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Cinco Passos para a Libertação

Por Patrícia kenney

1) Não resistência- Aceitação


Aceitação é a primeira e mais importante ação libertadora. Nunca é fácil aceitar aquilo que não
queremos experimentar na vida, ou conviver com quem não queremos ter por perto, ou lidar
com situações de conflito. Ninguém gosta disso e muitas vezes nos perguntamos como nos
metemos nessa. Não resistir é inaceitável para o ego, cuja primeira reação é sempre negar,
fugir ou atacar e isso acontece porque, no seu entender, o que quer que seja que ele tenha que
“enfrentar” parte de algo separado de si mesmo. Além disso, o ego tem um forte apelo
primitivo de sobrevivência, portanto não é ao ego que devemos pedir que aceite uma situação,
mas a alguém mais elevado e só seremos capazes de alcançar esse eu superior e, finalmente,
não resistir a uma situação, quando formos aptos de compreender o todo.
Depois de entendermos o processo de libertação e soubermos aplicá-lo na nossa vida, a
ACEITAÇÃO passa a ser a ÚNICA ação necessária, pois libertos somos capazes de até encarar o
desafio com uma ponta de curiosidade, e nos perguntar: O que será que o Universo quer me
mostrar com isso?
Aceitação também significa parar e olhar para sua vida e dizer: ISSO (a situação) é o que existe
nesse momento, por enquanto. E, o que me perturba é uma interpretação equivocada da
presença de Deus e, portanto, de uma forma que eu ainda não entendo... ISSO não é real!
Quando eu digo erro de interpretação, não quero dizer que o que lhe parece ruim deva ser
visto como bom – de forma alguma! A verdade é que Deus, sendo Tudo, perfeito, abundante e
bom, jamais poderia aparecer de outra forma, e o que está a sua frente só pode ser uma visão
distorcida. Por exemplo, se você luta contra uma doença, sabe que está enfrentando um mal
que parece bem real para você. Mas, se você pode compreender que Deus não pode se
manifestar de maneira ruim, então só lhe resta aceitar que esta doença não pode existir de
fato, mesmo que por enquanto lhe pareça real.

2) Não julgamento
Não devemos julgar a situação que enfrentamos como boa ou ruim, principalmente porque já
sabemos que o ego tem uma visão distorcida do mundo – construída a partir de suas crenças e
repertório cultural. Por essa razão, não julgue também o Ego.
É claro que existem extremos que causam muita dor, medo e opressão, mas quanto mais
liberta for a sua alma menos você se verá em situações extremas. Além disso, muita gente que
já se viu vivendo uma circunstância limite, geralmente sentiu conjuntamente a presença de
Deus, porque nesses momentos sabemos que nada podemos fazer, chamamos por ele e não
raro surgem as condições favoráveis para o que se pode chamar de milagre: o mundo de Deus
demonstrando que o mundo do homem não é tão real quanto ele imagina.
Nossos pequenos desafios do dia-a-dia podem ser superados com uma postura de aceitação e
não julgamento. Essa atitude leva naturalmente ao desapego, o que nos leva ao terceiro passo.
3) Desapego
Quando surge a aceitação e a capacidade de não fazer julgamentos, nós sentimos natural
desapego a aquilo que antes parecia extraordinário, e o que lhe roubava a paz de espírito passa
a ocupar o seu devido lugar. É apenas uma circunstância do mundo da forma, do que é
manifesto, e sendo algo que pertence ao tempo e ao espaço, é passageiro – não vai durar para
sempre, mesmo que lhe pareça assustador nesse momento. Também é algo que não diz quem
você é, nem pode afetar seu verdadeiro ser.
Com o desapego você se projeta para fora e surge uma distância, um espaço entre você e a
situação. Esse espaço vazio é ocupado por aquilo que não é manifesto, um aparente nada que
na verdade é ocupado pela consciência – você se expande – coloca o seu ego/ser material de
um lado, a situação do outro e ocupa essa distância com sua consciência observadora. Ao criar
esse espaço, enfim, você deixa a consciência entrar – aquela que é UM com Deus e a única que
pode fazer manifestar o mundo de Deus na Terra. Esse espaço vazio é a verdadeira PAZ de
DEUS.
(Esse espaço de NÃO SER da consciência está muito mais presente do que você imagina. É o mesmo
nada que permeia e suporta todo o universo, o gigantesco espaço que sustenta todos os planetas e que
está, inclusive, dentro e fora da matéria – uma vastidão de um nada que ampara cada partícula, cuja
massa, em última instância é apenas energia – a vontade da Mente que se fez carne. Essa Vontade faz
com que tudo se manifeste, surge de um estado de NÃO SER para SER. A consciência “encarna”, seja
numa palavra, sentimento, ação, ou algo material. Nós fazemos isso o tempo todo, porque somos
criadores como Deus, mas é importante ver que podemos criar segundo a mente do ego e, portanto
imagem e semelhança deste, OU, podemos criar em conjunto com a mente do Pai, manifestando um
mundo que pouco conhecemos ainda.)

4) Cura
A presença da consciência permite ver o mundo de outra dimensão – da dimensão do Divino,
do não manifesto, Daquele que é eterno, Daquele que é onipresente (por estar em todo lugar),
onisciente (porque é a única consciência) e onipotente (porque sendo UM, não tem oponentes,
nem oposição, ou seja não tem com que se estressar). O único Ser é Deus, que só pode criar
segundo sua imagem e semelhança, só pode criar o bom, o bem e o perfeito.
Quando há espaço para a consciência, ela transforma o mundo da forma, corrige imperfeições,
faz manifestar na Terra o mundo de Deus, produz os chamados milagres que nada mais são do
que a correção do erro. Erro, este, criado e produzido pelo Ego humano aprisionado à crenças
equivocadas.

5) Presença
Seguindo os passos anteriores e compreendendo cada um deles, estaremos 100% presentes. A
Consciência do Filho de Deus presente na Terra. Viver o agora é tudo o que há. Estar atento ao
presente e ser o observador que vê a “vida” do lado de fora e tem a capacidade de colher todas
as informações possíveis, informações extras que o ego, preso na sua vidinha limitada e tensa,
não consegue apreender.
Da posição do observador, você cria o espaço necessário para perceber, também, que não
existe o passado e o futuro e que essas duas dimensões existem apenas para o ego, que é seu
personagem no tempo/espaço da forma. O ego nunca vive o presente, pois o presente é da
dimensão do eterno, é o único instante onde Deus pode interferir e onde os milagres podem
ocorrer.
Você só pode sentir a presença de Deus nesse exato instante que é tudo o que existe – o resto
é o sonho da forma.
Enfim, estando presente, observador consciente, você pode olhar seu mundo com olhos divinos
e será capaz de ver tudo com a aceitação necessária. Não vai resistir aos chamados do mundo
porque, no mínimo, você sabe e sente que não está realmente lá. Sua vida deixa de ser tão
assustadora, e como alguém desperto num sonho, você pode DECIDIR o que sonhar e que
experiências viver.

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