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10 º Ano

PROPOSTA DE CORRECÇÃO DO TESTE – 28/10/2010

Grupo I

1.1 Para o historiador tudo é documento histórico ou fonte. É todo o tipo de vestígios que
permite a reconstituição das vivências, das mentalidades dos homens no tempo. Faz-se
História com documentos escritos, mas também sem eles (com elementos figurativos fruto
de escavações arqueológicas, utensílios ou tradições orais). Faz-se com todos os vestígios
da presença humana, sejam eles paisagens, telhas, catedrais ou pinturas. O alargamento
do conceito de documento tem como objectivo captar a totalidade da vida humana.

1.2 900 a. C. – século IX a. C.


753 a. C. – século VIII a. C.
509 a. C. – século VI a. C.
272 a. C. – século III a. C.
146 a. C. – século II a.C.
46 a. C. – século I a. C.
27 a. C. – século I a. C.

1.3 Doc. C – fonte primária escrita


Doc. D – fonte primária material
Doc. E – fonte secundária escrita
Doc. F – fonte primária material
Doc. G – fonte primária oral
Doc. H – fonte secundária escrita
Doc. I – fonte primária material

Grupo II

1.1 Segundo Aristóteles, a polis devia integrar: um território capaz de prover as


“subsistências” dos cidadãos, ou seja, a sua auto-suficiência, em todos os aspectos,
sobretudo no económico – ideal de autarcia; as artes, que são os ofícios indispensáveis à
realização das actividades económicas; as armas, isto é, os recursos militares, elementos
indispensáveis à defesa (segurança externa e ordem interna); as riquezas e outros
recursos; o elemento religioso – o culto; a autonomia e força política que dependiam da
existência do corpo cívico (o conjunto dos cidadãos).

1.2 O ideal de autarcia é a auto-suficiência económica da polis grega, resultante da


fragmentação política e consequente rivalidade entre as diferentes cidades-estado.

1.3 O espaço cívico grego organizava-se em torno da acrópole, zona elevada e fortificada da
cidade onde se localizavam os templos e edifícios destinados às cerimónias religiosas
dedicadas aos deuses protectores da cidade. Num nível inferior ao da acrópole existia um
espaço destinado ao comércio, actividades religiosas e manifestações cívicas (assembleias,
reuniões…) – a agora, centro administrativo e económico da polis.
1.4 A democracia ateniense era um modelo político que assentava no poder e igualdade dos
cidadãos. Tucídides diz mesmo que o “ (…) Estado é administrado no interesse da maioria
(…)” e que a igualdade é assegurada a todos pelas leis. Apesar de imperfeito, este modelo
serviu de base aos regimes democráticos actuais. Nele, todos os cidadãos, a partir dos 20
anos (após o cumprimento do serviço militar), podiam e deviam participar – os cidadãos
tinham igualdade de acesso aos cargos políticos (isocracia), sendo o poder efectivamente
exercido pelo povo. Os cidadãos usufruíam de igualdade perante a lei (isonomia), não
sendo concedidos privilégios baseados na riqueza e sendo reconhecido a todos o direito de
defender as suas ideias (isegoria). Assim, como afirma Tucídides, “(…) Todos são
considerados em função dos seus méritos (…)”.
A democracia ateniense era amplamente participada, cada cidadão actuava directamente
(participando na assembleia, elegendo, sendo eleito ou sorteado para o desempenho de
cargos políticos), exercendo o seu direito de cidadania (democracia directa). Aliás, a não
participação nos assuntos públicos era mal vista.

1.5 A educação das crianças e jovens de Atenas tinha como objectivo a formação de um
cidadão completo, daí que a educação seja uma prioridade em termos legislativos, como
diz Aristóteles “A educação das crianças (…) apresenta-se como um dos primeiros cuidados
do legislador. (…)”. Esta formação era centrada no desenvolvimento intelectual, moral,
físico e artístico, isto é, directamente relacionada com a futura participação do jovem no
governo da polis. O jovem preparava-se para ser cidadão: a partir dos sete anos, o rapaz
deixava o gineceu e, acompanhado por um pedagogo (nas famílias mais ricas), aprendia a
escrita e leitura baseando-se nas obras homéricas, das quais retirava ensinamentos
morais; aprendia, ainda, álgebra e música. Mais tarde cumpriria o serviço militar,
preparando-se integralmente para o exercício das suas responsabilidades cívicas. Na ágora
completava a sua formação intelectual.
A educação das raparigas conduzia-as para a passagem da tutela do pai para a do marido,
não tendo qualquer participação na vida política.

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