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Capítulo 3 - Cinética Das Reações Catalíticas Controladas Pela Transferência de Massa
Capítulo 3 - Cinética Das Reações Catalíticas Controladas Pela Transferência de Massa
INTRODUO
Reaes fluido-slido podem apresentar limitaes em suas evolues em razo de
resistncias oferecidas ao transporte de matria de reagentes e/ou produtos, na fase fluida
externa e prxima aos gros slidos e no fluido no interior no da estrutura porosa do
catalisador.
No processo cataltico heterogneo cuja a reao global fluido-slido representada
r Produtos, interferem efeitos de transferncia de massa
pela equao A+bB catalisado
relativamente significantes quando comparados aos processos de interao na superfcie do
slido. Limitaes impostas s transferncias de massa decorrentes, conduzem a diferentes
valores de concentraes no seio do fluido, que circunda o slido, e prximo superfcie de
contato, onde ocorre o ato qumico.
Velocidades de reao destes processos, tomadas com base em composies
observveis, medidas no seio do fluido, conduzem, na maioria dos casos, a valores
aparentes em relao as taxas de reao na superfcie. Fenmenos de transferncia de massa
na camada externa de fluido em torno do slido e no interior de sua estrutura porosa,
podem ocorrer conjugados ou isolados, determinando a velocidade do processo, como
etapas controladoras.
EFETIVIDADE CATALTICA
Seja um slido poroso com atividade cataltica para processar uma reao do tipo
acima citada, imerso numa fase fluida que contm os reagentes (figura III.1):
leito fixo
fluido
catalisador
CA
CA
CA
CA
(III.1)
(III.2)
Valores de rAs so de difcil estimao, sob condies em que outras etapas fsicas
de transferncia de massa interferem. Eliminadas estas etapas, isto , identificando suas
ocorrncias em ordens de grandeza relativamente elevadas quando comparadas
velocidade de reao na superfcie, resulta que rAap = rAs , identificada ento como a
velocidade intrnseca do processo, em regime cintico-qumico de funcionamento do
catalisador. Sob condies em que efeitos de transferncia de massa so limitantes,
rAap difere de rAs e as etapas concernentes podem ento controlar o processo.
Os efeitos de transferncia de massa, que distinguem rAap de rAs , so
quantificados introduzindo-se o fator de efetividade A, assim definido, para o componente
A:
r
A = rAap
As
(III.3)
(III.4)
1
Vp
r (C A )dVp
(III.5)
Vp
A qual refere-se a uma velocidade mdia de velocidades rA(CA) em todo volume Vp do gro
de catalisador. Para seces uniformes do slido(S), onde Vp = SL, a equao III.5 reduzse a,
(III.6)
rAap
1
=
rA (C A )dx
L0
em que x varia de 0 a L.
Da expresso III.6, com rAap =
1
rA (C A )dx
L0
=
rAs
rAs obtm-se:
(III.7)
1 CA
A =
dx
L 0 C As
(III.8)
A = C dz
(III.9)
D Ae
dC A
dx
rAs
(III.10)
x=L
com rAap se identificando com a etapa controladora do processo controlado por difuso
intraparticular, atravs do fluxo difusivo estimado na interface slido-fluido. Nos dois
casos, a quantificao de A exige o conhecimento do perfil de CA no interior do
catalisador poroso.
DIFUSO E REAO
CATALISADOR
QUMICA
NA
ESTRUTURA
POROSA
DO
taxa molar
de A que
sai no elemento
de volume
taxa molar
+
de A consumido
no elemento
de volume
taxa molar
=
de A acumulado
no elemento
de volume
Admitindo processos em srie, de difuso e reao, em regime estacionrio, anulase o termo de acumulao de A no elemento de volume.
O fluxo difusivo NA e a velocidade de reao rAs escrevem-se a seguir segundo a
primeira lei de Fick e para uma reao de ordem n irreversvel:
N A = D Ae
rAs = kC A s
(III.11)
dC A
dx
(III.12)
(III.13)
dC A
dx
NA
x
L
(III.14)
ST N A x E N A x S +
cat
V rA s = 0
(III.15)
(N
Ax S
NAx
x
cat
rA s = 0
(III.16)
dN A
+
dx
cat
(III.17)
rA s = 0
dC A
=0.
dx
k m (C A C A e ) = D A m
(III.18)
dC A
dx
N A r = D e
dC A
dr
[mol m
s 1 ]
(III.19)
NA
R
r
(S
TE
NAr
SR S N A r
)+
cat
(III.20)
V rAs = 0
Lim
(r
NAr
r2 NAr
+ r2
cat
rA s = 0 ;
(III.21)
d r2NA
+
r 2 dr
cat
rA s = 0
(III.22)
em r = 0; no centro do gro,
dC A
=0.
dr
(III.23)
dC A
dr
NA
N A r = D e
dC A
dr
[mol m
s 1 ]
(III.24)
ST E N A r
SR S N A r S +
cat
V rA s = 0
(III.25)
Lim
(r N A r ) S (r N A r ) E
r
+r
cat
rA s = 0
(III.26)
d (r N A )
+r
dr
cat
(III.27)
rA s = 0
dC A
=0.
dr
k m (C A C A s ) = D A m
(III.28)
R
d 2C A
dx 2
cat
kC A = 0
(geometria retangular)
(III.29)
De
1 d 2 dC A
r
dr
r 2 dr
1 d dC A
De
r
r dr
dr
cat
kC A = 0
kC A = 0
cat
(geometria esfrica)
(III.30)
(geometria cilndrica)
(III.31)
C=
CA
x
r
; z= ; w=
CAe
L
R
(III.32)
(III.33)
d 2C A = C A ed 2C
(III.34)
dx = Ldz
(III.35)
dr = Rdw
(III.36)
dx = L2 dz 2
(III.37)
dr 2 = R 2 dw 2
(III.38)
(III.39)
Cn
1
d
dC
w2
=
2
dw
w dw
1 d
dC
w
=
w dw
dw
Cn
Cn
(III.40)
(III.41)
(III.42)
dC A
dCA
dC
=0 e
= 0 ou
= 0 e dC = 0
dr
dw
dx
dz
em x = L e r = R ou z = 1 e w = 1 ; C A = C A e ou C = 1
(III.43)
em x = L e r = R ou z = 1 e w = 1 ;
(III.44)
dC A
dx
k m (C A s C A ) = D e
ou k m (1 C ) =
D e dC
L dz
e km(CAs CA) = De
x =L
e
z =1
dCA
dr
r=R
( )
km(1 C) = De dC
L dw
w =1
2
cat rAs L
DAe CAe
(III.45)
- A > 0
; o processo funciona em regime cintico com interferncia das
resistncias difuso intraparticular, dito regime intermedirio ;
-
>> 1
expresso pela equao (III.29) para um gro cataltico de forma geomtrica retangular,
assim reescrito :
d De dCA = r
As
dx
dx
(III.46)
CA = CAi
(III.47)
x=0
dCA
=0
dx
(III.48)
(III.49)
rA dx = De
dCA
dx
(III.50)
A =
1 De dCA
L
dx
rAs
(III.51)
(III.52)
1 d (DeR )2 = De r
As
2 dCA
(III.53)
R=
CAi
CA0
De rA dC A
1/ 2
(III.54)
A =
21/2
L rAs
CA
CA0
De rA dC A
1/ 2
(III.55)
CAi
CA0
CA
CA0
1/ 2
De rA dC A
De dC A = L
(III.56)
Decorre que conhecendo-se rA , De, L e CAi pode-se ter acesso ao valor de CA0.
Sob regime de alta resistncia difuso a concentrao CA0 no interior do slido
cataltico (x = 0) se aproxima de zero. A introduo desta condio na equao (III.55)
conduz relao A = 1/A , para regime cintico francamente difusivo. Assim, retornando
equao III.55 de A formula-se a expresso do mdulo de Thiele generalizado :
Lr
A= 1/2A
2
CAi
0
De rA dC A
1/ 2
(III.57)
O mdulo de Thiele para uma reao de ordem n, cuja lei de velocidade assim se
expressa rA = kCAn, pode ser obtido de (III.57 ), segundo (III.58) :
A=
L rA
21/2
CAi
0
De kC nA dC A
1/ 2
(III.58)
A =
n 2
1+n kCAs L
2 DeCAs
1/ 2
(III.59)
(III.60)
(III.61)
rA =
1 +
k mA kCnAs-1CmBs
CA
ou
rA = ( 1 + 1 ) 1 C A
k mA k
(III.62)
(III.63)
rA =
1
CA
1 + 1
k mA k K A
(III.64)
(III.65)
Segue que jm relaciona-se com o nmero de Reynolds (Re = gvgdp/g), indicando efeitos
da velocidade da fase fluida sobre a transferncia de massa gs-slido da seguinte forma :
-
para Re (0,01 ,
para Re (50
50) : jm = 0,84Re-0,51
, 1000) : jm = 0,57Re0,41
Sh = 1,8 + 2,0Re1/3Sc2/3
(III.66)
fe =
LrAap
k mA CA
(III.67)
d 2C
= 2C
2
dz
com as condies de contorno seguintes:
em z = 0 ;
(III.69)
dC
=0
dz
em z = 1 ; C = 1
(III.70)
D e dC
L dz
(III.71)
z =1
A = Cdz
(III.72)
(D
2 C = 0
(III.73)
C = p exp( z ) + q exp( z )
(III.74)
(III.75)
1
C + C
exp( z ) + exp( z )
exp( ) + exp( )
(III.76)
Cos h [ z ]
Cos h []
(III.77)
kL2
De
k
L
De
(III.78)
Sob controle dos dois efeitos de transferncia de massa, sejam difuso nos poros e
transferncia na camada externa, resolve-se a equao (III.68), com as duas condies de
contorno (III.69) e (III.71).
Recorrendo-se soluo geral III.74, expressando-se a primeira derivada decorrente
da aplicao da primeira condio de contorno, obtm-se :
dC
dz
z =0
(II.79)
dC
= p[ e - e- ]
dz z=1
(III.80)
k mL
(1 C) = p[ e - e- ]
De
(III.81)
(III.82)
Cos h [ ] +
x
L
De
Sen h [
Lk m
A=
1
0
[cosh()]-1cosh(z)dz
(III.84)
A= [cosh()]
-1
1
0
(III.85)
(ez + e-z)dz
-1
1
0
(ez + e-z)dz
(III.86)
a qual resulta :
Ae = [-1tgh()]/{1 + [De/kmL]tgh()}
(III.87)
(III.88)
quantificados via balano de massa expresso pela equao (II.44), forma adimensional,
assim aplicada :
1 d w 2 dC = 2 C
w 2 dw
dw
(III.89)
- em w = 0
- em w = 1 ;
dC = 0
dw
ou
C = finito
C=1
(II.72)
(II.73)
- em w = 1 ;
( )
k m (1 C) = De dC
L dw
w =1
(II.74)
f(w)
2 w = 0
(II.75)
1 d w
w 2 dw
w f(w) f ( w )
w
w
f(w)
2 w = 0
(II.76)
a qual transforma-se em :
d 2f ( w ) 2
f(w) = 0
dw
(II.77)
Cuja soluo se apresenta de maneira similar quela da equao (II.54), assim expressa :
Cw = m ew + n e-w
(II.78)
(II.79)
(II.80)
C = [ w.senh()]-1senh(w)
(II.81)
CA = CAeR[ r.senh(R)]-1senh(r/R)
(II.82)
2
dC
1 d
w dw w dw = C
(II.83)
2
w 2 d C2 + w dC 2w2C = 0
dw
dw
(II.84 )
(II.85 )
s=0
(II.86 )
w=1
s=
(II.87 )
C(s) = s
i =0
a isi
(II.88 )
p 0
2ai-1 si = 0
(II. 89 )
(II.90 )
(II.91)
Nesta soluo identifica-se a funo de Bessel de ordem zero, Ip(s) = I0(s), com s = 0, tal
que :
I0(s) = (i-2)[s/2]2i
( II.92 )
C(s) = 2 a0 I0(s)
( II. 93 )
( II.94 )
(II.95)
C ' (s) +
s
2
s
C(s) = MI 0 (w)
(II.96 )
L[wC] = 0
C(s) = 0
C ' (s) = 0
(II.97 )
(II.98 )
(II.99 )