Você está na página 1de 2

Partenogénese

Uma dragão-de-komodo no Zoológico de Londres chamada Sungai fez


uma postura de ovos no fim de 2005 depois de estar separada de
qualquer companhia masculina durante mais de dois anos. Os
cientistas assumiram inicialmente que ela tinha sido capaz de
armazenar esperma desde o seu contactos anteriores com um macho,
uma adaptação conhecida como superfecundação.[31] A 20 de
Dezembro de 2006 foi relatado que Flora, uma dragão-de-komodo que
vivia no Zoológico de Chester de Inglaterra, era a segunda dragão-de-
komodo que fez uma postura de ovos não-fertilizados: ela pôs 11 ovos,
sete dos quais eclodiram, todos eles machos.[32] Cientistas de
Universidade de Liverpool no Norte de Inglaterra fizeram testes
genéticos aos três ovos que colapsaram quando foram transferidos
para uma incubadora, e verificaram que a Flora não tinha tido contacto
físico com um dragão macho. Após ser descoberta a condição dos ovos
de Flora, testes mostraram que os ovos de Sungai também tinham sido
produzidos sem fertilização externa.[33]

Dragão-de-komodo partenogénico bebé, Zoológico de Chester,


Inglaterra

Estes animais tem o sistema de determinação do sexo ZW em


contraste com o sistema XY presente nos mamíferos. O facto de só
terem nascido machos, mostra que os ovos não-fertilizados eram
haplóides (n) e que duplicaram os seus cromossomas mais tarde para
se tornarem diplóides (2n) (sendo fertilizados por um corpo polar, ou
por duplicação dos cromossomas sem divisão celular, ao invés de ela
por ovos diplóides por falha de uma das divisões meióticas
reductores). Quando uma dragão-de-komodo fêmea (com os
cromossomas sexuais ZW) se reproduz dessa maneira, fornece à sua
prole apenas um cromossoma de cada par que possui, incluindo
apenas um dos seus dois cromossomas sexuais. Este conjunto singular
de cromossomas é duplicado no ovo, que se desenvolve
partongeneticamente. Ovos que recebem um cromossoma Z tornam-
se ZZ (macho); os que recebem um cromossoma W tornam-se WW e
não se desenvolvem.[34][35]

Foi sugerido que esta adaptação reprodutora permite que uma fêmea
sozinha entre num nicho ecológico isolado (tal como uma ilha) e
produzem machos por partenogénese, estabelecendo assim uma
população capaz de se reproduzir sexualmente (através de reprodução
com os seus descendentes que pode resultar na produção tanto de
machos como de fêmeas).[34] Apesar das vantagens de tal adaptação,
os zoológicos estão avisado que a partenogénese é prejudicial para a
diversidade genética,[36] devida à óbvia necessidade de cruzamento
entre a única fêmea mãe com os seus descendentes macho.

Você também pode gostar