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14/6/2010

Mais de 100 mil toneladas de embalagens de agrotóxicos são retiradas


do meio ambiente
Logística

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No período de 2002 a 2008, a cadeia produtiva agrícola nacional retirou do meio ambiente 108 mil
toneladas de embalagens de defensivos agrícolas.

“Isso significa que ajudamos a reduzir a emissão de mais de 160 mil toneladas de dióxido de
carbono. A gente tem um benefício ambiental palpável, como resultado do trabalho e esforço de
toda a cadeia [produtiva]”, disse à Agência Brasil o presidente do Instituto Nacional de
Processamento de Embalagens Vazias (inPev), João Cesar Rando.

O Brasil é atualmente líder no processo de descarte correto desse tipo de embalagens em todo o
mundo. Já é considerado um centro de excelência e está se tornando uma referência no assunto,
afirmou Rando.

“O país tem uma lei inteligente que distribui responsabilidades a todos os elos da cadeia produtiva.
Acho que a integração de todo o sistema é importante. Todos os atores da cadeia produtiva, sejam
agricultores, revendedores, cooperativas, fabricantes, estão comprometidos com o sistema”.

Segundo o presidente do inPev, o elevado investimento realizado no país nessa área permitiu a
existência hoje de uma infraestrutura e logística adequadas. Isso envolve desde a coleta das
embalagens até a destinação final, por meio da reciclagem ou da incineração, utilizando o processo
de transporte reverso, em que os caminhões que entregam os produtos cheios retornam trazendo as
embalagens vazias. “São alguns pontos que fizeram com que o Brasil progredisse e avançasse muito
na gestão desse sistema”.

De acordo com dados do inPev, até o fim de abril de 2010, foram corretamente destinadas para
reciclagem 10 mil toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos. O presidente da entidade estima
que até maio, esse número deve ter se elevado em 20%, em comparação com o mesmo período de
2009, atingindo 13,8 mil toneladas retiradas do meio ambiente. A projeção para o ano de 2010 é
alcançar 31 mil toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos.

João Cesar Rando avaliou que a situação é bastante homogênea entre os estados que dão
destinação correta a esse tipo de embalagem. O Paraná, Mato Grosso e a Bahia estão acima da
média nacional de 95%. Outros, como o Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato
Grosso do Sul e o Maranhão, este em função da nova fronteira agrícola, também mostram bom
desempenho. “A situação está harmonizada. Hoje, não tem estados que não estejam fazendo um
trabalho bom”.

O inPev participa do 8º Encontro de Fiscalização e Seminário Nacional sobre Agrotóxicos, que ocorre
de hoje (14 ) até o próximo dia 17, em São Luís (MA).
 
Por Agência Brasil

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