Salvo poucas exceções, as técnicas instrumentais são denominadas de técnicas
secundárias, ou seja, é necessário que o analista forneça referências ao equipamento para que este correlacione os dados para identificar a concentração do componente de interesse (analito) na amostra.
A forma mais usual de se executar a calibração de um instrumento é através da
curva analítica (ou curva de calibração), que consiste em preparar padrões com concentrações conhecidas do analito e matriz (amostra menos o analito) o mais próximo da realidade da amostra em estudo. na maioria das vezes, existirá uma relação linear entre concentração do analito e sinal de resposta do equipamento.
Outras formas de calibração instrumental são:
- Método de adição padrão: A adição de uma quantidade exata da amostra em
estudo é feita na curva analítica preparada. Este método vai requerer maior quantidade da amostra e, normalmente, maior tempo de execução. Por outro lado, todas as amostras preparadas estarão submetidas às mesmas condições de matriz, minimizando ao máximo interferências na análise desta natureza. A determinação da concentração do componente em estudo é obtido através da extrapolação da curva analítica até o eixo x (concentração), obtendo o valor em módulo. Um exemplo deste método é a determinação de metais em amostras com matriz de lodo residual em área de manguezais.
- Adição de padrão interno: O Padrão Interno é uma substância ausente na
amostra e padrões, adicionada em quantidade constante a todas as amostras, brancos e padrões. Tem a finalidade de compensar erros aleatório e sistemático, efeitos de matriz e preparo de amostra (no caso do Padrão Interno ser componente majoritário). A correlação será feita entre concentração e razão do sinal de resposta do analito com sinal de resposta do Padrão Interno (Conc. X Sanalito/SP.I.). Um exemplo do uso de Padrão Interno é o estudo de Na+ e K+ em soro sanguíneo utilizando Li+ como P.I.