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1.

Amplificadores Operacionais

Os amplificadores operacionais são comumente utilizados para se obter variações


de tensão (amplitude e polaridade), em osciladores, filtros (que tem como finalidade a
compensação do sistema) e diversos outros tipos de circuitos dentro da instrumentação. O
amp-op possui estágios amplificadores diferenciais para atingir um ganho de tensão muito
alto, onde cada entrada resulta em uma saída de mesma polaridade (ou fase) ou em uma
saída com polaridade (ou fase) oposta, dependendo do sinal: se ele está aplicado à entrada
positiva ou à entrada negativa.

Fig. 1 Desenho esquemático do Amp-Op básico

Os amp-ops podem ser conectados a uma grande variedade de circuitos e


utilizados em várias aplicações operacionais, nos tópicos abaixo serão vistos algumas
dessas variações de circuitos.

1.1. Amplificador Inversor

Este é o amplificador de ganho constante mais utilizado, sua saída é obtida pela
multiplicação da entrada por um ganho fixo ou constante fixado pelo resistor de entrada R1
e o resistor de realimentação Rf. Essa saída também é invertida com relação a entrada. Este
amplificador é muito utilizado combinado com outros tipos de amp-ops para formarem
outros tipos de amplificadores e até controladores operacionais como será visto mais
adiante. Abaixo segue equação característica e esquema do mesmo (Fig.2).
Rf
VO =
R1

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Fig. 2 Amplificador Inversor

1.2. Amplificador Integrador

Como é visto na Fig. 3 a realimentação do amplificador integrador é constituída


por um capacitor e através da Lei de Kirchoff chega-se na equação característica abaixo:
1 t
Vo = − ⋅ ∫ Vi ⋅ dt
RC 0

Se existir uma tensão inicial no capacitor, o valor da mesma será somado ao


resultado da equação acima. Aplicando um sinal retangular simétrico na entrada do
integrador, obtemos uma saída triangular conforme Fig. 4, onde em baixas freqüências o
ganho aumenta e em baixas tende ao infinito.

Fig. 3 Amplificador Integrador

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Fig. 4 Entrada retangular com saída triangular

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O amplificador integrador tem problemas para estabilizar o ganho com entradas
em baixas freqüências, para isso são acrescentados dois resistores no sistema como é visto
na Fig. 5, com isto o sistema pode trabalhar tanto em freqüências altas quanto em baixas e
passa a ser chamado de integrador prático.

Fig. 5 Integrador Prático

1.3 Amplificador Derivativo

Este sistema apresenta uma saída proporcional à taxa de variação do sinal de


entrada, observando a Fig. 6 e utilizando a Lei de Kirchoff obtemos a equação característica
abaixo e reparamos que o sinal de saída tem uma inversão em relação ao sinal de entrada.

dv i
V0 = −RC ⋅
dt

Fig. 6 Amplificador Derivativo

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Aplicando-se um sinal triangular simétrico na entrada deste sistema, acarretará em
uma saída de sinal retangular conforme Fig. 7, ou seja este sistema ao invés de integrar
deriva o sinal de entrada até zera-lo, por isso este sistema nunca é utilizado sozinho, sempre
é utilizado em conjunto com algum outro amplificador.
O amplificador derivativo assim como o integrador tem uma série de problemas,
assim como visto no amplificador integrador, ele tem instabilidade de ganho, sensibilidade
a ruídos e processos de saturação muito rápido, para solucionar tais problemas são
adicionados ao sistema dois resistores, como podemos observar na Fig. 8.

Fig. 7 Entrada triangular com saída retangular

Fig. 8 Amplificador Derivativo Prático

2. Controladores Analógicos com Amp-Ops

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Os amplificadores operacionais citados anteriormente, podem ser combinados e
terem a função de controladores analógicos das mais variadas possíveis. A seguir será
mostrado alguns desses tipos de controladores montados com amp-ops.

2.1. Controlador Proporcional

O controlador proporcional consiste em uma relação linear entre o sinal de erro de


entrada e saída, com isso a saída do processo obedecerá tendo uma resposta proporcional ao
comando do controlador, ou seja, o controlador proporcional é basicamente um
amplificador com ganho ajustável que quando tem um erro nulo apresenta um valor fixo de
saída, como podemos observar nas Figs.9 e 10.

Fig. 9 Comportamento do Controlador Proporcional

Fig. 10 Controlador Proporcional

Através do esquema anterior retiramos a equação característica do sistema e se


percebe a utilização de dois amplificadores, um proporcional e o outro inversor para a
formação do controlador:

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R 
V0 =  2  ⋅ V E +V 1
 R1 
Um exemplo de aplicação deste controlador seria em sistemas de controle de
temperatura conforme indicado na Fig.11, além do controle de velocidade feito pelo
motorista de um carro também ser proporcional, mais neste caso o controlador proporcional
é o próprio motorista.

Fig. 11 Ação de
um Controlador Proporcional

2.2.Controlador Integral

O controlador integral atua com um aumento em taxa proporcional à integral do


erro da variável controlada, ou seja, o controlador acaba sendo a integral do erro ao longo
do tempo multiplicada pelo ganho de integração, ou constante de proporcionalidade.
Este tipo de sistema geralmente é aplicado no controle de velocidade de motores
de corrente contínua, onde o controlador envia continuamente o erro gerando rampas de
aceleração ou desaceleração de acordo com a necessidade do equipamento e o pré-ajustado
pelo operador do mesmo.
Geralmente o controlador integral é utilizado em uma combinação com o
controlador proporcional como é visto na Fig. 12, e através dela é obtida a equação
característica abaixo:
1 t
V0 (t ) = ⋅ ∫ V E (t ) ⋅ dt +V1 (0)
RC 0

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Fig.12 Controlador Proporcional

2.3. Controle Derivativo

O controlador derivativo aplica ao sistema uma correção proporcional à


velocidade com que o desvio aumenta, portanto o sistema de controle derivativo nunca é
utilizado de forma isolada, pois no caso ter um erro nulo ou constante a saída do
controlador não irá apresentar variação no sinal de saída. Na Fig. 13 é observado o esquema
de um controlador derivativo, onde se mesclam os amplificadores derivativos e inversores,
estes que tem a seguinte fórmula característica:
dv (t )
V0 (t ) = R2 C E
dt

Fig. 13 Controlador Derivativo

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Referências Bibliográficas

Bibliografia Consultada:

[1] Ogata, Katsuhiko. Engenharia de Controle Moderno. 4º Editora Prentice-Hall

[2] Pertence Jr, Antonio. Amplificadores Operacionais e Filtros Ativos. 5º Editora Makron
Books

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