele nos cheira...
— Onde ele está indo para seguir o cheiro de volta? Temos tido
o cuidado, e ele não pode seguir um cheiro em um carro. Relaxe.
Ainda assim, estavam perigosamente perto daquela casa.
Apenas umas centenas de jardas das árvores. Os alfas frequentemente
corriam por aqui. Eles precisavam ser rápidos.
— Começaram a observar o hospital e agora este está nos
perseguindo.
— Ele não está nos perseguindo. Se estiver, então é melhor eu
ver que você o mate. Isto é para a ciência. Criamos um beta a partir do
nada, e ainda não foi suficiente para Joey matar qualquer um nesse
bando. Quero saber por que. Não me diga que é por causa da coisa do
acasalamento. Isso não deve ser o suficiente.
O outro homem ficou em silêncio.
— Ajude-me a colocar essas câmeras antes que o alfa volte.
Eles cortaram o nosso financiamento, mas quando eles souberem que
Joey ainda pode perder-se, vamos estar trabalhando novamente.
Dean voltou para a casa mais tarde naquela noite. O sol tinha
ido embora fazia tempo, estava anoitecendo. Tinha que ser cerca de oito
horas da noite, nesse caso.
Não tinha a intenção de ficar fora tanto tempo. Realmente não
tinha. Joey podia estar chateado com ele. Dean estava mais preocupado
com Joey amontoado em seu quarto, assistindo TV, lendo, ou
desenhando sozinho. Snack estava lá para lhe fazer companhia, mas não
era o mesmo que outra pessoa. Joey não gostava de socializar com o
resto do bando, assim que Dean tinha que estar lá para falar com ele,
para segurá-lo e confortá-lo. Esse era o seu trabalho, e o mínimo que
poderia fazer para ajudar Joey se recuperar do que tinha acontecido.
Entrou pela parte de trás, e antes de abrir as portas de vidro,
cheirou algo diferente.
Bem, não era diferente. Cheirou Joey. O cheiro de Joey não era
diferente do habitual, mas o fato de que era mais forte aqui no pátio,
bem, isso significava algo.
Dean inalou profundamente. Cheirava como se todos estiveram
aqui fora em um momento. Dean podia sentir o cheiro do sal do suor e
do cobre de sangue. Não um monte, e mal estava lá, escondido sob os
outros cheiros. Alguém provavelmente raspou um joelho ou algo assim.
Também cheirou alimentos gordurosos com queijo e açúcar.
Seu estômago roncou. Dean entrou na casa.
Estava mais quente no interior. As noites ainda eram um pouco
sobre o lado legal, mas era o riso que Dean ouviu que o fez realmente
ficar em alerta.
Essa era definitivamente a risada de Joey.
Dean deu um passo para fora da cozinha, seguindo o barulho e
a luz para a sala.
As luzes estavam acesas. Alguém tinha trazido o PlayStation do
porão, e Destiny estava na grande tela.
Joey estava atirando em algum enorme monstro, em uma
grande caverna, falando em seu fone de ouvido.
— Ok, Todd, vou me esconder por aqui antes de reviver você.
Dê-me um segundo.
Todd devia estar jogando no andar de cima em seu quarto.
Dean não entendia os jogos de vídeo que exigiam duas pessoas jogando
online em vez de estar no mesmo quarto, mas que seja.
O personagem de Joey virou invisível, e então começou a correr
para onde o pontinho vermelho foi localizado.
O personagem de Todd estava cercado por uma horda, como se
estivessem tentando segurar no corpo de seu personagem para evitar
que ele nunca conseguisse voltar. Joey tomou o tempo para reanimá-lo
enquanto Jason e George observavam. Zane aplaudiu quando Todd
levantou-se e jogou algumas granadas.
Dean podia ouvir Max, todo o caminho lá em cima,
provavelmente no mesmo quarto como Todd, aplaudindo-o, pois ambos
voltaram para a luta contra o monstro que estava... disparando feixes de
laser roxo para eles. Inacreditável.
Havia outros personagens na tela lutando com eles. Dean não
tinha ideia de quem eram, provavelmente, outros seres humanos
jogando on-line em algum lugar. Não importava. O que importava era
como Joey estava naquele momento.
Parecia absolutamente deslumbrante. Suas bochechas brilhavam
com a adrenalina que vinha de jogar seu jogo, e seus olhos estavam
arregalados e felizes quando foi para matar a besta.
Ele eventualmente foi derrotado, desaparecendo em uma luz
brilhante e deixando para trás várias joias brilhantes, azul verde, e um
roxo.
Joey aplaudiu. Jason e Zane riram quando Joey passou o
controlador e o fone de ouvido para a próxima missão, e quando se
levantou, pareceu avistar Dean fora do canto do olho. Ele se virou para
olhar, e parou na visão dele.
Dean sorriu, um sentimento acanhado espalhando-se sobre ele,
e de repente desejava que não tivesse saído hoje. Desejava que tivesse
ficado aqui, com Joey, vendo como ele chegava mais perto e mais perto
do bando que o amava.
— Hei, — ele disse.
Joey saltou sobre as costas do sofá, correndo para Dean.
Não esperava que seu companheiro fosse jogar os braços em
volta do pescoço de Dean assim, mas se sentiu bem, e Dean não estava
prestes a reclamar.
Ele se inclinou para baixo, fazendo a posição mais fácil para
ambos, quando Dean passou os braços ao redor da cintura estreita de
Joey.
— Hei, — disse de novo, respirando o cheiro do cabelo e
roupas limpas de Joey.
Cheirava a comida que Dean pegou no vento do lado de fora, o
cheiro acentuado de álcool dos marcadores que Dean comprou por seu
presente de Natal, e a felicidade em geral.
Cheirava bem.
— Teve um bom dia?
Joey assentiu. — Sim.
Ele se afastou, de repente aparecendo um pouco envergonhado.
— Nós, ah, tivemos um churrasco quando você se foi. Há
sobras se quiser.
— Parece bom. Vou pegar alguma coisa e voltar.
Joey respondeu rapidamente.
— Está bem. Eu irei com você.
Dean queria argumentar. Esta foi a primeira coisa em sua
mente, manter Joey aqui, onde estava claramente à vontade e feliz.
Dean não achava que iria ver isso em seu companheiro tão cedo, e
queria manter Joey no lugar onde estava tão feliz e à vontade.
Mas não. Discutir só iria fazê-lo desconfortável, e era a última
coisa que Dean queria.
— Tudo bem, vamos lá. — Dean acenou para os outros. —
Vejo vocês mais tarde.
Eles acenaram de volta, embora houvesse alguns largos sorrisos
no grupo. Todo mundo estava torcendo por uma recuperação rápida de
Joey, e estavam aqui para ver o progresso que ele tinha feito quando
Dean tinha sido afastado.
Bem, se Dean ia ser honesto consigo mesmo, tinha que admitir
que queria manter seu companheiro para si mesmo de qualquer
maneira.
Joey pegou Dean pela mão, andando rapidamente por todo o
caminho de volta para a cozinha. Falou com muita energia e animação
sobre o seu bom dia.
Os rapazes, aparentemente, tinham jogado futebol sem camisa
sob o comando dos ômegas com tesão, e Joey tinha usado isso como
uma oportunidade para conseguir mais prática com os marcadores que
Dean tinha comprado para ele. Todd tinha convencido Joey a desenhar o
peito de Max para o seu quarto.
Dean sentiu pena de seu alfa naquele momento, realmente fez.
Mas de qualquer forma.
Joey estava um pouco tagarela quando abriu a geladeira e tirou
hambúrgueres frios, fatias de queijo, asas de frango e legumes.
— Então Nixon e Hunter entraram em uma discussão porque
Nixon abordou Hunter muito duramente. Então começaram a lutar, e
Hunter e Nixon começaram a sangrar na boca quando um socou o outro.
Max teve que separá-los. Foi meio engraçado.
— Uh-huh.
— Então Colten queria que colorisse uma imagem do peito de
Zane, e estava começando a ficar um pouco estranho nesse ponto, mas
foi meio engraçado, então só fui junto com ele, sabe?
— Sim.
Dean respondeu uma afirmativa para tudo o que Joey disse. Não
se importou. Joey parecia estar se movendo sem prestar atenção ao que
estava realmente fazendo quando pegou uma frigideira de fora do
gancho acima da ilha do balcão e começou a aquecer os hambúrgueres e
as asas sobre o fogão.
Dean se perguntou se Joey se lembrava de fazer coisas como
esta antes de ser capturado. Joey costumava cozinhar para o bando
alguns dias por semana, e quando Dean gostava de pensar que Joey era
seu pequeno escravo humano, sempre exigindo que Joey não lhe
trouxesse comida requentada no micro-ondas.
Tinha sido um idiota, mas com certeza, a comida requentada no
micro-ondas era horrivel, e Joey parecia estar se movendo em torno das
memórias, não realmente pensando sobre o que estava fazendo e por
quê.
— Quer algumas batatas fritas? Posso aquecer a fritadeira, —
disse Joey.
Dean balançou a cabeça.
Joey de repente congelou.
— O que... o que você está olhando?
— Você, — Dean disse honestamente. Ok, então poderia ter
estado se sentindo um pouco sonhador, estúpido e romântico, mas não
poderia evitar.
Joey sorriu e suas bochechas inundaram com a cor quando
desviou o olhar. — Pare com isso.
Parecia tão envergonhado e bonito. Dean não poderia evitar
mesmo.
— Mas estou olhando para você. Você sabe mesmo o que está
fazendo?
Joey olhou para ele, piscando os olhos arregalados, e realmente
parecia estar tentando pensar sobre isso. — O que? Não, eu... o que
você quer dizer?
Dean balançou a cabeça.
— Lembra? Você costumava cozinhar para mim às vezes. Ou
apenas me trazer sobras reaquecidas. Eu sempre fazia você voltar para o
fogão. Odiava o micro-ondas.
Joey franziu a testa, e então seus olhos abriram largos.
— Oh sim. — Seu sorriso era meio dissimulado quando olhou
para Dean. — Você foi um idiota, então.
Dean riu alto.
— Sim, sinto muito por isso. Apenas pensei que era engraçado
que estava reaquecendo tudo no fogão em vez de usar o micro-ondas.
— Oh. — Joey olhou para a comida aquecendo nas panelas.
Os hambúrgueres já estavam quentes o suficiente para que chiasse
suavemente. Um aroma agradável flutuava no ar.
O cheiro de seu companheiro juntamente com carne gordurosa.
Não havia cheiro no mundo melhor para um alfa, comer carne.
Se continuasse a estar sentado lá e inalando o cheiro como um
homem das cavernas seu pau ia ficar duro. Já estava no meio do
caminho.
Joey estava tão concentrado em pensar no passado, e como
usou para preparar a comida, que não pareceu notar. Isso era bom.
Dean estava gostando dessa coisa domestica.
De repente, os olhos cor de avelã de Joey arregalaram e
brilharam.
— Hei, sim, você está certo. Lembro-me de ter feito isso. —
Seus olhos estreitaram. — Uh, você me mandou cozinhar sua comida,
isso foi real, isso realmente aconteceu?
Dean sorriu.
— O que você acha?
Joey olhou para ele por alguns segundos antes de sacudir a
cabeça, sorrindo.
— Você é um idiota.
— Vamos lá, foi divertido cozinhar para mim, certo?
— Não posso acreditar em você.
— Diga-me agora, na minha cara, que não teve algum prazer
de cuidar de seu companheiro quando ele chegou em casa.
Joey pegou uma espátula e virou os hambúrgueres e as asas na
panela.
— Não responderei a isso.
O fato de que ainda estava sorrindo era prova de que Dean
estava chegando a algum lugar com isso. Não estaria provocando Joey
ao contrário, mas isso parecia normal. Parecia que Joey nunca tinha o
deixado.
Essa era a melhor parte.
Joey agiu ofendido, mas continuava a sorrir e quando pegou
alguns pães de hambúrguer, colocou fatias de tomate e queijo derretido
em cima dos hambúrgueres, antes de apresentar a Dean com sua ceia.
Dean suspirou.
— Eu te amo.
Joey não encontrou seus olhos. Cor subiu de seu pescoço e se
estabeleceu em seu rosto e orelhas.
— Eu também te amo, — disse ele.
— Hei, venha aqui. — Dean estendeu a mão, colocando a
mão na parte de trás do pescoço de Joey e trazendo-o para frente,
beijando-o. Apenas a maneira que um alfa era suposto fazer ao seu
companheiro que lhe presenteou com a ceia.
Joey ficou tenso no início. As vezes ainda fazia isso quando
Dean inesperadamente o beijava. Então se derreteu, e que foi o ponto
doce que Dean estava procurando. Foi quando levantou a outra mão e a
colocou na bochecha de Joey.
Este era um daqueles beijos doces que Joey gostava de dizer
que era um fã. Haveria um momento que ele enfiaria a língua na boca de
Joey. Agora, não era, principalmente porque se sentiu melhor para
beliscar e mordiscar o lábio inferior de Joey antes de lamber no local que
tinha acabado de morder.
Joey gemeu, como se quisesse Dean fazendo mais, e o som foi
diretamente para o pau de Dean inchando, seu sangue correndo quente
nas veias, querendo inclinar Joey sobre a mesa. Ele não se importava
quem iria vê-los.
Mas às vezes Dean poderia ser paciente. Não importava o que
os caras no bando diriam. Estava ciente das provocações e adiou seus
desejos por pouco tempo.
Sua boca separou. O calor do corpo de Joey irradiava dele.
— Dean…
— Quer comer alguma coisa? — Dean empurrou o prato para
o lado um pouco, então, agarrou Joey pelos quadris, puxando-o em seu
colo.
Joey gemeu um pouco, sua boca uma linha torta e seu rosto
vermelho brilhante, mas ainda veio sentar-se no colo de Dean.
— Acho que prefiro ter algo mais.
Dean queria fingir estupidez.
— Sério? No que você está no clima?
— Dean,
— Vamos lá, só coma comigo. Então vou levá-lo lá em cima, —
disse Dean, sussurrando as palavras tão sedutoramente quanto podia no
ouvido de Joey antes de se afastar. — Sério, estou morrendo de fome.
Preciso de algo para comer antes de cuidar disso. — Precisava de
energia e proteína. Estava absolutamente certo de pelo menos isso.
Joey recuou, olhando para Dean com os olhos arregalados.
Dean olhou para ele.
Joey começou a rir.
— Ok, desculpe, desculpe, — disse ele. — Eu poderia comer.
Joey tinha feito a Dean três hambúrgueres e uma pilha de asas.
Dean considerou conforme a generosidade amorosa de carne que ele era
capaz de dispor e dar a Joey um dos hambúrgueres e algumas asas. Deu
a Joey todos os legumes frios como queria, no entanto.
Joey continuou a sorrir e enviar a Dean olhares tímidos
enquanto comiam. Dean tinha certeza que o pequeno bastardo estava
mexendo em seu colo de propósito, e quão grande foi que as coisas
estavam tão normais que Dean poderia chamá-lo de pequeno bastardo?
Iria comer seus hambúrgueres e apreciá-los antes que se
apossasse do corpo de Joey, e estava determinado a fazê-lo.
Começou a mastigar mais devagar, sorrindo para Joey quando
fez isso apenas para provar, os quadris giratórios de Joey não estavam
tendo qualquer efeito sobre ele.
Joey sorriu de volta e girou seus quadris um pouco mais. Dean
apertou os dentes para impedir-se de gemer, porque, porra, estava
começando a sentir muito bem.
Joey estava aparentemente perdendo a paciência. Ele se
inclinou, pressionando os lábios para o lado da garganta de Dean, sua
voz um sussurro rouco que deu calafrios em Dean.
— Podemos ter relações sexuais fora?
— Mmm, eu não sei...
Mas Joey acariciou e beijou o pescoço de Dean, seu ponto fraco.
— Por favor? Você esteve fora o dia todo. Não há nada lá fora, certo?
Podemos ficar perto da casa.
A coisa sobre Joey ser um lobisomem agora era sua necessidade
de mudar e correr. Sendo um novo lobisomem significava que tinha um
desejo aumentado para ele, e Dean não queria negar a Joey nenhuma
coisa, não depois de toda a merda que passou. Queria dar-lhe tudo, até
mesmo as coisas que estava menos interessado. Queria amontoar tudo
aos pés do homem.
Claro, isso significava que não poderia exatamente negar a Joey
seu pedido. Dean tinha estado lá fora o dia todo. Tinha procurado por
armadilhas, seguido qualquer cheiro que parecesse suspeito.
Não havia nada lá fora. Pelo menos não hoje, e ele realmente
poderia apenas manter Joey perto da casa. Não iria levá-lo para o fluxo
como antes, que estava muito longe de qualquer maneira.
— Acho que é uma boa noite.
— Quase lua cheia, — Joey concordou, ficando ainda mais
fofinho agora que percebeu que estava obtendo o que queria. Era o
fantasma da ex-personalidade de Joey, despreocupada, e Dean gostou.
— Meio que romântico, certo?
Dean pegou o copo de Sprite que Joey tinha colocado na frente
dele, tomando o último gole antes de suspirar e ficar de pé. Claro, que
levantou Joey com ele.
Joey sorriu. Não reclamou de ser mantido assim. Dean quase o
levou até a porta antes que algo lhe ocorresse, e resmungou colocando
seu companheiro para baixo.
Joey piscou para ele. — Qual é o problema?
— Fique aqui. Estarei de volta com... algo que podemos usar,
— disse Dean. De alguma forma, parecia impróprio para dizer a palavra
lubrificante quando estavam fora do santuário de seu quarto.
Joey começou a rir em voz alta.
Ótimo. Agora Dean era o único corando aqui.
— Espere aqui, — resmungou, tirando fora e correndo em
outra direção, através da casa e até seu quarto onde poderia conseguir
uma das pequenas garrafas de tamanho de viagem para aquilo que
queria fazer com seu companheiro.

Capítulo Cinco

Todd ouviu os ruídos de ladrar assim que olhou para fora da


janela. Joey e Dean corriam na direção das árvores, no crepúsculo. Era
óbvio o que iam fazer. Uma pontada de desejo e ciúme acertou Todd no
peito.
Ele e Max não saiam assim. Max não o perseguia ao redor, não
fazia amor apaixonado com ele na floresta, e para ser justo, não era
como se o homem não tivesse mostrado interesse, no início, mas com o
bebê e tendo que tomar cuidados de... bem, Todd não tinha estado
exatamente com vontade de estar longe de Frankie.
Frankie estava ficando um pouco mais velho. Certamente
poderia suportar o peso de sua própria cabeça muito bem, e Todd não
sentia mais o instinto paterno de ter que estar sempre com seu filhote à
vista.
Bem, sentiu sempre que havia um ataque dos humanos contra a
casa, mas quando as coisas ficaram pacíficas, começou a desejar que
pudesse ter um caso de amor apaixonado com seu companheiro como
Joey parecia estar tendo com Dean.
Inferno, todos os ômegas e humanos da casa pareciam ter com
seus companheiros.
Frankie estava atualmente no chão, brincando entre os
brinquedos que eram apropriados para a sua idade. O quarto cheirava a
talco de bebê e lenço umedecido. Tudo o mais que comprou era sem
cheiro. O nariz de um shifter só podia aguentar poucos aromas artificiais
juntos, mas, felizmente, o talco de bebê era suave o suficiente.
— Hei, o que você tem aí? — Todd foi para deitar com seu
filho.
Frankie mal o reconheceu enquanto batia com o coelho de
brinquedo para baixo em alguns blocos macios.
Todd começou a empilhar os blocos, apreciando a forma como
seu filho parecia tão orgulhoso de batê-los mais uma vez.
Todd amava Frankie, e não iria entregá-lo para o mundo, mas
era duro ter uma vida romântica cuidando de um bebê.
Inferno, Todd tinha estado grávido de Frankie quando conheceu
Max, e Frankie tinha nascido pouco tempo depois que não era como se
tiveram tempo para uma vida sexual romântica. Max quase não entrou
na sala de parto com Todd porque temia que não fosse capaz de manter
o controle de si mesmo com tanto sangue no ar.
Foi uma coisa boa que George era hábil no que fazia. Houve um
mínimo de sangue e o nascimento tinha sido relativamente rápido antes
de Todd ter seu estômago costurado, fechado.
Então, houve várias semanas, onde Max mal o tocava em tudo,
querendo Todd para se concentrar em sua cura.
Com uma criança para cuidar, eles mal se tocavam, e as
responsabilidades de Max não ajudam muito também.
Eles davam as mãos, e Todd sentava ao lado de seu
companheiro o tempo todo durante as refeições. Até mesmo jogavam
alguns jogos de vídeo com os caras através da Internet no térreo, mas
não era o mesmo. Com tantos casais felizes na casa, Todd se encontrou
ficando estranhamente solitário. Não para a companhia de qualquer um,
mas só por seu companheiro. Queria essa intimidade com Max que todos
os outros casais pareciam ter com seus companheiros.
A porta do banheiro abriu. Max saiu, esfregando uma toalha por
seu cabelo. Usava uma calça de jogging negra que pairava abaixo em
seus quadris estreitos. Estava com o peito nu, mostrando os destaques
de cada músculo em seu peito e barriga. Os pelos negros que fluíam de
seu umbigo para à região pubiana ainda estavam úmidos e agarrando-se
a sua pele. Estava tão maldito de bonito. Todd não tinha estado com Max
em meses. Não era como se pudessem fazê-lo sempre que quisessem
com uma criança para cuidar.
Quando Max puxou a toalha longe de sua cabeça, seus olhos se
encontraram, e Todd ficou preso em quão brilhantes seus olhos dourados
estavam, e como pareciam destacar o resto do seu rosto. Suas
sobrancelhas e cabelos escuros, e sua pele bronzeada.
Todd estava ficando pálido, e enquanto ainda era magro, ele era
magro, com definição suave em alguns lugares que não gostava.
Ele se perguntou se Max iria amá-lo, amar como ele era sem o
acasalamento lá para trazê-los juntos.
— Você pode ter o chuveiro agora, — disse Max, olhando
para Frankie, um leve sorriso no rosto. — Acho que posso vê-lo um
pouco.
— O PlayStation ainda conectado se quiser algo para fazer, —
disse Todd, levantando-se.
Max se aproximou dele, sua mão grande, quente e ainda úmida
de seu chuveiro vindo para descansar atrás do pescoço de Todd. Ele se
inclinou para baixo, e suas bocas se uniram. Max não tinha feito a barba
por alguns dias. Neste ponto, Todd pensou que ele ia deixar crescer uma
pequena barba. Esperava que sim. Todd gostava da sensação quando se
beijavam. Era uma de suas coisas favoritas, e começou a se perguntar o
que foi que o fez duvidar do amor de Max por ele em primeiro lugar.
Eles puxaram para trás, e os olhos de Max estavam suaves,
amorosos, e abertos.
— Nah, não se preocupe com isso. Ainda tenho que olhar sobre
as leis de propriedade. Descobrir o que posso fazer legalmente, ou
ameaçar fazer, se o nosso vizinho decidir invadir novamente.
Certo. Uma vez que este era um bando de wolfhounds,
principalmente, Max tinha aversão à obter a lei envolvida em algo.
Gostaria de saber seus direitos como proprietário do imóvel, apenas para
que pudesse ameaçar com uma ação legal sem realmente fazê-lo.
— Certo, — disse Todd.
Max deu a volta, movendo-se para sua mesa primeiro, pegando
os papéis que precisava para ler antes de se instalar no chão para ler
com seu filho.
E Frankie era seu filho. Não biologicamente, mas era seu. Todd
não achava que Frank se importaria, se soubesse. Max era um bom
homem, e Todd o amava. Tinha amado Frank, também, mas não da
mesma forma que amava Max. De qualquer forma, Todd não tinha a
intenção de esconder a identidade do pai de Frankie, mas pensou e
esperava que Frank não se importaria se soubesse que Todd pensava em
Max como o pai de Frankie. Ambos eram de uma maneira.
Todd entrou no banheiro, fechou a porta e, então, ligou a água
quente. Não precisava de tempo para aquecer. Não, porque Max tinha
estado o usando, mas tinham um aquecedor de água maravilhoso
instalado para manter as coisas funcionando de forma rápida e sem
problemas.
E tudo que Todd podia pensar era o quanto queria Max no
banheiro com ele.
Max não queria mais filhos. Não queria passar o gene
wolfhound, apenas no caso do bando ser descoberto. Com Colten e
Zane, já era tarde demais. Eles tinham seu bebê, e o pequeno Joey
parecia bem e saudável o suficiente.
Isso não incomodava Todd tanto. Todd queria mais filhos, mas
não agora. Inferno, meio que queria esperar até que Frankie tivesse
idade suficiente para tomar conta de si, antes que considerasse ter outro
filhote. Isso seria incrível, e até lá, Max poderia ter mudado de ideia de
qualquer maneira.
Também podia ser mais seguro para ter outro filhote.
Por enquanto, Max parecia mais interessado em desfrutar de
Frankie e ser um pai para ele, que era o suficiente. O que não era
suficiente era que não tinham tido relações sexuais em quase quatro
semanas e Max não parecia notar.
Que diabos estava acontecendo com isso? Eles eram shifters.
Não era suposto ter uma atração entre eles que nenhum deles seria
capaz de ignorar, e, no entanto, sempre que eles tinham sexo, era algo
que tinha de ser rápido, quando Todd conseguia ter George ou Colten
assistindo Frankie.
Max não estava sentindo isso? Não estava incomodando? Cristo,
não era como se Todd estivesse tentando engravidar ou qualquer coisa.
Só queria uma vida sexual. Queria ter intimidades com Max, e que Max
quisesse a mesma coisa.
Todd desligou a água. Voltou para a porta e saiu do banheiro.
Max levantou a cabeça.
— Tudo certo?
Ele parecia genuinamente preocupado.
— Tudo bem. — Todd pegou seu telefone, enviou uma
mensagem para Colten.
Esperou por uma resposta antes de se virar para Max.
— Colten diz que está livre para cuidar de Frankie.
Max piscou para ele, como se não compreendendo.
— Por quê? Será que precisamos de uma babá?
— Sim, nós realmente, realmente precisamos.
Max pareceu entender naquele instante, e seus olhos brilharam
escuros de uma maneira que Todd tinha estado dolorido para ver durante
semanas.
Todd rapidamente embalou alguns dos brinquedos favoritos de
Frankie na pequena mochila que mantinha apenas para este tipo de
coisa. Ele não usava muito. Colten tinha fraldas e outras coisas que
seriam necessárias para a noite, por isso, Todd não se preocupou com
isso.
— Ele está passando a noite? — Perguntou Max, pegando
Frankie.
Todd atirou a mochila por cima do ombro, assentindo.
— Sim ele está. Hei, garoto, venha aqui.
Todd estendeu as mãos. Max colocou seu filho para elas.
Uma batida soou na porta. Era Zane.
Todd estava tão grato de vê-lo ali.
— Hei, não estamos incomodando vocês, não é?
Ele tinha feito a pergunta esperando desesperadamente que a
resposta seria não.
Zane balançou a cabeça.
— Não, está tudo bem, e vocês assistiram Joey para nós o
suficiente de qualquer maneira. Acho que isso funciona se continuarmos
assim.
Isso era certo. O filho de Colten e Zane passavam duas ou três
noites por semana aqui. Ele dormia durante a noite agora, para que
estivesse tudo bem. Por que Todd e Max não tinham pensado em pedir
mais do que eles fizeram?
Iria pensar sobre isso mais tarde.
— Ótimo, bem, você sabe onde nos encontrar, se algo der
errado. Tenha uma boa noite, bebê.
Todd deu ao seu filho um beijo na bochecha antes de Zane
pegar sua mochila e se virar para sair.
Todd só se sentiu um pouco traído quando Frankie não pareceu
muito triste por estar deixando o quarto de seus pais. Talvez se Todd não
estivesse tão danado com tesão isso iria incomodá-lo um pouco mais.
Todd fechou a porta, trancando-a, e voltou sua atenção para
Max, que estava olhando para ele com uma sobrancelha levantada e o
canto da boca, puxando para cima em um sorriso suave.
— Ok, então isso é interessante.
— Quer ter outro banho? — Perguntou Todd. Ainda precisava
de um banho, e queria isso com Max lá com ele. Não se importava se
não fizessem mais do que beijar algumas vezes. Todd sentiu uma
vontade inegável de ter Max nu na frente dele, ou atrás dele. Era como
se entraria em colapso se não conseguisse isso, como se algo em seu
acasalamento não estivesse certo se não pudesse ter isso.
E Max estava respondendo bem às exigências de Todd. Seus
olhos pareciam escurecer ainda mais enquanto suas narinas dilatavam.
Todd não perdeu a forma como os músculos de seus ombros e braços
ficaram tensos.
Sabia que o lado alfa de seu companheiro estava saindo antes
dele finalmente fazer uma aparição. Max correu para ele, e Todd abriu os
braços e deixou-se pegar e ser pressionado contra a porta atrás dele.
Max nunca tinha manuseado Todd assim antes. Sempre tinha
que ser gentil, ou quase suave. Todd tinha estado muito grávido, ou se
recuperando do parto, ou tinha sempre Frankie em seus braços, de modo
que Max nunca tinha sido capaz de simplesmente pegá-lo e bater com as
costas para a parede mais próxima, ou a porta, neste caso. Todd não se
lembrava da última vez que sentiu a pressão firme do peito musculoso
de Max pressionando contra o seu próprio, mesmo quando estavam na
cama.
E Todd gemeu quando a boca de Max caiu contra a sua própria.
Era quase uma novela de romance perfeito. Seus dentes não se
chocaram, apenas os lábios e a língua, uma maravilhosa sensação
áspera da barba de Max contra a boca e queixo de Todd quando foi
beijado e chupado.
Ele ia ter manchas vermelhas ao redor da boca. Não podia
esperar para obtê-las, vê-las.
Todd enrolou as pernas em volta da cintura de Max, obtendo
todo o atrito que conseguia da posição, empurrando os quadris para
frente.
Porra. Isso foi bom. Seu pênis já latejava, tão perto do orgasmo
depois de passar sem isso por tanto tempo. Com um bebê ao redor, não
era como se Todd pudesse encontrar muito tempo para si mesmo e se
masturbar também. A última vez que tinha feito isso foi um pouco mais
de uma semana atrás, e agora que estava finalmente chegando a algum
lugar com seu companheiro, sinceramente sentia como se estivesse indo
para estourar aberto. O calor que aumentou em seu corpo, a
necessidade de deixar Max dominá-lo, foder e reclamá-lo, estava
começando a ser muito maldito, muito para lidar.
Ele não está preocupado em tomar um banho mais. Isto era
bom o suficiente.
Mas deixou Max o levar de volta para o banheiro de qualquer
maneira. Oh bem, era onde mantinham seu lubrificante escondido. Não
era como se houvesse uma razão para escondê-lo ao redor da cama
mais.
A voz de Max retumbou contra a boca de Todd, profunda e baixa
e todo tipo sexy que fizeram Todd arrepiar.
— Nunca achei que você ia pedir.
Espere o que? Eles entraram no banheiro. Max não o colocou
para baixo, e Todd teve que puxar sua boca de volta.
— V-você estava esperando por mim?
Max sentou-se no balcão do banheiro.
— Você sempre tinha Frankie com você, ou estava se
recuperando. George disse para ter calma com você.
Todd ouviu isso num horror próximo.
Max tinha estado realmente esperando por ele para fazer o
primeiro movimento. Foi a coisa mais antialfa que já tinha ouvido em
toda a sua vida, e ainda fazia sentido de uma maneira estranha. Todd
estava se recuperando, e depois dos primeiros dois meses de vida de
Frankie, ele recusou com grande entusiasmo deixar alguém segurar
Frankie. Era como se Todd ficasse assustado que alguém deixaria cair
seu filho ou algo assim. Não tinha confiava em ninguém para ser gentil
com ele. Inferno, mal confiava em Max e Max era uma das três pessoas
que Todd confiança mais do que ninguém em toda sua vida.
Não era de admirar que Max mal tinha tocado nele. Todos os
sinais que Todd tinha estado dando-lhe dizia para recuar.
E agora se sentia como um idiota completo. Ele gemeu. —
Eu sinto muito. Não estava tentando... quer dizer, eu não
estava... porra.
— O que? O que há de errado? — Max ainda parecia perdido.
Claro. Não é como se fosse um leitor de mente. Não sabia a conclusão
que Todd tinha acabado de chegar.
Todd olhou para ele.
— Nós estamos indo para ter Colten ou George tomando conta
para nós, por algumas noites da semana, se puderem. Sério. Podemos
fazer isso? Realmente quero fazer isso.
Agora que a opção estava disponível para eles, Todd sentiu uma
necessidade quase desesperada de agarrar-se a ela, levá-la pelos chifres
e ter certeza que tinha um tempo sozinho com Max sempre que
precisasse.
Aqueles belos olhos dourados que Todd tinha se apaixonado,
que tanto amava, brilhavam com prazer. Max concordou.
— Sim, nós podemos definitivamente fazer isso.
Max se inclinou, beijando Todd mais uma vez. Todd gemeu, e
abriu a boca quando sentiu a pressão suave da língua quente de Max
deslizando contra o vinco de seus lábios.
Pobre Colten e George. Todd ia estar tirando vantagem da sua
generosidade durante o tempo que poderia, se isso significava conseguir
um tempo sozinho se precisava com Max.
Esperemos que eles fossem ser pacientes pelos próximos dias.
Todd necessitava compensar o tempo perdido.
Passou as mãos sobre os ombros e peito de Max, como se fosse
a primeira vez que tinha tocado o homem e estava explorando, pela
primeira vez.
Sentiu-se bem. Era tão bom ser capaz de tocá-lo assim, e Todd
estremeceu, saboreando o prazer que veio quando Max o tocou de volta.
Em todos os lugares que os dedos do alfa tocaram ficou quente
e dolorido. Todd achou que devia ser o calor do chuveiro, até que
percebeu a verdade.
Não, não era nada disso, mas algo muito melhor. Foi porque
Max estava tocando. O calor que Todd sentia era só de Max. O calor de
seus corpos misturados, Todd foi e afogando nessa sensação de calor
que não podia obter o suficiente. Queria mais disso, precisava de mais
disso, e enquanto beijava e chupava a língua de Max, encontrou-se
cegamente chegando para baixo e empurrando o elástico na cintura da
calça de Max para baixo em torno de sua cintura, pegando sua bunda
para que pudesse agarrar cada nádega em suas mãos, só porque podia e
por nenhuma outra razão.
Max gemeu, pressionando mais perto do corpo de Todd, seus
paus vindo juntos. Bem, o pênis de Max mal vindo contra o jeans de
Todd. Ainda estava vestido, muito para sua irritação, e Todd precisava
ficar nu o mais rápido possível.
Empurrou contra o peito de Max, sentindo-se sem fôlego e com
a cabeça leve, mesmo quando pode tomar uma respiração adequada.
Max não disse nada e nem Todd. Max enfiou a mão no topo da
gaveta sob o balcão da pia, tirando um pequeno frasco de lubrificante
enquanto Todd trabalhava em seu cinto e começava a se mexer para fora
da calça jeans. Essa era a parte mais importante, a parte que Todd
precisava ficar nu, o mais rápido possível. Resmungou enquanto chutava
o jeans fora de suas pernas, que pareciam de repente muito apertado
para o seu gosto. Mesmo quando teve uma perna livre, o jeans e a roupa
íntima, tinham virado do avesso por esse ponto, se agarrando a perna
direita.
As meias ainda estavam colocadas, então Todd tirou a camiseta
e agora estava nu, para conseguir o que queria, as mãos de Max
agarraram a ele pelos quadris, puxando-o para mais perto. Todd abriu os
joelhos, usando suas coxas para segurar na cintura de Max, olhando nos
olhos dourados do seu companheiro, vendo a necessidade do alfa dentro
deles enquanto os dedos de Max tocavam contra seu ânus.
Todd prendeu a respiração quando o primeiro dedo liso
pressionado para frente, perfurando-o, esticando-o. Todd suspirou,
agarrando e segurando os ombros de Max apertado, levantando seus
quadris para dar ao homem um melhor acesso.
Essa posição não durou muito tempo, e Todd começou a
inclinar-se para trás em seu cóccix. Melhor. Isso era melhor. Por agora,
de qualquer maneira. O mármore duro da bancada não seria confortável
por muito tempo. Não a menos que Max pudesse distraí-lo disso.
Ele o distraiu, e fez isso muito bem quando empurrou outro
dedo dentro do ânus de Todd. Foi de longe a melhor sensação que Todd
poderia já ter. Max nem sequer tinha tocado sua próstata ainda, mas era
a sensação de estar cheio, de ser reivindicado e ter os dedos quentes
esticando suas paredes internas, isso foi o suficiente. Todd suspirou,
empurrando de volta contra aqueles dedos o melhor que podia em sua
posição atual.
— Você gosta disso? — Perguntou Max, como se não poderia
dizer isso já.
Todd balançou a cabeça, sentindo-se sem fôlego e fraco e
indefeso em todos os caminhos certos.
— Sim.
Max empurrou seus dedos mais fundos. O aumento da
queimadura fez Todd suspirar e vaiar ao mesmo tempo. Deixou cair a
cabeça para trás quando a queima de dor se transformou em uma
queima de prazer quando Max tocou seu ponto doce.
Todd gozou imediatamente. Max teve que fazer um pouco mais
do arrastar dos dedos pela sua próstata, apenas tocando lá por mais de
dois segundos, e o jorro quente de sêmen caiu no peito de Todd quando
todo o seu corpo pareceu contrair e pulsar com a necessidade de deixar
ir. Não podia deter-se, mesmo que tentasse. Não havia como parar isso,
Todd empurrou e ofegou quando desceu do alto do seu prazer.
Ainda estava duro, quando terminou, ofegante em um quarto
que parecia que não tinha ar em tudo.
Max gemeu. O homem se inclinou e fez algo que nunca tinha
feito antes. Lambeu o sêmen fora da barriga e peito de Todd.
Todd estremeceu e seus olhos voaram amplos quando assistiu
seu companheiro fazer isso. Santa merda.
— I-isso é incrível.
Todd correu os dedos pelos cabelos de Max, observando-o,
sentindo-se ficar animado tudo de novo, enquanto a língua quente e
macia lambia o estômago limpo.
Claro que Max seria capaz de provar que Todd não tinha estado
tocando-se por um tempo. Era óbvio, o sorriso estúpido em seu rosto
quando olhou para o rosto de Todd.
— Você realmente fez-me sentir falta, não é?
Todd bateu-lhe no ombro, tentando esconder o quão
constrangido se sentiu sobre isso.
— Claro que eu fiz.
— Não esteve se tocando muito, não é?
Isso o deixou sentindo-se muito só quando fazia isso, então
estava tentando não fazer. Todd balançou a cabeça.
— Não. Na verdade não.
— Bom, — Max disse, chocando-o.
— Porque bom?
Quando Max sorriu, desta vez, Todd pegou uma pitada dos
dentes do alfa.
— Porque este é meu para cuidar, só por isso.
Com isso, empurrou um terceiro dedo dentro do ânus de Todd,
esticando-o ainda mais. Mesmo quando Max tirou os dedos livres e
alinhou a cabeça grossa de seu pênis com o ânus de Todd, esticando-o
mais amplo ainda quando empurrou a coroa grossa dentro, Todd sabia
que não estavam indo para foder uma vez e terminar com isso. Max
vinha sofrendo assim, ao que parecia. Ele ia foder Todd, por pelo menos
algumas horas.
Todd suspirou, sem se importar que suas meias estavam
vestidas, e seu jeans ainda estava pendurado fora de sua perna quando
Max estendeu-lhe amplamente e empurrou tão profundo como poderia ir.
Sim.
Definitivamente tinham estado precisando disso por um tempo.

Capítulo Seis

Joey adorava correr. Adorava correr, mas acima de tudo amava


ser perseguido por seu companheiro. Adorava o vento em seu rosto e
através de sua pele enquanto corria por entre as árvores e arbustos, o
cheiro da folhagem, terra, e o sexo. Sexo ao ar livre era incrível.
Embora suas memórias ainda estivessem nebulosas, lembrou
com grande detalhe a sua asma, e sua irritação com Dean por fazê-lo
correr. Dean tinha dito que parte era real, então Joey não tinha nenhuma
razão para supor o contrário, mas agora se sentia leve e livre, como se
pudesse correr por milhas e milhas, nunca tendo a necessidade de parar
para uma pausa.
A única razão pela qual iria parar neste ponto era porque tinha
prometido a Dean que não iria correr muito à frente. Dean tinha o
pequeno frasco de lubrificante na boca, por isso, o fez ofegante desta
forma, a menos que respirasse através de seus dentes. De qualquer
maneira, Joey não correu muito rápido ou muito longe, e parou apenas
alguns minutos após a casa estar fora de vista. Não tinha esquecido o
desejo zumbido que o fez querer escalar as paredes e o teto.
Se houvesse paredes e tetos em torno dele.
Todos os seres humanos podiam pensar que era nojento, querer
ter relações sexuais fora assim, e Joey tinha que admitir, de uma só vez
a ideia poderia ter sido ruim. Afinal, quem queria ser fodido em folhas
úmidas e grama? Quem queria ser fodido em folhas secas e grama?
Joey fazia. Agora que era um shifter, havia algo tão
absolutamente primordial que o ligava sobre o exterior. Não se conteve.
Precisava estar aqui, e parecia que só queria estar aqui quando Dean
estava com ele.
Joey encontrou um ponto que pensou que seria ótimo. Não
tinha cheiro de quaisquer outros animais nas proximidades, então não
precisava se preocupar com alguns esquilos roubando sua atenção. Sem
xixi também. Isso era um grande problema. Não queria ter relações
sexuais em um espaço que um animal selvagem havia marcado como
pertencendo a ele.
Seco, sem animais, apenas algumas folhas, mas que estava
tudo bem para a cama, e os galhos e outras coisas que pudesse afastar
para que nada ficasse cutucando-o nas costas ou nos joelhos.
Ainda não tinha certeza de como Dean o queria foder.
Joey mudou quando Dean parou atrás dele, cuspindo a pequena
garrafa. Foi engraçado a expressão que fez.
— Foda-se, coisa boa este tamanho para viagem.
Joey riu. Qualquer outra pessoa no mundo poderia pensar que
era nojento ter de colocar a garrafa inteira entre os dentes, mas Dean
pouco se importava.
— Da próxima vez vou me preparar antes de sair. Agora venha
aqui. — O pau de Joey já estava duro, grosso, quente e latejante
quando apontou para ele, quase acusando-o, exigindo saber por que não
tinha feito nada sobre isso ainda.
Estavam chegando lá. Apenas uma questão de tempo.
E não seria por muito tempo se o modo que Dean olhou para ele
era qualquer coisa.
Joey correu para Dean, pulando em seus braços, enrolando as
pernas em volta da cintura do seu companheiro, e o beijou forte e
rápido.
Dean segurou-o, inclinando a cabeça para cima quando Joey o
beijou. Todos os pensamentos sobre caçadores, ou dos seres humanos
que o havia ferido, estavam muito longe. Havia apenas a sensação. A
sensação da boca de Dean, os lábios, e sua pele. A pele era o melhor
porque sempre era muito depois de terem mudado. Não que eles tinham
que se preocupar com a roupa ficando no caminho quando estavam aqui
fora, sob as estrelas, a lua brilhando no céu.
Joey tinha crescido em uma matilha de lobos, então sabia que a
lua não tinha muito impacto sobre os sentidos do lado animal de si
mesmo ou de seus amigos, mas agora que era capaz de experimentar
por si mesmo, sabia que tinha definitivamente. Se não o estava
excitando para um nível primal, então definitivamente estava chamando-
o para ser romântico. Realmente queria que Dean fodesse com ele, para
reclamá-lo, fazer amor com ele, sob a luz dessa lua. Não tinha certeza
de quanto isso era os desejos e necessidades do lobo, e como muito era
apenas o próprio ser excessivamente romântico e sentimental.
Nada romântico e sentimental sobre o calor da língua de Dean
enquanto exigia o acesso à boca de Joey. Definitivamente não havia
nada de romântico e sentimental sobre a aderência de seus dedos fortes
na parte inferior da bunda de Joey enquanto Dean o segurava no ar.
Era estranho. A Joey tinha sido dado uma força que estava
destinada a ser usada para ferir Dean, mas mesmo com esse poderoso
lobo beta dentro dele, Joey ainda estava emocionado pela força e poder
que Dean tinha sobre ele. Não era apenas tesão. Era a única maneira
que poderia sair. Era parte do que atraiu Joey para Dean em primeiro
lugar. Podia ter alguma força agora, mais do que um ômega, mas sua
personalidade era definitivamente de um fundo. Joey gemeu e
estremeceu quando sentiu Dean pressionar a ponta do seu dedo contra
seu ânus.
Estava seco. Não tinha sido capaz de abrir o lubrificante antes
que Joey saltasse para ele, assim que Dean não empurrou dentro dele.
Ficou de joelhos e colocou Joey em suas costas, afastando-se e
sacudindo a pequena tampa vermelha da garrafa transparente aberta
com o polegar, revestindo os dedos e lambuzando o ânus de Joey antes.
Joey gemeu quando sentiu um dedo entrar nele.
— Não é suficiente. Preciso de mais.
Começou a mexer contra esse dedo, querendo sentir Dean
tocando cada parte dentro de Joey que podia. Precisava de muito mais
do que isso.
Dean acrescentou um segundo dedo.
— Esta muito?
Ele tinha um sorriso tão arrogante idiota no rosto. Sabia que
não era suficiente.
Joey olhou e rosnou.
— Dean...
Era um aviso, mas Joey não estava interessado em uma luta. As
únicas vezes que foi um bom jogo de luta livre foi quando queria Dean o
dominando.
Joey estava com muito tesão para isso agora. Talvez mais tarde.
Dean sabia que Joey não precisava de muita atenção quando se
tratava de preparação. Sua vida sexual tinha sido nada menos do que
fantástica, desde que Joey percebeu que tinha sofrido uma lavagem
cerebral. Era como se as comportas tivessem estourado, e em vez de
querer matar Dean, queria Dean fodendo com ele. Muito.
Assim, faz sentido que não precisava de Dean o preparando
muito. Não que houvesse algo de errado com uma boa e longa sessão de
preliminares, mas Jesus.
— Dean! — O que era para ser um grito irritado saiu como
um gemido patético.
Dean riu para ele. Ele riu para ele!
— Um pouco impaciente?
— Vou matar você. — As palavras saíram de sua boca, sem
um pensamento, e Joey ficou tenso. Provavelmente não era a melhor
coisa de fazer piadas sobre isso, considerando que houve um tempo
quando realmente queria matar Dean.
Dean não pareceu notar. Continuou sorrindo com o mesmo
sorriso de alfa quando puxou os dedos longes. Bem quando Joey estava
começando a ter uma ideia do que o homem estava fazendo com ele.
— Gosto quando você começa a ficar todo agressivo.
— Sim?
Dean levantou as pernas de Joey e Joey ajudou-o, ajustando-se
de modo que seus joelhos estavam nos ombros de Dean. A posição era
embaraçosa, que foi por isso que queria que Dean se apressasse e
fizesse o que tanto queria que fizesse. Quanto mais cedo fossem para o
sexo, mais cedo Joey poderia perder-se no prazer.
— Sim, nada melhor do que um fundo agressivo.
Joey rosnou, e então ficou enfurecido quando Dean empurrou a
cabeça de seu pênis escorregadio contra o ânus de Joey.
O tamanho da ereção de Dean não era nada parecido com seus
dedos, e havia sempre aquela sensação de queimadura leve, mas
nenhuma dor. Às vezes, havia uma sensação aguda de algo desagradável
no início, mas não desta vez. Dean era realmente bom nisso, e Joey não
conseguia se lembrar por que quis ferir este homem.
Dean apertou os dentes, empurrando os quadris para frente,
afundando seu pau mais profundo, até que Joey estava completamente
acomodado sobre ele, e não havia outro lugar para ir.
Joey exalou uma respiração profunda, longa. Não tinha
percebido que estava segurando a respiração até aquele momento. Isso
acontecia muito. Dean sempre conseguia tirar o seu fôlego.
Em um bom caminho, é claro.
— Oh, bebê, — disse Dean.
Joey adorava quando Dean o chamava assim. Não fazia muito.
Só parecia fazer de vez em quando. Como um tempero ou um bom
vinho, era melhor apreciado escassamente. Se Joey falasse a Dean que
gostava de ser chamado assim, então Dean iria chamá-lo de bebê todo o
tempo, e perderia o seu impacto.
Joey gostava quando Dean o chamava de seu bebê, quando
estava gemendo de prazer. Essa era a parte do charme.
Dean abriu os olhos, olhou para ele com suas esferas douradas
de wolfhound, era como brega Joey estava descrevendo-os assim? Tanto
faz. Era lua cheia e o cheiro da pele de seu companheiro e suor estavam
em cima dele. Estava se sentindo romântico.
Dean se inclinou para baixo, quase dobrando Joey pela metade
quando o beijou. Joey gemeu, acolhendo-o. Ergueu as mãos, colocando-
as atrás do pescoço de Dean, mantendo-as lá por tanto tempo quanto
podia enquanto Dean começava a se mover.
Muitos grunhidos e suspiros surgiram no ar depois disso. Não
havia palavras. Sexo não exigia muitas delas. Era muita coisa física.
Palavras teriam apenas feito errar o ritmo maravilhoso que tinha
encontrado um com o outro.
Era duro manter as bocas bem juntas quando Dean pegou o
ritmo, indo e voltando, para cima e para baixo. Joey não estava
inteiramente certo que conseguiu, desde que o equilíbrio era um pouco
confuso no momento.
Os movimentos eram tão ásperos, tão crus, a sensação aguda
da pelve de Dean batendo como um tapa na bunda de Joey fez assobiar
e gritar aumentando seu prazer. Gostava quando sua bunda era
golpeada. Quem teria pensado?
— Faça isso de novo, — disse ele arranhando suas palavras e
tentando recuperar o fôlego, quando a perna esquerda deslizou para fora
do ombro de Dean de modo que a parte traseira de seu joelho foi
subitamente sendo embalada pelo cotovelo de Dean.
— Assim? — Dean parou de ir rápido e forte e optou, por um
ritmo que deixava uma pausa entre cada impulso. Cada impulso que era
poderoso o suficiente para dar um tapa na pele de Joey.
Joey gemeu e jogou a cabeça para trás.
— Sim. Isso.
Dean fez isso talvez cinco ou seis vezes mais. Talvez mais. Joey
não podia contá-los antes que mudasse de repente o ritmo novamente,
circulando seus quadris em vez de abruptamente empurrar para frente.
Joey não conseguia parar de gritar. Se houvesse pássaros e
esquilos nas proximidades, provavelmente iria assustá-los fora de seus
ninhos, e não se importaria.
— Oh Deus. Estou indo gozar.
— Ainda não. Não se atreva.
Isso era novo. Dean nunca tinha ordenado que ele não gozasse.
Não que Joey conseguia lembrar, de qualquer forma, mas, nesse
momento, teve a forte sensação de que nunca tinha acontecido antes.
Ele gostou. O lado animal de Joey queria se submeter ao seu
alfa reagindo da melhor maneira possível. Ele obedeceu, e Joey se sentiu
naquele ponto do orgasmo que queria ficar para sempre, apesar de
querer passar por cima da borda.
— Por favor, por favor. Eu... eu... oh merda, preciso disso.
— Ainda não. — A voz de Dean era toda comandante e alfa.
Apertou seus lábios contra a garganta de Joey. Direto sobre o local onde
o pomo de Adão estava, exatamente onde era mais vulnerável.
Joey estremeceu, seu prazer aumentando, mas não havia
nenhum lugar para colocá-lo, porque o comando de Dean foi o suficiente
para impedi-lo de gozar. Não estava tentando segurar, seu corpo estava
apenas obedecendo sem pensar ou perguntar, e agora Joey não podia
decidir se este estava se tornando o melhor sexo de sua vida, ou o mais
torturante.
As alturas que o levou foi de longe o melhor, mas queria o
orgasmo, precisava, e cada impulso profundo do pau de Dean era quase
o suficiente para fazê-lo perder a cabeça. Seu cérebro estava sendo
mexido aqui, e não havia nada que pudesse fazer sobre isso, apenas
gritar seu prazer e arquear de volta contra o corpo de Dean.
Podia sentir o homem o esticando, tocando em todos os lugares
dentro dele, seu pau arrastando contra a sua próstata e santa merda,
ainda não tinha tocado seu pênis ainda. Joey queria pegar sua ereção e
se masturbar até que gozasse, independentemente do comando de
Dean. Não havia nenhuma maneira que o prazer adicional não iria levá-
lo ao longo da borda, certo?
Mas suas mãos ainda estavam na parte de trás do pescoço de
Dean, segurando-o no lugar. Ou talvez Joey estivesse sendo mantido no
lugar por ordem de Dean.
Não aguentava mais. Tudo era um estimulo quente. A grama
sob suas costas, a sensação dos músculos e pele de Dean, e o empurrar
e puxar, surgindo e retraindo seu corpo contra Joey.
— Eu... não posso, por favor, Dean, por favor.
Dean acalmou-o com um beijo em sua boca e fodeu com ele
como se isso não fosse um estimulante que o levou mais perto da borda
também. Joey formigava positivamente em seus dedos do pé, curvando-
os e apertando suas pernas enquanto que a sensação lutava para
escapar dele.
Não ajudou quando a língua de Dean deslizou contra o vinco de
seus lábios, o formigar e a sensação pioraram.
— Faça, bebê, goze para mim. Deixe-me sentir isso.
O cérebro de Joey era como um ovo mexido. Honestamente
quase não pegou isso. Então fez, e sim, era o que precisava ouvir antes
de tudo, todo o seu prazer, toda aquela energia reprimida, deixou-o em
um orgasmo tenso.
Todos os músculos do corpo de Joey tencionaram antes de
liberar novamente. Dean gemeu, suas sobrancelhas unindo. Joey não
podia dizer se era dor ou desconforto quando o ânus de Joey apertou
firmemente em torno de seu pênis.
Não podia dar muito pensamento nisso, porque tudo se tornou
uma nevoa de prazer. Joey poderia ter gritado. Sua garganta se sentia
um pouco crua, quando voltou a si, e o calor do prazer de Dean jorrando
dentro dele o deixou com uma sensação suave de satisfação após esse
tipo de sexo.
— Oh Deus, — Joey disse em um suspiro. Deixou cair a
cabeça de volta para as folhas e grama. Tudo em torno dele cheirava a
suor, almíscar e terra. Era o melhor cheiro do mundo.
E Dean esfregou seu pescoço como um gatinho cheio de mato. É
o gesto recordou a Joey de Snack sempre que seu gato estava se
sentindo excessivamente afetuoso.
Tudo o que estava faltando era o ronronar, mas Joey ainda podia
ouvir o resmungo satisfeito de aprovação que vinha do fundo do peito de
Dean. Isso era tão bom. Era o melhor.
— Eu te amo tanto, — disse Dean, apertando Joey apertado.
Isso foi apreciado, mas estava desconfortável agora que Joey
estava descendo fora do alto de seu orgasmo. Um de seus joelhos ainda
estava no ombro de Dean, e estava recebendo uma cãibra de estar
dobrado nesta posição por tanto tempo.
— Também te amo, — disse Joey, deslizando a mão pelo
cabelo loiro de Dean. — Você pode me deixar colocar a minha perna
para baixo agora? — Joey arqueou as costas. — Isso está começando
a doer.
Dean riu, recuando o suficiente para Joey poder colocar a perna
para baixo. Ele arqueou o pé e alguns círculos para obter o sangue
fluindo novamente antes que sorrisse para seu companheiro.
Apesar do orgasmo que o fez querer relaxar, também queria
jogar. O sexo tinha acordado o animal dentro de Joey, e ele pulou.
— Vamos correr!
Dean gemeu.
— Você não quer ir para a cama? Talvez tomar um banho
comigo?
— Depois! Quero jogar agora. — Joey mostrou o seu
entusiasmo para o jogo mudando de volta em seu lobo negro.
Ele balançou os pelos soltos em seu casaco antes de descer em
um arquear de jogo, latindo para Dean, querendo o alfa para persegui-
lo, pegá-lo e talvez lutar em torno um pouco.
Dean riu e sacudiu a cabeça.
— Cristo, você tem sorte que é bonito. Não sei por quê. Você é
um pé no saco.
Joey latiu para ele, a boca aberta e ofegante, abanando a
cauda, a imagem de um filhote de cão impaciente.
— Bem, bem, — Dean consentiu. — Mas estou perseguindo
o seu rabo de volta para a casa ou não vamos.
Joey estava feliz com isso. Isso soou perfeitamente bem para
ele, na verdade, se viu girando feliz em um círculo, impaciente quando
Dean mudou em sua forma wolfhound.
Parecia maior hoje do que normalmente fazia, apesar de tudo.
Joey não entendeu o que se tratava. Ele não parecia desgrenhado.
Talvez tivesse crescido um pouco de músculo extra ou algo
assim.
Quando Dean terminou de se sacudir fora, seus olhos se
encontraram, e Joey foi imediatamente puxado de volta para o desejo
animalesco para correr e ser perseguido.
Ele sorriu amplo, latindo mais uma vez e decolando de volta
para a casa enquanto Dean o perseguia, puxando a sua cauda.

— Lá, veja ali?


Seu assistente inclinou-se, olhando para o local onde apontou o
dedo.
— Dr. Holland, eu não vi nada.
Ele revirou os olhos e reproduziu a fita. Havia apenas tantas
câmeras, e as criaturas eram rápidas, raramente ficando em um lugar
por muito tempo. Eram imagens de fração de segundo que fosse o mais
importante. Eles eram os únicos que mais queria.
— Pelo amor de Deus, menino, olhe de novo, — disse ele.
Estava velho demais para estar lidando com isso. Rebobinou a fita e a
deixou rodar novamente.
Os dois eram um borrão enquanto corriam pela floresta. A
filmagem não era tão grande. Levou um monte de espaço de memória
para ter câmeras filmando vinte e quatro horas por dia, o que era pior
era em preto e branco, uma merda para assistir. Foi sorte a câmera ter
pegado isso. Ele teve que apontar algumas delas a distância, mais perto
da fortaleza de uma casa. Qualquer coisa podia acontecer para
atrapalhar as imagens. Vento podia soprar galhos de árvores no
caminho, e um pássaro já tinha criado um ninho em frente de uma das
suas câmeras. Isso precisava ser tratado mais tarde.
Por enquanto, ainda estava impressionado que havia este filme
para ser visto.
O borrão menor corria, enquanto o maior, um cinza o perseguia.
— Está o alfa tentando matá-lo? — Perguntou.
Holland revirou os olhos.
— Não, eles estão jogando. Você nunca foi a um parque com
um cão?
— Nunca tive um cachorro.
Pelo amor de Deus.
— Independentemente. Não importa o que eles estavam
fazendo. O fato de que a minha experiência está lá fora na floresta,
brincando e fornicando com um dos alfas que tinha sido enviado para
matar é um grande problema. Seria melhor se nós não mencionássemos
isso para o conselho.
— Então o que é tão importante sobre o que estou olhando?
Dr. Holland parou isso quando ambas as figuras desfocadas
estavam na tela.
— Veja a diferença de tamanho?
Seu assistente inclinou mais perto, apertando os olhos por esses
ridículos grossos, óculos de coruja.
— Hã.
— Exatamente.

Capítulo Sete

Algo estava diferente.


Dean quase não notou imediatamente com a forma como Joey
tinha se inclinado para baixo, com a bunda e o rabo no ar sacudindo e
ansioso para jogar, mas podia notar isso agora.
Joey não estava tão rápido como tinha estado antes.
Porque estava abrandando para permitir que Dean o pegasse?
Não que Dean tivesse tido qualquer problema real em permanecer com
seu companheiro. Sempre poderia pegar seu amante, eventualmente,
mas foi um pouco diferente desta vez.
Dean teve que lutar para manter-se com Joey às vezes. Agora,
a partir da aparência dele, Joey estava bombeando as pernas para frente
com tudo o que tinha para manter a distância entre eles. Joey parecia
que estava dando tudo o que tinha, e ainda, Dean estava quase em cima
dele. Dean encontrou-se abrandando ao longo do tempo para manter a
perseguição indo. Poderia tê-lo pegado já, mas não queria. Estavam
perto o suficiente da casa que não era um perigo real em estar fora tão
longe, e Joey estava correndo em um movimento circular ao redor da
casa também. Eles sequer cruzaram a estrada de terra que levava a
casa.
O lobo em si também parecia um pouco... mas não, isso era
impossível. Estava mais escuro e Dean estava olhando para Joey a vários
pés de distância, perseguindo seu companheiro. Não podia simplesmente
encolher. Dean estava dentro do homem apenas alguns minutos atrás.
Se o corpo de Joey tivesse encolhido, teria notado imediatamente.
Talvez simplesmente não estivesse com muita vontade de
correr, ou o sexo tinha tomado uma parte da energia dele. Isso parecia
uma explicação tão boa quanto qualquer outra. Certamente não ia parar
para um descanso, então Dean deixou isso de lado.
Talvez Joey quisesse ser apanhado. Bem, se o fizesse, Dean iria
colocar um fim ao seu jogo, porque precisava de um banho.
E queria dominar Joey, ainda poderia pegar o homem se
realmente quisesse.
E ele realmente queria.
Joey fez outra vez, por pouco evitando o salto que Dean tinha
feito em sua direção. Ambos chutaram folhas mortas e a sujeira com
suas garras enquanto se lançavam através do ar, em direção aos seus
destinos.
Não havia regras oficiais para o jogo que jogavam, mas era bem
conhecido entre ambos, se Joey conseguisse voltar ao ponto de partida
antes que Dean o pegasse, então ele ganhava o jogo de perseguição.
Dean só permitia a Joey ganhar um punhado de vezes, e ia
estar muito desapontado se não ganhasse esta rodada.
A casa veio à tona quando as árvores se abriram, revelando sua
casa. Quase lá. Dean se lançou para frente, usando toda a força de suas
pernas para empurrar-se em direção a sua presa.
Ele pulou, aterrissando com força nas costas de Joey, os dentes
abertos para agarrar o cangote enquanto rolavam.
Joey gritou.
Dean mudou e assim o fez Joey quando eles rolaram até parar.
Dean ficou de pé.
— Peguei você.
Ele sorriu para seu companheiro por talvez um segundo antes
dele observar a maneira que Joey agarrava o braço.
— Hei, você está bem?
Joey tinha gritado, mas isso não era novidade. Ele fazia isso de
vez em quando, mas nunca tinha sido ferido antes.
Joey balançou a cabeça, sem falar uma palavra. Dean ficou de
joelhos ao lado de seu amante, colocando a mão nas costas nuas de
Joey.
Joey se encolheu. Agarrou seu braço esquerdo, e Dean sentiu o
cheiro do sal de suas lágrimas antes de vê-las.
Um aumento de medo o atingiu no peito.
— Joey? Querido, deixe-me ver.
Joey parecia relutante em desenrolar-se de seu braço ferido,
mas fez isso. Ele tinha um aperto em seu pulso quando mostrou a Dean
o que estava errado, e o estômago de Dean afundou.
O osso não tinha empurrado para fora através da pele, mas
estava definitivamente quebrado, criando uma protuberância pouco
natural lá.
— Ok, vamos lá, vou levar você. Acho que Peter está hoje à
noite com George. Eles vão corrigi-lo.
— Isso dói!
O coração de Dean apertou.
— Eu sei, querido. Vamos lá, vamos consertá-lo.
Eles tiveram que fazê-lo rápido antes que ele se curasse. Se
começasse a curar antes que pudesse ser consertado, ele teria de
renascer. Dean não sabia muito sobre medicina, mas sabia muito sobre
isso.
Joey tentou conter sua dor não chorando, mas Dean podia
senti-lo, e estava tendo dores de simpatia indo junto ao homem.
Ele se sentia culpado porque tinha feito isso, naturalmente. Não
podia acreditar que tinha quebrado acidentalmente o braço de Joey.
Nunca tinha feito isso, mesmo quando Joey tinha sido humano.
Mas Joey tinha a força de um lobo beta.
Como poderia Dean ter quebrado o braço, mesmo por acidente?
Joey não queria Dean saindo. Queria seu companheiro para ficar
ao lado dele para que pudesse aproveitar o conforto que vinha de ter
Dean ao lado dele assim.
Infelizmente, no segundo que entregou Joey aos cuidados de
George e Peter e explicou o que aconteceu, Dean se baniu, deixando
Joey sozinho com os dois homens.
Joey estava apenas um pouco desconfortável com Peter porque,
bem, tentou matar o homem uma vez antes.
Peter fez um trabalho melhor de fingir que nada tinha
acontecido, no entanto. Ele falou com Joey como qualquer médico
normal, ou enfermeiro, em seu caso, iria falar com um paciente. Agiu
completamente profissional, e mesmo consolou Joey quando chegou a
hora para ambos os homens retirar as agulhas.
Joey nunca tinha odiado agulhas tanto como fazia depois de
passar meses de sua vida sendo injetado com elas naquela sala horrível.
Quase teve um flashback, mas a voz de George era gentil. Tinha
mostrado a Joey a garrafa de analgésicos, explicou que seria apenas
uma picada, e então eles poderiam começar a trabalhar.
George tinha uma voz surpreendentemente suave quando veio
para este tipo de coisas, e Joey estava feliz por isso. Estava feliz que não
iria entrar em alguma luta quando teve a visão da agulha.
O que fazia parte de seu processo de cura. Supostamente. Não
podia ignorar as coisas que o deixavam desconfortável para sempre,
então Joey chupou, literalmente sugou de volta uma respiração profunda
e segurou, antes que estendesse seu ombro e deixasse George injetá-lo.
Seu coração bateu rápido por apenas alguns segundos antes
que observasse como a injeção não estava queimando o interior de suas
veias, ou fazendo-o tão alto que não poderia dizer a realidade da ficção.
A falta de telas de televisão na frente dele jogando merda
terrível também foi útil, e quando todo o seu braço entorpeceu e a dor
latejante quente o deixou, Joey deixou escapar a respiração que estava
segurando.
George colocou a agulha a distância, sorrindo suavemente.
— Sente-se melhor?
Joey pensou sobre isso.
— Sim, na verdade.
Apesar de quão incrível a droga era para manter o braço
dormente, quando chegou a hora para George e Peter fazer o raio-X e
depois consertar o osso quebrado, bem, essa parte chegou a doer um
pouco. Muito.
O que aconteceu com ele? Deveria ter sido capaz de lidar com
isso. Amava lutar com Dean. Claro, o homem tinha pulado em cima dele
e eles caíram um pouco duro, mas nada deveria para ter quebrado.
— Talvez o lobo estivesse em conformidade com a sua
personalidade.
Joey franziu a testa.
— O que?
Peter deu de ombros.
— Eu não sei muito sobre lobisomens, e seu caso ainda é tão
novo, desde que shifters que são transformados são tão insanamente
raros, mas todos sempre disseram que tinha algo de uma personalidade
ômega antes de ser levado.
— Dean diz que eu ainda tenho uma, — Joey respondeu,
olhando para baixo e vendo como George envolvia algo em torno do
braço de Joey. Parecia uma grande luva rígida que iria manter seu
antebraço de se movimentar muito.
— Bem, sim, esse é o meu ponto, — disse Peter. — Quando
você veio pela primeira vez, todo mundo percebeu como estava
diferente. Você estava bravo, arisco, e suspeitava de absolutamente tudo
e todos. Você não está mais assim. Você está mais como costumava ser.
Um pouco mais reservado e recluso, mas ainda assim, mais ou menos
está igual. Não sei. Não sei como era antes de ser morto, assim, você
sabe, deixe as coisas relarem para ver o que acontece.
Joey fez, mas não pôde deixar de notar o sentido que Peter
tinha dito.
Ele não era o mesmo de quando veio primeiramente na casa.
Mesmo as semanas que ele passou na gaiola no porão tinha sido alguém
diferente. Joey tinha ficado com raiva, queria escapar e matar todos.
Tentou escapar e quase machucar Todd no processo quando Todd lhe
havia trazido alguma comida. Não se importava naquela época também.
Só se importava em ficar longe.
Dean o pegou e levou-o de volta, e Joey tinha tentado arrancar
os olhos do homem. Ele tinha sido... não era ele. Não tinha sido ele
mesmo por um longo tempo. Não até que Dean tinha finalmente
conseguido chegar até ele.
Como não era um lobisomem, naturalmente, talvez isso fizesse
sentido. Talvez estava se tornando o que realmente deveria ser.
Um ômega.
Dean voltou para a clínica, assim que Peter e George
caminharam com Joey fora da porta. Não parecia haver nada de errado
com o seu companheiro, e ele tinha um gesso em seu braço, e estava
até mesmo sorrindo um pouco, tanto para Peter como George.
Dean, de repente se sentiu como um idiota. Tinha esquecido
totalmente sobre como Joey tinha uma vez quase perdido o controle e
atacado Peter. Se Phoenix soubesse que Dean tinha deixado seu
companheiro sozinho, ele não estaria feliz, mas pelo menos parecia
como se nada tivesse acontecido. Isso era algo.
Joey virou-se para Dean, seus olhos se encontrando quase
imediatamente.
Dean ficou tenso. A pele pálida de Joey corou enquanto seus
olhos caíram a seus pés.
George se aproximou.
— Como ele está?
Dean não sabia por que estava mantendo sua voz baixa assim.
— Bem, bem. O equipamento aqui não é o top como um
hospital real, mas tem uma ruptura limpa o suficiente, acredite ou não.
Ele deve estar bem em duas ou três semanas, se a sua cura manter-se e
tomar direito as vitaminas e come bem.
George entregou-lhe um pequeno frasco de comprimidos.
Multivitaminas. Claro.
— Obrigado, — disse Dean.
George levou a mão, agarrando o ombro de Dean.
— Não se culpe sobre isso. Foi um acidente.
— Um alfa não devia ter esse tipo de acidente com seu
companheiro. — Dean murmurou as palavras, mas ainda era verdade.
Foi por isso que tinha deixado Joey com George e Peter. Tinha que dizer
a Max sobre isso. Ambos eram alfas. Havia um monte de alfas no bando,
mas Max era o alfa, encarregado de todos eles, e se um acidente como
este acontecia, precisava saber sobre isso.
Max parecia mais irritado a ser perturbado quando estava com
seu companheiro, a julgar pelos cheiros provenientes do quarto, Dean
entendia por que.
— Você fez isso de propósito?
Dean tinha zombado disso.
— Claro que não.
— Então dê o fora daqui e não perca meu tempo com essa
merda. O que quer que eu faça? Puni-lo por isso?
Dean teve a porta batida em seu rosto, e resmungou todo o
caminho de volta para a clínica de George.
Agora George e Peter estavam fechando tudo e se preparando
para voltar para seus companheiros, e Dean ficou ali, em frente a Joey,
frasco de comprimidos na mão e ainda se sentindo como um idiota total.
Ele limpou a garganta.
— Vamos. Vou dar-lhe um banho.
Era para ser um quase pedido de desculpas, uma oferta de paz.
Não esperava que os ombros de Joey caíssem ou um suspiro escapasse
de sua garganta.
— Isso parece ótimo.
Joey andou com ele, como se nada estivesse errado, como se
Dean não tivesse quebrado o braço maldito. Olhou para Dean com
aqueles olhos grandes e lindos.
— Nós vamos?
— Sim.
Dean abriu o caminho. Com o braço de Joey quebrado, não era
como se não pudesse girar a torneira e obter seu banho de banheira
pronto por si mesmo, mas Dean queria fazer tudo para ele. Porque
ambos estavam ainda nus, Dean não precisava se preocupar com despi-
lo. Ajudou Joey na água quente. Joey fez aquele barulho suspirando
profundamente satisfeito de novo quando se encostou na volta da
banheira.
— Obrigado. — Joey manteve o braço que estava no gesso
fora da água, repousando sobre a borda da banheira.
— Sem problemas.
— Hei. — Joey colocou a mão boa para fora da água,
agarrando o pulso de Dean antes que ele pudesse ir a algum lugar. —
Qual é o problema?
— Nada.
Joey segurou mais apertado quando Dean tentou se afastar. Não
havia muita força no agarre.
— Não, sério, o que está errado? — Ergueu o outro braço. —
Você não acha que eu o culpo por isso, não é?
Dean mordeu os lábios, mas não podia evitar.
— Por que não?
Joey piscou.
— Ah, bem, porque foi um acidente. Temos lutado ao redor
antes e nada aconteceu.
— Nada aconteceu, mas esse é o ponto. Nada nunca deveria
acontecer.
— Você não está me perdendo, Dean.
Dean coçou o nariz com a outra mão, finalmente, olhando para
seu companheiro.
— Não tive a intenção de te machucar.
— Eu sei. Eu... — Joey parou, e franziu a testa. — Espere,
você não acha que isso vai voltar para o meu... você sabe, como eu
costumava ser antes...
Joey não pareceu querer dizer isso, e Dean não estava a ponto
de forçá-lo.
— Não sei. Você pensou que eu estava te machucando naquela
época. Não quero que você sofra.
Algo nos olhos de Joey suavizou.
— Sei que você não quer. Foi um acidente, e isso não vai me
fazer repensar tudo que me mostrou e disse-me nas últimas semanas.
Eles... essas pessoas foram as que me feriram. Fizeram-me ficar doente,
falaram coisas nojentas sobre você que não eram verdadeiras. Sei disso
agora. Não vou deixar que a raiva que eles colocaram dentro de mim
obtenha o controle novamente por causa de algo como isto. Sei que você
não fez isso de propósito.
Engraçado. Agora que Joey tinha dito isso, havia dito as
palavras mais consoladoras que Dean poderia esperar ouvir, ele ainda
queria sair.
— Dean, por favor, venha aqui.
Não era uma ordem. Foi um pedido. Alfas não recebem ordens,
e não as obedece, a menos que sejam de outros alfas, mas Dean não
podia negar esse tom suave, ansioso de voz. Parou de tentar fugir, e
virou-se para seu companheiro.
— Venha para a banheira comigo? Você pode... esfregar
minhas costas.
Dean piscou para seu amante, então, fez o que lhe foi dito. Joey
deslizou para frente na banheira. Era mais do que suficientemente
grande para os dois, e Dean coube confortavelmente atrás de seu
companheiro.
Dean alcançou o sabonete líquido de lavar o corpo. Havia alguns
panos limpos dobrados e de fácil acesso. Dean teve que começar a fazer
um monte de sua própria limpeza, após Joey ter sido levado. Estava feliz
que se lembrou de limpar o banheiro.
Ensaboou as costas de Joey, esfregando as manchas de sujeira
de grama de sua vida amorosa. Joey suspirou e gemeu baixinho.
— Isso é bom.
Dean sorriu. — Isso é bom.
Era algo já.
Joey levantou os joelhos, enrolando o braço bom em torno deles
e descansando sua testa contra eles enquanto ainda mantinha o braço
para fora da água. Dean mantinha um olho sobre o gesso, certificando-
se que Joey não cochilava e o soltava no banho.
— Ainda te amo, — disse Joey. — Mesmo se você é pesado.
Dean soltou uma risada suave, depois parou quando os olhos de
Joey arregalaram, e ele começou a rir.
Dean não entendeu.
— O que é tão engraçado?
Joey olhou para ele, o mesmo sorriso no rosto.
— Deixamos a garrafa de lubrificante lá fora na floresta.
Dean tinha esquecido sobre isso, e percebeu que, sim, eles
tinha deixado lá fora. Então começou a rir também.
— Aposto que os esquilos vão adorar brincar com isso.
Joey riu mais forte, e Dean realmente começou a relaxar.
Eles estavam bem.

Capítulo Oito

Duas semanas mais tarde, Peter ainda estava tendo problemas


para fazer Phoenix para relaxar. Peter precisava ir trabalhar e precisava
ir para a escola. Eles tiveram uma grande briga sobre isso já, não foi a
primeira em seu relacionamento, mas a primeira que fez Peter realmente
querer explodir, e isso estava dizendo algo.
Peter iria o trabalho e iria a escola, mas sempre podia sentir seu
companheiro apenas no canto de sua mente. Às vezes, não tinha certeza
se ele estava imaginando isso ou não, mas estava certo de que podia
sentir Phoenix seguindo-o.
Nada de novo nisso. No início de seu relacionamento, Phoenix
tinha seguido Peter para trabalhar o tempo todo. Tinha sido quase um
perseguidor sobre ele. Dean tinha se divertido com isso sobre Phoenix,
mas não parou de Phoenix continuar seguindo Peter para o hospital, ou
Peter de desfrutar dessa atenção.
Sinceramente gostava de saber que podia vir aqui e encontrar
Phoenix, em sua forma wolfhound, escondido no mato. Isso tinha sido
um monte de diversão. Peter raramente tinha pausas, e sempre que um
milagre acontecia Peter passava um tempo fora com seu amante,
momentos que haviam sido muito bons.
Agora, as coisas estavam um pouco diferentes. Era verdade,
Phoenix ainda estava lá fora, assistindo e esperando, apenas no caso de
algo acontecer, mas desta vez era diferente.
Não era apenas um medo paranoico razoável que mantinha
Phoenix lá fora. Era um medo muito real de que alguém neste hospital
estivesse conectado com as pessoas que tinham sequestrado e torturado
Joey, e Phoenix estava com medo que a pessoa pudesse vir e pegar
Peter.
Peter não podia mentir para si mesmo. Estava com medo,
também. Quando não estava ocupado mudando os lençóis das camas,
dando a medicação para dor dos pacientes que estavam gritando, ou
lidando com parentes preocupados, ele estava também com muito medo
danado.
Peter não queria que houvesse um psicopata à espreita no seu
local de trabalho. Não quer que houvesse alguém assim em qualquer
lugar perto dele ou de seu companheiro. O fato de que Phoenix era um
wolfhound, e não era legalmente permitido estar vivo, as coisas
complicavam um pouco.
Muito.
Peter suspirou. Precisava de um café. Tudo tinha acalmado.
Tanto quanto poderia, de qualquer maneira, e tinha certeza de que
poderia passar despercebido por cinco minutos para obter um pouco de
cafeína nele sem ter que se preocupar com outro paciente,
potencialmente tomando a medicação errada.
Ser um enfermeiro era mais duro do que pensava que ia ser.
Esperava que trocar de profissão significaria que poderia passar mais
tempo com Phoenix, e às vezes fazia, mas Peter jurou que trabalhava
tão duro como os cirurgiões malditos, neste lugar.
Acenou para os outros enfermeiros, a maioria dos quais eram
mulheres, e acenaram de volta. Tão cansados quanto ele estava. Elas
tinham, pelo menos, congratulado Peter pelo seu trabalho. Nem todos os
pacientes queriam ser cuidados por um homem, ou queria um
enfermeiro em torno de suas crianças. Nunca foi nada óbvio, mas Peter
tinha começado a ficar sensível à sugestão dos pais sempre que
perguntava se havia alguém que estava disponível para mudar seus
lençóis ou ver os seus filhos.
Peter foi para a sala de descanso. Rose estava dormindo no
sofá. Ele desviou dela e mexeu-se para a máquina Keurig.
Estava tão feliz que tinha isso. Phoenix tinha comprado para ele
no Natal depois de descobrir sobre a máquina de merda de café de dez
dólares que tinha na sala de descanso. Peter tinha trazido aqui e tinha
imediatamente conquistado os corações do resto da equipe, e todos
traziam suas próprias capsulas de café de suas marcas favoritas.
Havia algumas capsulas de reposição para a equipe que se
esquecia, que era bom porque Peter tinha acordado tarde esta manhã e
não tinha pegado nenhuma do armário da casa.
Ele abriu a trava na parte superior da máquina, tirou a velha
capsula que alguém tinha esquecido de jogar fora, colocou sua capsula
de latte com sabor de caramelo, encheu a máquina com água, então
esperou por derramar seu café na caneca.
Peter quase adormeceu olhando para a máquina. Notou a mão
que enrolava em torno dele, mas estava muito atordoado para pensar
sobre isso, ou deveria estar sonhado.
Quando a mão agarrou-o, puxando-o contra um peito forte,
outra mão acima cobriu sua boca antes que pudesse gritar por socorro,
sabia que não era um sonho. Isto era real. Isto era real e não podia
parar seu coração de bater tão maldito rápido.
Isto foi um choque melhor do que a cafeína poderia das. Pena
que estava com medo de sua mente maldita.
Puxou contra as mãos que o mantinha, lutou para fugir, mas o
homem atrás dele puxou-o de volta contra esse peito duro, quase
derrubando o vento fora dele.
Seu coração acelerou. Santo Deus, esse cara era forte. Peter
puxou seu pulso, tentando obtê-lo fora de sua boca, mas não podia. Não
podia puxar esse cara de cima dele!
Uma voz familiar sussurrou em seu ouvido.
— Não lute mais, você está indo entregar uma mensagem a
esse bando de monstros que você vive, entendeu?
Era ele. Dr. George Gregory. O homem que Joey tinha dito que
cheirava como um de seus atacantes. Bem, foi o homem que eles
estavam todos achando que cheiravam. Isso acabou se provando.
Para um homem que tinha que estar se aproximando de seus
sessenta anos, ele era forte, e Peter gritou quando o bom médico
apertou-o mais apertado na boca e queixo com força suficiente para
machucar, para sentir os ossos de sua mandíbula torcendo não de uma
forma natural.
— Eu lhe fiz uma pergunta.
Peter concordou. Fez isso freneticamente. Qualquer coisa para
conseguir esse cara fora dele. Estava em pânico. A necessidade de fugir
estava ofuscando todo o resto.
— Tudo bem, agora escute bem, e poderia deixar você ir antes
que o monstro lá fora seja bombeado de chumbo.

As orelhas de Phoenix contraíram quando ouviu os passos


frenéticos de seu companheiro indo fora do hospital. Ele tinha estado
enrolado, cochilando no sol quente, esperando ouvir o telefone tocar ao
lado dele se Peter lhe enviasse uma mensagem de SOS. Quando se
levantou e viu Peter correndo pelo estacionamento como se os cães do
inferno estivessem atrás dele, mudou em sua forma humana e correu
para encontrá-lo no meio do caminho.
Peter se lançou em seus braços. Phoenix provou do medo do
homem através do seu cheiro, pele e toque. Ele tremia, suava e cuspia
para respirar.
— Vamos. Venha comigo, — Phoenix levou seu companheiro
de volta para os arbustos e árvores, longe de onde quaisquer olhos
curiosos pudessem vê-los.
Desde a aparência das coisas, outros homens de jaleco branco,
e até mesmo alguns guardas de segurança saíram, olhando em sua
direção.
E Peter tinha um cheiro sobre ele. Em todo ele, e isso fez a ira
do animal interior de Phoenix vir a tona.
— O que aconteceu? Quem te tocou?
Peter sacudiu a cabeça. Seus olhos selvagens quando eles
estavam, finalmente, na segurança das árvores. Essa segurança não iria
durar. Tinham que sair daqui. Phoenix se abaixou para pegar o telefone.
Teve que carregá-lo cuidadosamente em seus dentes enquanto tinha
estado seguindo Peter para trabalhar, mas não havia mensagens de
Peter. Nada que Phoenix tinha perdido.
Os guardas de segurança gritaram atrás deles.
— Nós precisamos ir.
— Não, preciso ficar, — disse Peter. — Eles estavam vindo
aqui, procurando por você. Phoenix, preciso dizer-lhes que é um
lobisomem. Você é meu companheiro e vamos nos casar, entendeu?
Ele não fazia.
— O que está acontecendo?
— Dr. Gregory voltou. Não o vi na sala de descanso, mas ele
drogou uma das outras enfermeiras e sorrateiramente veio por trás de
mim. Disse que chamou a polícia para anunciar que um bando de
wolfhounds está na área. Corri para fora porque estava apavorado
achando que o wolfhound tinha matado você, entendeu?
Peter olhou para ele com uma expressão de medo. É quase não
viu o hematoma escuro, que estava começando a se formar em sua
mandíbula.
Mas ele conseguiu. Phoenix assentiu. Deixaria os guardas de
segurança vir e interrogá-lo, e Phoenix iria reivindicar-se ser um
lobisomem.
Os seres humanos chegaram, e Peter agarrou a mão de
Phoenix, entrelaçando seus dedos, erguendo o outro lado, quando os
homens em seus uniformes de segurança foram até eles.
— Está tudo bem, ele está bem.

— Esse foi um raciocínio rápido, Peter. Você pode ter salvado o


bando inteiro de ser descoberto.
Peter abaixou a cabeça, o rosto iluminando com cor quando Max
o elogiou. Não foi apenas Max, no entanto. Foi o bando inteiro. Todos
tinham uma boa palavra, um aceno de sua cabeça, ou um sorriso e uma
salva de palmas para Peter depois do que tinha acontecido.
Joey se sentiu culpado por toda essa coisa que tinha acontecido.
Os hematomas no rosto de Peter foram ficando mais escuros, e depois
de ter sido atacado em sua sala de descanso no trabalho, o hospital
estava reforçando a segurança e dando a Peter algum tempo pago fora
do trabalho.
Isso tinha que ser bom para eles, pelo menos. Especialmente
para Phoenix, que estava fervendo positivamente ao lado de Peter.
— O que vamos fazer sobre o homem que o atacou? Ele voltou.
Ameaçou meu companheiro.
— Nós sabemos, Phoenix, — Max disse suavemente. — Nós
não esquecemos.
Era óbvio. Ninguém sabia o que fazer. Este parecia ser o tipo de
problema que se recusava a ir embora. Ninguém queria falar sobre isso,
e ninguém sabia como falar sobre isso. A única coisa que os alfas sabiam
com certeza era como queriam agir, como queriam apressar-se e
encontrar as pessoas responsáveis por ferir seus entes queridos.
E fazê-los pagar. Esse parecia ser o ponto central.
— Estou bem, Phoenix, — Peter disse suavemente. Ele mal
olhou para o homem mais alto sentado ao lado dele, mas Joey tinha a
sensação de que eles estavam de mãos dadas sob a mesa.
Peter soou mais como estava com medo pela vida de Phoenix, e
ainda estava se ajustando ao fato de que ele estava bem, e não tinha
sido levado para ser feito experimento com ele.
Phoenix tinha sido questionado por uma hora ou mais. Não
muito tempo em tudo. Então, Max tinha sido chamado para confirmar se
um homem chamado Phoenix pertencia ao seu bando.
Eles não tinham sequer se preocupado em verificar se Max era
um lobisomem ou não. Eles deviam ter assumido que Phoenix era um
desgrenhado lobo.
As pessoas viam apenas o que queriam ver, e provavelmente
não esperava que um wolfhound fosse capaz de ter, uma boa conversa
inteligente com alguém, considerando a reputação dos wolfhounds, como
sendo cruéis, assassinos estúpidos.
— Você não está bem. — Phoenix parecia prestes a saltar
para cima e começar a caminhar pela sala. Fervia e tremia com a sua
raiva. Joey não podia ver a raiva, podia sentir o cheiro, gosto disso no ar.
Era forte, todas as emoções tinham algo sobre elas que ele podia sentir
agora que era um shifter.
E a maneira impaciente que Phoenix olhou, como se estivesse a
dois minutos de saltar fora de sua pele, era quase suficiente para fazer
Joey querer fazer o mesmo.
Seu joelho começou a pular debaixo da mesa com o esforço que
levou para segurar tudo de volta. iria estar fora de sua pele a qualquer
momento se não pudesse obter um controle.
Dean estendeu a mão, estabelecendo-a no joelho de Joey,
acalmando Joey quase imediatamente. Não inteiramente tirando esse
zumbido de necessidade de se levantar e fugir, de fazer outra coisa
senão sentar aqui, mas ajudou. Joey sorriu para seu companheiro.
— Ele tocou em você. Colocou as mãos em cima de você e
deixou um hematoma em seu rosto, — Phoenix disse, mordendo os
lábios, olhando para baixo para nada em particular sobre a mesa. —
Vou encontrá-lo, e vou matá-lo.
Peter não disse nada a isso. Talvez soubesse que agora era
melhor deixar Phoenix dizer suas ameaças, do que tentar acalmá-lo.
Talvez Peter ainda estivesse um pouco atordoado demais sobre
o que tinha acontecido para ser confortado por alguém.
Joey sentia por ele, realmente fazia.
George franziu a testa, seus dedos entrelaçados juntos na
mesa. Também parecia estar olhando para o espaço, sem prestar muita
atenção a tudo o que estava acontecendo, mas estava claramente
ouvindo novamente.
— Diga o nome desse médico de novo. — disse ele.
Peter olhou para cima.
— Hã?
George olhou para ele.
— O médico, qual era mesmo o nome dele?
Jason sacudiu a cabeça.
— Só porque ambos têm o mesmo nome não significa nada,
querido.
Mas George não iria deixá-lo ir. Continuou a olhar para Peter,
aguardando uma resposta.
— Dr. George Gregory. Era novo no edifício. Ele desapareceu
depois que descobri que estava trabalhando lá, mas quando voltou e me
disse... bem, o hospital está mantendo um olhar nele agora.
Não que isso importasse, já que o homem provavelmente não
iria voltar em tudo, e Joey não tinha descoberto nada. Ele tinha cheirado
o cheiro do homem sobre Peter e quase perdido a cabeça em uma
tentativa de rasgar Peter fora de sua pele. Mesmo agora que o cheiro
estava fazendo o lobo dentro dele lamentar. Joey estava dividido entre
querer ficar longe dele e se esconder debaixo da cama, ou atacar e se
vingar.
Que não foi tão grande porque não era Peter que ele queria uma
vingança. Era esse médico, e qualquer outra pessoa que tinha vindo a
trabalhar com ele no momento.
— Você conhece alguém com esse nome? — Perguntou Max.
George balançou a cabeça, mas então concordou.
— Bem, na verdade, o nome do meu pai era Gregory.
— Este é o seu último nome, — disse Jason.
George assentiu.
— Eu sei, mas George Gregory? Você pode me dizer como ele
é, de novo?
Peter passou a descrição. Parecia como qualquer outro homem
mais velho para Joey, mas parecia fazer George pensar novamente.
— E ele disse que estava irritado porque seu filho tinha sido
morto?
Max fez uma careta.
— Você acha que esse homem está falando sobre você?
George balançou a cabeça.
— Eu não sei o que penso agora, mas é só... realmente uma
coincidência.
Isso era. Mesmo Joey tinha que admitir isso.
Max olhou para ele.
— Será que a descrição que Peter deu soa familiar para você
em tudo?
Joey não gostava de pensar sobre o seu tempo trancado na
sala, pendurado em seus pulsos, aquela coisa na cabeça que o impedia
de fechar os olhos contra as imagens que lhe eram mostradas, ou as
drogas que o forçaram a tomar.
Tentou de qualquer maneira, colocar-se de volta nessa posição,
naquele lugar horrível. No escuro, úmido e frio.
Joey se inclinou para Dean, balançando a cabeça.
— Eu não. Eu via rostos, mas eles estavam todos na sombra de
alguma maneira. Ou, pelo menos é assim que me lembro deles.
Talvez as drogas que tinha sido forçado a tomar havia
deformado, mesmo aquelas memórias. As memórias dos seus
carcereiros. Às vezes as coisas pareciam tão brilhantes em suas
memórias, especialmente quando todas as telas planas de televisão
tinham sido ligadas, e ainda agora, quando Joey tentou ver seus rostos,
não podia fazê-lo. Tudo estava longe ou em um canto escuro que mal
podia suportar a olhar.
Max limpou a garganta, sentando-se em linha reta.
— De qualquer maneira, todos nós temos o cheiro dele agora,
e depois do que tentou fazer, não há nenhum mal-entendido. Sabemos
que este é o nosso cara, e ele quer voltar para nós para levar Joey, e por
supostamente termos matado seu filho.
— Matamos um monte de gente no inverno passado, — disse
Hunter. — Cristo, Dean arrancou o cara em pedaços que dispararam em
Joey na parte de trás. Nós não poderíamos mesmo reconhecê-lo. Isso é
um monte de filhos de pessoas. Ele poderia ser qualquer um.
— Ele poderia, mas não importa, — disse Max. — Todos nós
tivemos um bom cheiro do casaco de Peter. Se este homem quiser segui-
lo, nós poderemos pegá-lo, embora provavelmente fosse uma armadilha.
Não havia nenhuma dúvida na mente de Joey que seria uma
armadilha, e definitivamente não queria ver Dean correndo e lutando
contra quem quer que este homem fosse. Se era o pai de George ou o
pai de algum outro cara aleatório. Joey não queria que ninguém se
machucasse.
— Não há como sair dessa sem mais pessoas morrendo, não
é? — Perguntou Joey.
Todos os olhos se voltaram para ele.
Max sacudiu a cabeça.
— Tem havido muitos ataques. Essas pessoas, obviamente,
sabem quem somos, e precisam ser cuidadas.
— Não podemos deixar que a polícia lide com isso? —
Perguntou Joey. — Todo mundo pensa que todos vocês são lobisomens,
e alguns de nós aqui é lobisomem. Ninguém será capaz de provar que
você é um wolfhound sem exigir DNA ou algo assim. — Mesmo Joey
sabia que os seres humanos não tinham o direito de fazer isso. —
Ninguém precisa ficar fora de combate ou matar mais ninguém. Podemos
apenas dizer que somos todos shifters normais. Esse cara, seja quem ele
for, não pode provar que fizemos algo de errado. Tudo aponta para ele.
Já sabia que suas palavras caíram em ouvidos surdos antes que
tivesse a chance de terminar de falar.
Estes homens eram alfas, e queriam a sua vingança para os
males que haviam sido infligidos, não apenas sobre eles, mas sobre os
seus companheiros também. Joey não ia ser capaz de convencê-los de
não ir para sua vingança. Isso não ia acontecer.
— Este homem precisa morrer, — disse Phoenix. — Todos
eles fazem. Qualquer ser humano que pensa que pode vir atrás de nós,
levar os nossos companheiros e colocar os filhotes em perigo não tem
uma segunda chance.
Joey não queria que eles tivessem uma segunda chance. Esse
era o ponto. Não queria que eles tivessem quaisquer outras chances de
matar os alfas sentados aqui na frente dele. Isso iria matá-lo se alguém
morresse. Se Dean morresse.
Max concordou.
— Nós vamos fazer uma pesquisa no território quando
amanhecer. Se pudermos encontrar qualquer coisa que deixou para trás
para nós, vamos segui-lo de volta para a fonte.
Eles estavam sérios. Isso ia acontecer. Estavam todos indo para
começar a caçar e matar os humanos que estavam fora fazendo mal ao
bando. A parte de Joey que queria vingança pelo que esses bastardos
tinham feito para ele estava meio que feliz. Mais do que um pouco feliz,
na verdade.
Ao mesmo tempo, estava tão ansioso para que tudo isso fosse
feito e que todos os pesadelos tivessem um fim, que queria ficar de
joelhos e implorar a Dean para não deixá-lo sozinho aqui, para não ir
para algum lugar e lutar, talvez até morrer, para que essas pessoas os
deixassem sozinhos. Joey estava começando a pensar que nunca iria ser
deixado sozinho.
A partir do olhar nos olhos de Dean, estava mais do que ansioso
para começar a vingar seu companheiro, não importando o que Joey
tinha a dizer sobre o assunto.

Capítulo Nove

— Por favor, não vá amanhã.


Dean piscou quando olhou para seu companheiro. No segundo
que voltaram ao seu quarto compartilhado, Joey tinha agarrado com
força a mão de Dean, impedindo-o de ligar o chuveiro, e disse aquelas
terríveis cinco palavras.
— O que? Do que você está falando?
A expressão de Joey mudou, como se estivesse em dor, e
provavelmente não tinha nada a ver com o gesso em seu braço.
— Você sabe exatamente o que estou falando! Não quero que
você vá! —
Dean tentou não franzir a testa. Tentou não morder o lábio
inferior também.
— Tenho que ir.
Joey balançou a cabeça.
— Não, você não tem. Você não tem que fazer nada.
Dean sentiu o alfa dentro dele se levantando para isso.
— Essas pessoas te levaram de mim. — Essa era uma boa
maneira de colocar isso. — Eles atiraram em você. Eles montaram
armadilhas na propriedade e quase o mataram. Eles foderam com a sua
cabeça e merecem morrer por isso.
Dean nunca ia esquecer a dor no peito, o resto da dor física que
sentiu quando Joey tinha tomado aquelas balas por ele. Pensou que seu
companheiro havia morrido em seus braços, e não foi o suficiente para
que Dean tivesse conseguido sua vingança sobre a pessoa que tinha
feito o disparo. Não por um tiro longo. Ele precisava encontrar as
pessoas responsáveis por enviar esses bastardos atrás do bando em
primeiro lugar.
Se Dean conseguisse o que queria, todos eles morreriam da
mesma maneira que matou o homem que quase matou seu
companheiro.
— Você pode morrer, também, — Joey disse suavemente.
Dean ouviu o medo em sua voz. Realmente fez, mas não
parecia tão importante quanto a necessidade de certificar-se que Joey
permanecesse seguro.
— Não vou morrer. Vou voltar e nós poderemos finalmente
começar a nossa vida. Nós poderemos correr nos bosques, tanto quanto
quisermos. Outros bandos poderão fazer o mesmo sem essas pessoas ao
redor para foder as coisas. Estas são as mesmas pessoas que prenderam
o seu bando e machucaram o seu pai. Você sabe o que é sofrer por
causa dessas pessoas.
— E não quero mais sofrer por causa delas.
Dean não podia acreditar que seu companheiro não podia ver
isso. Era tão simples. Estava bem ali na frente dele, e era como se
estivesse propositadamente sendo cego para isso.
— Você irá sempre sofrer, se essas pessoas permanecerem
vivas. Não há como esconder isso. Eles trouxeram isso para si mesmos,
e vão morrer por isso.
— Você poderia morrer também.
— Você fica dizendo isso! Eu não vou! — Dean arrancou a
mão do aperto de Joey, furioso que seu próprio companheiro poderia
pensar uma coisa dessas, poderia pensar tão pouco dele.
Joey olhou para ele tão duro quando Dean zombou dele. Seus
olhos nublaram.
— Você podia morrer. Essas pessoas são treinadas para serem
assassinos e têm armas e sabem como usá-los.
— Posso conseguir armas.
— Como você sairia dessa armadilha de urso?
Dean quase perguntou: Como sairia dessa armadilha? Mas
então se lembrou.
Tinha entrado em uma armadilha de urso no dia que Joey tinha
sido baleado. Tinha estado preso lá, mal sendo capaz de se mover
enquanto o caçador disparava contra ele, até Joey pular em seu caminho
para tirar as balas que mataram até mesmo um wolfhound. Ele ainda
tinha as cicatrizes no tornozelo a partir daquele dia horrível.
Após a frieza, a mágoa derreteu, a raiva quente tomando o seu
lugar.
— Você... vai jogar isso na minha cara?
Joey abaixou a cabeça, mal, mas seus olhos deixaram Dean.
Joey não disse nada. Não precisava. Não podia acreditar.
Não podia acreditar que seu companheiro o culpava por sua
morte e captura. Joey tinha culpado Dean no início, quando foi
encontrado e colocado em uma gaiola para que o seu lobo não fosse
matar todos na casa, mas era diferente naquela época. Joey tinha
sofrido uma lavagem cerebral para matar todo mundo que vivia aqui,
tinha sido levado a acreditar que tinha sido abusado e abandonado. Era
compreensível que iria culpar Dean naquela época.
Culpá-lo agora...
Dean precisava estar longe de Joey. Ele não podia olhar para
ele, ou começaria a gritar na cara do homem.
— Dean,
Dean ignorou Joey quando o chamou. Deixou seu quarto,
batendo a porta atrás de si.
A porta se abriu novamente, seu companheiro o perseguindo
pelo corredor.
— Dean!
Dean o ignorou, mesmo quando Joey tentou agarrar em seus
braços, tentando impedi-lo.
— Dean, por favor, eu não quis dizer isso. Isso não foi o que eu
quis dizer.
Dean deu de ombros. Não disse nada, porque tinha quase
certeza que qualquer coisa que viesse de sua boca naquele momento
seria algo que iria se arrepender.
Claro que ele não o culpava. Como se ele iria acreditar em algo
parecido com isso agora.
— Dean!
Dean estava indo dormir na sala de estar. Depois que voltasse
de uma corrida. Tinha muita raiva e frustração reprimida dentro dele que
precisava de alguma maneira obter fora.
— O que esta acontecendo aqui?
Jason. Bom.
— Mantenha Joey no interior, — Dean latiu. A última coisa que
precisava era seu companheiro tentando segui-lo.
— O que? Aonde você vai?
— Fora!
— Não, por favor!
Dean puxou com força a porta da frente, mas socou-a antes de
abri-la. Como se ele se importasse. Tirou suas roupas e fez uma
mudança rápida, correndo para a escuridão da floresta. Max iria ficar
puto, mas Dean precisava disso.
Seu companheiro o culpava. Mesmo agora, depois de tudo o que
tinham passado, depois de Joey ter insistido que sabia a verdade, que
sua mente estava livre de qualquer manipulação, e estava no controle de
todos os seus pensamentos e emoções... Isso tinha que dizer que ele
continuava a pensar sobre isso. Mesmo que tivesse sido um lapso do
momento, isso tinha estado claramente em sua mente.
Isso... machucou quase tão mau como quando Dean o havia
perdido.
Pelo menos Jason tinha feito como lhe foi dito, porque Joey
definitivamente não o seguiu lá fora. Engraçado. Dean quase desejava
que tivesse deixado seu companheiro o perseguir. Isso lhe serviria para
colocar um pouco de razão na cabeça.
Ao mesmo tempo, os pensamentos de Dean foram para um
lugar escuro. Se seu companheiro, o homem que o amava, o culpava,
então era verdade, não era? Joey não estava mais sob o controle das
pessoas que o haviam ferido, fizeram lavagem cerebral e o torturaram.
Se estava no controle, então tinha que ser verdade.
Dean tinha se culpado, mas isso era diferente. Para saber que
Joey, que podia olhar para trás e ver o que aconteceu a partir de uma
perspectiva lógica e segura o responsabilizou... foi algo totalmente
diferente.
Foda-se, seu peito doía. É mais do que doía, machucava.
Ele não era um bom protetor, e seu companheiro o culpava.
Dean derrapou a uma parada e uivou.

Joey ficou na sala naquela noite. Deixou Snack vagar ao redor


da casa, o gato sendo leal que era, decidiu passar a maior parte de seu
tempo com Joey.
Joey fez café, chá e alguns lanches, mas não conseguia parar de
pensar sobre o que ele disse, e a forma como Dean tinha fugido.
Alfas não fugiam a menos que fosse por um grande motivo. Eles
só não faziam.
Joey não tinha querido dizer aquilo, não daquela fora.
Realmente tinha apenas tentado salientar a Dean, apesar de toda a sua
confiança, ainda podia ser pego de surpresa, machucado ou colocado em
uma posição que o deixaria vulnerável a ataques.
Isso era tudo o que queria dizer.
Joey tinha visto a forma como toda a cor parecia escorrer do
rosto de Dean, como aqueles olhos azuis tinham voado abertos, e Joey
não tinha entendido em primeiro lugar. Não tinha percebido o que era
que disse que teria Dean marchando por ele e indo para a porta.
Quando percebeu, perseguiu o homem, tentando dizer a ele que
não era assim. Ele não estava tentando culpar Dean para o que tinha
acontecido.
Joey não o culpava. Culpava um monte de coisas para o que
aconteceu naquele dia, sua própria estupidez, os humanos que tinham
atacado, o universo em geral, mas não Dean. Ninguém, nem Dean.
Dean não quis ouvi-lo, e ordenou a Jason para manter Joey lá,
para mantê-lo de seguir Dean na noite enquanto fugia para ficar sozinho.
Joey provavelmente deixou Jason confuso e assustado um
pouco quando começou a chorar. Patético e feio era chorar. Ele tinha ido
de uma discussão sobre se uma luta era necessária ou não, para Dean
jogando Joey fora dele e indo para a porta. Todo o tempo, o lobo dentro
de Joey queria seguir seu companheiro, queria ir para onde Dean estava
e apenas estar com ele, mas não podia porque Jason não iria deixá-lo
sair.
Seus olhos ainda estavam um pouco sobre o lado vermelho
depois de tanto choro, e tinha uma dor de cabeça, mas batatas fritas
salgadas mergulhadas em creme de queijo ajudaram muito. Na verdade,
era estupidamente deliciosas, e levou sua mente fora da dor de ter seu
companheiro desaparecido, pensando o pior sobre si mesmo e Joey, só
um pouco.
Não muito, mas um pouco.
Seria melhor se Dean voltasse, embora. Isso seria mil vezes
melhor.
Joey assistiu TV, algumas reprises de seus programas favoritos,
mas continuava a esperar com os ouvido em pé, ouvindo a porta, à
espera de Dean voltar para falar com ele.
Observava toda hora o relógio também. A última vez que Joey
tinha passado a noite assim, era porque tinha estado amarrado, com as
mãos acima da cabeça, e as pessoas fazendo experimentos com ele,
injetando-o com todas aquelas agulhas, recusando deixá-lo ir dormir.
Isto se sentiu tão ruim assim. É realmente fez.
Joey esperou até que a luz solar entrasse na sala através das
muitas outras janelas na casa. Era suave no início antes de se tornar
mais forte, mais pronunciada, e ainda, Dean não estava em casa.
Onde ele estava?
Joey cochilou sem querer. Manter os olhos abertos por muito
tempo, para ouvir cada pequeno ruído na casa e esperando para que
fosse Dean vindo para ele.
Quando acordou, fez isso com um solavanco.
Todd estava lá. Parecia que tinha acabado de colocar um
cobertor sobre os ombros de Joey. Ambos congelaram com a visão um
do outro.
— Você... você está bem? — Perguntou Todd.
Joey sentou-se, olhando para o relógio. Quase dez da manhã.
Ele tinha dormido durante quatro horas, e sentiu como se pudesse ir
dormir por mais doze.
— Estou bem, — disse Joey. Olhou para o cobertor sobre os
ombros. Estava quente e era bom. — Obrigado.
— Sem problemas. Eu, ah, ouvi dizer que você passou a noite
aqui.
Joey deu de ombros. Não disse nada. Não queria dar a
impressão a Todd que tinha estado aqui em sofrimento, ou que
significava mais do que fez, se Dean voltasse ou não.
Mesmo que isso significava muito.
Todd parecia notar tudo isso de qualquer maneira.
— Será que você quer ter uma briga?
A questão não deveria ter sido suficiente para fazer os olhos de
Joey queimarem como fizeram. Realmente não deveria, mas seus olhos
queimaram, e desviou o olhar do rosto de Todd, como se isso fosse
suficiente para manter o homem de ver o quanto tudo parecia doer
recentemente.
— Eu disse algo que não deveria ter dito.
— Tenho certeza que ele sabe que você não quis dizer isso, o
que disse.
— Como você sabe que não quis dizer isso?
Todd piscou para ele.
— Você fez?
Joey mordeu os lábios, olhando para as próprias mãos.
— Não. Eu não.
Tinha apenas escorregado para fora, e Dean estava sendo um
idiota total, em tomar as palavras de Joey no caminho errado.
Todd estendeu a mão, agarrando o ombro de Joey. Joey ficou
tenso. Todd tirou a mão.
— Tudo o que vocês dois estão passando, vai ficar bem. Ele te
ama. A casa inteira sabe o quanto ele te amava antes mesmo de
qualquer um de vocês descobrir. Ele vai voltar, e você pode falar sobre
tudo o que aconteceu então.
Essas palavras, na verdade, fizeram Joey se sentir melhor, não
tão bem como teria sentido se Dean tivesse entrado pela porta nesse
momento, mas se sentia melhor.
— Obrigado, — disse Joey.
Todd sorriu para ele. Não chegou a atingir os olhos, mas ainda
havia algo amigável e caloroso sobre ele.
— Sei que você não se lembra muito sobre nós, e o que lembra
é meio... torcido, mas somos seus amigos. Eu e Colten especialmente.
Nós te amamos. Você é como nosso irmão, e não estou dizendo isso
para fazer você se sentir estranho ou desconfortável, mas é verdade. Se
precisar de alguma coisa, deixe-nos saber, e nós vamos fazer tudo o que
pudermos fazer para torná-lo melhor para você.
Agora isso o fez se sentir desconfortável, mas, ao mesmo
tempo, pensou que deveria esclarecer uma coisa.
— Eu me lembro de você. Não é que não sei.
As sobrancelhas de Todd puxaram juntas em uma expressão
confusa. Ele inclinou a cabeça para o lado, como se estivesse tentando
entender o que tinha acabado de ouvir.
Ok, isso foi super desconfortável, mas depois do pequeno
agradável discurso que Todd apenas deu, parecia justo dizer a ele.
— Depois que Dean me convenceu de que, você sabe, tudo o
que eu pensava que era real não era, muitas das minhas memórias
anteriores que não foram adulterados tanto começaram a ficar... acho
que mais clara é a palavra certa. Sei que nós éramos amigos antes.
— Então por que está nos evitando? Eu não entendo?
Não havia nada de acusação na voz de Todd, apenas uma
confusão triste.
— Porque ainda houve um momento em que eu queria matá-
lo. — Joey puxou o cobertor mais apertado ao redor de seus ombros,
como se precisasse de um escudo. — Vim para cá querendo me vingar
de todos nesta casa por crimes que não tinham acontecido. Eu não podia
simplesmente esquecer isso, voltar a ser o amigo quando eu te vi.
— Você pode. Eu não teria me importado.
— Mas eu teria. — Joey olhou para o outro homem nos olhos,
precisando ser tão claro sobre isso como podia. — É estranho para mim
agora. Não é nada que você fez, e eu ainda quero ser seu amigo, mas às
vezes... só se sente melhor estar sozinho, ou para sentar-me à margem
e assistir. É menos estranho dessa maneira.
Joey não tinha certeza do que esperava. Talvez um pouco de
raiva. Raiva com a ideia de que Joey não estava confortável em torno
das pessoas que considerava os seus melhores amigos. Por alguma
razão estranha, ele mesmo esperava que Todd caminhasse fora num
acesso de raiva.
Não, isso não fazia sentido. Essas eram memórias antigas,
torcidas que ainda estavam tendo uma ligeira influência sobre ele. Isso
não era a real personalidade de Todd, e Joey sabia disso.
Que foi por isso que foi um alívio para ter a realidade provada
que ele estava certo quando Todd sorriu para ele. — Coisa certa. Tudo o
que você precisar, posso fazer isso por você, mesmo se o que precisa é
de um pouco de espaço.
Todd exalou um suspiro profundo, toda a preocupação que tinha
vindo a construir-se em seu peito indo embora com ele.
Todd enviou-lhe um último sorriso de despedida antes de se
dirigir para a porta.
— Estou indo começar o café da manhã, se você quiser um
pouco mais tarde.
Que estava atrasado. Normalmente, café da manhã era às oito,
mas, considerando que era o dia em que Max queria todos os seus alfas
patrulhando o território por armadilhas ou cheiros que não pertenciam
lá, isso supostamente fez sentido. Inferno, todos os alfas provavelmente
tinham estado fora procurando em torno por horas agora. Talvez um
deles tivesse encontrado Dean.
Talvez ele voltaria para comer.
Por mais que queria chafurdar lá no sofá, tinha que se levantar
e começar a se mover. Qualquer um dos caras poderia encontrar Dean lá
e convencê-lo a voltar, e quando Dean voltasse, ele queria estar pronto.
Joey jogou fora o cobertor, voltou para o quarto que
compartilhava com Dean, lavou o rosto, escovou os dentes e trocou de
roupa.
Snack ainda não tinha voltado, então Joey encheu suas tigelas
com água fresca e comida, deixando a porta aberta uma fresta para
quando ele voltasse.
Decidiu passar a manhã na cozinha com Todd. Poderia muito
bem começar a ajudar em torno aqui.
Era justo que tivesse sua porção de tarefas.

Capítulo Dez

Até o café da manhã ser servido, era praticamente o almoço.


Bem, onze horas era cedo para o almoço, mas ainda assim.
Todd parecia emocionado quando Joey tinha se juntado a ele na
cozinha e perguntou se havia alguma coisa que poderia fazer para
ajudar. Joey tinha sorrido timidamente, e Todd tinha agradecido pedindo
a Joey que começasse a descascar batatas.
Eles estavam sem batatas fritas congeladas, e com toda a
merda acontecendo ultimamente, Max não ia deixar ninguém ir até a loja
para comprá-las.
Colten finalmente apareceu. Tinha tanto seu filho Joey com ele,
como Frankie.
Ele rodou o cercadinho dos bebês. Joey não tinha ideia de como
o homem conseguiu aquela coisa lá embaixo com ambas as crianças
dentro, mas não teve a chance de perguntar quando Colten deu uma
olhada para Joey e veio para um abraço.
Joey não estava com vontade de ter a mesma conversa com
Colten que tinha acabado de ter com Todd, mas Colten parecia sentir a
vibração de Joey.
Ele estava lá, e estava tentando participar, mas não estava
pronto para ser excessivamente amigável no momento. Parecia ser o
suficiente para os homens que Joey tinha sequer aparecido. Parte dele
não podia acreditar, mas, ao mesmo tempo, foi bom apenas estar lá.
Para fazer parte do grupo, sem a pressão de estar muito envolvido cedo
demais.
Seria perfeito se Dean estivesse aqui para ver o quão bem Joey
estava fazendo.
Peter e George chegaram mais tarde, arrumaram a mesa,
colocando os pratos quentes prontos. Emery e Neal ainda não eram
autorizados a segurar facas afiadas, tanto quanto Joey sabia, mas estava
prestes a entregar-lhes o descascador de batatas, porque, Deus, seu
pulso estava começando a doer. E isso era apenas o seu pulso bom. Foi
duro o suficiente para descascar batatas com um braço engessado. Todd
tinha tentado tomar o descascador longe quando viu a dificuldade de
Joey, mas Joey recusou. Não ia deixar uma batata vencê-lo.
Felizmente, Todd não parecia ter o mesmo cuidado com Emery
ou Neal com ter facas, e teve o cuidado de não os fazer desconfortáveis
por tê-los ajudando Joey com as batatas enquanto Teddy trabalhava em
panquecas e torradas, e Scott começou a fazer salada de frutas.
Qualquer outra coisa que era para ser servida, Neal e Sam
tiraram da geladeira, principalmente as sobras do dia anterior.
Principalmente coisas do almoço, mas todos pareciam saber que os alfas
voltariam com muita fome.
Os alfas começaram a chegar cerca de quinze minutos depois
que o alimento estava pronto. Ovos e bacons engordurados com batatas
fritas com queijo que era a especialidade de Todd. Ele estava
estupidamente orgulhoso da maneira que tinha acabado as batatas, e
estava definitivamente ansioso para comer a rabanada com real xarope
de bordo.
Esperou por Dean aparecer.
Esperou e esperou, seu coração ficando mais e mais pesado.
Dean apareceu por último. Joey finalmente conseguiu respirar.
Seus olhos se encontraram, e Joey foi atingido com o desejo
que viu lá.
Ele tinha pensado... esperado, que Dean voltaria ainda se
sentindo terrível sobre o que Joey tinha dito. Pensou que Dean ainda
queria seu espaço e não queria estar em qualquer lugar perto Joey pelo
menos até depois que tivessem sua comida.
Ele não esperava ver o brilho nos olhos de Dean, ou para ver as
narinas do homem queimarem assim.
Joey tinha certeza de que Dean não estava cheirando a comida
quente no ar.
Joey se aproximou, com cautela e em silêncio, como se isso
fosse apenas uma coisa normal de todos os dias.
Cautelosamente, com cuidado, Joey estendeu a mão, tocando os
dedos de Dean. Dean se superou e agarrou a mão de Joey.
— Sinto muito, — disse Joey.
— Eu também, — Dean respondeu.
Suas vozes eram suaves. O som de falação e conversas
continuavam na cozinha e sala de jantar onde todos estavam pegando
sua comida e tomando seus lugares. Apesar do ar de tristeza e
melancolia na noite anterior, todos pareciam de bom humor hoje.
E Dean tinha voltado para ele. Isso foi o suficiente para fazer
Joey mais feliz do que se sentiu em muito tempo.
— Eu não quis dizer isso assim, Dean.
Dean assentiu. — Eu sei. Eu só... estava sensível, eu acho.
A boca de Dean torceu, como se não gostasse de admitir que
pudesse ser sensível a qualquer coisa. Alfas tinham muito orgulho às
vezes.
— Eu não te culpo pelo que aconteceu.
Dean assentiu. — Eu sei.
Joey não estava inteiramente certo o quanto disso foi Dean
concordando com Joey, ou apenas adiando uma luta. Parecia que
acreditava em Joey, mas talvez o problema fosse que ele ainda se
culpava?
Joey não queria isso.
— Eu te amo. — Estendeu a mão, tocando a bochecha de
Dean. Estava áspero com barba por fazer. Precisava fazer a barba, e um
banho quente. Joey queria ter isso pronto para ele. Queria mostrar a
Dean quanto ele o amava, e não apenas dizer-lhe.
Levemente puxou das mãos de Dean.
— Pensei se você poderia adiar a comida por alguns minutos?
Posso preparar-lhe um banho.
Dean realmente olhou na direção onde o cheiro de comida era
mais proeminente. Não precisava ser um gênio para descobrir que
realmente ele estava tão faminto quando olhou.
— Só alguns minutos.
Se Joey conseguiu fazer o que planejava, voltaria para baixo,
enquanto Dean tinha seu banho e levaria o café da manha do homem
com ele.
Depois do susto de Joey teve na noite passada, e por
inadvertidamente ferir os sentimentos de Dean, queria mimar seu
companheiro com um pouco de amor e carinho.
Banhos quentes, sexo e comida eram as formas mais rápidas
para o coração de Dean, tanto quanto Joey sabia.
Dean parecia seguir Joey relutantemente a princípio, mas depois
veio com mais vontade, andando ao lado de Joey quando foram de volta
para o quarto.
Snack tinha retornado quando Joey abriu a porta. Seu gato
miou para ele, querendo carinho ou coçar. Joey não tinha certeza de
qual, mas enviou um pedido de desculpas mental para o seu gatinho.
Tinha alguém para dar carinho e guloseimas.
— Joey, você não tem que fazer isso, — disse Dean,
seguindo-o até o banheiro.
Joey se recusou a deixar a mão de Dean. Ele honestamente se
preocupava que o homem pudesse virar e ir embora, apesar de sua
reconciliação lá em baixo.
— Sim, eu faço, — respondeu, curvando-se e começando a
ligar água quente na banheira. Ele teve que largar a mão de Dean para
fazê-lo, considerando que seu braço ainda estava em um gesso.
O vapor subiu rapidamente quando a água espirrou na banheira.
Dean olhou para a água com vontade, mas, então, olhou para trás nos
olhos de Joey.
— Nós dissemos coisas tristes um ao outro. Você não tem nada
para compensar.
— Ok, tudo bem, mas realmente quero fazer isso por você. —
Joey puxou os sais para fora de debaixo da pia e os despejou.
— Ok, entre e fique confortável. Eu volto já.
— Joey.
— Não deixe o banheiro!
Joey correu para fora seu quarto e praticamente correu escada
abaixo. Teve que pegar uma bandeja para segurar os pratos que ele
queria, considerando seu braço, mas depois que empilhou os pratos com
ovos, bacon, torradas, manteiga e frutas, correu de volta para cima.
Ele teria deixado para trás a calda de Todd, mas definitivamente
tinha se esquecido do suco de laranja e café.
Que estava bem. Eles poderiam beber água. Joey iria pegar o
café depois.
Voltou no andar de cima antes que a banheira pudesse terminar
de encher. Dean ainda estava ali, esperando por ele.
Viu a bandeja nas mãos de Joey e imediatamente se aproximou
para tirar isso dele.
Joey permitiu que pegasse, vendo como Dean colocava a
comida no balcão. Pelo menos estava sorrindo novamente.
— Você realmente não tinha que fazer isso, — disse Dean.
— Eu queria. — Mesmo Joey raramente tomava um banho de
espuma. Tanto quanto gostava delas, havia apenas algo sobre seu
orgulho masculino, que não gostava da ideia de si mesmo afundando em
bolhas rosas de sabão que deveriam fazer a sua pele sedosa suave ou o
que quer que seja.
Desligou a água quente. — Isto é para você.
Dean levantou uma sobrancelha, inclinando a cabeça para o
lado, como se estivesse tentando ver o que se tratava.
— Você não tem que comprar o meu perdão, — disse Dean.
— Te deixei na noite passada porque estava chateado e magoado. Só
precisava de algum tempo para pensar. Provavelmente não deveria ter
saído.
— Não, está tudo bem. Você precisava de seu espaço. Entendi.
Joey não estava prestes a jogar isso contra o homem, se
precisava de tempo para se refrescar. Ele não ia algemar Dean para ele
se estivesse com raiva e precisasse tirar isso do seu sistema.
Ao mesmo tempo...
— Só me faça um favor, para a próxima vez que eu
acidentalmente te chatear?
— Certo o que?
— Não fique fora a noite toda? Especialmente não quando
tanta merda pesada está acontecendo. Estava preocupado.
A expressão de Dean suavizou. — OK. Vou tentar voltar mais
cedo. Honestamente não queria ficar fora tanto tempo. O sol só começou
a sair. então, os outros saíram para farejar.
— E você tinha que ajudá-los. Eu sei.
Dean mordeu os lábios. Joey raramente via o homem olhando
tão inseguro. A última vez que pareceu tão pequeno, mesmo para um
homem muito mais alto que Joey era, foi quando Joey estava naquela
gaiola, freneticamente tentando sair, querendo matar todos nesta casa
antes de tentar arranhá-lo no rosto.
E teria feito isso se Dean não o tivesse parado.
— Não para trazer de volta um ponto dolorido e arruinar o
humor que você está tentando definir, mas sabe, a minha opinião de
ontem à noite ainda está de pé, certo?
Dean perguntou como se esperasse que Joey perdesse
completamente a calma sobre isso.
Ele assentiu.
— Eu sei.
— Não podemos deixar que essas pessoas continuem a nos
atacar. Você foi sequestrado várias vezes. É um milagre tão maldito que
está vivo comigo em tudo. Isto tem de parar.
Joey balançou a cabeça novamente.
— Eu sei.
O silêncio foi grande entre eles por vários segundos. Dean
agarrou Joey pelos ombros, segurando apenas apertado o suficiente para
que pudesse ser reconfortante. Isso foi.
— Você realmente sabe?
Joey sorriu.
— Sim. Ainda não quero que você vá, mas... você é um alfa.
Precisa ir. Precisa lutar e precisa fazer isso direito. Eu sempre soube
disso. Só estava... com medo.
Dean se inclinou. Seus lábios eram suaves, isso fez o beijo mais
agradável que Joey se inclinou para conseguir mais.
Foi um beijo casto, por isso não deveria ter feito o seu sangue
zumbir do jeito que aconteceu, mas fez. Joey se sentiu vivo quando
Dean o beijou. Tinha que ser, porque eles estavam acasalados. Essa era
a única explicação plausível.
Isso, e Dean ainda estava de pé na frente dele, beijando-o,
enquanto nu, e ele foi sempre sexy como o inferno. Era tão injusto como
bom seu corpo parecia. Mesmo depois de Joey ter sido transformado em
um shifter, ele tinha desenvolvido algum músculo, mas ainda estava na
sua altura normal, e muito perto do mesmo tamanho que tinha sido
quando tinha beijado Dean primeiramente como um ser humano.
Dean sempre teve tão boa aparência. Mesmo quando Joey o
odiava, que tinha estado atraído por ele. Só não queria admitir isso.
Dean gentilmente mordeu o lábio inferior de Joey, antes que se
afastasse, e aquele mesmo olhar de luxúria estava de volta nos olhos de
Dean, o olhar que Dean tinha lhe dado quando entrou pela porta de
manhã.
— Eu te amo, — disse Dean, suas mãos chegando à nuca de
Joey.
É claro que essas palavras o fariam derreter. Seus joelhos
realmente tremeram.
— Eu também te amo. Basta ter cuidado quando você vai lá
fora?
— Não vou até esta noite. Talvez nem mesmo até amanhã, —
disse Dean. — Nós pegamos o cheiro. Max ainda quer fazer um plano,
embora.
Joey riu.
— Pelo menos ele tem algum sentido.
— Hum-hum, — disse Dean, inclinando-se no pescoço de
Joey, pressionando beijos quentes em sua garganta, para a cicatriz da
mordida que marcava Joey como seu.
Joey estremeceu, rindo um pouco quando se agarrou aos
ombros de Dean, porque se não agarrasse a algo ia cair de joelhos.
Não que isso seria uma coisa ruim, considerando que Dean não
usava nenhuma calça, mas Joey queria levá-los para dentro da banheira.
Ele não gostava muito de banhos de espuma, mas o sexo em
banhos assim sempre era um passatempo divertido.
— Acho que o nosso café vai esperar?
Dean retumbou uma resposta afirmativa, e o deslize das mãos
de Dean enquanto se moviam sob a sua camiseta, tocando sua pele
onde quer que alcançasse, fez aquele quente formigamento aumentar a
sensação.
As mãos grandes e fortes de Dean realmente deslizaram sob a
cintura das calças de Joey, e o aperto o fez saltar para frente no choque
do toque.
Ele adorou. Adorava a sensação do corpo de Dean perto e
colado com a dele, de sentir a ereção do homem pressionando duro e
latejante contra a sua própria. Era tão bom.
Joey abriu a boca, um convite claro, mas Dean não tomou. Ele
se afastou. Joey gemeu com a perda de contato, mesmo que Dean ainda
estivesse pressionando contra ele e segurando suas nádegas.
— Entre na água.
Joey piscou algumas vezes para sair da neblina que tinha caído.
— O banho era suposto ser para você.
Dean balançou a cabeça.
— Não importa. Seja na banheira ou na cama, não importa
onde.
Isso ia ser grande.
Joey se afastou Dean, que o fez desequilibrar um pouco, desde
que Dean teve que puxar suas grandes mãos fora das calças de Joey. É
quase o fez rir sobre a dificuldade de puxar.
— Ajude-me com a minha roupa. Não as rasgue, —
acrescentou Joey. Gostava destes jeans, e Dean tinha o mau hábito de
rasgar ou esticar as coisas quando ficava muito excitado.
Dean rosnou para ele. Não gostou de ouvir quando não podia
ser áspero com seus brinquedos. Que pena. Joey queria provocá-lo um
pouco, fazer com que tomasse seu tempo. Isso era o destaque de toda
essa coisa.
Além disso, realmente precisava de alguma ajuda para suas
roupas. Poderia fazê-lo por conta própria, mas o gesso fez as coisas
difíceis e lentas.
Joey levantou os braços quando Dean tirou a camiseta acima de
sua cabeça. O jeans que ele foi capaz de trabalhar um pouco mais fácil
uma vez que não estava usando um cinto. Depois foi uma questão de
chutá-la fora dele e puxar as meias com os dedos dos pés.
— Você é tão bonito, — disse Dean, sua voz rouca e grosa
quando se inclinou e deu um beijo no peito de Joey. Ele sugou e mordeu
um dos mamilos de Joey. Isso sempre se sentia estranhamente bom. Ele
não esperava isso. A sucção e o raspar rapidamente e a provocação, com
certeza, fazia sentido, mas para morder para se sentir bem? Isso
pareceu muito estranho às vezes.
Queria mais disso.
Joey enfiou os dedos pelo cabelo de Dean, agarrando os fios
loiros apertados quando arqueou o peito mais perto dessa boca quente,
mau, dessa língua lisa, e aqueles dentes irregulares.
— I-isso é bom. Foda-se, gosto disso.
Queria que Dean ajoelhasse, para cuidar da ereção que sabia
que Dean estava ciente.
Quando Dean se curvou, para sugar e morder os mamilos de
Joey, então não havia nenhuma maneira no inferno que realmente podia
ignorar o pau de Joey. Podia vê-lo lá, ele tinha que fazer. Provavelmente
sabia o quanto a dor e pulsação estavam mexendo com ele.
— Dean, — Joey empurrou contra os ombros de Dean,
querendo que fosse para baixo, querendo a boca em seu pau, para sentir
a lâmina quente de sua língua.
Dean se afastou. — Você quer um boquete, ou quer que eu te
foda?
Houve um tempo em que os modos rudes de Dean falar na
cama teria feito Joey corar, mas não agora. Esses dias ficaram muito
longe, e tudo o que podia pensar era o quanto queria o último.
Um boquete era bom o suficiente, mas ser fodido por um alfa? E
iria ser um sexo de reconciliação? Como não poderia dizer sim a isso?
— Sim faça isso, — disse ele.
— Isso foi rápido, — disse Dean, e o bastardo manteve os
olhos no rosto de Joey quando sua mão foi para baixo, tocando
suavemente, acariciando o eixo de Joey.
Seu pênis saltou na atenção fantasmagórica. Dean mal tocou,
mas foi o suficiente. Foi mais do que suficiente para Joey gemer e obter
a reação que Dean estava procurando.
— Você deu-se rapidamente.
Joey vaiou quando Dean agarrou apenas um pouco mais
apertado. A quantidade certa, do tipo que deixava Joey na borda
oscilando para gozar.
Tinha de falar por entre os dentes para sair às palavras que
queria. — Achei que você me queria. Uhhgn! B-bastardo.
Dean riu alto. Ele iria pagar por isso mais tarde, mas parecia
muito bom. Tudo parecia bom. O corpo de Joey estava vivo e cheio de
prazer, e não havia nada que pudesse fazer, Dean fazia o que quisesse
com ele.
Havia realmente outra maneira de fazer isto? Se houvesse, não
queria saber por que isto se sentia melhor.
Joey fez um esforço para realmente se afastar de Dean, desta
vez, movendo-se para o banho quente.
— Tudo bem, tudo bem. Vou entrar na banheira.
— Cuidado com o gesso.
— George diz que estará saindo logo de qualquer maneira.
— Apenas tente não obtê-lo molhado.
Seu companheiro poderia realmente se preocupar, às vezes.
Joey não podia fingir que não gostava da atenção, porque totalmente
fazia.
Entrou na água. Deus, o calor se sentia bem, colocou uma
perna de cada vez em primeiro lugar.
— Este banho era suposto ser para você. Eu ia dar-lhe uma
massagem nas costas e tudo mais.
— Você pode esfregar algo mais em um minuto.
— Ha, ha. — Joey não colocou uma grande quantidade de
calor em suas palavras, porque estava muito ocupado apreciando o calor
da água. Afundou, mantendo o braço para fora da água como tinha sido
instruído, embora Joey honestamente não via que grande negócio era.
Não era como se tivesse cortado sua pele quando tinha quebrado o
braço.
De qualquer forma, foi um alívio quando Dean entrou na
banheira, vindo a sentar-se sobre os joelhos na frente dele. A água de
rosas se elevou com ambos os corpos dentro, deixando apenas algumas
polegadas entre a superfície da água e a borda da banheira.
— Vamos ligar isso. — Dean estendeu a mão para os
controles que manipulava as bolhas quando ligado, Joey gemeu. A
pressão dos jatos na banheira o acertava em todos os lugares certos, e
parecia tornar o calor da água muito melhor.
Joey tinha conseguido alguns músculos rígidos ao dormir no
sofá na noite passada. Era um bom sofá de couro, de modo que poderia
ter sido bom se não fosse pelo fato de que tinha estado sentado.
Ele gemeu, abrindo as pernas e enrolando seus braços em volta
do pescoço e dos ombros de Dean, querendo-o mais perto, precisando
dele para mais perto.
O corpo maior de Dean se acomodou sobre Joey, suas bocas
ainda conectadas, e da forma como Dean fez aquela coisa maravilhosa
com o queixo enquanto inclinava a cabeça para o lado era o paraíso. O
corpo de Joey ainda estava quente, pesado e pronto para o toque de
Dean até que gozasse, mas este beijo íntimo foi tão bom. Foi agradável
sem aumentar a sensação. Deixou Joey onde precisava estar sem ter
que se preocupar com gozar cedo demais.
Joey tinha sido virgem até Dean, mas com a tutela especialista
de Dean, rapidamente aprendeu o valor da qualidade sobre a
quantidade.
Seus paus nus se reuniram sob a água. Joey gemeu, arqueando
sua espinha para frente, seu corpo agindo sem qualquer pensamento de
que precisava para se aproximar.
Estava se perdendo. Estava sendo arrastado.
Parte dele se rebelou contra isso. Joey balançou a cabeça.
— Qual é o problema?
Joey ofegava para respirar. Era surpreendentemente duro de
falar com todo o vapor no ar.
— I-isto é suposto ser para você.
— Para você, também, — disse Dean. — Quero que você se
sinta bem, também. Sobre tudo. Tudo o que aconteceu, o que você
passou, e quando saí...
O coração de Joey apertou. Ele colocou as mãos atrás do
pescoço de Dean, agarrando-o tão apertado quanto podia com uma mão
livre.
— Você é o único que pode me fazer sentir bem.
Ele não estava mentindo, e não era algo que dizia levemente
tampouco. Dean realmente era a única pessoa que poderia
honestamente fazer Joey se sentir inteiro, sentir como se seu mundo não
fosse se separar depois de tudo que tinha acontecido. Joey precisava de
Dean para sobreviver, e precisava do homem para fazê-lo sentir normal.
Se Joey falasse a George em uma de suas sessões, o homem
podia dizer-lhe que era uma dependência doentia que tinha, para um
acasalamento.
Joey não se importava. Era a verdade.
Algo nos olhos de Dean mudou. Algo semelhante a expressão
suave de antes. Tinha a sensação que Dean tinha pena dele, mas Joey
não ficou ofendido por isso. Isso não o incomodou no mínimo. Estava
feliz quando Dean o beijou novamente.
Outro beijo curto, mas não menos doce quando Dean se
afastou.
— Vou fazer o meu melhor para viver de acordo com isso.
Joey sorriu.
— E, eu vou fazer o meu melhor para não colocar muita
pressão sobre você. Quero ser um bom companheiro, e não me
preocupar com todo esse drama. Quero que sejamos normais.
Dean não tomou a abertura óbvia que Joey tinha dado a ele,
dizendo-lhe que as pessoas que estavam criando os wolfhounds e
atacando o bando precisavam ser tratadas.
Joey o amava por isso, também. Ele o amava ainda mais.
Dean o beijou de novo, seu corpo deslizando para frente,
empurrando o pau contra Joey, e ele suspirou e se deixou ficar perdido
no prazer.

Capítulo Onze

Foi lento e suave. Após a briga que tiveram, foi exatamente o


que Dean necessitava. O que ambos necessitavam.
Ele havia exagerado. Depois de algumas horas na floresta,
sentindo pena de si mesmo, sabia o que era para ser verdade. Joey não
o culpava. Dean se culpava, e esse era o problema, e foi parte da razão
por que precisava garantir que estas pessoas nunca poderiam ferir seu
companheiro, nunca mais. Precisava compensar suas falhas.
Voltando para casa naquela manhã, vendo Joey parado ali,
vendo o alívio no rosto e cheirando o desejo do homem, tinha acendido
um fogo sob Dean.
Joey com certeza não era o tipo de cara que iria ficar por aqui
se achasse que Dean não era digno, se Dean não poderia protegê-lo.
Dean faria qualquer coisa e tudo o que podia para proteger Joey, nunca o
deixando novamente.
Além disso, tinha a sensação do olhar cansado nos olhos de
Joey que seu companheiro tinha estado esperando por ele. Havia algo
lisonjeiro sobre isso. Dean não podia mentir sobre isso.
Dean empurrou seu pênis contra Joey em um deslize com o
sabão em seu banho quente. Eles se beijaram e se tocaram na água até
que o prazer escaldante tornou-se muito.
Dean adorava uma boa, rápida, foda quente, tanto quanto ir
devagar desta vez provou ser frutífero. Deus, era bom ter Joey gemendo
em sua boca, beijando sua garganta e tocando seus mamilos quando
entrou na água.
Joey fez um baixo ruído de lamento quando Dean atingiu seu
orgasmo, as mãos deslizando para cima e para baixo de suas costas e
peito. Ele se sentiu um pouco estranho com o gesso, e definitivamente
tinha ficado molhado neste momento.
George iria ser uma cadela com Dean mais tarde.
— Dean, não pare. Por favor, por favor.
Dean cegamente alcançou sob a água escura, encontrando o
pau ainda duro de Joey. Acariciou-o como se tivesse todo o tempo do
mundo.
Joey jogou a cabeça para trás, seus olhos apertando fechados e
sua boca caindo aberta. Suas costas arquearam, e Dean foi pego na
beleza de seu companheiro quando ele gozou para o seu prazer.
Normalmente Dean estava tão envolvido em seu próprio prazer,
para alcançar esse pico final que raramente tinha a oportunidade de ver
e apreciar plenamente a visão requintada de seu companheiro
alcançando esse trecho final.
O corpo de Joey finalmente caiu na água. Seu peito subia e
descia, uma cor rosa clara em seu pescoço e bochechas. Quando abriu
os olhos e sorriu, Dean teve de se inclinar e beijá-lo novamente.
Claro, eles definitivamente arruinaram sua água do banho.
Quando Dean apontou para fora, que não podia mais ficar nesse bom
molho, Joey riu, e os dois ficaram de pé.
Uma ducha rápida estava em ordem. Por mais que Dean
quisesse fazer amor com seu companheiro sob a água, os dois realmente
tinham necessidade de se limpar. Dean tinha estado sujo quando voltou,
e Joey estava sentado na água do banho com ele quando ambos tinham
tido orgasmos.
Sim, eles estavam sujos.
O que não os impediu de beijar. Com o gesso de Joey já
molhado, não havia nenhum ponto em tentar mantê-lo seco, por isso
deixou seu companheiro lavar o cabelo e esfregar suas costas. Isso foi
bom. Muito bom.
No momento em que eles tinham terminado, a comida estava
apenas meio-arruinada a partir do vapor que tinha estado saindo do
banheiro com eles, mas Dean estava com tanta fome que não se
importava. Comeu tudo o Joey tinha trazido.
Certamente não se opôs quando seu amante saiu para pegar
um pouco de café. Dean amava e precisava de seu café.
Por mais que gostasse de desfrutar dos jogos que ele e Joey
jogavam, também foi bom saber que Joey não estaria trazendo-lhe a sua
cafeína com sal em vez de açúcar.
E, seu coração bateu mais ainda, Joey não apenas voltou com
café. Trouxe mais comida com ele.
Dean colocou mais comida em seu prato. Joey pegou seus ovos
e bacon, sorrindo para Dean o tempo todo.
É claro que o gato veio a mendigar, e conseguiu pedaços de
bacon.
Dean estava de bom humor o suficiente para que não se
importasse, e quando eles limparam seus pratos, Dean tinha energia
suficiente nele que teve que foder Joey novamente. E de novo. E de
novo.
Foi como ir através do calor de acasalamento tudo de novo, e foi
maravilhoso.
Joey riu, um inchado ruído ofegante macio, quando Dean
empurrou nele, pressionando as costas de Joey em seu peito.
— D-deveríamos brigar mais. Oh merda, — ele gemeu.
Dean quase soprou uma framboesa no ombro de Joey quando
beijou lá. Joey gemeu e contraiu no próximo impulso para frente. Dean
sabia exatamente onde a próstata de seu companheiro estava, e era o
seu novo jogo favorito para provocar e torturar a pobre enquanto fazia
amor lento com seu companheiro.
Eles tiveram tantos orgasmos nos últimos minutos que estava
começando a ser mais duro gozar a cada um.
Isso foi bom. Dean gostava da intimidade de simplesmente
segurar Joey, estando dentro dele, e ter Joey suavemente empurrando
de volta enquanto Dean empurrava, enquanto estavam deitados na
cama.
Isso quase não era suficiente. Dean precisava de mais. iria
voltar, muito em breve, mas ele queria mais. Ele não fez o suficiente e já
sentia a pressão dentro dele construindo e se preparando para implodir.
— Duro, Dean, — Joey gemeu, seus próprios movimentos se
tornando fortes, enquanto tentava empurrar de volta contra o pau de
Dean, tentando encorajá-lo a se mover mais rápido, para realmente dar-
lhe o que precisava.
Dean fez. Não podia ir mais lento. Nunca poderia manter a força
de vontade para fazer isso quando estava prestes a ter um orgasmo.
Seus impulsos passaram de lentos e de desfrutar, a partir dos
movimentos suavemente para frente-e-para trás de seus quadris, a
golpes, tapas duros de seus quadris e pélvis contra a volta da bunda de
Joey.
Joey gemeu, jogando a cabeça para trás e gritando. Quase
bateu Dean no nariz. Ainda bem que era um alfa e podia ver essas coisas
por vir.
Dean voltou sua atenção para a garganta de Joey, chupando a
marca da mordida. Que era um lugar seguro para ele.
— Bem desse jeito. Oh Deus, apenas assim.
As unhas de Joey estavam começando a transformar-se em
garras. Dean não estava olhando, mas podia sentir perfurando seus
antebraços. A dor estimulou seu prazer, e ele adorou. Precisava mais
disso. Ele ia morrer se não pudesse obtê-lo.
Dean gozou. Seu orgasmo, ao contrário dos outros, tirou algo
dele que os outros não. O resto de sua energia. Este era, provavelmente,
seu último orgasmo do dia, e até mesmo quando seu corpo contraiu e
seus músculos apertaram, ele ainda estava consciente o suficiente de si
mesmo para perceber isso.
Os dedos de Dean enrolaram quando o excesso de energia e
prazer tentou escapar dele a partir desse ponto, bem como, mordeu no
ombro de Joey, a marca de mordida. Ele fez isso até sentir o gosto de
sangue.
Joey gritou, mas Dean pegou o pau, enrolando os dedos em
torno dele, apertando apenas o suficiente para parar o seu companheiro
de gozar.
Joey resistiu e lutou contra isso. Dean não podia dizer se era por
causa do orgasmo que estava tentando ter, ou se estava tentando tirar a
mão de Dean fora seu pênis para que pudesse gozar.
De qualquer maneira, os gemidos, o cheiro almíscar e o suor de
Joey eram maravilhosos. Dean lambeu o sangue do ferimento que tinha
reaberto. A marca não era tão profunda ou grande como a cicatriz da
mordida original, mas estava lá, e Joey ainda estava resistindo, ainda
gemendo, ainda tentando obter todas as palavras que podia, mas
parecia incapaz de fazê-lo, para dizer o que precisava dizer.
Devia estar mesmo lutando para o orgasmo. Dean teria se
sentido um pouco mal se não tivesse algo mais planejado.
— Dean! Dean! — Joey gritou.
— Ainda não, — disse Dean, e lambeu o pescoço de Joey.
Lambendo o sangue e pele rosada que ferira e curaria no mesmo dia.
Todo o corpo de Joey contraiu, como se ele realmente estivesse
tendo um orgasmo. Era quase um aperto doloroso em torno de seu
pênis, mas foi magnífico. Aumentou o prazer de Dean e prolongou o seu
orgasmo. Foda-se ele. Devia sair e comprar alguns anéis penianos se
isso foi o que sentiu quando ele parou de Joey de ter um orgasmo.
Seu wolfhound interior estava com certeza satisfeito com ele.
Meu. Meu. Meu.
Eventualmente, Joey pareceu ser capaz de deixar sair às
palavras que queria, ofegava e falava e dizia outra coisa que não
gemidos.
— Foda. Oh. Meu Deus. Não acredito, — disse ele. Joey
engoliu em seco, balançando a cabeça. — Não acredito que você fez
isso.
Dean riu, puxando seu pênis livre.
Joey virou a cabeça, olhando para ele com olhos castanhos em
pânico. — O que você está fazendo?
Dean deu um beijo nos lábios inchados de Joey. Havia pequenas
marcas de arranhões vermelhas ao redor dos lábios da barba por fazer
de Dean. Joey nunca pareceu mais bonito.
— Não vou deixá-lo pendurado. Não se preocupe. —
— Ok, e por que eu não deveria estar preocupado quando você
puxou seu pau para fora de mim quando estou a dez segundos de
distância de gozar? — Perguntou Joey.
Ele tinha um olhar severo bonito, sua boca amuada,
sobrancelhas puxadas para baixo para complementar o visual malcriado
quando Dean virou Joey de costas, inclinando-se sobre ele e o beijou
novamente. Empurrou a mão de Joey longe quando o homem tentou
agarrar seu pênis.
— Não, ainda não.
Joey gemeu.
— Foda-me, você está me matando aqui.
— Desculpe, apenas confie em mim um pouco.
Joey mordeu seu lábio inferior. Ele era tão foda adorável. Ele
sempre foi.
Como no inferno tinha Dean dividido a cama com esse homem
por meses e não percebeu que estava acasalado com ele?
Dean se inclinou para baixo, acomodando-se em seu estômago
entre as pernas abertas de Joey.
Joey se apoiou nos cotovelos, sorrindo.
— Uh, Dean, não que estou reclamando nem nada, mas acho
que eu teria gozado mais uma vez com você dentro de mim.
— Você gozou comigo dentro de você nas últimas quatro
vezes, moleque ganancioso.
— Não sou um moleque, — disse Joey. — Isso é mais como
pervertido, não é?
— Acho que o termo se encaixa. Vou começar a chamar-lhe
assim a partir de agora.
Joey olhou para ele.
— Não se atreva-ooooh!
Ele deixou cair os cotovelos e costas quando Dean tomou o pau
de Joey em sua boca.
Não perdeu tempo em lamber ou jogar com a cabeça. Joey
estava à beira de ter um orgasmo agora, e Dean queria ter certeza que
tivesse.
Também pressionou um dedo contra o ânus de seu
companheiro. Ainda havia algum lubrificante que sobrou da última vez
que Dean o havia preparado em seus dedos, mantendo-o liso, e depois
do sexo, Joey não estaria firme o suficiente para ter que se preocupar
com muita dor.
Pelo menos, Dean esperava que fosse o caso, quando empurrou
o dedo profundo, procurando por esse ponto doce que seu companheiro
necessitava tão ruim.
Joey queria Dean dentro dele? Então Dean iria dar a ele, mas
Dean tinha estado doendo para fazer isso por mais tempo.
Nunca gostou de chupando paus de outros homens antes, mas
gostava de fazê-lo para Joey. Amava as reações que vinham de seu
companheiro, e amava o controle que tinha sobre Joey, bem como a
confiança que Joey colocava nele, permitindo-lhe fazer isso.
Dean balançou a cabeça para cima e para baixo, e empurrou o
dedo para trás e para frente, pressionando contra a próstata de Joey e
fazendo isso se prolongar lá por menos de um minuto antes de Joey
arquear e gozar.
Sua voz estava abafada quando Dean engoliu tudo o que seu
companheiro lhe deu, e quando terminou, olhou para cima, só para ver
como seu amante havia coberto o rosto com um travesseiro para abafar
o som.
Dean riu, puxando-se do corpo de Joey e tirando o travesseiro
do rosto.
Joey piscou para ele em transe.
— O que você acha?
Joey parecia precisar de um ou dois minutos para processar
isso.
— Eu... acho que você pode fazer isso sempre que quiser.
Dean riu, inclinando-se para beijá-lo.
— Dean?
— Mm? — Dean escovou um pouco do cabelo de Joey fora de
sua testa. Ele tinha se aconchegado atrás de Joey após o sexo, ambos
descendo da alta do orgasmo juntos.
— Eu sei a resposta é vai ser não, mas, o que você pensa
sobre eu indo junto com você?
Dean fez uma pausa. — Indo comigo? Onde? Para a luta?
— Sim.
Dean gemeu. — Você vai ser a minha morte. Eu juro por Deus.
— Porque é uma pergunta ruim assim?
— Porque não gosto da ideia de você se colocando em perigo.
— Dean não deixaria Joey ir mesmo agora. Ele segurou o homem mais
apertado, como se Joey fosse desaparecer se o soltasse.
Talvez Dean também precisasse começar a ter sessões com
George. Estava começando a ficar pegajoso. Qualquer mais disto e Joey
poderia ficar doente dele.
— Eu sei, mas não há nenhuma prova real de que sou um
ômega, ainda posso ter um lobo beta em mim.
Dean gemeu.
— E mesmo assim, se eu seguir esse cheiro com você, quando
chegarmos ao composto, poderia ser capaz de reconhecer onde certas
coisas estão. Poderia ser capaz de ajudá-lo a encontrar o seu caminho
em torno do edifício.
Isso era uma enganação. Joey não podia nem se lembrar
exatamente onde tinha sido mantido. Havia sido questionado muitas
vezes, e até agora todos sabiam que ele não estava mentindo. Tinha
sofrido uma lavagem cerebral e torturado por aquelas pessoas antes de
finalmente ser liberado para o mundo, para matar seus amigos e
familiares. Seu companheiro.
Joey não sabia onde tinha sido libertado. De acordo com Joey,
tinha sido carregado em um caminhão, e conduzido para o que tinha de
ser horas, mas mesmo assim, tinha sido drogado, então sua ideia de
tempo não tinha sido a melhor na época.
Dean não achava que ter Joey lá iria ajudar, e pela primeira vez
em sua vida, estava mais preocupado em preservar os sentimentos de
seu amante, em vez de dizer-lhe a verdade.
Dean não sabia se isso fez dele uma pessoa má ou não.
— Nós vamos perguntar a Max, mas só para você saber, sou
contra a ideia. Não porque não quero apoiá-lo ou o quero, mas porque
não acho que seria bom para ninguém ter você andando por aí nesse
lugar. Supondo que possamos encontrar o local.
Joey tomou isso melhor do que Dean tinha pensado que faria.
Ele assentiu. — Tudo certo. Isso é justo.
— Tudo certo?
Joey deu de ombros, olhando para Dean. Snack tinha saltado de
volta até a cama e estava ronronando nas proximidades, observando os
dois com aqueles olhos de gato assustadores.
— Para ser honesto, quero ir lá. Quero ver com meus olhos
sem estar drogado, onde eles estavam me mantendo e o que estavam
fazendo comigo, mas não é como se estivesse todo entusiasmado sobre
isso. Quero ir, mas também não. Isso faz sentido?
Dean assumiu que era porque Joey ainda estava com medo
daquele lugar. Joey tinha aquele método de terapia de ir ou fazer algo
que o afligia. Ele tinha dito isso para Dean muitas vezes antes, e era
óbvio que estava tentando provar isso, a todos e a si mesmo, quando fez
o esforço para se socializar com o resto do bando, ou falar com George
sobre o que tinha acontecido com ele.
Mas isso não queria dizer que ele sempre ia saltar nas coisas de
cabeça. Isso foi uma coisa que Dean pediu a George. Joey tinha deixado
claro que não queria ser protegido do resto do mundo, mas se Joey
percebesse ou não, ainda era do tipo que tomaria seu tempo com certas
coisas.
Dean queria seu companheiro para curar. Queria isso para Joey
mais do que qualquer outra coisa no mundo inteiro.
Dean tinha estado tão focado na cura em obter a sua vingança,
ao impedir que alguém tentasse sequestrar Joey e fazer experimentos
com ele de novo, que tinha esquecido que Joey podia se beneficiar disto
também.
Dean suspirou, e beijou a nuca de Joey.
— Eu te amo. Você sabe disso, certo?
Joey assentiu. — Sim, eu sei.
Dean se moveu, pressionando sua bochecha contra o ombro de
Joey. — E é por isso, que vou pedir relutantemente a Max se você pode
ir para aquele lugar. Depois que nós limparmos os seres humanos de lá e
se eu não queimar o lugar para baixo em uma raiva.
Joey ficou tenso. Ele se moveu, e Dean pensou que estava
tentando sair de seus braços. Não. Joey estava girando ao redor, ficando
peito a peito na cama, de frente para Dean.
Seus olhos estavam arregalados e brilhantes.
— Sério? Você faria isso?
Dean sentiu um nervo em seu olho direito começar a se
contorcer.
— Não pense muito nisso. Ainda estou cem por cento contra
você vir junto conosco quando temos que lutar, mas quando todos os
seres humanos se forem, e quando for mais seguro, se isso vai ajudá-lo
a colocar algo para descansar, então, eu iria querer isso para você. Tanto
quanto odeio a ideia de que você vai voltar lá e ver qualquer coisa que
possa lembrar do que aconteceu, se acha que vai ajudar, então vou
ajudá-lo a ir.
Os olhos de Joey começaram a encher de água. Dean não
entendia por que. Não tinha dito ou feito nada que justificasse essas
lágrimas. Estava prestes a perguntar o que era que disse que estava
errado quando Joey se inclinou e beijou-o.
Foi tão apaixonado como foi rápido. Então Dean entendeu. Não
estava chorando porque seu companheiro não queria Joey lá para a luta.
Estava fazendo chorar porque Joey estava feliz por ser capaz de ir.
Talvez.
Dean não era bom com as palavras, e odiava a maior parte
porque normalmente as usava incorretamente, mas teve a sensação que
agora, tinha utilizado corretamente, então enrolou seus braços em volta
dos ombros de Joey, segurando-o, beijando-o de volta com tanta paixão
como Joey o beijou.
Faria qualquer coisa por este homem aqui. Mesmo se isso
fizesse Dean tão desconfortável que teria tremores a partir disso.
Esperava que Joey nunca se esquecesse de que, não importava quantas
vezes eles poderiam brigar e ficar bravos um com o outro.
Capítulo Doze

George estava chateado. Jason podia contar com a maneira


como seu companheiro evitava contato visual com ele, com a maneira
como seu amante e melhor amigo bateu as portas do armário e gavetas
e procurava qualquer coisa que seria necessário, fazendo um kit de
primeiros socorros que Jason poderia levar com ele quando saísse para
lutar.
Jason no início estava pisando em ovos com o homem, mas
agora estava ficando irritado.
— Você não vai, e bater portas não vai ajudar.
George bateu outra porta do armário na clínica, virando a
cabeça e olhando para Jason, mas não disse uma palavra a ele quando
voltou a fazer sua lista e despejando mais alguns suprimentos para um
enorme saco de primeiros socorros.
— George, não. A sério.
George ainda não disse nada a ele. Apenas riscou fora mais uma
coisa em sua lista. Ele estava fazendo uma lista de compras de coisas
que queria que Jason saísse e comprasse para o kit de primeiros
socorros antes do bando partir para sua missão.
Eles tinham rastreado os aromas e encontrado as câmeras
naquela manhã, e pouco antes do jantar, Max teve seu encontro com os
outros alfas.
Eles estavam indo seguir o cheiro de volta ao seu lugar de
origem. Estavam indo para colocar um fim a esses idiotas que estavam
constantemente atacando o bando.
Inferno, provavelmente eram as mesmas pessoas que atacaram
e eliminaram o bando de Sam, e talvez até mesmo o mesmo que tinha
sequestrado primeiramente Todd, Colten, e Joey, matando os pais de
Joey e vários membros de seu bando original.
E quando George tinha perguntado se ele seria bem vindo, Max
havia dito não.
George ainda estava chateado com isso.
— Você é um ser humano, e o cheiro vai longe. Você só vai nos
atrasar.
George bufou.
— Você sabe que é verdade. Vai falar comigo?
George bateu sua caneta.
— O que há para falar? Você vai correr e lutar contra as
pessoas que têm selvagens wolfhounds com eles...
— Você não sabe o que é selvagem.
— Eles vão tentar matá-lo quando você aparecer. Isso é tudo
que preciso saber, — George retrucou. — Sou um profissional médico
treinado, poderia usar-me se alguém se machuca, para não mencionar
que poderia ser meu pai, que está fazendo isso, e Max não vai me deixar
ir.
— Isso não é minha decisão.
— Bem, você com certeza não disse nada contra ele quando
fez isso.
Não, ele não tinha, porque Jason estava muito ocupado dando
um suspiro de alívio, deixando seu coração se acalmar de volta para um
batimento cardíaco normal novamente quando percebeu que seu
companheiro estaria seguro ficando em casa.
George rosnou para ele, na verdade, rosnou, quando Jason não
disse nada. Voltou sua atenção para o grande saco preto e os
suprimentos que estava enfiando nele. Era uma mochila de ombro, e o
trabalho de George estava atualmente para se certificar de que não seria
muito pesada que seria muito duro de correr com ela, e estava
ajustando as correias para que fosse encaixar confortavelmente em
torno do peito de qualquer um dos caras em suas formas wolfhounds.
Jason pensou que estava bom. George estava apenas se
preocupando porque não poderia colocar-se no saco e ir junto com eles.
— George, todo mundo sabe que você é treinado. Todo mundo
sabe que pode manter a cabeça calma em uma situação de merda, ok?
Nós todos sabemos disso, mas isso não muda o fato de que todos nós
vamos estar seguindo este perfume em nossas formas wolfhounds. Não
podemos colocá-lo em um trenó e arrastá-lo atrás de nós. Isso não vai
funcionar, e eu com certeza não quero você lá em torno dos homens com
armas e wolfhounds que vão defender o composto. Você está certo sobre
isso, muito. Ao menos se eles veem Max, ele pode ser capaz de acalmá-
los e convencê-los a segui-lo. Ele e Logan eram ambos os alfas de seus
próprios bandos. Nós apenas temos que encontrar o alfa e convencê-lo a
nos seguir. Podemos levá-los a matar os seres humanos, mas até então
não quero ninguém com garras fazendo um movimento contra sua
garganta.
— Vocês todos mataram um monte de wolfhounds no dia que
Emery foi preso, — disse George. — Pode não haver quaisquer
wolfhounds para vocês convencerem a acompanhá-lo.
Que, de acordo com George, era tanto uma desvantagem se
houvesse wolfhounds lá.
Se houvesse wolfhounds defendendo o composto, então era
uma coisa ruim, porque isso significava mais pessoas para se preocupar
e lutar contra, mas também que poderiam ser convencidos a voltar-se
contra seus carcereiros humanos. Isso significava mais pessoas para
lutar para derrubar o composto.
Se não houvesse wolfhounds, então, poderiam matar o cabeça
da operação e ir embora. Mesmo Jason podia ver isso.
— George, não sei mesmo o que estamos brigando mais. Você
me disse que odiava seu pai.
— Eu sei disso! — George estalou, olhando Jason nos olhos e
realmente segurando o seu olhar pela primeira vez. — Mas ele ainda é
meu pai.
O coração de Jason apertou. Não sabia o que dizer sobre isso.
— Eu sinto muito.
George esfregou o rosto. Parecia mais como se estivesse
tentando enxugar a ansiedade e exaustão, em vez de qualquer emoção.
Jason se aproximou de seu companheiro. Tinha tido a sensação,
que desde que Max tinha feito sua decisão e Jason não o tinha apoiado,
que seu toque e conforto não seria apreciado por George, mas tinha a
sensação que George não se importaria agora.
Jason colocou as mãos nos ombros de George. George ficou
tenso. Jason o puxou para trás e, então George derreteu e apoiou as
costas contra o peito de Jason.
Jason o abraçou.
George era apenas cinco anos mais velho que Jason, mas
parecia tão jovem, ou talvez até mais jovem. A única coisa que
entregava a sua idade era os poucos cabelos brancos que surgiram
através de seu cabelo. Jason pensou que eram cinzentos prematuros.
George os tinha por anos. Na verdade, Jason podia se lembrar de
primeiro vê-los depois que George tinha ajudado Max e o resto do bando
a escapar de sua própria prisão em um complexo humano.
George tinha quase morrido naquele dia, e tinha visto o
suficiente de mortes e óbitos. Ryland e Smith estavam vivos, porque
George tinha estado lá para administrar os primeiros socorros sobre eles
depois de terem sido baleados.
Sim, esse tipo de estresse iria dar a alguém cabelos brancos em
seus vinte anos.
George ia fazer trinta e nove anos no próximo mês, e Jason
tinha toda a intenção de estar lá para o seu aniversário. Beijou o lado do
pescoço de George, onde colocou a mordida de acasalamento no outono
passado.
— Eu te amo, e prometo, vou voltar.
George balançou a cabeça.
— Essa é uma promessa que você não tem controle sobre. —
George olhou para ele por cima do ombro. — E sabe disso.
Jason sabia, mas ainda queria dizer isso. — Então, prometo
que vou fazer o que puder para voltar vivo. Vou até tentar manter o seu
pai vivo, se puder. Mesmo que ele é um pau abusivo que não merece
isso.
— Nunca abusou de mim.
Jason não tinha tanta certeza sobre isso. Um cara que
pressionava seu filho a se juntar a uma organização ilegal em uma idade
tão jovem, quando George tinha sido jovem o suficiente para ser
manipulado assim. Para não mencionar, o homem tinha chamado seu
filho George. Esse era o nome de um homem de oitenta anos de idade,
tanto quanto ele estava preocupado. Isso pareceu abusivo o suficiente.
Para ser justo, George era um nome que soava bonito, mas
ainda assim...
— Bem, de qualquer maneira, ainda vou tentar. Talvez Max vá
concordar que os seres humanos devem ser os únicos responsáveis a
lidar com ele. Eu não sei. Não posso prometer nada.
— Não prometa nada, — disse George, abanando a cabeça.
— Se você encontrá-lo vivo e ele aponta uma arma para você ou
qualquer outra pessoa, faz o que tem que fazer para se defender.
A expressão de George virou triste. Isso rasgou o coração de
Jason. — Tenho certeza que ele me repudiaria de qualquer maneira, se
soubesse que eu realmente ajudei a todos vocês a fugir. Matei um monte
de gente fazendo isso.
George não tinha matado ninguém. Isso tinha sido o bando,
Jason, Max, Hunter, Dean e todos os outros que lutaram para dar o fora
daquele lugar, para quebrar suas correntes.
George era apenas um bom homem que se culpava por algo que
não tinha controle sobre. Não era justo, e não era certo. É assombrava
Jason saber que seu companheiro ainda andava com esse peso pesado
em seu peito. Ele não queria isso para George.
Jason abraçou seu amante apertado.
— Você me ensinou tudo que podia sobre primeiros socorros.
Vou ter cuidado, prometo, e quando eu voltar, quando isso tudo acabar,
vou levá-lo em umas férias agradáveis ou algo assim.
George ficou em silêncio por um momento.
— Você não tem que fazer isso.
— Não, eu quero fazê-lo, — disse Jason. — Você ficou preso
dentro de casa por muito tempo, e quero experimentar o mundo com
você. Não quero estar escondendo toda a minha vida também. Quero
levar-nos a Disney World ou algo assim.
George riu.
— Você é louco.
— Louco e voltando para você, — disse Jason.
George abaixou a cabeça, e então virou-se nos braços de Jason.
Estendeu uma mão para cima, colocando-a atrás do pescoço de Jason.
George era apenas uma das pessoas que Jason confiava para tocar o
pescoço de qualquer forma.
— Você não tem que me levar a qualquer lugar. Basta voltar
vivo. Eu... porra, só tenho você. Honestamente acho que vou perder
minha mente se algo de ruim acontecer com você.
Considerando que George era seu companheiro, seja humano ou
não, então era uma possibilidade real de que iria perder a cabeça se
Jason fosse morto.
Mais uma razão para Jason proceder com cautela.
Ele se inclinou e beijou seu companheiro. George derreteu
dentro, agarrando-o com força na clínica.
Ainda bem que havia algumas camas aqui. Eles não sairiam por
algumas horas.
— Por que não posso ir com você?
Griffin suspirou.
— Posso apenas deitar aqui com você em vez de ouvir isso de
novo?
Emery não podia fazê-lo. Tentou e não conseguiu. Sentou-se
sobre os cotovelos para olhar para Griffin. A boca do homem estava
pressionada em uma linha firme. Emery sabia que tinha que ser chato,
mas não se conteve.
— Eu costumava trabalhar naquele lugar. Saberei sobre o
layout quando chegar lá. Tenho treinamento de combate.
— Como os outros seres humanos. Se houver mais wolfhounds
lá, eles vão te comer.
Emery sabia que Griffin disse isso literalmente.
Griffin esfregou o rosto.
— Você e Neal estão indo para ficar aqui com Zane. Você vai
usar qualquer treinamento de combate que conhece para defender o
bando se acontecer alguma coisa quando estamos longe. Nós
concordamos com isso.
— Não concordei com qualquer coisa. Max decidiu isso.
— Essa é a forma como funciona esse bando.
— Não sou um shifter.
— Bem, eu sou, e são a maioria das pessoas que vivem aqui.
Emery apertou os lábios fechados quando Griffin olhou para ele
assim. Não achava que seu companheiro jamais olharia para ele tão
severamente, olhos castanhos escuros duros e inflexíveis.
Bem, não depois que finalmente aceitaram que estavam
acasalados. Griffin tinha olhado para Emery com uma expressão irritada
e dura muitas vezes antes. Quando Emery tinha sido o inimigo do bando.
Emery não gostava quando Griffin olhava para ele assim. Era
um lembrete de um tempo quando Griffin tinha odiado a existência de
Emery.
— Neal poderia ficar e eu poderia ir, — Emery disse
suavemente. Tinha que continuar tentando. — Poderia fazer alguma
coisa. Tornar mais fácil de encontrar as portas escondidas.
— Os mapas que ambos fizeram devem ser bom o suficiente.
O problema era que Emery não era bom em desenhar mapa.
Sabia para onde ir, o layout do prédio, mas quando se tratava de
desenho em papel, bem, de repente parecia mais duro do que teria
pensado. Todas as salas pareciam tortas e inseguras, e que foi apenas
um esboço 2-D do próprio edifício.
Ele não estava satisfeito que o rabisco que ele e Neal tinham
elaborado seria de qualquer utilidade para eles em uma luta por suas
vidas. Essa era a coisa assustadora.
Griffin exalou um longo suspiro.
— Venha aqui.
Um braço forte enrolou em volta dos ombros de Emery,
puxando-o para perto.
Emery queria se afastar, para enfiar-se para o lado e dar a
Griffin as costas só porque ele estava tão completamente chateado e não
tinha qualquer lugar para colocar toda essa raiva e frustração.
Ele não podia fazê-lo. O segundo que Griffin tocou, Emery sentiu
um calor se espalhando em seu corpo que não poderia ignorar. Não era
prazer, não realmente. Seu calor de acasalamento tinha abrandado
consideravelmente para algo um pouco mais normal, mas ainda era
agradável. Como um cobertor favorito saindo do secador. Emery
afundou-se nesse sentimento. Suspirou, virando-se de forma que estava
abraçando Griffin de volta.
Os grandes dedos de Griffin escovaram pelo cabelo de Emery.
Isso foi bom. Emery ainda gostava da sensação dos calos.
— Você sabia que isso poderia acontecer quando acasalou
comigo, — Griffin disse suavemente.
Emery abraçou mais apertado. Riu um som curto, triste.
— Estava meio esperançoso que isso nunca iria acontecer.
Mas ele tinha conhecimento da possibilidade. Era uma tolice
dizer que não tinha visto isso chegando até mesmo um pouco. Emery era
um ex-caçador para as pessoas que trabalhavam no mercado negro,
merda ilegal. Seu irmão tinha sido transformado em um lobisomem, e
depois que acidentalmente perdeu o controle e matou sua namorada, ele
tinha se matado.
Esse evento tinha destruído a família de Emery, e queria
vingança. Tinha ficado com raiva, e tinha estado pronto para fazer
algumas coisas muito estúpidas para obter essa vingança. Quando
trocou sua lealdade, mesmo se tivesse sido contra a sua vontade, no
momento, Griffin tinha salvado Emery de fazer coisas que o teria
impedido de dormir à noite. Às vezes Emery ainda tinha problemas com
isso de qualquer maneira. Teve a sorte de estar aqui, mas sabia, sabia
desde o início que esses homens estavam indo eventualmente encontrar
outro composto e atacar de volta.
Este lugar onde Griffin estaria indo não era o mesmo edifício
que Emery e Neal tinham trabalhado, mas ambos conheciam o layout. A
disposição interna seria a mesma. Todos os edifícios eram construídos
dessa maneira para os caçadores se deslocarem entre os locais tendo
um tempo mais fácil de encontrar o seu caminho.
Que foi outra razão que Emery estava tão nervoso. Ele próprio
nunca tinha estado em mais de um local onde tinha sido treinado e
esperado para correr para ser morto por outras pessoas como uma
marionete. Havia sempre uma pequena chance de que haveria algumas
pequenas diferenças no layout do edifício. Adições que não tenha sido
aprovada pelas outras facções, qualquer coisa.
Queria ir. Queria ver as costas de Griffin e fazer com que ele não
se morresse.
— Vou voltar, — disse Griffin. Não parecia tão irritado mais, e
Emery sentiu que poderia finalmente respirar. Não tinha percebido o
quanto de sua preocupação era baseada no fato de que não gostava
quando Griffin estava bravo com ele.
— Se você não voltar, juro por Deus que nunca vou perdoá-lo,
— disse Emery.
Não que isso importasse de qualquer maneira, uma vez que, se
Griffin não voltasse, seria porque tinha sido morto. As promessas de
Griffin e as ameaças de Emery eram praticamente inúteis. Isso assustou
o inferno fora dele. É realmente fazia.
Griffin abraçou com força. Apertado o suficiente para meio que
doer, mas Emery não disse nada sobre isso. Não queria nunca sair dessa
cama.
Capítulo Treze

Joey e os outros ficaram no pátio enquanto observavam seus


companheiros mudarem em suas formas wolfhounds.
Joey nunca vira todos os wolfhounds nestas formas, ao mesmo
tempo. Tinha visto quase todos em suas formas animais de uma vez ou
de outra, e até mesmo alguns juntos.
Vendo o bando inteiro, ao mesmo tempo, no entanto, era uma
visão para ver.
Dez wolfhounds alfas sacudindo sua pele solta, todos eram o
dobro do tamanho de qualquer um dos ômegas em suas formas
mudadas, com os dentes mais longos e focinhos mais cruéis. Todos
olhavam como os lobos dos pesadelos de Joey. Eram tão bonitos como
eram assustadores, com Hyde sendo o maior de todos eles.
Dean era o mais magnífico, na opinião tendenciosa de Joey.
Zane desceu da plataforma, aproximando-se de Max.
Max tinha decidido deixá-lo para trás. Queria pelo menos uma
alfa aqui em caso de algo errado, e como segundo em comando, e com
um novo filhote, Zane seria perfeito.
— Vou mantê-los seguros, — disse Zane.
Joey não estava preocupado com ele mesmo. Tinha certeza de
que nenhum dos outros seres humanos ou ômegas também estavam.
George estava na grama, amarrando uma mochila sobre o
ombro e em torno do peito do enorme wolfhound de Jason. Joey desviou
o olhar quando George passou os braços ao redor do pescoço de Jason
em um abraço. Isso era muito privado. Queria abraçar seu próprio
companheiro.
Max acenou para Zane, e os ômegas foram autorizados a descer
para dizer suas despedidas. Era deprimente. Joey abraçou Dean como se
estivesse abraçando-o pela última vez.
— Lembre-se de não ser morto, — disse ele.
Dean bufou suavemente no que poderia ter sido uma risada,
mas Joey não estava muito certo.
Tinha certeza de que todos os ômegas tentavam segurar por
mais tempo do que deveriam. Todd parecia especialmente miserável por
ter que deixar Max ir, mas foi interessante observar a forma como a
língua de Max saiu, lambendo o rosto de Todd em um beijo de língua
antes de fazer o mesmo para Frankie.
Joey limpou a garganta.
— Tudo certo. Acabem com os bandidos.
Dean bufou de novo, virando e correndo para dentro da floresta,
longe de onde Joey seria capaz de vê-lo. Os outros alfas seguiram, e em
poucos segundos, estavam sozinhos no gramado. Ninguém queria voltar
para dentro.
Dean sentiu a dor de seu companheiro, quando correu dele.
Realmente sentiu.
Isso foi duro. Não gostava de sair, seu coração apertando assim
e sabendo que Joey sentia a mesma dor.
Não parecia certo. Ele era o protetor e o provedor no
relacionamento. Deveria ser de qualquer maneira. Pelo menos tudo seria
melhor quando isto terminasse. Dean iria provar a si mesmo para ser
digno do amor e afeto de Joey. Iria protegê-lo acabando com este
composto.
Havia muitos desses lugares malditos, e se Dean queimasse um
para o chão, então que assim fosse.
O bando correu, seguindo o cheiro e mal parando para pausas.
Ficou duro quando chegou a hora de atravessar estradas, mas nunca
houve quaisquer estradas de quatro pistas que precisavam caminhar
através, por isso foram capazes de mover-se como um bando bem o
suficiente, escondendo-se longe de qualquer olhos humanos que
pudessem estar procurando por eles.
Tinha havido câmeras escondidas colocadas no limite do
território do bando. Não havia como dizer o que essas pessoas tinham
estado procurando, ou o que tinham visto.
Isso fez Dean mais irritado, fez mais quente de raiva dentro de
seu peito e estômago enquanto pensava em algum pervertido
observando-o fodendo Joey na floresta. Ele não era o único alfa que
gostava de uma boa reivindicação com seu companheiro sob as árvores,
de modo que os outros tinham essa coisa desconfortável para pensar
também.
Max abriu o caminho o tempo todo. Jason estava perto,
sobrecarregado com todos os suprimentos que George tinha embalado
para eles, mas manteve-se bem.
Eles pararam para tomar água seis horas depois, mas
rapidamente mudaram de volta para suas formas wolfhound e
continuaram. Depois do intervalo de água, pelo menos, Jason não tinha
muito mais para levar.
Correram durante treze horas no total antes de encontrarem o
lugar.
Era mais longe do que o composto onde Dean conheceu Joey, e
definitivamente mais longe do que o lugar onde Emery e Neal tinham
vindo.
Fazia sentido. Max, Dean, e o resto do bando haviam matado
muitos dos membros do composto de Emery e Neal, e supostamente
todos ou a maioria de seus wolfhounds. Qualquer pessoal restante teria
vindo aqui.
O prédio onde Max e Zane tinham sentido o cheiro de seus
companheiros pela primeira vez, e onde Joey tinha sido mantido com
eles, também havia sofrido danos depois de Dean, Max, e Zane entrarem
matando alguns dos guardas, e deixando o bando fugir.
Dean não sabia se muitos desses lugares existiam, mas
esperava que este fosse o último. O dinheiro que levava para financiar
lugares como este tinha que esgotar eventualmente. Talvez, quando
queimasse esse lugar ao chão, os seres humanos que haviam construído
iriam pensar duas vezes antes de fazê-lo novamente.
Na verdade, era uma fortaleza bem estruturada. Dean não podia
dizer se era novo ou não, mas se tivesse sido construído após o dano
que o bando tinha feito para os dois últimos lugares, e, então, eles
tinham pensado em suas defesas bem o suficiente.
Este local era construído em uma colina. Ótimo. Dean não era
um mestre de estratégia, mas assistia à televisão o suficiente para saber
sobre a desvantagem que dava ao bando.
Olhou para os outros, ainda em suas formas wolfhound. Seus
rosnados e olhar para o edifício lhe disse que sabiam disso tão bem
quanto ele. Ótimo.
O sol estava nascendo agora. Depois de treze horas de corrida,
só fazia sentido.
Max foi o primeiro a mudar. Todos os outros seguiram o seu
exemplo.
— Nós continuamos no plano? — Perguntou Dean, querendo
ir e quebrar todo o lugar.
Max concordou.
— Não há nenhuma maneira que eles não sabem que estamos
chegando. Vamos esperar e descansar enquanto podemos. Todos podem
se movimentar, mas fiquem com pelo menos outra pessoa. Não vão
longe demais. Eles têm câmeras aqui fora nos observando. Não olhe
para as árvores tentando encontrá-las. Deixe-os pensar que não
pensamos nisso.
— Eles vão ser idiotas assim depois que tiramos as câmeras do
território? — Perguntou Nixon.
Max deu de ombros.
— Não há maneira de saber com certeza, mas vamos tentar. Se
enviam os wolfhounds, mantenham-se atento para o alfa. Mesmo se
percebem que estamos blefando sobre não saber sobre as câmeras, não
sabem o perigo de enviar seus wolfhounds alfas.
Dean estalou os dedos.
— E se enviam apenas os seres humanos, nós simplesmente
podemos matá-los, certo?
Estava um pouco ansioso para começar esse show na estrada.
Max concordou.
— Exatamente.
Neal e Emery tinham explicado os equipamentos que os seres
humanos tinham à sua disposição, foi tomada a decisão de que não
importava se o ataque acontecesse durante a noite ou o dia. Nenhum
ponto em se preocupar com isso, quando os caçadores que iriam
enfrentar tinham óculos de visão noturna ou qualquer outra coisa.
Jason puxou mais água e algumas barras de proteína para a
energia. O bando praticamente engoliu a comida. Fome e a necessidade
de estar pronto no caso de algo acontecer os fez comer tão rápido.
então, todos se espalharam um pouco, procurando por esconderijos nos
ânuss, nas folhas mortas e sujeira, sabendo que os seres humanos
poderiam se camuflar e estar entre eles agora.
Dean não encontrou ou cheirou nada, e nem os outros.
Quando começou a ficar chato, Max deixou a segurança relativa
das árvores e se aventurou no campo antes da colina.
Qualquer pessoa assistindo teria o visto. Hyde saiu para estar
ao lado de Max, e fez isso em sua forma wolfhound apenas para
adicionar à imagem algo e que alguém que tinha vindo para um
confronto.
Estavam esperando por cerca de duas horas, então Dean estava
honestamente começando a pensar que teriam de invadir o local antes
de chegar a algum lugar onde quem estivesse naquele prédio estaria.
Estava ansioso para isso também.
então, um alarme disparou. Longo, baixo e agudo, parecia o tipo
de barulho que poderia ouvir se o governo estivesse avisando-o para
buscar abrigo de uma bomba.
— Agora estamos chegando a algum lugar, — disse Hunter,
tão ansioso para uma luta como Dean.
Os dois sorriram um para o outro, estalando os dentes prontos.
Quando os portões se abriram, um bando de wolfhounds
correram ao encontro deles, liderado por um lobo em particular, que era
maior do que todo o resto.
O alfa.
Esse era seu alvo.
Max gritou para seus homens ficarem prontos. Dean ficou em
sua forma humana, enquanto metade dos outros mudava para cuidar
dos seguidores. Dean, Max e Jason foram para o alfa.

Joey acordou cedo naquela manhã.


Sentiu um frio repentino e não conseguiu voltar a dormir.
Rolou, estendendo a mão e agarrando o travesseiro de Dean,
abraçando-o perto e pressionando seu rosto para ele.
Dean correu para eles quando eles correram para ele.
Estavam a toda velocidade.
Estavam vindo para matar uns aos outros.
Ele, Max e Jason alvejando o alfa na frente, chocando-se com
ele primeiro antes de todo mundo bater um no outro.
Os outros vieram atrás dele, puxando os wolfhounds fora das
costas de Dean antes que pudessem morder seu pescoço e arrancar
algumas coisas importantes que ele precisava.
Seu coração bateu rapidamente, e seus ombros já sangravam
das garras e dentes que o tinha acertado. Ele não sabia quem tinha
vindo salvar sua bunda, mas era grato por isso enquanto ele e Max
lutavam com o alfa ir para o chão. Jason foi pego por outro wolfhound.
Ele tinha mudado em sua forma wolfhound para proteger sua garganta,
e os dois arranharam um ao outro em uma dança bárbara, selvagem.
Max rugiu, levantando o alfa ao chão e batendo as costas para a
grama e sujeira debaixo dele.
O alfa não parou de lutar por causa disso. É claro que não iria.
Era o alfa. Chutou as pernas traseiras e patas dianteiras, suas garras
pegando a pele de Max, cortando-o aberto. Dean agarrou ambas as
patas de trás e segurou-as para baixo.
Porra. Precisava de Jason para obter as patas da frente, mas o
idiota ainda estava mexendo com esse outro wolfhound. Eles estavam
enlouquecendo, e os outros lutaram ao seu redor, tentando chegar ao
seu alfa agora que perceberam o que estava acontecendo.
Dean não olhou na direção de ninguém, não podia se dar ao
luxo de tirar os olhos do alfa até mesmo para certificar-se que um
inimigo não estava prestes a dar um salto na parte de trás do pescoço.
— Ouça-me! — Max gritou, gritando na cara do alfa. Seus
dentes eram longos na boca. Havia caos e sangue no ar. Dean poderia
cheirá-lo, e seu wolfhound interior estava começando a responder. Suas
mãos tremiam enquanto segurava para baixo as pernas do alfa. Max
teve que segurar as patas dianteiras com uma mão enquanto com a
outra mantinha o alfa de morder. Foi muito mais duro do que deveria ter
sido, desde que Jason não estava lá para ajudar.
Esse outro wolfhound estava ficando louco, lutando com um
abandono selvagem que os outros não estavam, e já pareciam selvagens
o suficiente. Dean correu o risco de tirar os olhos do alfa por um minuto
apenas para consultá-los.
Alguns dos wolfhounds iriam morrer neste momento se não
pudessem convencer o alfa a parar, e Hyde já estava lutando com três
deles de cada vez.
Porra. Isto estava se transformando em uma confusão. Já era
uma bagunça.
E se esses wolfhounds realmente fossem selvagens? E se ainda
estavam sob a influência da sede de sangue ou qualquer droga que
haviam sido dadas antes de serem enviados para fora? O bando inteiro
poderia morrer por isso.
Dean não queria fazer isso. Segurou este alfa, e sentiu como se
ele o conhecesse. Ele tinha estado como este homem antes, e não queria
matá-lo. Não era culpa dele. Queria salvá-lo.
O rosto de Max mudou. Seus olhos mudando de cores,
transformando um tom claro de ouro num tom de vermelho. Dean nunca
tinha visto isso antes, e a boca de Max alongou em um focinho com pele
e um grande nariz preto. Parecia um cruzamento entre um lobo e um
homem com aquela cara, e se inclinou em rugiu um longo som baixo
para o rosto do alfa.
Dean congelou. Um frio ultrapassou cada vértebra de sua coluna
vertebral. Olhou com os olhos arregalados em seu alfa, e por um minuto,
parecia que o tempo tinha parado.
Não tinha parado. Quando Dean voltou a si, percebeu que todos
os outros, incluindo os wolfhounds enviados para matá-lo, tivera a
mesma reação.
Eles olharam para Max como nunca o tivesse visto antes em
suas vidas. Talvez não tivessem. Não esse lado dele.
Santa merda.
Max sacudiu o alfa um pouco agora que tinha a sua atenção.
Suas palavras foram atrapalhadas por causa dos longos dentes em sua
boca, mas caso contrário, estava falando bastante claro que mesmo um
alfa sanguinário podia entendê-lo.
— Ouça-me, — disse ele. — Nós podemos te tirar daqui.
Você não tem que estar comprometido com eles. Eles não controlam
mais você. Podemos tirá-lo.
O alfa piscou. Os olhos tornaram-se claros, e Dean pensou ter
visto algo parecido com inteligência lá.
Não. Não achava que viu. Ele viu. Não estava tão longe que não
conseguia entender. Este alfa tinha algum controle, pelo menos.
O wolfhound que tinha estado lutando com Jason foi o primeiro
a sair disso. Tentou correr para o alfa mais uma vez, mas Jason pulou
em cima dele. Devia ter pousado pesado sobre ele ou o empurrou para
baixo na terra de forma errada, porque um grito afiado subiu para o céu
cinzento.
Isso chamou a atenção do alfa, que imediatamente virou a
cabeça para ver Jason segurando o outro shifter, dentes caindo em volta
do pescoço enquanto o wolfhound se mexia e chutava tentando fugir.
O alfa imediatamente começou a lutar novamente. Ninguém
mais entrou em cena para ajudá-lo. Max devia ter feito algo ao gritar,
porque era apenas o alfa e o outro lobo lutando.
Dean teve que ajustar o seu agarre quando o alfa deslocou
abaixo dele, transformando-se em um homem, um homem suado,
ofegando com o tipo de pânico selvagem em seus olhos que só poderia
significar uma coisa quando tentou empurrar os dois.
— Não o matem! Não o mate! — Ele gritou.
— Jason, pare!
Jason parou imediatamente. Seus instintos de obedecer
fazendo-o reagir mais rapidamente do que poderia morder essa
garganta. Ele se afastou, mudando em sua forma humana.
O wolfhound gritou um som lamentável, empurrando-se longe
de Jason, mudando, se transformando em um jovem loiro. Ele não podia
ter mais de dezenove anos. Seu rosto se contorcia em dor quando trouxe
seu braço para frente.
Jason franziu a testa.
— Como é que eu quebrei o seu braço?
Dean sabia a resposta por causa do que tinha acontecido com
Joey.
— Ele é um ômega. — Olhou para o alfa. Longas cicatrizes
rosa cobriam a pele escura. — Ele é seu companheiro?
O alfa engoliu em seco, e concordou.
Dean não culpava por estar com medo. Ficaria muito apavorado
demais se houvesse um bando estranho em torno dele, e um deles
tivesse Joey em uma posição tão vulnerável.
Jason encarou com os olhos arregalados para baixo no ômega.
— Puta merda, realmente? Porra, eu... sinto muito.
O ômega não respondeu. Não era pequeno como a maioria dos
ômegas era, mas era definitivamente menor do que todos os alfa aqui.
Tinha músculos, possivelmente de treinamentos constantes, mas não
tinha altura ou massa corporal.
Os outros alfas que estavam em torno tiveram suas cabeças
inclinadas, olhando para Jason, Dean e Max com desconfiança e um
pouco de ódio.
Não havia como dizer o que tiveram que fazer para manter a
verdadeira natureza deste ômega um segredo, ou como muitos outros
ômegas tinham sido descobertos e mortos. Eles não eram apenas leais
ao seu alfa. Eram leais à ideia de manter esse ômega vivo.
Max tirou as mãos longe dos pulsos e garganta do alfa. O alfa
franziu a testa, como se não esperasse por isso.
— Tenho uma proposta para você, e acredite, se quiser manter
o seu bando, e ele vivo... — acenou para o ômega ainda segurando seu
braço. Jason tinha pegado a mochila e estava tentando tratá-lo. — Você
vai ouvir tudo o que tenho a dizer.
— O que está acontecendo lá fora?
Os guardas de segurança amaldiçoaram enquanto observavam
as câmeras.
— Nossos wolfhound estão parados. Não estão lutando! Que
porra é essa?
Dr. Holland virou as costas para eles.
— Vocês todos têm armas, não é?

Capítulo Quatorze

Zeus era o nome do alfa. Dean quase não podia acreditar


quando ouviu pela primeira vez que o nome do ômega era Max.
Max, o alfa, sacudiu a cabeça para trás quando ouviu isso,
olhando para o ômega com o braço quebrado.
Então, deu de ombros.
— Bem, tudo bem. Você aceita as nossas condições?
Zeus não hesitou.
— Eu faço. Deixe-me ver com eles.
Max hesitou, mas depois soltou o alfa.
Dean prendeu a respiração. Tinha certeza de que todos estavam
se perguntando se isso era algum truque ou não, e se Zeus cumpriria a
sua promessa, agora que estava livre.
Ele não o fez. Ele foi para o seu companheiro.
O loiro tinha se levantado de joelhos, clamou brevemente
quando Jason tinha puxado em seu braço para a posição correta dos
ossos, mas depois cerrou os dentes contra a dor, tentando não gritar
bravamente. Apenas o leve tremor em seu corpo e a vermelhidão no
pescoço e bochechas demonstrava sua dor. Caso contrário, era bom em
controlar a si mesmo.
Provavelmente porque estava acostumado a esconder isso. Um
ômega crescendo em um composto não poderia ser mimado. Tinham
que endurecer e fingir ser alfas, ou betas no mínimo, caso contrário, o
matariam.
Wolfhounds foram criados por causa da sua força. Ômegas não
tinham muita força em tudo, e eram considerados inúteis.
Ao mesmo tempo, Zeus colocou a mão grande no rosto de Max.
Dean não achava que jamais ia se acostumar com a existência de mais
de um Max, mas quando ele se inclinou, tocando a testa do loiro, Dean
sabia que seu Max tinha feito isso.
Este alfa nunca iria colocar seu companheiro em perigo se
pudesse evitar, e Max tinha acabado de lhe oferecer uma maneira de
começar com o seu companheiro fora desta vida perigosa.
A demonstração pública de afeto, mesmo uma tão pequena,
pareceu confundir o ômega.
— O que você está fazendo?
— Quero que você vá para as árvores e espere por mim.
Os olhos do ômega arregalaram. Olhou para a linha de árvore
como se fosse a coisa mais assustadora que já tinha visto em toda sua
vida. Balançou sua cabeça.
— Não.
— Não discuta! — Zeus estalou. — Você vai estar lá e vai se
esconder. Espere por mim para voltar para fora. Se você não me ver ou
qualquer outra pessoa do bando, você deve fugir e não voltar. Você
entende?
Então Zeus ainda não confiava em Max para não matar todos
eles.
E qualquer ômega não podia desobedecer um comando
parecido. O lábio inferior do ômega tremeu e as sobrancelhas caíram um
pouco, mas balançou a cabeça.
Zeus pressionou a testa de volta para Max, dizendo algo que
mesmo Dean não pegou. Não importava. Jason estava parado lá, e não
havia claramente quaisquer instruções para Max voltar e tentar matar o
Max do alfa. Com o olhar desconfortável no rosto de Jason, o alfa
provavelmente tinha dito algo doce e privado.
— Minha oferta é a mesma, — disse Max. — Não importa o
que aconteça, o seu bando tem um lugar com o meu. Você não vai ficar
selvagem.
— Vamos ver sobre isso mais tarde, não é? — Perguntou
Zeus, observando seu companheiro enquanto corria, segurando seu
braço enfaixado, para as árvores.
— Se ele seguir o nosso cheiro de volta, ele pode obter uma
vantagem inicial para a casa.
— Preferiria que ele esperasse por mim.
Sim, esse cara não confiava em muitas pessoas. Era
provavelmente por isso que muitos membros de seu bando estavam
vivos.
Dean revirou os ombros. — Podemos acabar com isso já?
— Tudo bem, — Max disse, olhando para Zeus. — Lidere o
caminho.
Zeus fez, e o olhar de raiva em seus olhos quando chamou os
seus wolfhound para segui-lo, tendo Dean todos os tipos de animado. Já
podia sentir o gosto do sangue das pessoas que feriram Joey, e estava
tão perto de conseguir sua vingança.

— O que você acha que estão fazendo agora?


Joey levantou a cabeça. Todd tinha sido o único a fazer a
pergunta.
Estavam todos na sala de jogos no porão, tentando jogar,
assistir filmes, ler livros, qualquer coisa que pudesse tomar suas mentes
fora do local onde seus companheiros estavam. Porque os bebês
estavam aqui, o único jogo que não foi puxado para fora era o jogo de
dardos. Todd e Colten não queriam dardos afiados voando ao redor
quando seus filhos estavam aqui em baixo, de modo que deixaram estes
para ver televisão, ler livros e comer lanches.
Todd olhou para seu filho, enquanto Frankie jogava com suas
pinturas de dedo não tóxicos. Ele não estava nem olhando para
ninguém. Ninguém estava realmente fazendo nada. Colten era o único
aqui que tinha seu companheiro como segurança na casa. Ele parecia um
pouco culpado quando passou em torno às bebidas e os petiscos
tentando ser útil.
Joey suspirou. — Eu não sei. Acho que eles estão bem.
Todd olhou para ele.
— Você acha que eles estão bem? — Perguntou Joey.
Todd olhou para seu filho. — Acho que sim. Sou seu
companheiro. Então... sentiria se algo de ruim acontecesse, certo?
Isso fez com que Joey se sentisse melhor, porque estava certo.
Joey teria sentido se algo tivesse acontecido.
Pelo menos, é o que ele esperava quando voltou a pensar em
Dean fingindo assistir ao filme.
— Que porra é esse lugar?
Depois que as luzes tinham sido ligadas, lançando um brilho
amarelo sobre o conteúdo da sala, Dean pensou que ia ficar doente.
Zeus, que era quase tão alto quanto ele, veio por trás dele e
olhou por cima do ombro.
— Nunca estive nesta sala. Houve um momento em que todos
nós achamos que alguém estava sendo mantido aqui. A partir do cheiro
dele, isso é verdade.
Que era por que Dean queria matar alguém agora, porque tudo
o que podia sentir era o cheiro na sala de Joey. O cheiro era tão forte
Dean tinha aberto a porta, e o cheiro tinha explodido, cheiro de suor,
sangue e xixi de seu companheiro e por uma fração de segundo horrível,
pensou que veria Joey amontoando no canto.
Provavelmente tinha feito isso uma vez ou duas. Ou vinte. Joey
não estava nesta sala agora, graças a Deus, mas Dean tinha uma
imagem mental do homem sentado logo ali, tremendo e com frio
enquanto as pessoas o cercavam prontos para experimentar com ele
novamente.
E Dean queria ir para essa versão passada de Joey, puxá-lo em
seus braços e dizer-lhe que estava tudo bem, que iria ficar melhor, mas
não podia.
Não podia porque era tarde demais para parar qualquer coisa
que aconteceu. Dean deveria ter quebrado este lugar no inverno, quando
tinha ouvido Joey uivando para ele.
Dean teve que levar a mão para tapar seu nariz. O cheiro de
Joey era espesso e grosso aqui, como se a sala não tivesse sido limpada
com uma mangueira desde Joey foi solto. O cheiro pendurara no ar e nas
paredes como uma mancha que não podia ser removida, mesmo meses
depois de Joey ter deixado este lugar.
Max entrou. Dean ficou onde estava paralisado. Ainda havia
alguns sons de tiros, mas foram rapidamente seguidos pelos ruídos de
gorgolejar dos humanos que engasgavam com seu próprio sangue
enquanto morriam.
Os bandos estavam trabalhando bem juntos depois que Zeus
ordenou aos seus wolfhounds lutar por Max. Isso era o que estavam
esperando, ao que parecia, e estavam indo para lutar e matar os seres
humanos, homens e mulheres ambos, que fizeram-lhes matar.
Dean queria ter as pessoas que machucaram Joey nesta sala na
frente dele, e queria arrancar seus olhos para fora.
Destrancou as travas e entrou na sala.
Parecia que andava através de um campo de força espesso. Não
podia acreditar no choque que correu através de seu peito quando
cruzou o limiar. Parecia que um fantasma lamentando tinha voado
através de seu torso.
Max pegou algumas das ferramentas na bandeja de metal.
Deixou-os cair com um ruído pesado. Dean foi para dar uma olhada.
Principalmente eram agulhas. Na maioria das vezes. Muitos delas
estavam sujas. Não que isso importasse mais, mas Dean tinha esperado
que as pessoas que trabalhavam aqui se consideravam cientistas
suficiente para que a ideia de usar agulhas sujas em um espécime que
estavam a trabalhando seria algo que não gostariam. Isso não ia contra
o seu código? Havia um código para algo como isto? Agulhas sujas
pareciam ser o tipo de coisa que iria atrapalhar um projeto de ciência.
Joey não era um projeto de ciência, mas essas pessoas não se
preocupavam com isso. Queriam trabalhar com ele, para mudá-lo, corpo
e mente, e obter os resultados que estavam atrás. Trabalhar com
agulhas sujas significava que estariam arriscando que as suas conclusões
fossem falhas?
Desviou o olhar das agulhas. Não era como se tivessem usado
agulhas limpas para ele.
Os ganchos penduradas no teto enviou um frio na espinha de
Dean. Isso era muito alto. Joey havia descrito como pendurado foi por
suas mãos algumas vezes. Disse que seus pés estavam sempre tocando
o chão, pelo menos, com os dedos dos pés, mas tinha sido deixado lá
por tanto tempo, por vezes, que suas pernas cediam e perdia a sensação
em seus pés. Disse que era duro respirar assim. Joey não era um cara
alto.
Dean tentou não ver uma forma imaginária de Joey em pé na
frente dele, tentando manter o equilíbrio, braços estendidos acima da
cabeça, perguntando onde estava, quando seu resgate viria para ele.
Dean nunca perguntou a Joey quando tinha parado de esperar que ele
viesse.
Não havia janelas neste quarto. Apenas paredes e muros de
telas de televisão. Estavam bem juntas, tudo ao redor da pequena sala
circular, quase poderia ser um único monitor.
Dean olhou para longe dos ganchos no teto, e o pequeno dreno
no chão, que era provavelmente lá que ia os fluidos.
Havia realmente um controle remoto na bandeja de metal,
juntamente com outra coisa que parecia uma espécie estranha na
prateleira de baixo. Dean pegou. No começo parecia que o contorno de
metal de um capacete com acolchoamento de borracha em locais de
duro acesso. Colocou-o no rosto, olhou para ele, e percebeu por que o
posicionamento das pastilhas eram tão estranhas. Vinham logo acima e
abaixo dos olhos. Esta era a coisa que ia estar na cabeça de Joey para
forçar os olhos permanecerem abertos.
Olhou de volta para o controle remoto e pegou.
— Você não pode querer ver isso, amigo, — Zeus advertiu.
— Nenhum dos meus alfas já esteve nesta sala particular, mas todos
nós temos visto os vídeos que eles gostam de nos entreter.
Max olhou para Dean, uma expressão simpática no rosto.
Dean tinha que saber, então clicou nos monitores e apertou o
botão Reproduzir.
Cada tela de toda a sala piscou. De repente ficou brilhante aqui.
Tão brilhante que Dean, Max e Zeus tiveram que apertar os olhos, os
olhos fechados contra isso. A luz era brilhante o suficiente para
machucar.
Ouviu os ruídos vindo dos alto-falantes em todo o ambiente
antes de perceber o que tinha sido colocado.
Gritos soavam de um filme de morte. Dean forçou os olhos para
ajustar, e sua boca caiu quando viu dois homens estuprando outro
homem e uma mulher amarrada enquanto alguém a fodia e ria. O
esbofetear e os cortes pareciam reais o suficiente, deveria, mas a
brutalidade geral na frente dele era tão realista de olhar que Dean
honestamente não poderia dizer se isso era um grupo de atores em um
pornô, ou a coisa real que tinha acontecido em algum lugar.
Isso o fez doente, qualquer que fosse especialmente sabendo
para o que tinha sido usado.
O calor de raiva espalhou em seu corpo levantando-se de seu
pescoço e se estabelecendo em seu rosto. Suas mãos apertaram em
punhos trêmulos.
O vídeo alterou após cerca de um minuto. Cães que lutam entre
si em um círculo enquanto uma multidão ao redor aplaudia quando
rasgavam os focinhos um do outro. O vídeo novamente mudou. Mais
cenas de estupro. As pessoas se unindo em uma única pessoa. Dean não
podia dizer se era um homem ou mulher, uma multidão chutando na
cabeça da pessoa no meio. Mais um minuto, outro vídeo, e um gemido
suave escapou da boca de Dean, quando assistiu alguns grandalhões
tomando uma ninhada de gatinhos e torcer seus pescoços um de cada
vez.
Joey tinha pensado que Dean havia matado seu gato assim.
O vídeo mudava a cada sessenta segundos. Dean não sabia se
isso era parte do processo de lavagem cerebral, para impedir a vítima de
ser capaz de fazer sentido no que via, especialmente quando tinha sido
induzido a uma dúzia de diferentes drogas que alteravam sua mente,
mas depois de ver isso, não era de admirar que Joey tinha tentado
matá-los a todos.
Dean deixou cair o controle remoto, pegando o carrinho de
metal com todas as agulhas nele, e derrubando-as para o chão.
— Dean, — Max disse, mas Dean o ignorou.
Gritou, jogando o carrinho e bandejas em cada uma das telas
antes de lançar seus punhos através do vidro. Então voltou para se
juntar à caçada.
Tinha acabado de virar a esquina fora da sala fodida quando
ficou cara-a-cara com um ser humano, e o cano de uma arma.
O homem parecia... como George. Uma versão mais antiga,
mais baixa de George.
Ele serviria. Dean precisava de alguém para matar, e este
serviria. Deu um passo para frente.
— Você é o único que fodeu o meu projeto, — disse o
humano.
Dean chegou a uma parada abrupta. — O que?
Aqueles olhos verdes pálidos arregalaram, e ele sorriu. —
sabia que você era muito inteligente. Esse era o problema. Disse a eles,
tornar os wolfhounds muito inteligentes seria a nossa morte. Eles não
me ouviram. Você é inteligente. Separou o instinto de matar do meu
Joey, o melhor que tivemos. Sabia que vocês não eram um bando de
normais de lobisomens.
Seu Joey? O melhor que já teve? Isto era perfeito demais. Era
como se o destino estivesse apresentando-o com o cara que Dean mais
necessitava matar em uma bandeja de prata. Quais eram as chances de
isso acontecer?
— Você é o pai de George?
Aqueles olhos arregalaram, e, então, as sobrancelhas grisalhas
desceram quando o homem tremeu em sua raiva.
— Não se atreva a dizer o nome dele.
Dean deu um passo adiante, Max e Zeus estavam atrás dele,
Dean podia sentir seus olhares, mas o velho estava olhando para Dean,
e era assim que queria mantê-lo.
— Ele morreu gritando como uma menina depois que transei
com ele. Pensei que você deveria saber disso.
— Cale-se.
Jason iria matá-lo se ouvisse Dean dizendo essas coisas, mas
era demasiado perfeito. Queria machucá-lo tanto quanto tinha
machucado Joey.
Isso seria uma tarefa impossível, mas não era motivo para não
tentar.
— Eu fiz ele me pedir para colocar meu pau em sua boca até
que eu gozasse. Ele era um menino tão bom sobre isso também. Então o
fiz chorar para o papai vir salvá-lo, antes que agarrei seu pescoço. Então
eu o estrangulei só por diversão.
A arma disparou.
A força da bala se sentiu como sendo um soco no peito. Dean
estava aprendendo rapidamente a nunca querer levar um tiro. E ser
ferido, era sempre um choque.
Devia ter sido chocante para o ser humano, quando Dean não
caiu, mas correu para o homem em vez disso, com garras e dentes.
— Dean!
Outra bala, outra explosão dura em seu peito.

Joey engasgou com a bebida. Sentou-se em linha reta, batendo


no peito até que o líquido desceu pelo lugar certo, então, sentou-se com
as mãos sobre os joelhos, sugando de volta várias respirações
profundas.
— Você está bem? — Perguntou Colten. Colocou a mão em
seu ombro, então, abruptamente se afastou quando Joey olhou para ele.
— Desculpe eu esqueci.
Joey não gostava de ser tocado por ninguém que não fosse
Dean. Não que não poderia lidar com isso, simplesmente preferia não ter
que fazer.
Isso não era o que o havia incomodado, no entanto, e sacudiu a
cabeça. — Não, está tudo bem, isso não era com você.
— Oh. — Colten mordeu os lábios. Os outros na sala de jogos
tinham olhado para Joey brevemente, mas depois de ver que ele estava
bem, voltaram para tentar levar suas mentes fora do fato de que seus
companheiros estavam lá fora em uma luta de morte em algum lugar.
— Então, você está bem?
Joey mordeu os lábios. — Estou... estou bem, — disse ele.
Não se sentia muito bem, apesar de tudo. Sentia-se como...
como se algo ruim tivesse acontecido.

Capítulo Quinze

Não que todo mundo já não estava preocupado e querendo


saber o que estava acontecendo, mas quando a marca de vinte e quatro
horas tinha ido e passado e os alfas ainda não tinham voltado, houve
ainda mais preocupação.
Joey não dormiu, nem qualquer outra pessoa. Sabia disso
porque sempre que tentava dormir, não podia, de modo que saiu
andando pelos corredores, só para ver os outros fazendo o mesmo.
Sentado na sala de estar, bebeu seu décimo copo de café.
Joey não achava que já tinha socializado tanto com os outros
como estava fazendo no momento.
Ele apontou o ponteiro laser e deixou seu gato correr livre. Foi
divertido para os outros, por um curto tempo, para assistir Snack
fazendo o seu melhor absoluto para pegar aquele ponto vermelho
brilhante, mas logo perdeu a graça.
Além disso, Snack acabou por ser mais esperto do que um gato
normal, e parou de jogar o jogo quando percebeu que o laser era algo
que nunca ia pegar, então podia muito bem não tentar.
Ninguém colocou outro filme. Ninguém falou. George sentou-se
no final de um dos sofás, o cotovelo apoiado sobre o braço e a cabeça
apoiada em seu punho. Era uma espécie interessante, vê-lo lutar para
manter os olhos abertos antes dele finalmente começar a cochilar.
Parecia que, mesmo um cara formado em ciência e medicina, que
provavelmente foi treinado para ficar a noite toda, perdeu a batalha com
a sua necessidade de sono.
Joey cochilou também. Tinha derrubado seu caderno de
desenho, queria praticar o desenho manga de seus rostos, mas o livro
não foi aberto, e não retirou seus marcadores. Era impossível fazer algo
enquanto Dean estava lá fora, e enquanto esse estranho sentimento
afundava ainda mais congelando pesadamente em seu intestino.
Joey acordou várias vezes ao longo do dia. Normalmente,
sempre que Snack subia em seu colo por algum afeto.
Joey sorriu. Costumava ter que subornar seu próprio gatinho
para dar-lhe carinho, alimentando-o de frango ou bacon restante de seu
prato, mas tinha certeza que ele tinha ganhado Snacks com carinhos.
Gatos fazia você trabalhar para ele assim.
Mas Snack tinha sempre gostado de Dean. Ele podia assobiar
para Dean uma ou duas vezes depois que percebeu que Dean não iria
beijar a sua bunda, entregando carne ou petiscos sempre que Snack os
queria, mas Joey sabia que Snack tinha amado Dean em primeiro lugar.
Provavelmente porque Dean foi o único a comprá-lo e trazê-lo
para Joey.
Que foi por isso que, quando Snack acordou Joey pela enésima
vez, saltando fora de seu colo e correndo para a porta, miando alto, Joey
imediatamente sabia que era porque os caras tinham voltado para casa.
Ele pulou batendo duro o suficiente no chão acarpetado para
acordar o resto dos caras na sala de estar.
Eles abriram os olhos, bocejando, e deviam ter percebido o que
estava acontecendo, porque Joey os ouviu seguindo atrás dele, fora da
sala de estar, e para Snack na porta da frente arranhando.
Joey abriu a porta, correu três degraus fora, então parou.
Homens. Uma boa dúzia deles que não reconhecia, e todos nus.
Shifters. Estavam caminhando para a casa.
A reação imediata de Joey de medo e desconfiança quase o
tinha feito não ver os outros que estavam entre a multidão. Quando os
outros vieram para ficar atrás deles, Joey viu Max. então, Jason, então
Hyde e Ryland.
Todos pareciam que tinham lutado. Principalmente estavam
machucados, sangrando em muitos lugares.
Não que Joey não estava feliz de ver todos os outros, mas seus
olhos focaram o bando para Dean. Ele se preocuparia com estes novos
caras mais tarde.
Neal correu para Hyde, seus braços esticados para fora. George
seguiu quando viu Jason, e Scott perseguiu Ryland. Todos os alfas
receberam seus companheiros de braços abertos. então, Todd, então
Sam. E Joey ainda não estava vendo Dean.
Seu coração fez uma rápida batida, não gostava desse
sentimento ruim que tinha obtido a partir de ontem.
Não. Não. Não faça isso comigo. Por favor, não faça isso comigo.
O bando repartiu ao meio, e a respiração de Joey pegou quando
viu Dean, finalmente. Obviamente, não morto. Estava de pé, mal, mas
Hunter e Nixon tinham cada um de seus braços enrolados em torno de
seus ombros enquanto o ajudavam caminhar. Duas ataduras manchadas
de vermelho brilhante estavam sobre o peito. Peter e George estavam
muito ocupados abraçando e beijando seus companheiros, felizes por
seus regressos, para se preocupar com os feridos. Agora provavelmente
pensavam que tudo eram arranhões superficiais e cortes.
Um ruído sufocado saiu da garganta de Joey, e correu para
frente. Dean levantou a cabeça para ele, com o rosto e os lábios pálidos,
mas sorriu suavemente.
Puxou um braço para baixo dos ombros de Nixon, segurando-o
para fora para Joey, como se esperasse que Joey apenas saltasse em
seus braços com o peito ferido assim.
Joey parou, agarrando a mão de Dean em seu lugar. Dean não
iria se contentar com isso, e fechou a mão ao redor da nuca de Joey,
puxando-o para perto.
— Você está ferido, — disse Joey.
— Não importa, dê-me um abraço.
Joey fungou. Não deveria estar chorando em um momento
como este. Dean estava de volta. Estava vivo, e estava aqui e isso era
tudo que Joey se preocupava. Estava feliz, e desde que Nixon e Hunter
não estavam reclamando, deixou Dean trazê-lo para frente para um
abraço caloroso.
Não era como os abraços que Dean normalmente lhe dava. Por
um lado, Joey tentou seu mais duro para manter seus peitos separados,
mas Dean ainda estava quente, mesmo que estava pálido. Joey podia
ouvir seu coração batendo, e isso era bom.
— Seu gesso está fora, — disse Dean.
Joey balançou a cabeça, e seu lábio inferior tremeu. Ia começar
a chorar. Porra. Não conseguia se conter.
— Ele foi tirado ontem à noite.
Mesmo que podia ouvir o balanço na sua própria voz. Deus,
parecia tão patético, mas chorou algumas lágrimas no pescoço de Dean
de qualquer maneira. Combater isso só ia piorar a situação.
Mas só porque estava chorando como um bebê não significava
que não poderia ainda manter a cabeça no lugar. Precisava ter George e
Peter olhando sobre as feridas de Dean. Não podia dizer se eram de ter
sido esfaqueado ou de tiros, mas queria que eles vissem isso.
Quando se afastou, ficou surpreso ao ver que não era o único a
chorar, embora Dean limpou o rosto rapidamente, encolhendo-se quando
cada movimento de seu braço causava dor em seu peito.
Joey riu e segurou seu rosto.
— Eu te amo tanto.
Dean suspirou. — Eu também te amo.
— Ok, pombinhos. Vocês vão ter que fazer essa merda dentro,
— disse Hunter, espetacularmente arruinando o momento. —
Precisamos obter Dean na cama agora, e Max precisa lidar com o novo
bando.
Joey balançou a cabeça, dando um passo para o lado para Nixon
poder colocar o braço de Dean sobre o ombro de novo, ajudando-o a ir
para dentro da casa.
Joey os seguiu, observando a maneira como Max estava se
dirigindo tanto para Zane, George e Peter. Provavelmente deixando-os a
par do que estava acontecendo. então, Max apontou para Dean, e
George e Peter assentiram enquanto seguiam atrás dele.
As coisas estavam começando a se movimentar. Bom. Isso era
bom.

Joey seguiu Dean todo o caminho para a clínica de George.


Mesmo que Peter também estivesse estudando para se tornar um
enfermeiro, e tinha o suficiente de escolaridade e experiência, agora que
a única coisa que estava esperando era o diploma para realmente ser
rotulado com enfermeiro, bem, George tinha estado aqui em primeiro
lugar, por isso sempre se sentia correto ligar o local da clínica a George.
A Dean foi dada a maior cama e mais confortável, na sala de
trás. Não era tão boa ou tão grande como a cama em seu quarto, mas
uma vez que este costumava ser o quarto de George, havia alguma
aparência de privacidade quando Dean foi trazido. Ele resmungou
quando Nixon e Hunter o colocaram na cama, e Joey fez uma careta de
dor em simpatia, observando como as bandagens estavam começando a
vazar gotas de sangue que deslizavam para baixo seu peito.
duro de acreditar que mesmo um wolfhound alfa, tão forte e
rápido e teimoso como Dean, ainda podia ser ferido.
Ouviu Hunter dizendo a George que foram tiros de uma pistola
de algum tipo. Ninguém no bando realmente sabia sobre armas tão bem,
e nem Joey, mas sabia a diferença entre um revólver e uma espingarda.
Uma espingarda e tinha numerosas balas, assim, pelo menos não
haveria uma tonelada de metal para cavar fora dele.
Joey sabia, contudo, que algumas balas eram concebidas para
explodir no momento do impacto, destruindo mais a carne e
aumentando os danos causados ao corpo. E a dor.
Se for isso que Dean foi baleado, George teria um tempo duro
em cavar as balas, e Dean sentiria muita dor.
Dean resmungou apenas um pouco quando George injetou com
algumas agulhas. Joey olhou para longe quando elas saíram, e quando
seu companheiro foi injetado com elas, mas quando olhou para trás,
George estava apertando e cutucando alguma engenhoca de metal nos
ânuss de bala, alargando antes de cavar no que parecia ser longas
pinças.
Joey agarrou a mão de Dean, sentindo como se iria estar
doente. Como diabos George mantinha um rosto tão calmo assim?
O sangue incomodou Nixon e Hunter o suficiente para que
fossem forçados a sair. Se era porque era o sangue de seu amigo, ou
porque a sua sede de sangue estava começando a agir, Joey não podia
estar inteiramente certo.
Felizmente, as balas saíram rápidas e fáceis. Pelo menos de
acordo com George, elas fizeram. Não eram o tipo de balas que
explodiam. Apenas balas regulares. A arma que Dean tinha sido baleado,
aparentemente, não era poderosa o suficiente para que as balas
pudessem percorrer todo o caminho através do corpo de Dean, ou
mesmo muito profundo.
Ao mesmo tempo, George tinha dito muito seriamente como
Dean tinha tido sorte. Ambas as balas tinham atingido ou passaram por
suas costelas. Os ossos quebraram e racharam, naturalmente, mas que
tinham parado as balas de bater qualquer coisa vital, ou de ir muito
fundo. A cura alfa de Dean iria cuidar do resto.
As maravilhas de ser um alfa poderoso. Graças a Deus.
George ainda fez um raio-X, certificando-se se havia fragmentos
de ossos pois tinha o perigo de perfurar os pulmões de Dean. Isso fez
um monte de zumbido e ruídos e, finalmente, declarou que Dean podia
realmente precisar de cirurgia para isso.
— Você provavelmente deve ir para um hospital humano para
isso. Não estou equipado bem o suficiente para esse tipo de atendimento
médico.
— Eles não vão descobrir que ele é um wolfhound?
— Não na verdade, — disse George, então, acrescentou, —
pelo menos, não penso assim. Ele ainda tem um pouco de sangue de
lobo-shifter real nele, e não é como se os médicos vão encontrar nada
em seu tipo de sangue que vai ser uma arma fumegante. Eu não acho
que eles vão fazer uma extensa varredura de DNA nele.
Mas ainda era um risco, e Joey, Dean, e George todos sabiam
disso.
— Vou falar com Max sobre isso e ver o que ele diz mais tarde.
Até então, vou ajudar Peter. Joey, não o deixe se movimentar muito. Há
comadres no armário se ele precisar de alguma coisa.
Dean se irritou com isso. — O que?
George já tinha saído.
Quando abriu a porta e fugiu, Joey olhou para ele e viu todos
aqueles rostos desconhecidos de antes.
Joey tinha estado tão focado em Dean que não tinha notado que
outros tinham sido feridos. É claro que foram. Houve uma grande briga
algumas horas atrás. Griffin parecia que tinha algumas marcas para cima
e para baixo de seu peito que Peter estava rapidamente tentando limpar
e fazer curativos. Jason parecia bem o suficiente com exceção de um
lábio cortado e olho roxo, mas correu ao redor da sala, distribuindo
cobertores e toalhinhas desinfetantes para os alfas usarem em si até que
George pudesse chegar até eles.
Como companheiro de George, isso só fazia sentido Jason
gostava de estar aqui para ajudar.
A coisa que Joey mais notou foi o jovem sentado em uma das
camas. Era apenas notável porque tinha a cama só para ele, mesmo que
a outra, incluindo uma pequena que tinha sido trazido, estava sendo
ocupada por três pessoas diferentes em cada uma.
Ele parecia mais jovem do que Joey, era loiro e magro, com a
boca numa linha sombria quando olhou para absolutamente tudo com
desconfiança.
Seu braço estava numa tipoia. Algo que Jason provavelmente
tinha feito antes de voltarem. Um alfa com a pele escura e uma cabeça
careca, que teve de ser natural, pois Joey nunca ia acreditar que as
pessoas que o haviam criado e escravizado lhe daria uma lâmina de
barbear, estava sobre o homem mais jovem, como se estivesse
colocando uma reivindicação sobre o homem e a cama, certificando-se
de que ninguém mais estava sentado com ele. O olhar em seu rosto, a
forma como as sobrancelhas foram puxadas para baixo e a boca fixada
nessa linha sombria, dizia que iria rosnar em qualquer um que tentasse
tirar a cama que tinha reivindicado para o homem menor.
Mesmo Joey recebeu a mensagem alta e clara, e não queria
uma cama. Aqueles dois estavam acasalados, e o alfa não só estava
protegendo seu companheiro, provavelmente de Jason, mas também
certificando-se de que tinha uma cama para si mesmo.
Esse tipo de aura de autoridade e força só poderia vir do cara
que estava no comando de todo o bando. Que era ele. Esse era o alfa
que Max e os outros tinham esperado encontrar.
Eles tinham razão. As pessoas nesse prédio mandaram seus
wolfhounds atacarem o bando de Dean em primeiro lugar, e eles
encontraram o alfa e o convenceram a virar seus lobos ao redor e lutar
contra seus carcereiros.
Joey se perguntou se o braço quebrado do ômega tinha algo a
ver com essa decisão. Ele não esperava que fosse.
Ainda assim, era uma espécie de doce a forma como o alfa
estava sobre seu companheiro, mesmo que fez o ômega olhar um pouco
desconfortável.
Quando o loiro levantou a cabeça, e seus olhos se encontraram
Joey rapidamente desviou o olhar. Seu rosto ficou quente quando sentiu
como se tivesse intrometido em algo privado. Joey levantou-se e fechou
a porta.
Ele trancou.
Esses alfas lá fora, poderiam ser desconfiados tudo o que
queriam, mas Joey não os conhecia, e mesmo que uma porta trancada
simples podia não fazer nada para mantê-los fora se ficassem selvagens,
pelo menos o fez se sentir melhor.
— Joey?
Joey voltou a olhar para o seu próprio companheiro, colocando o
loiro e o alfa para fora de sua cabeça. Voltou para o lado de Dean.
Dean pegou sua mão. Primeiro Joey estava apenas indo sentar-
se ao seu lado, mas, então, Dean lembrou de quanta força que ele
realmente tinha em seu corpo, puxando Joey para baixo para um abraço,
envolvendo os braços em volta dele.
— Dean, o que você está fazendo?
Joey congelou. Muito consciente das feridas de Dean, que
tinham que doer ainda mais agora que George tinha tirado as balas,
fazendo as feridas frescas novamente. Ele também não queria lutar
muito na chance de que faria Dean sentir qualquer dor muito pior,
especialmente se o homem realmente não quisesse deixá-lo ir.
— Dean...
— Fique aqui um minuto, — disse Dean. Sua voz não soou
muito bem. Suas mãos tremiam enquanto acariciava os cabelos de Joey,
seu pescoço e as costas. Parecia que estava tentando tocar Joey em
todos os lugares que podia.
Joey franziu a testa, colocando as mãos na parte de trás da
cabeça de Dean, em seu rosto, puxando para trás apenas o suficiente
para que pudesse olhar para seu companheiro nos olhos.
Algo pesado estava lá. Deu ao seu sarcástico companheiro
teimoso uma olhada normalmente forte, assombrado, que tinha os
instintos protetores de Joey saindo. — O que eles fizeram... você está
bem? O que aconteceu?
Alguma coisa tinha acontecido. Eles tinham feito algo para ele.
Algo diferente de atirar duas vezes no seu peito durante a tentativa de
matá-lo. Mesmo como um alfa, teve a sorte como o inferno para ser
capaz de caminhar de volta para casa com ferimentos desse tipo. Teve
sorte de ter sobrevivido.
Isso chocou Joey quando Dean cheirou e olhou para longe dele
para que pudesse limpar os olhos. Ele balançou sua cabeça. Joey não
tinha ideia do que era suposto ser, mas tinha a sensação que este era
um dos raros momentos em que um alfa necessitava de um apoio mais
emocional do que qualquer outra coisa. Joey beijou Dean na bochecha,
então, na boca, então, pressionou sua bochecha para o ombro do
homem, ainda tomando cuidado para manter seu peso fora das feridas.
— Está tudo bem, você está em casa agora, — disse ele.
Dean ainda não disse nada. Continuou a manter Joey, como se
tivesse acabado de acordar de um pesadelo.
Capítulo Dezesseis

Max não podia arriscar levando Dean para o hospital. Dean


entendeu, e ficou aliviado por isso. Joey estava com raiva. Era óbvio,
mesmo que não queria dizer nada. Ele ficou em silêncio e com uma
pitada de vapor dos desenhos animados vindo de suas orelhas.
Dean não se importava. Odiava hospitais e absolutamente não
queria ir para um, e entendeu o raciocínio de Max. O alfa tinha acabado
de estar envolvido em matar um monte de seres humanos, e a casa
agora abrigava ainda mais wolfhounds. Max não tinha certeza do nível de
controle de cada novo membro do bando tinha, mas Zeus era um bom
alfa, e parecia acessível o suficiente.
Ele disse a Max os alfas que sentira com menor quantidade de
controle e Max tinha deixado claro que estavam indo dormir nas gaiolas
no porão se pegasse qualquer indício de que eles poderiam perder o
controle.
Algumas pessoas já passaram algumas noites lá em baixo.
Dean acabou fazendo uma pequena cirurgia. George tinha
estado muito preocupado com suas costelas, então ia colocar Dean
dormindo durante algumas. Quando acordou de novo, havia dois novos
pequenos buracos em seu peito. Estava realmente meio impressionado
que foram capazes de remover os estilhaços sem cortá-lo por inteiro.
George e Peter pareciam aliviados para obter a coisa toda fora,
entretanto.
Parecia que não estavam confortáveis fazendo esse tipo de
trabalho médico fora de um hospital, mas conseguiram. Falaram que
Dean estava bem, e agora poderia se concentrar na cura sem se
preocupar com seus pulmões sendo apunhalado.
Zeus entregou o controle de seu bando a Max. Dean não tinha
estado lá para vê-lo, preso em repouso absoluto como estava pelas duas
últimas semanas, mas tinha ouvido que era porque Zeus tinha visto as
habilidades de liderança de Max, e o quanto seus próprios wolfhounds o
tinham respeitado, e desde que tinha feito algo que Zeus tinha sido
incapaz de fazer, libertar seu companheiro e seu bando, Zeus anunciou
que Max seria um líder mais competente.
Max tinha concordado, mas queria procurar Zeus por orientação
uma vez que, no momento, era o único que conhecia as personalidades
de seus alfas tão bem.
Quando Dean foi finalmente permitido para passear, sempre
com um limite de tempo, é claro, observou a confusão nos olhos dos
novos alfas. Eles deixaram de ser escravos para viver em uma enorme
casa. Pela primeira vez, a casa estava realmente superlotada. Quase
todos os quartos de hospedes tinham ido para Logan e seus alfas quando
tinha fundido os bandos, depois de tudo.
Max tinha oferecido a Zeus e seu companheiro um quarto
próprio. Provavelmente porque esse loiro era um ômega e Max queria
Zeus para sentir que tinha um lugar seguro para seu companheiro
dormir.
Isso deixou apenas dois outros quartos para os outros alfas
compartilharem. Eles não pareceram se importar. Alguns deles se
moviam em suas formas wolfhounds e dormiam fora agora que as noites
eram quentes, e Dean não os culpava por isso.
Houve um tempo em que Dean teria visto compartilhar o quarto
com outras cinco pessoas como sendo um luxo, especialmente desde que
os quartos tinham boas camas grandes o suficiente para compartilhar
com quatro ou cinco caras, cobertores de reposição, banheiro e tapetes
espessos para aqueles que dormiam no chão.
Dean tinha quase esquecido onde ele próprio tinha vindo, e
pensando lá trás, poderia entender a confusão, o choque cultural, e a
suspeita de que esses privilégios agradáveis seriam tirados a qualquer
momento. Dean tinha ouvido que os alfas estavam atordoados durante a
sua primeira refeição na casa.
Porque havia tantos alfas, refeições tiveram de ser tidas no
exterior, ou em dois grupos separados na sala de jantar. Max já estava
trabalhando para conseguir outra mesa longa. Iria ficar apertado, mas
iria se encaixar.
Nenhuma polícia chegou para fazer perguntas. Não houve
outros ataques acontecendo e agora que Zeus sentiu que devia uma
lealdade para Max, ele e seus alfas trabalharam bem para se certificar de
que não havia caçadores colocando armadilhas no território, ou humanos
implantando câmeras, ou caçadores procurando espaços fora da casa
para assediar ou levar alguém do bando. O tipo de caçadores que
caçavam shifters, e não os animais.
Alguns caçadores ilegais foram relatados, mas Zeus não
informou caçadores.
Dean não sabia o que Jason havia dito a George sobre seu pai.
Dean tinha rasgado o homem, e ele estava definitivamente morto. Jason
não teria sido capaz de evitar isso por George, mas o bom médico não
parecia estar chafurdando em torno de qualquer dor. Não que Dean
pudesse ver. Talvez tivesse sido um alívio para seu pai ir. Dean não tinha
certeza.
Sua vida sexual com certeza tinha tomado um golpe. Joey
passou a maior parte de seu tempo com Dean, especialmente quando foi
movido até seu quarto, permitindo que os outros alfas feridos pudessem
ter a cama na parte de trás da clínica.
Dean passou dias tentando obter Joey nu. Joey estaria ao lado
dele na cama enquanto assistia a um filme, ou desenhava e lia, mas
sempre que as mãos de Dean começavam a vagar, Joey se movia.
Foi frustrante pra caralho. Só ficou pior quando Joey estava
sentado à mesa, um dia, olhando através do laptop, procurando só Deus
sabe o quê, quando começou a rir em voz alta.
Dean colocou a revista que Joey queria que ele lesse, chocado
ao ouvir um ruído fora dele.
Joey riu profundamente. Na verdade, agarrou o estômago com
uma mão enquanto jogava a cabeça para trás, olhou para a tela, e
depois começou a rir novamente. Lágrimas estavam começando a rolar
pelo seu rosto.
— O que? O que está acontecendo? — Dean tinha que saber
o que estava fazendo seu companheiro rir assim.
Não tinha visto Joey rir por um período tão longo. Dean tinha
que saber o que estava causando isso.
Joey olhou para ele, um sorriso largo em seu rosto, mostrando
os dentes brancos retos. Ele era lindo.
Joey apontou para a tela.
— E-esse cara está sugando seu próprio pau!
— O que?
Joey curvou na cintura, rindo um pouco mais. Dean tentou ver o
que estava na tela a partir da distância em todo o quarto, e certamente
parecia que um cara tinha se abaixado em um ângulo impossível.
Estavam seus pés atrás de sua cabeça?
Joey endireitou-se de volta para uma posição sentada, pegou o
laptop, levantou-se e foi para a cama com ele.
Subiu ao lado de Dean, o mesmo sorriso rindo ainda em seu
rosto e em seus olhos.
— Veja.
Dean se sentou e olhou, e quase desviou o olhar, bufando de rir.
— Jesus Cristo.
Joey riu novamente. — Você pode acreditar nisso?
— Pensei que era apenas um mito. — Dean se inclinou,
franzindo a testa. — Cristo, olhe para ele.
Não tinha certeza se isto o excitou ou não. Meio que fez, mas
iria culpar o fato de que já estava constantemente excitado. Joey estava
sempre por perto, o cheiro dele sempre persistente no quarto, e não
tinha tido relações sexuais desde antes que partiu para queimar a porra
do edifício.
Que fosse a última que precisou ser incendiada.
Dean olhou para Joey, que ainda estava rindo para a tela.
Parecia tão brilhante, vivo e maravilhoso. Não havia vestígios de que
tinha sofrido quando tinha estado naquela sala. Dean tinha voltado
assombrado pelas coisas que tinha visto, e não apenas na sala. Apesar
de levar um tiro, duas vezes, não tinha sido retirado do composto. Max
tinha o deixado no que parecia um laboratório de informática. Os
monitores estavam todos ligados, por isso não precisava se preocupar
com senhas de acesso.
Sendo que os seres humanos estavam lutando com Max e o
outro bando, Dean verificou os registros, é claro que tinham mantido
registros em vídeo de todas as suas experiências. Inclusive sobre Joey.
Sim, tinha visto eles, e essas coisas iriam assombrá-lo para o
resto de sua vida. então, tinha copiado qualquer coisa que poderia para
um HD externo que tinha encontrado em uma gaveta antes de destruir
essas porras de computadores.
Não era apenas Joey que tinha visto. Joey era um dos muitos,
talvez um dos cem. Ele foi apenas o único a sobreviver à mudança, para
sobreviver tempo suficiente para ser solto.
Max ia editar o rosto de Joey e talvez enviar o HD para a notícia,
carregá-lo na Internet. Dean não se importava, desde que os seres
humanos pensassem duas vezes antes de se juntar a alguma
organização que teimava em matar shifters.
E Dean viu essas coisas em seus pesadelos. Joey tinha
realmente vivido essas coisas, e agora estava sentado ao lado de Dean,
rindo de um vídeo estúpido que estava assistindo. Olhando para ele
agora, Dean viu um jovem saudável, atraente que parecia que não tinha
uma preocupação no mundo. Sabia que não era verdade, mas vendo
Joey assim, recuperando tão bem depois do que tinha acontecido, e
olhando quase como seu antigo eu... sim, Dean pensava que era bonito.
Ele se inclinou e beijou-o.
Joey ficou tenso. Não de uma forma ruim, Dean pelo menos não
achava. Seus olhos arregalaram, mas depois a sua boca suavizou.
Sentiu-se bem. Foi bom. Dean nunca tinha sentido beijo assim.
Joey sempre esteve mais do que disposto a beijar e fazer isso com Dean,
quando estava se recuperando na cama. Dean não estava interessado
em ter um caso de bolas azuis desta vez. Tinha estado na cama por um
pouco mais de duas semanas, e estava bem o suficiente para que
George fosse deixá-lo caminhar por uma hora ou mais por dia.
Dean achava que deveria estar fora da cama e fazer o que
quisesse agora, mas tinha certeza de que Joey era o único que estava
por trás, mantendo Dean de obter permissão para sair da cama o dia
todo. Pelo menos Joey não estava puxando para trás quando Dean
pressionou sua língua para o vinco dos lábios de Joey.
O fato de que o cara chupando seu próprio pênis ainda estava
gemendo na tela não estava fazendo muito para ajudar Dean a obter o
controle de si mesmo.
Estendeu a mão para os quadris de Joey, puxando seu
companheiro em cima dele.
Joey veio, mas suas bocas separaram para que pudesse
expressar um protesto suave. — Você ainda está ferido.
Joey montou o colo de Dean, e através das calças do homem,
podia sentir o calor firme de seu pênis.
— Suficientemente bom para isso. — Dean desabotoou o
cinto de Joey e puxou para baixo a braguilha. Joey gemeu. O pobre
rapaz olhou como se realmente não tivesse certeza se deveria ou não
protestar, mas Dean não iria dar-lhe essa opção. Não agora.
Estendeu a mão, puxando o pênis de Joey fora. Estava duro,
inchado. Para uma personalidade do tipo ômega, ele tinha um
considerável tamanho. Dean era ainda maior, mas gostava do pau de
Joey, e a mudança de cor quando Joey estava quente e pesado eram
uma de suas coisas favoritas.
Acariciou a mão para cima e para baixo do comprimento.
Joey mordeu o lábio inferior e baixou a cabeça, gemendo
baixinho quando Dean acariciou. Empurrou seus quadris para frente,
quase contra sua vontade, mas não se afastou.
Dean beijou sua garganta. — Eu quero você muito ruim.
Ele fazia. Queria empurrar seu pênis dentro de Joey e sentir o
aperto quente em torno dele.
Sentiu o estrondo no peito de Joey enquanto gemia. A mão de
Joey veio, segurando os ombros de Dean com uma força surpreendente.
Sabia que ele tinha. Joey não estava mais pensando nas lesões
de Dean, que estavam praticamente completamente cicatrizadas neste
momento. Ele estava apenas na cama, porque Joey era paranoico sobre
deixando-o levantar.
— Ok, deixe-me, — disse Joey.
Dean soltou apenas um pouco tenso quando seu companheiro
se empurrou para fora da cama e correu para o banheiro, ele poderia
não voltar.
Voltou, chutando suas calças todo o caminho para a cama,
enquanto Dean empurrava para fora das calças de algodão de dormir
que estava vestindo toda a semana.
Isso o deixou gloriosamente nu, e Joey só usava uma camiseta
do Dragon Ball Z quando subiu de volta para o colchão com o lubrificante
que seria necessário.
— Você deite-se, e não se mova tanto, — disse Joey.
Dean colocou as mãos atrás da cabeça. — Por mim tudo bem.
Joey sorriu para ele, abrindo o frasco com o polegar e
lambuzando o pau de Dean com isso.
Dean gemeu, empurrando a cabeça para trás contra os
travesseiros quando os dedos quentes o acariciaram.
— Tão bom.
Abriu os olhos para olhar para seu companheiro quando a mão
de Joey deixou seu pênis, e sentiu o abrir do lubrificante quando viu Joey
levar essa mesma mão para trás, obviamente para esticar seu ânus.
— Foda-se, senti sua falta, — disse Joey, subindo de volta no
colo de Dean, quando tinha acabado.
Dean levou-o pelos quadris. — Você tem certeza? Não teria
sabido com o quão bem você manteve sua distância.
Joey levou Dean pela mão, devolvendo-o ao seu pênis. — A
sensação é como se eu tivesse tido uma vida fácil?
Ele não o fez. Dean tinha que lhe dar essa.
Joey levantou-se de joelhos, chegou a voltar a tomar conta da
ereção de Dean, então, pressionou a cabeça em forma de cogumelo de
seu pênis contra o ânus de Joey.
Joey, lentamente, dolorosamente devagar, sentou-se sobre o
pênis.
A boca de Dean caiu quando esse calor apertado o cercou,
apertando ao redor da cabeça de sua ereção antes de repente estar lá
dentro, e polegada por polegada de seu eixo estava sendo engolido pelo
corpo de Joey.
Quente e apertado, era a melhor coisa maldita que Dean tinha
sentido em um longo tempo. Agarrou os quadris de Joey apertados o
suficiente para machucar, arqueando os quadris para frente, mas Joey
parou.
— Nenhum movimento. Não se mova.
Porque Dean estava paranoico sobre gozar muito em breve,
parou de se mover. — Acho que vai ser divertido deixá-lo ter o seu
caminho mau comigo.
Joey sorriu para ele.
Quando estava completamente acomodado, Joey suspirou, girou
seus quadris, e não se mexeu de imediato. Na verdade não. Quaisquer
movimentos que fazia eram rasos, suave, mal havia movimentos. Como
se ainda estivesse tentando se ajustar.
E Dean só queria agarrar o homem e bater seu pênis para
frente. Duro. Rápido. Animalesco e áspero. Queria rolar Joey colocando-o
em suas mãos e joelhos e levá-lo.
Esse era o wolfhound dentro falando. Dean não tinha sido o
único a sentir falta de seu companheiro durante este período de celibato.
Dean queria tocar, amor e transar com ele desde que voltou.
Mas pensou que percebeu o que estava tomando Joey tanto
tempo para ajustar. Também tinha ido sem nas últimas duas semanas e
meia. Dean estava bem o suficiente para ter relações sexuais com ele
mais de uma semana, tanto quanto estava preocupado, mas Joey queria
esperar, e sim, agora que Dean estava realmente pensando sobre isso, o
aperto do corpo de Joey se sentia mais forte do que Dean estava
acostumado a sentir.
— Você está bem?
Foda-se, era essa a sua voz?
Joey cerrou os olhos fechados, antes de abri-los, balançando a
cabeça. — Sim, — disse ele. — Acho que estou bem.
— Você deveria ter se preparado um pouco mais.
Embora, como ele mesmo disse, Dean estava feliz que não
tinha. Não podia esperar mais, e estava matando-o apenas segurar a
força de seus impulsos.
Joey sorriu para ele, sua franja em seus olhos cor de avelã. —
Não poderia esperar mais. Acho que nós dois estamos com sorte e levei
cinco segundos para fazer qualquer coisa.
Dean teria bufado com uma risada, se Joey não tivesse
escolhido aquele momento exato para empurrar os quadris para frente e
para trás.
Tirou as mãos do peito de Dean, mantendo o equilíbrio nos
ombros de Dean ao invés quando se inclinou para beijar a boca de Dean.
Dean gemeu, empurrando seus quadris para trás quando Joey
deslizou para cima e para baixo, e para trás. Foi bastante baunilha,
considerando todas as coisas, mas era o melhor sexo danado da vida de
Dean. Já que seus dedos curvaram quando o calor do seu prazer o
inundou.
— Oh Deus, porra, isso é bom, — Joey disse ofegante.
Dean tirou alguns desses cabelos de seus olhos. Parecia que
Joey ia deixar crescer, no estilo menino estrela do rock. Dean gostou.
Empurrou os quadris para trás um pouco mais duro quando Joey desceu
para encontrá-lo.
— Você gosta disso?
Joey balançou a cabeça, fechando os olhos novamente.
— Uh-huh, oh!
Aqueles eram os ruídos que Dean queriam ouvir vindo dele. Isso
era exatamente o que queria ouvir saindo da boca de seu companheiro.
Tocou em todos os lugares que podia alcançar, brincando com os
mamilos de Joey, beliscando-os, inclinando-se para morder e lamber.
O aperto de Joey sobre os ombros de Dean eram apertados,
assim como o aperto de seu ânus tinha no pau de Dean enquanto gemia
alto, empurrando para cima e para baixo mais forte, mais rápido.
— Oh foda-se!
Dean gritou enquanto suas bolas apertavam quase todo o
caminho até em seu corpo antes da energia de prazer que tinha
construído dentro dele explodir.
Gozou duro e rápido. Não tinha notado quando a mão de Joey
desceu masturbar seu próprio pênis, mas a visão de seu punho se
movendo rapidamente ao longo do comprimento de sua ereção era tão
danada de erótica, tão quente, especialmente quando Dean ainda estava
por gozar. Olhou para a mão de Joey, vendo seu aperto, observando a
maneira que o sêmen jorrava da ponta quando Joey gritou seu prazer e
gozou com força sobre o peito de Dean.
Foi uma coisa boa seus ferimentos não estarem ainda abertos.
Joey poderia ter tido um ataque de pânico se isso tivesse acontecido.
Joey encostou-se a Dean, ofegante. Dean tinha a sensação que
Joey estava lutando para manter de desmaiar em cima dele, mas estava
lutando contra isso.
— Porra, isso foi ótimo, — disse Joey.
— Não sobre qualquer um. — Dean articulada seu ponto,
circulando seus quadris, agarrando a coxas de Joey, e puxando-o para o
impulso.
Joey soltou um ruído que era possivelmente o prazer, bem como
desconforto. Ainda estava duro, no entanto, e assim estava Dean. Mais
alguns segundos e os dois estariam prontos para o segundo turno. Não
havia como parar isto agora que tinham começado. Estava feito.
— Oh Deus, — disse Joey. Jogou a cabeça para trás, expondo
seu pescoço. Dean não poderia resistir a essa oferta tentadora quando
se inclinou para beijar e chupar, mordendo nele.
Sem quebrar a pele desta vez, é claro.
— Foda-se, — Joey disse novamente, e Dean sentiu o engolir
seco de seu pomo de Adão contra seus lábios. — Estou, estou indo
pagar por fazê-lo esperar tanto tempo, não é?
Dean assentiu, soltando um rosnado baixo, aprovando contra a
garganta de Joey.
— Sim.
— V-você está se movendo muito. Ainda está curando.
— Nós não estamos fazendo corridas ou combates de luta livre
na floresta, Joey. Relaxe, pare de pensar nisso.
Pareceu fazê-lo, e desta vez Joey perdeu um pouco mais da
contenção quando se inclinou para frente, enrolando seus braços em
volta dos ombros de Dean, abraçando-o apertado enquanto Dean
empurrava para ele, abraçando-o de volta enquanto faziam amor.
Porque é o que foi desta vez. A primeira vez tinha sido sexo
rápido e desesperado, agora eles precisavam ir um pouco mais lento,
para realmente se divertir.
E foi a maneira como Joey empurrou levemente mais com
poderosos empurrões de seus quadris e Dean era só... foi apenas...
— Bommm, — disse Dean, estremecendo e gozando
novamente.
Joey seguiu logo atrás dele, acariciando seu pau duro e rápido
novamente apenas para empurrar, o tempo todo ainda fodendo e
empurrando contra o pau ainda duro de Dean.
Joey puxou-se do colo de Dean após o segundo turno acabar,
ofegante, olhando tão maldito cansado quando empurrou sua camiseta
de volta para baixo, então pareceu pensar melhor antes de puxar e
lançá-la no quarto. Agarrou o braço de Dean, aconchegando como se
fosse um travesseiro de corpo.
O afeto inchou dentro do peito de Dean pelo homem. Inclinou e
beijou o cabelo de Joey. — Veja? Isso não foi tão ruim.
Joey riu, sorrindo com os olhos fechados quando balançou a
cabeça. — Isso foi incrível.
Ele franziu a testa quase imediatamente depois que disse isso,
olhando para cima e para trás, onde tinha deixado o laptop. Ainda tinha
ruídos de grunhidos e gemidos vindos da tela.
— Está aquele cara ainda chupando seu próprio pau?
Joey parecia chocado e consternado. Dean riu, empurrando o
computador mais perto de Joey com o pé.
Joey sentou-se e tomou. — Ele está! Ainda está sugando seu
próprio pênis.
— Deve ser bastante flexível para fazer isso.
Joey ainda estava olhando para a tela, e inclinou a cabeça para
o lado.
Dean o cutucou com o joelho. — Não tenha ideias.
O rosto de Joey inflamou, brilhante e humilhado.
— Eu não estou!
Dean sorriu. — Certo.
Joey gemeu, fechando o computador e colocando de lado.
— Não posso acreditar que nós transamos com esse tipo de
pornografia. Não sei se isso é grave ou não. Realmente não sei.
Dean riu alto, abrindo os braços quando Joey se aconchegou
neles. Ainda segurou o peso do peito de Dean, ainda preocupado que
algo pudesse ser frágil lá dentro, mas Dean não estava preocupado.
Queria ter um bom afago, um cochilo, e depois outra foda, desta vez
com Joey em suas mãos e joelhos, bunda para cima e virado para baixo
enquanto ele gritava e gemia mais alto e melhor do que o cara no laptop
poderia.
Estavam indo para estar na cama por um tempo.

Capítulo Dezessete

Joey notou a mudança de humor de Dean. Aconteceu


lentamente ao longo do tempo, mas, eventualmente, a escuridão que
voltou para casa estava indo embora. Isso ainda estava lá. Joey podia
sentir as raízes ainda remanescentes, o mais duro de matar, mas estava
feliz quando Dean não pareceu tão nublado e gasto mais.
Fosse o que fosse que tinha visto, ainda não tinha falado com
Joey sobre isso. Imaginou que poderia ter sido cadáveres dos outros que
haviam sido experimentados, ou talvez a condição do bando de Zeus
quando foram libertados.
Joey não tinha certeza, mas Dean estava ficando melhor, e
sempre queria estar lá para ajudá-lo com isso.
Era duro encontrar um equilíbrio, no entanto. Joey não queria
estar no espaço do homem o tempo todo. Mesmo para um casal, pensou
que iria ficar chato, mas sempre havia jogos velhos para jogar. Joey
trouxe a Dean um café no outro dia com sal, tendo prazer quando Dean
cuspiu, pulverizando-o entre os lençóis em estado de choque.
Joey riu e riu. Não se importava se ia ter que lavar por causa
disso. Foi engraçado, e lembrou de como costumavam ser. Foi apenas
uma piada em nome dos velhos tempos.
Dean tinha rido, também, e o plano de Joey tinha trabalhado,
parecia fazer com que ele saísse de sua depressão mais do que qualquer
outra coisa que Joey tinha feito.
Além do sexo, é claro.
Quando Dean finalmente foi dada a permissão para sair da
cama, Joey não tinha gostado, mas mesmo ele tinha que admitir que
Dean tinha saltado para cima e começado a correr significava que estava
muito atrasado. Joey estava apenas sendo excessivamente preocupado
após o que tinha acontecido.
Foi bom, vê-lo tão feliz, ser capaz de sentir os braços de Dean
quando o homem o jogou sobre os ombros e levantou-o no ar.
Foi bom quando Dean convidou Joey para uma corrida rápida na
floresta, que era sempre seguida por sexo.
O sexo era demais.
Exceto que uma vez um dos novos alfas caminhou sobre eles
em sua verificação do território. Isso tinha sido estranho.
Todos estavam à espera de outro ataque para vir, mas um mês
se passou, depois dois, depois três, depois seis, e nada aconteceu.
Ninguém veio para atacá-los.
Joey tinha ouvido falar que a polícia tinha invadido as ruínas do
composto após Max ter queimado tudo, e tinha visto as imagens no
noticiário da polícia prendendo pessoas que trabalhavam no prédio onde
Joey, Todd, e Colten tinham sido sequestrados da primeira vez.
Estavam tentando se reagrupar, tentando criar mais wolfhounds
e fazendo lavagem cerebral em betas e ômegas.
Talvez estivessem tentando transformar mais seres humanos
em shifters também.
A lei estava levando isso a sério. Finalmente. Estava
acontecendo, e Joey nunca se sentiu mais feliz. Desejou que seus pais
pudessem estar vivos para vê-lo, mas onde quer que estejam pelo
menos não tinham com que se preocupar tanto.
Falou-se para Max e o resto do bando vir aberto, admitindo que
wolfhounds ainda estavam entre a população, que não eram estúpidas
máquinas de matar sem cérebro, mas no final, Max tinha decidido não
fazer.
Todd estava grávido novamente, e Max não queria trazer a
política para dentro do bando. Pelo menos ainda não. Joey não o
culpava. Ele estava terminado com a luta, e queria relaxar, desfrutar o
seu tempo em ser acasalado a Dean, para ser feliz sem se preocupar
com o resto do mundo.
Não seria sempre assim, mas férias era bom, a chance de curar
e fazer novas memórias.
Joey gostava aqueles melhores.
Além disso, ele e Dean estavam tendo o seu próprio berçário
pronto. Joey ainda estava um pouco assustado com isso, mas estava
acontecendo.
Supôs que deveria ter visto isso chegando. Ele era um shifter
agora. Poderia acontecer tendo relações humanas e shifter, mas não era
provável. Jason e George estavam tentando até agora sem sorte, mas
George era um cientista. Descobriria alguma coisa para fazer os
nadadores de Jason um pouco mais fortes.
Phoenix e Peter estavam fora disso. Joey tinha certeza que
Phoenix estava aterrorizado com a ideia de ter um filhote, e em suas
conversas Peter tinha admitido sentir-se muito jovem. Queria terminar a
sua escolaridade, crescer como um adulto, e fazer algumas coisas antes
de assumir essa responsabilidade de qualquer maneira.
Todos os outros no bando concordavam com isso. O único outro
ômega grávido era Sam, estava mais longe na gravidez. Seu filhote viria
primeiro, então, Todd e, então, Joey.
Muitos recém-nascidos ao bando. Logan parecia animado.
Joey e os outros tentaram dar boas-vindas ao mais novo
ômega, Max. Ainda era duro se acostumar com a existência de dois
Maxes no bando, e ainda estavam tentando chegar a um apelido para ele
que Max gostasse, mas não era tão ruim. No momento, ele era o ômega
Max, para Joey e Max era alfa Max.
Sim, foi estranho. No segundo que o ômega Max escolhesse um
sobrenome legal para si mesmo, todo mundo iria provavelmente chamá-
lo assim. O homem tinha chiado quando Griffin tinha brincando
chamando-o de Maxy.
O ômega Max tinha passado tanto tempo no composto, tinha
sido criado lá. Scott e Teddy sabia o que isso era, para serem ômegas
que viveram sob o medo de ser descoberto, de ser morto. Era terrível.
Estavam tendo problemas para tê-lo saindo da sua concha, e parecia
atordoado quando alguém mostrava abertamente carinho um para ao
outro.
Estava tão acostumado a esconder, mas se Scott e Teddy
tivessem qualquer chance, ele viria ao redor, e sua verdadeira natureza
iria mostrar-se.
Além disso, mesmo que ele e Zeus mal tocassem um ao outro
quando estavam em público, todo mundo podia ver como o alfa cuidava
de seu companheiro, zelava por ele e o amava. Estava em seus olhos
quando olhava para Max, ou a maneira como iria ficar no canto da sala,
enquanto os ômegas tentavam ensinar a Max um novo jogo. Ele nunca
tinha segurado um controlador Xbox em sua vida, e isso parecia um
crime.
— Eu costumava não olhar para ele fora de nossas celas, —
Zeus tinha admitido. Joey o tinha ouvido falar com Logan e alfa Max.
Parecia que teriam tido mais em comum, sendo os alfas de seus
respectivos bandos.
— Os seres humanos pensavam que eu o desprezava, ou o
temia como um rival. Temia que os humanos vissem algo como um sinal
de fraqueza, e percebesse o que era, então, e iriam matá-lo. Para isso,
era mais duro com ele do que era com os alfas. Não havia misericórdia
para qualquer um naquele lugar. Nem mesmo quando fomos forçados a
lutar entre nós. Os outros sabiam que quaisquer jogos ou lutas deveriam
fazer parecer real quando Max tinha de vencer, mas o sangue sempre
era derramado.
Zeus ficou em silêncio por um momento.
— Acho que ele teria me desprezado por ser tão duro, se não
tivesse sido seu companheiro.
Cristo, isso soou duro. Joey tinha se perguntado se Scott e
Teddy tinham sido forçados a lutar contra os alfas por diversão dos seres
humanos, mas era muito covarde para perguntar.
Isso o fez grato por sua vida. As coisas tinham sido difíceis,
mais difíceis do que qualquer pessoa normal deveria ter enfrentado ao
longo do último ano e meio. O bando de Joey tinha sido levado por seres
humanos psicóticos, ele tinha sido sequestrado por alguns grandes alfas
logo após e levado para esta casa, então, Joey tinha sido sequestrada de
novo, várias vezes antes de ser baleado, experimentado, e se
transformado em um shifter. Seus pais tinham sido torturados e
mortos...
Ele não culpava o pai pelo suicídio mais. Isso não teria
acontecido se não fosse por esse idiotas malignos que eram
praticamente os vilões dos desenhos animados, e agora eles estavam
mortos e enterrados. Não havia mais compostos para os seres humanos
trabalharem, agora que a policia foi envolvida.
E apesar de tudo isso, com seus pais mortos, e já não estando
com seu velho bando, Joey ainda tinha boas lembranças de seus pais.
Eles o adotaram e dado uma agradável e divertida infância. Ainda tinha
seus amigos Todd e Colten, e às vezes ainda mandava mensagem ao seu
antigo alfa para ver como as coisas estavam. Eles estavam muito
melhores ultimamente. Agora ele estava feliz acasalado ao maior cara no
mundo com um bebê a caminho. Estava fazendo novos amigos com o
ômega Max, e agora era um shifter.
Joey nunca teria se oferecido para ser mudado assim, mas
sendo perseguido por Dean na floresta e fazer amor lá fora era incrível.
Tinha que ser grato por isso também.
Mesmo que Dean não o perseguisse mais por perto depois de
descobrir sobre o filhote. Isso foi um infortúnio, mas era mais uma razão
para olhar para frente para o nascimento.
Mesmo que ia demorar mais cinco meses antes de acontecer.
Cristo, gravidez durava muito porra de tempo.
Dean estava recebendo sua vingança contra Joey por mantê-lo
praticamente na cama o tempo todo. Parecia ter essa ideia estranha que
uma pessoa grávida não podia também caminhar ao redor,
completamente bem, sem colocar em risco a criança.
Ele tinha certeza que viu Dean sorrindo sobre isso. O imbecil.
— Aqui está o seu café da manhã, e seu suco de laranja, —
disse Dean, segurando a bandeja.
— É orgânica? Não podemos alimentar a nossa criança com
veneno.
Dean fez uma careta. — A embalagem dizia orgânica. Olha,
aqui mesmo.
Merda. Dean sabia que Joey iria pedir-lhe para trazer a caixa
para cima. Ele se inclinou para baixo para que Joey pudesse vê-lo melhor
na bandeja. Ah bem.
Se Dean iria manter Joey na cama, então Joey iria manter Dean
trabalhando. Era justo, afinal.
— Ok, eu acho. Os ovos são de galinhas free range1, certo?
Dean piscou. Um pequeno músculo sob seu olho poderia ter
contraído, também. — Joey, você está falando sério?
— Totalmente sério! E se os ovos que estou comendo são
produzidos por galinhas escravas e isso dá alergias ao seu bebê?
Dean colocou a bandeja na mesa de cabeceira, antes de se
jogar ao lado dele na cama, suspirando. — Então, pelo menos, não vai
ser um bichano total.

1
Ar livre (Galinha caipira) denota um método de agricultura pecuária, onde os animais, pelo menos durante parte do dia,
podem se deslocar livremente ao ar livre, em vez de estar confinado em um recinto fechado durante 24 horas por dia.
— Dean!
Dean riu, inclinando-se longe de Joey antes que pudesse socá-lo
no ombro.
Então Dean chocou, inclinando-se para trás, colocando os
braços em volta dos ombros de Joey, e abraçando-o com força.
Joey ficou chocado com isso, então aquecido. Amor e calor
cresceram dentro dele enquanto abraçava Dean de volta. Seu estômago
não era quase grande o suficiente para manter qualquer distância entre
eles, de modo que Joey era capaz de aconchegar bem contra o peito de
Dean.
— Eu te amo, — Joey disse a sério. — Obrigado pelo café da
manhã.
Dean beijou seu templo. Não disse nada, apenas o segurou, e
foi bom.

FIM

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