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Comparando o inicio da administração colonial

inglesa, espanhola e portuquesa.

A administração colonial na américa teve diversas formas, variando de acordo com


a sua especificidade geográfica e assim intervindo no modo de exploração dessa
colônia.Sendo assim a administração colonial era de acordo com as necessidades dos
colonos daquela terra, pelo menos em tese.

A administração colonial inglesa pode se dividir em duas categorias ,a colônia de


exploração, e a colônia de povoamento, cada uma sendo representada
respectivamente pelas colonias de Chesapeake e as colonias da Nova Inglaterra.

Reconhencendo que não existia possiveis lucros imediatos com metais preciosos, a
administração de Chesapeake, passam então a a aplicar políticas para o
desenvolvimento de uma colonia voltada para o comércio. Com seu clima favorável a
agricultura iniciasse uma tentativa de exploração da terra, a princípio essa tentativa foi
catastrófica devido a falta de experiência de seu colonos no cultivo da terra, muitos
deles nobres que vieram em busca de enriquecimento rápido, nao tinham a habilidade
com a terra e nem a paciência necessária a qual a terra necessita.Nas primeiras
tentativas muitos foram os mortos devido a fome e rigorosos invernos.

Posteriormente a fim de transformar a colônia mais atraente para os emigrantes é


criada em 1618 o sistema de “direito de primazia”, onde fica estabelecido que seriam
concedidos 25 hectares a qualquer indivíduo que custeasse a vinda de um colono que
chegasse no entuito de cultivar a terra e que estivesse também proposto a pagar um
quitrent de uma xelim a companhia de virginha. Mesmo esse sistema se mostrando
muito benéfico para os especuladores, estimulou muito a chegada de novos colonos a
tentarem a sorte no novo mundo.

Pensando ainda no estimulo da emigração na area, as ‘’Leis Cruéis’’ que regiam a


disciplina militar dos colonos, foram substituídas pelas ‘’Leis Livres’’da Inglaterra.

Um sucesso colonial baseado no sucesso de interesses individuais dos colonos e com


a criação do primeiro Corpo Legislativo no novo mundo em 1619, a Assembléia de
Virginia,que chegou a reinvindicar o direito de auto governo local, foi grande o sucesso
nessa etapa da colonia. Com o fumo indigena em ascensão meteórica devido a sua
aceitação na europa e principalmente na Inglaterra, os virginianos gastaram todos os
seus esforços no plantio desse fumo, sempre visando o lucro próprio, dispersando
assim os interesses da companhia.
Posteriormente também houve a chegada dos negros e a modificação da leis, onde
transformava os negros em ‘’bem de raiz’’, a colônia seria uma terra de oportunidades,
mas somente para os brancos. Apartir da exploraçao da mao-de-obra negra foi
possivel o enriquecimento dos brancos virginianos.

Podemos comparar essa colônia com o modo de exploraçao portuquês, que ao


chegar as terras brasileiras não tendo a vista metais preciosos, investiu na plantações e
no comercio de escravos,somente com a descoberta de metais preciosos que o foco da
administração colonial portuquesa mudou. Uma administração baseada em capitanias
gerais com enormes latifundios reservados para o plantio, o que vimos igualmente nas
colonias de Chesapeake com seu sistema de plantation lucrativo somente para os
grandes proprietários de latifundios, que acabavam englobando os pequenos
proprietários.

Agora tomando como base as colonias da Nova Inglaterra vemos uma


administração colonial totalmente diferente. Com os embates religiosos ocorridos na
Inglaterra, muitos protestantes descontentes com os rumos das reformas anglicanas e
sua aproximação com a igreja católica, acabavam com seu dito cujo espirito puritano,
criando conflitos com o regime inglês. Sendo assim muitos desses puritanos
separatistas acabaram sendo expulsos da Inglaterra, alguns indo para a Holanda e
muitos outros indo se aventurar no novo mundo.

Os primeiros que aqui chegaram nas colonias nomeadas de Nova Inlgaterra


sofreram com doenças e os recorrentes casos de desnutrição devido inexperiência
com o manuseio com a terra e os rigidos invernos. Os poucos que sobreviveram se
adaptaram com a essas novas experiência de vida com a ajuda local indigena, e logo
surgiram colonias puritana. Posteriormente tais colonias foram absorvidas pela maior
e mais prospera colônia puritana, a Massachusetts Bay, que pode ser lembrada
tambem pelo pacto de Mayflower, uma ‘’constituiçao” que rogava um “corpo politico
civil” que governaria a todos sequindo a vontade da maioria, com a promesa de leis
iguais e justas seguindo sempre os ideais puritanos e separatistas da igreja católica.
Com o agravamento da situaçao dos puritanos na Inglaterra, em pouco mais de uma
decáda a Nova inglaterra já possuia 20.000 habitantes.

Em suma a administração da colonias da Nova Inglaterra não tiveram apoio da


metropole Inglesa, que via essa colônia como um modo de se livrar dos incomodos
puritanos em terras que não possuiam riquezas em metais preciosos e nem um clima
adequado para o plantio assim como era feito nas colonias mais ao sul. Sendo assim
tais terras nao eram vistas com bons olhos para a administração real da Inglaterra, mas
para os puritanos uma oportunidade de recomeçar uma nova vida baseando-se nos
ideais puritanos o que se fez possivel com a criação da companhia da baia de
Massachussets em 1629, atraves da carta regia, assinada pelo rei Carlos, que permitia
essa colonizaçao puritana.
Essa comunidade puritana assim denominda sagrada, seguia um conceito religioso
rigido e partia de uma democracia que em tese era iqualitária, mas que era exclusa as
mulheres e aos negros. Tal colônia possuia a Corte Geral, onde a principio era apenas
alguns punhados de magistrados governavam, estabeleciam as regras e julgavam os
casos da Nova Inglaterra com o intuito de defender os objetivos religiosos, mas dentro
de um ano colonos importantes exigiram voz nesse governo, e dessa forma os
magistrados decidiram que desse momento em diante todos os homens adultos
menbros da Igreja puritana poderiam ser considerados cidadãos e que poderiam
participa da Corte Geral. Tal organismo politico chegou ao grau de organismo
legislativo representativo quando deputados eleitos, o governador e os magistrados
começaram a se reunir separadamente em 1640, formando assim um legislativo
bicameral.

Sempre sendo uma colônia voltada para o desenvolvimento interno, sempre


investindo na educaçao de seus colonos, é uma colonia, como podemos ver, com uma
autonomia muito grande da metropóle, o que era muito contrastante com a
administração colonial espanhola, o que se deve obviamente pelo contato imediato
com metais preciosos,a espanha nunca precisou investir em bases agricolas de
exportação ou qualquer outro modelo sofisticado para colher frutos posteriores, a
espanha sempre teve em maos metais preciosos e so precisou se preocupar em como
administrar tais riquezas abundantes.

Vemos que a Espanha investiu pesado na administraçao da colônia, com diversos


cargos burocráticos, variações de niveis hierarquicos, uma certa independência da
metropóle foi feita necessária para poder resolver problemas internos sem ter que
interpela pela ajuda da corte espanhola que demoraria muito para aparecer devido a
longa distancia entre ambas. A preocupaçao espanhola com sua galinha de ovos de
ouro se devia obviamente pelos riscos que tal colonia atraia, podemos citar desvios de
metais preciosos dos colonos e assim o não pagamento do quinto, desvios para o
mercado externo sem passar pela espanha, o perigo de navios piratas que estavam
encarregados pelas maiores potencias européias de roubar tais riquezas. Era um
trabalho muito difícil e o que requisitou uma enorme mão burocrática para poder ser
realizada e mesmo assim esporádicamente tais exemplos anterios ocorriam
inevitavelmente.

A mao-de-obra utilizada foi a indigena com a benção da igreja católica, com a


desculpa da catequização. As elites locais eram os espanhois vindo da metropole e
gradualmente seus filhos nascido na colonia. Podemos concluir que tais caracteristicas
foram obviamente muito diferentes dos outros tipos de administrações colonias.

Referências
. Uma reavaliaçao da História dos Estados Unidos, de Colônia a Potência Imperial; Charles
Sellers, Henry May, Neil R, McMillen.Traduçao: Ruy Jungmann. Jorge Zahar Editor, Rio de
Janeiro.

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