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Alexandre Lugon - DT ICMS
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2. UNIDADE II
Competência Tributária:
Competência para estabelecer normas gerais de Direito Tributário
Competência da União, Estados, D.F. e Municípios para instituir
Tributos.
Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar:
Princípios Constitucionais Tributários e Imunidades
3. UNIDADE III
Legislação Tributária:
Leis
Emendas à Constituição
Leis Delegadas
Leis Complementares
Leis Ordinárias
Medidas Provisórias
Decretos Legislativos
Resoluções do Senado Federal
Tratados e Convenções Internacionais
Decretos
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Normas Complementares
Convênios ICMS
Vigência da Legislação Tributária
Aplicação da Legislação Tributária- Exceções à Irretroatividade
Interpretação e Integração
4. UNIDADE IV
Obrigação Tributária:
Elementos estruturais
Fato Gerador
Sujeito Ativo e Sujeito Passivo
Prestações
Obrigação Tributária Principal e Acessória
Princípio do "Non Olet"
Convenções Particulares
Solidariedade
Capacidade Tributária Passiva
Domicílio Tributário
Responsabilidade Tributária:
Responsabilidade por Substituição e por Transferência
Responsabilidade dos Sucessores
Responsabilidade de Terceiros
Responsabilidade por Infrações
5. UNIDADE V
Crédito Tributário:
Natureza Jurídica
Lançamento Tributário:
Definição
Regência do Lançamento Tributário
Hipóteses de Alteração
Modalidades do Lançamento Tributário
Hipóteses de suspensão da exigibilidade do Crédito Tributário:
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Moratória
Depósito do Montante Integral
Reclamações e Recursos
Liminares e Tutelas Antecipadas
Parcelamento
Extinção do Crédito Tributário
Pagamento
Compensação
Transação
Remissão
Prescrição e Decadência
Ação de consignação em pagamento
Conversão do depósito em renda
Pagamento antecipado e ulterior homologação
Decisão administrativa irreformável
Decisão judicial transitada em julgado
Dação em pagamento em bens imóveis
Exclusão do Crédito Tributário
• Isenção
• Anistia
6. UNIDADE VI
Garantias e Privilégios do Crédito Tributário
7. UNIDADE VII
Administração Tributária - Fiscalização
8. UNIDADE VIII
Direito Penal Tributário
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Comentários.
A questão versa sobre a prevalência da lei sobre os contratos em se
tratando da definição dos elementos estruturais da relação jurídica
tributária. De acordo com o inciso II do art. 121 do Código Tributário
Nacional, a figura do “responsável tributário” , como sujeito passivo
indireto, depende de previsão expressa em lei:
“Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.... II - responsável,
quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra
de disposição expressa de lei.”
No entanto, a elaboração de contrato entre particulares para definição
de responsabilidade é lei apenas entre as partes, não prevalecendo para
fins de atribuição de responsabilidade tributária perante a Fazenda
Pública, uma vez que a definição de sujeito passivo é matéria objeto de
legalidade, exigindo previsão expressa em lei. É o que dispõe o art. 123
CTN, segundo o qual as convenções particulares não prevalecem para
fins de alteração da definição legal do sujeito passivo, salvo previsão na
própria lei:
“Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções
particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos,
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não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição
legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes”.
Por último, cabe ressaltar que, no caso exposto, tratando-se de
sucessão de fundo de comércio, em situação regular, ou seja, fora de
um processo de falência ou de recuperação judicial, estaria correto
atribuir ao adquirente do fundo a responsabilidade pelos tributos
devidos pelo fundo adquirido até a data da aquisição, desde que haja
continuidade, pelo adquirente, na respectiva exploração. O que pode
variar é o grau de responsabilidade, ora em caráter pessoal (diz o CTN
“integral”), ora em caráter subsidiário. Segundo o art. 133 CTN: “A
pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por
qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial,
industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a
mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde
pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos
até à data do ato: I - integralmente, se o alienante cessar a exploração
do comércio, indústria ou atividade; II - subsidiariamente com o
alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis
meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em
outro ramo de comércio, indústria ou profissão.”.
Gabarito oficial: alternativa “d”.
Portanto, correto o gabarito oficial (alternativa “d”), uma vez que a
convenção particular não prevalece sobre a definição legal de
responsável, nos termos do art. 133 CTN. Definição de responsabilidade
tributária é assunto que exige previsão em lei.
A alternativa “a” está incorreta, uma vez que a responsabilidade do
sucessor é para os fatos geradores ocorridos até a data da
transferência, independentemente de ter havido ou não, até esta data, a
apuração do crédito tributário. Vale o surgimento prévio da obrigação
pela ocorrência do fato gerador.
A alternativa “b” está errada, pois o alienante somente estaria excluído
da responsabilidade na hipótese do art. 133, I CTN, caso o alienante
cessasse totalmente suas atividades, o que não foi mencionado na
questão.
A alternativa “c” está errada, pois, como já explicamos, nos termos do
art. 123 CTN, as convenções particulares, regra geral, não têm poder de
alterar definição legal do sujeito passivo. Trata-se de matéria objeto de
legalidade.
A alternativa “e” está errada. Além do já exposto, face à definição do
alienante como responsável legal, conforme art. 133, I CTN, não há
como excluir a aplicação de tal dispositivo pela alegação de um
planejamento tributário. A evasão lícita é nome impróprio atribuído
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como sinônimo de elisão fiscal, ou seja, redução ou exclusão de tributo
por meios lícitos. Não seria a justificativa da questão. Prevalece a
alternativa “D”.
Comentários.
Está correto o gabarito oficial: alternativa “a”.
Em se verificando a existência de infração à legislação tributária, cabe
constituição do crédito por lançamento de ofício, para aplicação de uma
multa, conforme dispõe os incisos VI e VII do art. 149 CTN:
“art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade
administrativa nos seguintes casos: ...VI - quando se comprove ação ou
omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê
lugar à aplicação de penalidade pecuniária; VII - quando se comprove
que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo,
fraude ou simulação”.
Portanto, haverá ato de constituição de crédito tributário, assegurando-
se a ampla defesa, como princípio constitucional.
A alternativa “b” está errada. Uma vez que a constituição do crédito
seja relativa a tributos ou penalidades, está sujeita a prazo decadencial,
prazo este que é fatal, sob pena de perda da faculdade de lançar por
parte da Fazenda Pública. No caso de infração, aplica-se a contagem
segundo o art. 173 CTN:
“art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário
extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: I - do primeiro dia do
exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado; II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver
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anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se
definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data
em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela
notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória
indispensável ao lançamento.”
Além do exposto, uma vez constituído o crédito pelo lançamento, a sua
exigibilidade via ação judicial de execução fiscal fica sujeita,
invariavelmente, a prazo prescricional, cuja inércia da Fazenda Pública
acarreta perda da faculdade de exigir. Isso se aplica tanto aos tributos
como também às penalidades pecuniárias, ambos prestações
integrantes do crédito tributário. Vide art. 174 CTN: “a ação para a
cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da
data da sua constituição definitiva.”
A alternativa “c” está incorreta, uma vez que a responsabilidade por
infrações poderá ser atribuída tanto ao contribuinte como aos
responsáveis tributários, que são os sujeitos passivos indiretos da
relação jurídica, diferenciando-se dos contribuintes, que possuem
relação direta e pessoal com o fato gerador. Isso fica evidenciado nas
várias hipóteses de responsabilidade tributária, como, por exemplo, no
§único do art. 134 CTN, que define como responsável solidário o terceiro
responsável, estendendo a estes a responsabilidade pelas multas de
caráter moratório:
“Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da
obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com
este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem
responsáveis: ....Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica,
em matéria de penalidades, às de caráter moratório.”
A alternativa “d” também está incorreta, uma vez que o CTN prevê
hipóteses de responsabilidade pessoal do agente, principalmente quando
este age com excesso de poder, como, por exemplo, evidenciado no art.
135 CTN:
“Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados
com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:
I - as pessoas referidas no artigo anterior (art. 134 CTN) , ...”
A alternativa “e” está errada, pois, ao contrário do Direito Penal
Tributário, que tem por objeto os crimes e contravenções, no Direito
Tributário Penal, cujo objeto são as infrações administrativo-fiscais, a
regra é que a responsabilidade pelas infrações não depende de
comprovação de conduta dolosa, basta a culpa, ou seja basta
negligência ou imprudência. Repito que no Direito Tributário Penal,
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entenda-se, aquele que cuida da análise das infrações administrativo-
fiscais, a responsabilidade por infrações é, via de regra, objetiva, salvo
exigência expressa em contrário na lei: “Art. 136. Salvo disposição de
lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária
independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade,
natureza e extensão dos efeitos do ato.” Já no Direito Penal Tributário a
responsabilidade se diz subjetiva, depende do dolo.
Comentários.
Está correto o gabarito oficial: alternativa “C”. Trata-se da
responsabilidade de terceiros, prevista no art. 134 CTN. Há um rol de
terceiros elencados no respectivo artigo aos quais o CTN atribui
responsabilidade tributária por fatos praticados pelos seus
representados. No caso exposto na questão, o síndico responderia pelos
tributos devidos pela “massa falida”, isto é, pelos fatos geradores
praticados pela massa falida na qualidade de contribuinte, entenda-se,
aqueles ocorridos após a decretação da falência, sob a gerência do
síndico.
Mas vale ressaltar a exigência de dois requisitos: (1) a impossibilidade
de exigência do crédito diante da própria massa falida e (2) também
que o terceiro responsável tenha interferido no fato gerador, diga-se, no
caso em comento, que o síndico tenha agido com culpa (negligência ou
imprudência): Art. 134 CTN “nos casos de impossibilidade de exigência
do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem
solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões
de que forem responsáveis:...V - o síndico e o comissário, pelos tributos
devidos pela massa falida ou pelo concordatário”
A alternativa “a” está incorreta, pois presume fato praticado pelo
síndico. Neste caso este seria contribuinte e não responsável. Também
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se refere a fato praticado pela empresa antes da quebra, o que não
seria objeto da responsabilidade solidária do síndico, no art. 134 CTN.
A alternativa “b”, “d” e “e” estão incorretas, pois envolvem fatos
praticados pelo falido, pressupondo fatos praticados antes da decretação
da falência, mesmo que apurados após a sua decretação. Igualmente
não seriam de responsabilidade solidária do síndico.
Analisando o exposto, vale ressaltar que os fatos praticados pelo falido,
antes pois da decretação da falência, não estiveram sob a gerência e
administração do síndico, portanto, passando à responsabilidade da
massa falida após a falência e não ao síndico da massa. Além disso, os
fatos geradores praticados eventualmente pelo próprio síndico não
teriam relação com a massa falida e o síndico seria o próprio
contribuinte e não responsável.
Comentários.
Correto o gabarito oficial: alternativa “e”.
A denúncia espontânea, assim entendida a confissão da infração à
legislação tributária apresentada antes de procedimento de fiscalização
relacionado com a matéria objeto da confissão, desde que acompanhada
do pagamento integral do tributo e juros de mora, exclui a
responsabilidade pela infração. Portanto, trata-se de exclusão da
aplicação da multa fiscal, diga-se, responsabilidade por infrações
administrativo-fiscais, conforme disposto no art. 138 CTN:
“art. 138. a responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da
infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e
dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela
autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de
apuração.Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia
apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou
medida de fiscalização, relacionados com a infração.”
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Está incorreta a alternativa “a” uma vez que, iniciado o procedimento
de fiscalização relacionado com a infração, não há que se falar mais em
espontaneidade da denúncia.
A alternativa “b” está errada, pois, configurados os requisitos do artigo
mencionado, haveria exclusão da responsabilidade pela multa. Portanto,
a presente assertiva contraria o objeto do próprio art 138 CTN, que é a
exclusão da responsabilidade pela infração.
A alternativa “c” está incorreta, pois o art. 138 CTN não trata de
exclusão de responsabilidade por crimes fiscais, mas sim de exclusão de
responsabilidade por infrações de caráter administrativo-fiscais. O
cometimento de crimes ou delitos fiscais poderá ter extinta a
punibilidade em hipóteses específicas previstas em lei penal, como, por
exemplo no art. 34 Lei 9249/95, diante do pagamento do tributo antes
do recebimento da denúncia.
A alternativa “d” está incorreta pois contraria, na sua primeira parte, o
art. 138 CTN, conforme comentário à alternativa “b”.
Correto portanto o gabarito (alternativa “e”), uma vez que a denúncia
espontânea, para fins de exclusão de responsabilidade da infração,
exige o pagamento integral do tributo e dos juros de mora, portanto não
elide, isto é, não dispensa o pagamento do tributo.
Comentários.
Gabarito correto: alternativa “b”.
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A questão envolve a análise dos atos praticados por terceiros
responsáveis conforme disciplinado nos arts. 134 e 135 do CTN. Trata-
se, conforme já explicado em questões anteriores, da responsabilidade
de terceiros.
A alternativa “a” está incorreta, uma vez que o terceiro responsável
elencado no art. 134 CTN, quando age com excesso de poderes,
extrapolando os limites da representação, passa a ser responsabilizado
pessoalmente pelo crédito tributário:
“Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados
com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou
estatutos:I - as pessoas referidas no artigo 134 CTN”.
A alternativa “c” está errada, uma vez que o art. 134 CTN elencou os
tabeliães como responsáveis solidários pelos atos praticados por eles, ou
perante eles, em razão de seu ofício. De fato, como já exposto
anteriormente na questão n.º 03 desta aula, esta responsabilidade do
terceiro responsável exige dois requisitos: a impossibilidade de
exigência do crédito contribuinte interferido no fato gerador e também
que o terceiro responsável tenha, diga-se, nesse caso, que o tabelião
tenha agido com culpa (negligência ou imprudência). A única crítica que
a doutrina faz é quanto ao equívoco traduzido no próprio art. 134 CTN:
uma vez que exige a impossibilidade de se exigir o tributo do
contribuinte para, só então, admitir a responsabilidade do terceiro
responsável, este último não deveria ser designado como responsável
“solidário” e sim como responsável “subsidiário”. A intenção do
legislador era criar uma solidariedade, mas a essência do art. 134 CTN
traduziu uma subsidiariedade. Vale ressaltar, que a quase totalidade dos
concursos, no entanto, adotam como gabarito a atribuição de
responsabilidade solidária para os terceiros responsáveis nos moldes do
art. 134 CTN:
“Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da
obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com
este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem
responsáveis: VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de
ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou
perante eles, em razão do seu ofício¨.”
A alternativa “d” está incorreta, pois, de acordo com o art. 134 CTN, os
administradores de bens de terceiros, que interfiram no fato gerador,
isto é, que venham a agir com negligência ou imprudência – culpa -,
mesmo sendo lícito o ato, poderão se enquadrar na atribuição de
responsabilidade solidária do respectivo art. 134: “Nos casos de
impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
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contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que
intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: III - os
administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes”.
Vale ressaltar que só seriam pessoalmente responsáveis no caso da
prática de atos ilícitos, conforme art. 135 CTN.
A alternativa “e” está incorreta, pois se enquadra nas hipóteses de
responsabilidade solidária conforme disposto no art. 134 CTN:
“Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da
obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com
este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem
responsáveis: I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos
menores;”. Com as devidas críticas que já elaboramos anteriormente,
seria uma hipótese de responsabilidade solidária, nos moldes literais do
CTN.
Portanto, o gabarito fica sendo a alternativa “b”, uma vez que a prática
de atos lícitos não configura hipótese de responsabilidade pessoal
conforme previsto no art. 135 CTN.
Comentários.
Gabarito: alternativa “b”. Alternativa incorreta.
A responsabilidade, quanto ao momento de surgimento da figura do
“responsável” classifica-se em duas modalidades: responsabilidade por
substituição e responsabilidade por transferência. A primeira exige que
no momento da ocorrência do fato gerador já exista o responsável
designado como tal. Exemplo: uma concessionária, ao revender os
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veículos adquiridos da montadora, não irá recolher o seu ICMS, uma vez
que a montadora, no momento do respectivo fato gerador em foco,
quando da venda inicial do veículo para a concessionária, já está
designada como responsável que deverá ou já terá recolhido o tributo
no lugar da concessionária. Portanto, quando da ocorrência do fato
gerador, já existe o responsável.
Ao contrário, no caso da responsabilidade por transferência, quando da
ocorrência do fato gerador, só existe o contribuinte. Isso significa que o
surgimento do responsável, designado em lei, depende de fato posterior
ao fato gerador, portanto, intermediário entre o fato gerador e o
surgimento da figura do responsável. Exemplo: na sucessão “causa
mortis” os tributos devidos pelo “de cujus” não pagos até a abertura da
sucessão passam para a responsabilidade do Espólio. Este último é
responsável que surge, não no momento do fator gerador, mas apenas
após a abertura da sucessão. Portanto, a alternativa “b” está incorreta.
A alternativa “a” está correta. Real vem de “res”, significa “coisa”.
Trata-se de sucessão de bens imóveis ou bens móveis, seja “inter vivos”
ou “causa mortis”. Exemplo nos art. 130 e 131 CTN: “Art. 130 CTN - Os
créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a
propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os
relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a
contribuições de melhoria, sub-rogam-se na pessoa dos respectivos
adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-
rogação ocorre sobre o respectivo preço”. Já no art. 131: “São
pessoalmente responsáveis: I - o adquirente ou remitente, pelos
tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos; II - o sucessor a
qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus
até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao
montante do quinhão do legado ou da meação; III - o espólio, pelos
tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.”
A alternativa “c” está correta. Exemplo na sucessão de fundo de
comércio, prevista no art. 133, II CTN. O surgimento do responsável
exige fato posterior ao fato gerador, na questão, a transferência do
fundo de comércio. No caso do alienante continuar a exploração ou
reiniciar dentro de 6 meses da data da alienação do fundo, o adquirente
será subsidiariamente responsável pelos tributos devidos pelo fundo
adquirido, ativados até a data da transferência.
A alternativa “d” está correta, pois o sujeito passivo na condição de
responsável já existe desde a prática do fato gerador, configurando a tal
da substituição tributária.
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A alternativa “e” está correta pois coincide com a sucessão “causa
mortis” prevista no art. 131, III CTN: “Art. 131. São pessoalmente
responsáveis: III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a
data da abertura da sucessão.”
Comentários.
Gabarito oficial: alternativa “b”.
A responsabilidade do sócio pelos tributos devidos pela empresa
configura hipótese de responsabilidade solidária nos moldes do art. 134,
VII CTN: “No caso de liquidação de sociedade de pessoas”. No entanto,
o sócio gerente figura como responsável pessoal apenas quando praticar
atos que configurem excesso de poder nos termos do art. 135 CTN:
“Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados
com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:
I - as pessoas referidas no artigo anterior; ... III - os diretores, gerentes
ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.”
Diante do exposto, o simples fato de ser sócio gerente não lhe atribuiria
tal responsabilidade, salvo configurado o dolo, a infração, o excesso de
poder. Em se retirando da sociedade não haveria a possibilidade de
enquadramento legal como responsável, pois não mais estaria na
gerência da empresa.
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A alternativa “a” está errada, pois caberia responsabilidade para os atos
praticados com excesso de poder sob sua gerência, ocorridos antes da
sua retirada.
A alternativa “c” está errada, pois a responsabilidade solidária somente
se daria nos moldes do art. 134, VII CTN: “nos casos de impossibilidade
de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte,
respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou
pelas omissões de que forem responsáveis: ....VII - os sócios, no caso
de liquidação de sociedade de pessoas.”
A alternativa “d” está errada pelo motivo exposto na alternativa “c”,
sem prejuízo de se afirmar que na solidariedade tributária não cabe
benefício de ordem nos termos do art. 124 parágrafo único CTN.
A alternativa “e” está errada, uma vez que a responsabilidade tributária
decorre de previsão expressa em lei, não cabendo às convenções
particulares alteração da previsão legal, salvo exceção na própria lei
tributária. Vide art. 123 CTN (já analisado).
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c) F, V, V, F
d) V, F, V, V
e) V, F, V, F
Comentários.
Gabarito oficial: alternativa “b”.
Trata-se da responsabilidade por substituição tributária progressiva ou
“para frente”, prevista no art. 150 §7 CF. Trata-se da inclusão pela EC
3/93 de dispositivo constitucional permitindo que a lei atribua a alguém
a qualidade de responsável por imposto ou contribuição face à fato
gerador que ainda não tenha ocorrido, exigindo, portanto, pagamento
antecipado por um fato que presuma-se vai ocorrer no futuro: é o
instituto do fato gerador “presumido”.
O dispositivo constitucional prevê restituição do tributo caso o fato
gerador não ocorra: "Art. 150 § 7º CF: A lei poderá atribuir a sujeito
passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo
pagamento de impostos ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer
posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da
quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido."
A ocorrência do fato gerador presumido, porém em dimensão diversa da
presumida, isto é, por um valor a maior ou a menor, não acarreta
restituição do tributo eventualmente recolhido de forma antecipada nem
seu reajuste a maior. Este é o entendimento atual do STF que está em
fase de reavaliação mediante processos judiciais em tramitação.
O presente instituto do fato gerador presumido, com recolhimento
antecipado do imposto, antes mesmo da ocorrência do respectivo fato
gerador, deverá ser usado em hipótese de substituição tributária “para
frente” ou progressiva, ou seja, aquela em que o substituído está na
operação subseqüente. Ex: o caso já exposto da montadora de veículos
recolhendo antecipadamente os tributos que a concessionária deveria
recolher nas operações de venda final ao consumidor.
Não há que se confundir a substituição progressiva com a substituição
regressiva, esta última também chamada de “diferimento”, ou seja,
aquela em que o substituído está na operação precedente. Por exemplo,
contribuinte recolhendo os tributos devidos pela operação anterior,
substituindo aquele que havia vendido a mercadoria anteriormente para
o próprio contribuinte e fazendo recolhimento por um fato gerador que
já havia ocorrido anteriormente.
Face ao exposto, estão corretas apenas as afirmativas II e IV.
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Comentários.
Gabarito: alternativa “c”.
A alternativa “a” está errada, pois o vínculo do responsável com o fato
gerador é um vínculo indireto e decorre da lei. No caso de vínculo direto,
estamos diante da figura do contribuinte. Vide art. 121 CTN.
A alternativa “b” está errada, pois a capacidade tributária passiva não
depende da capacidade civil. Basta a ocorrência do fato gerador e o
respectivo vínculo do sujeito passivo. Vide art. 126 CTN.
A Alternativa “c” está correta, pois, nos termos do art. 124, I, CTN,
quando duas ou mais pessoas praticam o mesmo fato gerador, aplica-se
o instituto da solidariedade tributária: “Art. 124. São solidariamente
obrigadas: I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que
constitua o fato gerador da obrigação principal;”
A alternativa “d” está incorreta, uma vez que cabe recusa do domicílio
de eleição quando este dificulta ou impede a fiscalização ou a
arrecadação: “Art. 127 § 2º CTN - A autoridade administrativa pode
recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a
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arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do
parágrafo anterior.”
A alternativa “e” está incorreta, uma vez que os acordos particulares
ou convenções particulares não têm força legal para definição de sujeito
passivo tributário. Trata-se de matéria objeto de lei. Portanto um
contrato não prevalece sobre uma lei. Lei só se altera por outra lei, não
cabendo aos contratos a alteração da definição legal do sujeito passivo.
Vide art. 123 CTN.
Comentários.
Gabarito oficial alternativa “b”.
A primeira assertiva está verdadeira, de acordo com o art. 131, II CTN :
“Art. 131. São pessoalmente responsáveis:... II - o sucessor a qualquer
título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a
data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao
montante do quinhão do legado ou da meação.” Trata-se de sucessão
“causa mortis” seja de bens móveis ou imóveis, segundo a qual os
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sucessores terão responsabilidade limitada e proporcional ao montante
recebido na sucessão.
A segunda assertiva está errada, pois contraria o disposto no art. 134
CTN. Esse artigo já foi objeto do nosso estudo e traduz uma
responsabilidade subsidiária em sua essência, apesar da indicação no
texto como sendo “solidária”. O texto exige que, para a atribuição de
responsabilidade aos terceiros responsáveis, não seja possível exigir o
tributo do contribuinte e que o terceiro tenha interferido no fato
gerador, seja por ação ou omissão. Ressaltamos que o artigo em foco
enfatiza expressamente e literalmente uma responsabilidade “solidária”.
Trata-se da intenção do legislador conturbada no texto do próprio
artigo, que traduz somente haver a responsabilidade caso seja
impossível exigir o tributo do contribuinte. Portanto, já ressaltamos ser
um artigo em conflito, determinando uma solidariedade, mas explicando
na essência uma subsidiariedade.
Não obstante, é importante frisar que, em concurso público, é tradição
o gabarito “responsabilidade solidária” e, mesmo que se copie o texto do
art. 134 CTN, conforme a própria assertiva que estamos analisando,
devemos atentar para a literalidade do texto, sem adulterá-la.
Concluindo, erra o texto quando diz em seu início “...mesmo na
possibilidade de se cobrar o tributo do contribuinte...”, pois o art. 134
CTN exige a impossibilidade de se executar o contribuinte para o
surgimento da responsabilidade dita “solidária” no artigo.
A terceira assertiva está verdadeira, pois traduz a sucessão tributária
empresarial, onde empresa que sucede outra empresa responsabiliza-se
pelos tributos devidos pela empresa sucedida até o ato da sucessão.
Vide art. 132 CTN: “Art. 132 - A pessoa jurídica de direito privado que
resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra
é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas
jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.”
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contribuição descontada de seus empregados, o representante legal da
empresa, antes mesmo de apresentar à fiscalização os documentos
solicitados no termo inicial de fiscalização, denunciou espontaneamente
a infração, incluindo em tal denúncia a prova de recolhimento aos cofres
do INSS do valor integral da contribuição, acrescido dos juros de mora
exigidos por lei. É sabido que a referida contribuição, recolhida pelo
sujeito passivo, submete-se à modalidade de lançamento por
homologação. Com base nos elementos ora apresentados e tendo em
vista a legislação pertinente à matéria, é correto afirmar que a
responsabilidade pela infração cometida:
a) ficou excluída, considerando-se que houve denúncia espontânea
da infração, acompanhada do pagamento integral da contribuição e dos
juros de mora.
b) Não ficou excluída, porquanto a autoridade administrativa
competente do INSS deveria, previamente ao pagamento, arbitrar o
montante do valor da contribuição devida, em consonância com as
normas legais reguladoras do lançamento por homologação.
c) Não ficou excluída, pois não se considera espontânea a denúncia
apresentada após o início do procedimento de fiscalização, ainda que
tenha sido pago o valor integral da contribuição e dos juros de mora
devidos.
d) Não pode remanescer na esfera administrativa do INSS,
considerando-se que o pagamento integral da contribuição e dos juros
de mora devidos extingue a punibilidade criminal do agente.
e) Possibilitará que haja condenação do agente pela prática de crime
de sonegação fiscal, considerando-se que deveria ter sido pago,
inclusive, o valor da multa de mora incidente sobre a contribuição
recolhida fora do prazo fixado em lei.
Comentários.
Gabarito oficial: alternativa “c”.
Trata-se de assunto já abordado anteriormente relativo à denúncia
espontânea disciplinada no art. 138 CTN. O dispositivo afasta a
responsabilidade por infrações à legislação tributária na hipótese de
confissão espontânea da infração desde que acompanhada do
pagamento integral do tributo e dos juros de mora. Nos termos do
parágrafo único, “não se considera espontânea a denúncia apresentada
após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de
fiscalização, relacionados com a infração”. Na questão acima, a
denúncia não foi espontânea, uma vez que foi efetivada em 15 de julho
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de 2002, tendo, no entanto, a fiscalização sido iniciada em 20 de junho
de 2002.
Comentários.
Gabarito: alternativa “e”.
A alternativa “e” versa sobre a responsabilidade pessoal dos
empregados nos atos dotados de excesso de poder: “Art. 135 CTN. São
pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações
tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou
infração de lei, contrato social ou estatutos: ....II - os mandatários,
prepostos e empregados.”
A alternativa “a” está incorreta, uma vez que a responsabilidade dos
sucessores e cônjuge meeiro pelos tributos devidos pelo “de cujus” até a
data da partilha ou adjudicação é limitada ao montante do quinhão do
legado ou da meação, mas, no entanto, não inclui os serventuários de
justiça, de acordo com o art. 131, II CTN.
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A alternativa “b” está incorreta, uma vez que a responsabilidade dita
“solidária” no art. 134 CTN, e por nós já estudada anteriormente, não se
estende às multas de caráter formal, mas apenas às multas de caráter
moratório. Vide o parágrafo único do próprio artigo.
A alternativa “c” está incorreta, uma vez se tratar de hipótese de
sucessão tributária empresarial, prevista no art. 132 CTN, segundo o
qual “a pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão,
transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável
pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de
direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas”. Trata-se,
portanto, de responsabilidade pessoal decorrente de uma transferência
de responsabilidade tributária.
A alternativa “d” está incorreta, uma vez se tratar de sucessão
tributária “intervivos” de bens móveis e imóveis. Na sucessão de bens
imóveis, a prova de quitação constante do ato de transferência exclui a
responsabilidade do sucessor por tributos anteriores relativos ao imóvel
adquirido. Trata-se do art. 130 CTN. No entanto, tal dispositivo não se
aplica na sucessão de bens móveis, regida pelo art. 131, I CTN: “São
pessoalmente responsáveis: I - o adquirente ou remitente, pelos
tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos”. Conste prova de
quitação no ato de transferência ou não, o sucessor há de ser
responsabilizado pelos tributos devidos pelo bem móvel até a data da
sucessão.
Comentários.
Gabarito oficial: alternativa “e”.
Trata-se da análise do fato gerador do ICMS, nos termos do art. 155, II
CF: “operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações
de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no
exterior”. Portanto, os serviços de transporte municipal, diga-se
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intramunicipal, não estão no campo de incidência do ICMS, mas sim
sujeitos ao ISS, face ao art. 156, III CF.
Sucessos!
Lugon.
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LISTA DE QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA
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d) pelo falido e apurados contra a massa falida, após a quebra.
e) pelo falido ou sua massa falida, apurados após a quebra.
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d) a prática de ato com excesso de poder ou infração de lei também
resulta em responsabilidade por substituição.
e) o espólio é pessoalmente responsável pelos tributos devidos pelo de
cujus até data da abertura da sucessão.
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efeito o diferimento do tributo; e progressiva, ou para frente,
pressupondo a antecipação do fato gerador, calculando-se o tributo
devido de acordo com uma base de cálculo estimada.
a) V, F, F, F
b) F, V, F, V
c) F, V, V, F
d) V, F, V, V
e) V, F, V, F
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este, nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem
responsáveis, os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus
tutelados ou curatelados.
( ) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão,
transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável
pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de
direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
a) VFF
b) VFV
c) VVV
d) FFV
e) FVV
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c) Não ficou excluída, pois não se considera espontânea a denúncia
apresentada após o início do procedimento de fiscalização, ainda que
tenha sido pago o valor integral da contribuição e dos juros de mora
devidos.
d) Não pode remanescer na esfera administrativa do INSS,
considerando-se que o pagamento integral da contribuição e dos juros
de mora devidos extingue a punibilidade criminal do agente.
e) Possibilitará que haja condenação do agente pela prática de crime de
sonegação fiscal, considerando-se que deveria ter sido pago, inclusive, o
valor da multa de mora incidente sobre a contribuição recolhida fora do
prazo fixado em lei.
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c) os substitutos tributários.
d) as cooperativas.
e) os prestadores de serviços de transporte municipal.
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AULA 1: ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
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jurídicas entre o Estado e o contribuinte, relativas à instituição, fiscalização e
arrecadação da receita pública derivada específica referente ao conceito de tributo.”
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AFRF 1998/ ESAF Certo projeto de lei criando uma "taxa" para remunerar o serviço
de processamento da declaração do imposto tem por fato gerador o aferimento de renda
superior a 3 mil reais. Noutro dispositivo, cria-se uma "contribuição de melhoria", que
tem por fato gerador a saída de mercadorias de estabelecimentos industriais situados em
vias públicas asfaltadas pela União. Um terceiro artigo institui um "imposto sobre
grandes fortunas" para o qual se prevê, como fato gerador, a transmissão causa mortis
de imóveis de valor superior à determinada quantia.
Chamado a opinar sobre esse projeto, estaria incorreta a seguinte asserção:
Gabarito oficial alternativa “a”. O gabarito oficial não nos é muito relevante. Não há
dados no texto para avaliação da observância ao princípio da anterioridade. Daí ser a
alternativa incorreta desejada na questão.
Relevantes as demais alternativas as quais estão corretas. Ocorre que no texto há a
criação de três tributos, todos com uma denominação incorreta, pois eles serão
identificados pelos seus fatos geradores respectivos. Exemplo: no primeiro dispositivo o
tributo não é uma taxa e sim um imposto. Observe que no texto o autor denomina o
tributo como “taxa” e logo em seguida determina o fato gerador com sendo de um
“imposto”. Diante desta conclusão, mesmo que tenha base de cálculo de imposto será
plenamente constitucional, pois não se trata de uma taxa e sim de um imposto.
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Gabarito oficial alternativa “c”.
Nos interessa analisar a alternativa “a”. Está correta. Fez-se uma afirmativa mais
abrangente do que o art. 4.º CTN, incluindo-se na relevância, para identificar a natureza
jurídica do tributo, a análise, não só do fato gerador, mas também da sua base de
cálculo. Correta a afirmativa, pois forma um contexto verdadeiro. O universo de fato
gerador e base de cálculo identifica corretamente um tributo. Mas, em contrapartida,
vale ressaltar que somente a base de cálculo não seria suficiente. Por exemplo, se
soubéssemos que um tributo é denominado taxa e tem base de cálculo o valor do
imóvel, não seria isso suficiente para afirmarmos ser taxa ou imposto. Seria necessário a
correta identificação do fato gerador. Caso fosse fato gerador de taxa, seria no contexto
um tributo inconstitucional, mas em sendo fato gerador de imposto, seria constitucional.
A alternativa “b” está correta pois coincide com o fato gerador de taxa de serviço, nos
termos do art. 77 CTN.
A alternativa “c” dita como incorreta, fez uma afirmativa um tanto confusa. Em
verdade, na sua primeira parte, ressalta o art. 16 CTN, segundo o qual o imposto é
tributo não vinculado, cujo fato gerador representa uma manifestação econômica do
contribuinte. Seu fato gerador é fato do indivíduo, não depende, portanto, de
contraprestação imediata do Estado. Vide art. 16 CTN “Art. 16. Imposto é o tributo cuja
obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal
específica, relativa ao contribuinte.” Na segunda metade da afirmativa, ressalta a
determinação constitucional de que imposto é tributo de receita não vinculada por
expressa proibição constitucional nos termos do art. 167, IV CF
“Art. 167. São vedados: IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou
despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se
referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de
saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da
administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212
e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de
receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo.”
Vale observar que há exceções expressas onde se exige a vinculação da receita do
imposto à despesas específicas, como para a saúde, o ensino e outras. Daí a terceira
afirmativa da questão estar incorreta.
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c) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria têm
como contrapartida a realização de obras públicas e a conseqüente valorização
imobiliária
d) são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que apenas postos à
disposição do usuário, ao passo que o pagamento das contribuições de melhoria é
facultativo
e) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria têm
como contrapartida apenas a valorização imobiliária.
Quanto às taxas vide art. 145, II CF que é repetido no art. 77 CTN: “ CF Art. 145. A
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos: II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva
ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou
postos a sua disposição”
Quanto às contribuições de melhoria vide art. 145, III CF e art. 81 CTN. “Art. 145. A
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos: III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas”
“ CTN Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é
instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização
imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o
acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado”
Vale observar que tanto as taxas como as contribuições de melhoria são “tributos
vinculados” ou seja, seus fatos geradores estão vinculados a uma contrapartida imediata
do Estado em relação ao contribuinte. Ao contrário dos impostos, classificados como
“tributos não vinculados”, uma vez que o fato gerador não se relaciona com atuação do
Estado dirigida ao contribuinte, e sim com a manifestação econômica do próprio
contribuinte. Vide art. 16 CTN.
Também é importante ressaltar que o fato gerador da taxa e definido não somente no
CTN, no seu art. 77, bem como na própria CF art.145, II. Já, com relação às
contribuições de melhoria, a CF art. 145, III não definiu o seu fato gerador, deixando-o
em aberto. Segundo o STF, fica recepcionado o art. 81 CTN” ....valorização imobiliária
decorrente de obra pública”
Diante do exposto, podemos concluir que a alternativa “a” está incorreta, pois a
contribuição de melhoria não se relaciona com serviços públicos, somente a taxa. As
contribuições de melhoria têm como fato gerador a valorização imobiliária decorrente
de obras públicas.
A alternativa “b” está incorreta, pois ambas são tributos vinculados, conforme já
explicado por nós.
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A alternativa “c” está correta, pois se enquadra no contexto já explicado. Fazemos uma
pequena ressalva. Deveriam ter especificado que as taxas visam custeio de serviços
públicos específicos e divisíveis, e não qualquer serviço público. Vale a nossa crítica
A alternativa “d” está incorreta, pois relaciona as contribuições de melhoria aos
serviços públicos e, além disso, as torna facultativa, o que não é característica de
tributos, os quais são compulsórios dada a natureza legal.
A alternativa “e” está incorreta, primeiro por não especificar os serviços públicos
vinculados às taxas, conforme já ressaltamos; além disso, as contribuições de melhoria
estão relacionadas à valorização imobiliária decorrente de obras públicas e não qualquer
valorização imobiliária.
Gabarito oficial alternativa “a”. Correto o gabarito uma vez que pressupõe a
contribuição de melhoria que a valorização seja decorrente de obra pública, conforme já
estudamos no art. 81 CTN. Antes de seu início não teria sido decorrente da realização
de uma obra. O STF aceita, no entanto, que seja cobrada mesmo antes do término da
obra, basta que tenha ocorrido, para o respectivo imóvel, o seu fato gerador, isto é, a
valorização imobiliária.
A alternativa “c” está incorreta nos termos do art. 145 § 2.º CF, conforme já em
questões anteriores : “art.145. § 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de
impostos.”
A altenativa “d” está incorreta uma vez que os entes tributantes têm competência
definida na Constituição para impostos, não cabendo invasão de competência no campo
de atuação das entidades tributantes. Um ente tributante deve restringir-se ao seu
campo de competência, não podendo, inclusive, nem delega-la, nos termos do art. 7
CTN. “Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de
arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões
administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito
público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição”. Vale observar que o
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que se admite é a delegação das funções de fiscalizar, arrecadar e executar, mas não da
função de instituir os tributos. Daí se afirmar que a competência como um todo é
indelegável. O que se admitiria seria apenas a delegação da capacidade de se exigir o
cumprimento da obrigação, o que envolve apenas as três funções restantes: fiscalizar,
arrecadar e executar.
Retornando ao cerne da questão, sendo o exercício da competência uma faculdade do
ente tributante, diante da inércia de seu titular, outro ente não poderia invadir sua
competência, pois o exercício é inapropriável, cada uma tem uma esfera de competência
designada pela Constituição que direta e expressamente ou através da técnica da
predominância do interesse.
A alternativa “e” está incorreta pois a EC 29/00 atribuiu aos Municípios a competência
para instituir alíquotas progressivas de IPTU em função do valor venal do imóvel. Vide
art. 156 § 1, I CF. “ 156 Compete aos municípios: "§ 1º Sem prejuízo da
progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto
no inciso I poderá:" Vale ressaltar no próprio artigo a antiga permissão da
progressividade do IPTU em função do tempo, o que permanece válido: Art. 182. A
política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes... § 4º - É facultado
ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor,
exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, sub-
utilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena,
sucessivamente, de:.....II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
progressivo no tempo”. Portanto, conclui-se que, a EC 29/00 não tem vínculo com a
progressividade extra-fiscal explicitada no art. 182 par.4.º , II CF. A EC 29/00 trata de
possibilitar a progressividade das alíquotas de IPTU em função da capacidade
econômica, ou seja, em função do valor do imóvel, o que antes era negado pelo STF.
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custo de serviços públicos específicos e divisíveis, enquanto os impostos visam
redistribuição de riqueza, função meramente redistributiva e não ressarcitiva.
Incorreta a alternativa “c”, pois as contribuições especiais são tributos especiais, hoje,
dotadas de natureza jurídica tributária. Visam custeio de atividades paralelas às funções
de Estado, como custeio da Seguridade Social e outras. Não se confundem com as taxas,
pois estas últimas são tributos básicos, com fato gerador definido em norma geral e
função tributária definida, conforme já por nós estudado, relacionando-se com os
serviços públicos específicos e divisíveis ou com poder de polícia.
Incorreta a alternativa “d”, pois os preços públicos são receitas originárias, de natureza
contratual, facultativos, o que os diferem dos tributos, em especial, das taxas, as quais
são compulsórias, instituídas em lei.
De acordo com o parágrafo 4.º do art. 177 CF, acrescentado pela EC n.º 33/01, poderá
ser instituída contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades
de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus
derivados e álcool combustível. Em relação à CIDE relativa às atividades de petróleo, a
contribuição é:
Gabarito oficial alternativa “d”. Correto o gabarito oficial, pois, conforme já abordamos
o tema, na questão n.º 01, os tributos são espécies de receitas públicas derivadas, advém
de função típica de Estado. Ao contrário as receitas públicas originárias, advém de
função atípica de Estado, destacando-se os preços públicos. Além disso, vale ressaltar
que as contribuições especiais, dentre as quais a CIDE, bem como as contribuições
sociais e os empréstimos compulsórios têm natureza tributária especial, sem fato
gerador rigidamente direcionado em norma geral, ficando a cargo da lei instituidora. O
que os diferencia dos impostos, taxas e das contribuições de melhoria é o fato de
aqueles têm função de custeio de despesa especial, como Seguridade Social,
Intervenção no modelo econômico, ao passo que estes, os impostos, as taxas e
contribuições de melhoria têm função tributária rígida e definida pela análise estrita do
seu fato gerador. Quero dizer que uma contribuição especial pode ter mesmo fato
gerador de um imposto, por exemplo, sem no entanto, se transforma em imposto, uma
vez que, ao contrário dos impostos, visa o custeio de uma atividade especial: exemplo a
CIDE do petróleo visa subsídios a preço de combustíveis, desenvolver projetos
ambientais relacionados à industria do petróleo e outros... Em resumo, as contribuições
especiais e os empréstimos compulsórios não são identificados apenas pela análise de
seu fato gerador, mas sim por circunstâncias especiais que lhes tornam um tributo
especial: custeio de atividades especiais. Daí o art. 4.º CTN ter sua rigidez direcionada
ao art. 5.º CTN, ou seja, aos impostos, taxas e contribuições de melhoria.
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Gabarito oficial alternativa “b”. Tem fundamento no art. 149 A da Constituição Federal.
“Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma
das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o
disposto no art. 150, I e III. Elas foram atribuídas aos Municípios e Distrito Federal
para fazer face ao custeio da iluminação pública, uma vez ter o STF declarada com
inconstitucional a cobrança de taxas de iluminação pública, por ser serviço público
inespecífico ( geral ) e indivisível. Tem função, portanto fiscal, visando custeio da
iluminação pública. Ressalte-se que estão sujeitas à anterioridade, bem como ao
requisito da noventena previstos nos art. 150, III, “b” e “c” CF. Art. 150. Sem prejuízo
de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: b) no mesmo exercício
financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; c) antes de
decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou, observado o disposto na alínea b;
Em nosso sistema tributário, a progressividade das alíquotas pode ser utilizada com
finalidades extra-fiscais, para instituição de
a) IR
b) IR e IPTU
c) IPTU e ITR
d) IR e ITR
e) IPTU e ICMS
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inciso VI do caput: I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a
desestimular a manutenção de propriedades improdutivas”.
As demais alternativas estão incorretas. O Imposto de Renda admite progressividade,
nos moldes do art. 153, § 2, I CF, mas a progressividade se faz em função da renda, ou
seja, trata-se de progressividade em função da capacidade econômica, e não em função
de critérios de controle, diga-se, extra-fiscal, como solicitado na questão. Além disso
vale ressaltar que o IPTU admite dois critérios de progressividade de alíquotas, um
deles já exposto acima ( em função de critérios extra fiscais ), a progressividade no
tempo e outro critério disposto no art. 156, § 1o., I CF, ou seja, em função do valor do
imóvel, o que caracteriza progressividade em função da capacidade econômica. “art.
156 § 1o., I Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, II,
o IPTU poderá ser :"I – ser progressivo em razão do valor do imóvel”
Quanto ao ICMS, este não admite progressividade de alíquotas por nenhum dos dois
critérios, seja em função de caráter extra-fiscal ou em função da capacidade
contributiva. Crítica: o ICMS poderá ser seletivo e, nesta hipótese, teria função extra-
fiscal, o que implica em progressividade na razão inversa da essencialidade do produto.
Mas esta questão teria que ser tratada como critério de seletividade e, não creio fosse
tratada como critério de progressividade. Portanto, vale a regra, ICMS não é
progressivo.
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11. (Fundação Carlos Chagas- ICMS DF- 2001)
As multas fiscais são distintas dos tributos, entre outras razões, porque
a) Não são passíveis de inscrição como dívida ativa
b) Obedecem ao princípio da legalidade
c) Constituem sanções de atos ilícitos
d) Observam o princípio da anterioridade
e) São aplicadas pelos gentes da fiscalização
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O empréstimo compulsório é tributo de competência da União. Vide art. 148 CF. “ A
União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para
atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa
ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante
interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". Parágrafo único. A
aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à
despesa que fundamentou sua instituição.”
Incorreta a alternativa “a”, pois a súmula 418 STF não tem mais eficácia, uma vez que,
desde a EC 01/69 ele já ganha natureza tributária, segundo jurisprudência do próprio
STF, ainda não resumida em nova súmula.
Incorreta a alternativa “b”, pois é necessária lei complementar federal em qualquer
hipótese, inclusive no caso de guerra, calamidade pública ou investimento público.
Incorreta a alternativa “c”. Não há que se confundir fato gerador com as circunstâncias
autorizadoras. Se a pergunta é quando a União poderá criar o tributo por lei
complementar, a resposta será umas das 3 circunstâncias autorizadoras: I - para atender
a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua
iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante
interesse nacional. Estas não são fatos geradores, mas sim os fundamentos que
autorizam a publicação da lei instituidora pela União. Outra coisa é definir o seu fato
gerador, aquela circunstância prevista em lei, que, em nela se enquadrando, fica o
contribuinte obrigado ao pagamento do tributo. O empréstimo compulsório pode se
utilizar de qualquer fato gerador, inclusive copiar fato gerador de imposto, pois imposto
não se transforma, uma vez que o empréstimo tem uma característica que lhe diferencia
dos demais tributos: restituição obrigatória.
Incorreta alternativa “e”, uma vez ser de competência exclusiva da União, competência
dita indelegável, como já estudamos no art. 7.º CTN.
QUESTÃO SUBSIDIÁRIA 1
AFRF 2002-2 ESAF A assertiva errada, entre as constantes abaixo, é a que afirma que
a) a instituição de empréstimos compulsórios só pode ser feita por lei complementar.
b) um dos fundamentos possíveis do empréstimo compulsório é a calamidade pública.
c) a simples iminência de guerra externa pode justificar a instituição de empréstimos
compulsórios.
d) no caso de investimento público de relevante interesse nacional e de caráter urgente
não se aplica o princípio da anterioridade.
e) os recursos provenientes de empréstimo compulsório só podem ser aplicados para
atender à despesa que tiver fundamentado a sua instituição.
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QUESTÃO SUBSIDIÁRIA 2
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Federal; III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos
serviços
Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal
específica, relativa ao contribuinte:
a) imposto
b) taxa
c) contribuição de melhoria
d) pedágio
e) preço público
QUESTÃO SUBSIDIÁRIA
AFTN/89 ESAF Quando tem por fato gerador uma situação que independe de qualquer
atividade estatal especifica relativa ao contribuinte, diz-se um “tributo não vinculado”.
Nesse sentido, é “tributo não vinculado”.
a) a taxa de fiscalização
b) a contribuição de melhoria
c) a taxa de limpeza publica
d) a taxa de melhoramento dos portos.
e) O imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza.
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Determinada lei estadual instituiu tributo designado taxa de transporte e descreveu sua
base de calculo como sendo o valor do frete. Elegeu os transportadores como
responsáveis pelo pagamento desse tributo, que deveriam pagá-lo antes mesmo da
concretização do transporte, assegurando, no entanto, imediata e preferencial restituição
da quantia paga, caso não se realizasse o transporte. Dada a natureza jurídica do tributo,
a atribuição ao sujeito passivo da obrigação tributaria da condição de responsável.
a) não se poderia dar, porque o tributo é uma taxa.
b) Poderia dar-se, porque o tributo é um imposto.
c) Poderia dar-se, porque o tributo é uma contribuição.
d) Não se poderia dar, porque o tributo é uma contribuição.
e) Não se poderia dar, porque o tributo é um imposto.
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A primeira assertiva erra, pois, qualquer que seja o tributo, quer tributo vinculado ou
não-vinculado, deve ter como elemento de sua estrutura a existência de fato gerador,
sem o qual o tributo não existe. Vide a explicação de tributo vinculado na questão n.º
04.
A segunda assertiva está incorreta, pois já definimos taxa como tributo vinculado, que
exige contraprestação imediata do Estado em relação ao contribuinte. Vide a explicação
de tributo vinculado na questão n.º 04.
A terceira assertiva está incorreta. Primeiramente, nos termos do art. 4.º CTN, a
diferença entre taxa e contribuição de melhoria se faz pela análise do fato gerador e,
não, pela destinação do produto arrecadado. Em acréscimo, apesar de ambas terem
função ressarcitiva do respectivo custo, é prática usual do legislador, em ambas, que o
recurso não seja direcionado por lei para a manutenção do respectivo custo, e que
retorne ao bolo orçamentário. Isto caracteriza tributo de “receita não vinculada” o que
não prejudica a sua função, qual seja, ressarcir o custo, uma vez que o recurso vai repor
o montante retirado do orçamento para o respectivo custeio,
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CTN Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou
pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço
público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
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j) compõem a Lei Orçamentária, a Lei Plurianual e a Lei de Diretrizes
Orçamentárias.
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De acordo com o parágrafo 4.º do art. 177 CF, acrescentado pela EC n.º 33/01, poderá
ser instituída contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades
de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus
derivados e álcool combustível. Em relação à CIDE relativa às atividades de petróleo, a
contribuição é:
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Em nosso sistema tributário, a progressividade das alíquotas pode ser utilizada com
finalidades extra-fiscais, para instituição de
f) IR
g) IR e IPTU
h) IPTU e ITR
i) IR e ITR
j) IPTU e ICMS
As multas fiscais são distintas dos tributos, entre outras razões, porque
f) Não são passíveis de inscrição como dívida ativa
g) Obedecem ao princípio da legalidade
h) Constituem sanções de atos ilícitos
i) Observam o princípio da anterioridade
j) São aplicadas pelos gentes da fiscalização
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Com referência à instituição de empréstimos compulsórios, assinale abaixo a assertiva
correta:
f) O empréstimo compulsório não é uma espécie de tributo, não estando sujeito à
exigência de prévia autorização orçamentária
g) A União pode institui-lo por meio de lei ordinária federal
h) Cabe à lei complementar definir as hipóteses excepcionais para sua instituição
i) Aos empréstimos compulsórios aplicam-se as disposições constitucionais
relativas aos tributos e às normas gerais de Direito Tributário
j) A competência para instituir empréstimo compulsório é da União, podendo ser
excepcionalmente atribuída ao Distrito Federal.
Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal
específica, relativa ao contribuinte:
f) imposto
g) taxa
h) contribuição de melhoria
i) pedágio
j) preço público
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Determinada lei estadual instituiu tributo designado taxa de transporte e descreveu sua
base de calculo como sendo o valor do frete. Elegeu os transportadores como
responsáveis pelo pagamento desse tributo, que deveriam pagá-lo antes mesmo da
concretização do transporte, assegurando, no entanto, imediata e preferencial restituição
da quantia paga, caso não se realizasse o transporte. Dada a natureza jurídica do tributo,
a atribuição ao sujeito passivo da obrigação tributaria da condição de responsável.
f) não se poderia dar, porque o tributo é uma taxa.
g) Poderia dar-se, porque o tributo é um imposto.
h) Poderia dar-se, porque o tributo é uma contribuição.
i) Não se poderia dar, porque o tributo é uma contribuição.
j) Não se poderia dar, porque o tributo é um imposto.
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Preencha as lacunas do texto abaixo e escolha, em seguida, a opção que contém a
seqüência em que foram preenchidas.
• Para fins de instituição e cobrança de taxas, o Código Tributário Nacional considera
os serviços públicos:
_________________, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de
cada um dos seus usuários; ___________________, quando possam ser destacados em
unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidade públicas;
________________ utilizados pelo contribuinte, quando por ele usufruídos a qualquer
título.
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Portando, nos termos do que foi exposto acima, correto o gabarito oficial alternativa “d”.
A alternativa “a” está incorreta, uma vez que a transferência da função de arrecadação
isolada, configura mero cometimento de encargo e não transferência de competência ou
capacidade ativa, conforme exposto no texto acima.
A alternativa “b” está incorreta, uma vez que, como já explicamos acima, a expressão
“competência” é bem mais abrangente do que “capacidade ativa”, não se confundindo.
Alguém pode ser titular da competência sem ser sujeito ativo tributário. A recíproca é
verdadeira, alguém pode ser sujeito ativo tributário, sem ser titular da competência
tributária.
A alternativa “c” está incorreta, pois, nos termos do art. 7.º CTN já verificamos que a
competência é indelegável, mas a capacidade ativa é transferível
A alternativa “e” está incorreta, uma vez que a atribuição da capacidade ativa aos entes
descentralizados é indevida, uma vez que o próprio ente centralizado, titular da
competência, poderia ser sujeito ativo, basta que exerça as atribuições inerentes à exigência
do cumprimento da obrigação tributária.
QUESTÃO SUBSIDIÁRIA 1.
Procurador da Fazenda Nacional- 2004- ESAF Considerados os temas competência
tributária e capacidade tributária ativa, marque com V a assertiva verdadeira e com F a
falsa, assinalando ao final a opção correspondente.
a) V,F,V,V
b) F,V,F,V
c) F,F,V,F
d) V,V,V,F
e) F,V,F,F
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02. ICMS SP
A competência tributária, representando delimitação do poder de tributar, é matéria de
índole constitucional, sendo, por tal motivo, fixada pela Constituição Federal. Quanto à
referida competência é correto afirmar que:
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também competência tributária cumulativa, nos termos do art. 147 CF, uma vez que não se
subdivide em municípios.
QUESTÃO SUBSIDIÁRIA 1
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União: III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal
ou dos Municípios.”.
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câmbio e seguro
b) Territorial rural, serviços de qualquer natureza, propriedade de veículos
automotores
c) transmissão inter vivos, Transmissão causa mortis e Territorial rural
d) serviços de qualquer natureza, propriedade de veículos automotores e
Transmissão causa mortis
e) operações de crédito , câmbio e seguro; Territorial rural e circulação de
mercadorias
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Uma empresa de transporte coletivo municipal, sediada no DF, que adquire combustível de
outra unidade da federação para consumo próprio
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LC 87/96 art. 2.º § 1º O imposto incide também: III - sobre a entrada, no território do
Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos
dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à
industrialização, decorrentes de operações interestaduais, cabendo o imposto ao Estado
onde estiver localizado o adquirente.”
LC 87/96 “ Art. 4º Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com
habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de
mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior. ...........IV –
adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia
elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à
industrialização.”
A questão foi mal formulada, primeiramente, porque não indicou ser o combustível
derivado do petróleo. Na verdade, a imunidade prevista no art. 155 § 2.º, X, “b” CF é
restrita à derivados do petróleo. O ICMS não incidirá: “b) sobre operações que destinem a
outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele
derivados, e energia elétrica.”. Com bem disse um aluno, empresa de transporte consome
diesel e não álcool combustível. Por este prisma, vamos tentar salvar a questão. Partindo
dessa premissa, a transferência do combustível derivado do petróleo foi imune para saída
do estado de origem.
Ocorre que o adquirente, no estado de origem, na hipótese de aquisição de mercadoria
decorrente de operação imune, prevista no art. 155 § 2.º, X, “b” CF, deverá recolher ICMS
quando da saída da mercadoria de seu estabelecimento, ou, em consumindo ou
incorporando ao ativo fixo, deverá recolhe-la quando da entrada no Estado, seja ou não
contribuinte habitual do imposto. Vide art. 2.º § 1, III LC 87/96 “O imposto incide também:
...III - sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive
lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando
não destinados à comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações
interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o adquirente.”.
Concluindo a questão, a empresa de transporte, em questão seria contribuinte do ICMS
devido na entrada da mercadoria no Estado de destino.
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Em nosso sistema tributário, está sujeita a incidência exclusiva do ISS a seguinte atividade:
a) Fornecimento de alimentação em bares e restaurantes
b) Aviamento de fórmulas médicas
c) Colocação de molduras em estampas ou pinturas
d) Conserto de motores, com fornecimento de peças e componentes
e) Edição de livros, jornais e periódicos
Gabarito oficial alternativa “c”. Trata-se de hipótese de serviço tipificada na Lista do ISS,
sem fornecimento de mercadoria associada. Vide art. 156, III CF, conforme já explicado na
questão anterior.
A alternativa “a” está incorreta face à incidência do ICMS sobre o valor total da operação.
O fornecimento de alimentação em bares e restaurantes é fato gerador previsto na LC
87/96: “Art. 2° O imposto incide sobre: I - operações relativas à circulação de
mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e
estabelecimentos similares”. Trata-se, portanto, de circulação de mercadorias, associadas
à prestação de serviços não compreendidos na competência dos municípios. Daí a
incidência do ICMS sobre o valor total da operação. Vide art. 155 § 2, IX, b CF: incide
ICMS “b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com
serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios”,
A alternativas “b” e “e” estão incorretas, face à não incidência por ausência de tipificação
na Lista da LC 116/03.
A alternativa “d” está incorreta, pois revela serviço constante da lista do ISS, LC 116/03,
portanto sujeito ao ISS, porém com ressalva para mercadorias, que ficaram sujeitas à
incidência do ICMS. Trata-se do previsto no art. 7.º § 2.º LC116/03 em substituição do
antigo Decreto-Lei 406/68 em seu art. 8.º § único.
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Gabarito oficial alternativa “a”. Os fundamentos da questão são idênticos aos apresentados
na questão n.º 09. Trata-se do princípio da não cumulatividade.
A alternativa “b” está incorreta, pois o produtor rural, nesta hipótese será substituído. Trata-
se da substituição regressiva, com diferimento no recolhimento do imposto para a operação
subsequente.
A alternativa “c” está incorreta, pois o creditamento do ICMS, decorrente do princípio da
não-cumulatividade se aplica também ao serviços objeto do ICMS.
A alternativa “d” está incorreta, pois o creditamento do ICMS, decorrente do princípio da
não-cumulatividade se aplica também à energia elétrica, em casos específicos, previstos no
art. 33, II LC 87/96.
A alternativa “e” está incorreta, pois em caso de isenção, os créditos anteriores serão
anulados, salvo disposição de lei em contrário, nos termos do art. 155, §2, II CF.
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A alternativa “e” é incorreta pois colide com a definição do respectivo princípio da não-
cumulatividade já exposta.
QUESTÃO SUBSIDIÁRIA 1
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A alternativa “b” está incorreta, pois a instituição de imposto novo, pelo exercício da
competência tributária residual, exige lei complementar federal. Vide art. 154, I CF.”Art.
154. A União poderá instituir: I- mediante lei complementar, impostos não previstos no
artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de
cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;”
A alternativa “b” já objeto de questões anteriores, sendo incorreta por ferir o sistema
tributário atual, o qual exige, regra geral, a concessão de isenções pelo próprio titular da
competência, denominada isenção autônoma. A possibilidade de isenção heterônoma seria
exceção nos moldes do ICMS e do ISS em hipóteses de exportação, o que abordaremos
futuramente. Vide, por exemplo, art. 155, § 2, XII, “e” CF.
A alternativa “c” está incorreta, pois há hipótese em que a competência para contribuições
será do Estado, DF ou Município: art. 149 §1.º CF ¨” Os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em
benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será
inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.”
À respeito dos princípios e das limitações ao Poder de Tributar que regem o Sistema
Tributário, é correto afirmar que
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a) IPI
b) ICMS
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c) IPI e do ICMS
d) IR, IPI e ICMS
e) IPI, ICMS e ISS
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gerador, revela que todo imposto gradua a capacidade econômica do contribuinte, enquanto
as taxas e contribuições de melhoria, graduam a contraprestação no seu custo, daí serem,
estes dois últimos sujeitos ao princípio do custo-benefício. Já o princípio do não confisco
revela uma tributação com razoabilidade na alíquota, para não arrebatar a renda ou o
patrimônio do contribuinte, previsto no art. 150, IV CF. São princípios diferentes, ambos,
no entanto, derivados da isonomia.
A afirmativa II já foi estudada anteriormente e ofende o disposto no art. 151, III CF.
A afirmativa III também já foi objeto de comentários. Exceções ao princípio da
anterioridade estão previstas no art. 150 §1. CF.
A afirmativa IV revela o princípio disciplinado no art. 150, V CF, derivado também da
isonomia, e que protege a liberdade de locomoção, sendo, portanto, uma garantia
individual, consubstanciando cláusula pétrea expressa.
A afirmativa V está errada, uma vez que a tributação uniforme exigida pelo Constituinte à
União, tendo como premissa a isonomia, como tratamento igual às situações equivalentes,
encontra na própria isonomia, fundamento de exceção, quando, situações sócio-econômicas
não equivalentes, serão ajustadas mediante a concessão de isenções, incentivos fiscais e
outros benefícios, visando a consagração da justiça fiscal. Portanto, o princípio comporta
exceções, nos moldes do art. 151, I CF, justamente para realização da isonomia àqueles
que se encontrem em situação não equivalente. “ Art. 151. É vedado à União: I - instituir
tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou
preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de
outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do
desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País”.
O princípio da capacidade contributiva, previsto no art 145 §1 CF, analisado sobre o prisma
da característica essencial do tributo, o fato gerador, revela que todo imposto gradua a
capacidade econômica do contribuinte, daí sujeito ao princípio da capacidade contributiva.
Já as taxas e contribuições de melhoria, graduam a contraprestação estatal, dimensionando
o seu custo, daí serem, estes dois últimos sujeitos ao princípio do custo-benefício e não ao
princípio da capacidade contributiva.
145 § 1º - “Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados
segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária,
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do
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contribuinte.”
QUESTÃO SUBSIDIÁRIA 1.
Comentário.
Afirmativa verdadeira. Cuidado! Devemos atentar para o princípio da capacidade
contributiva por outro enfoque, sobre um prisma um tanto mais abrangente, além da letra da
Constituição. Trata-se um outro enfoque, onde, qualquer tributo, e não apenas os impostos,
terá função de consagrar isonomia, através da justiça fiscal, através de mecanismos
diversos, como, por exemplo a concessão de isenções, benefícios fiscais, incentivos e etc...
Seria possível uma taxa, uma contribuição e, não só os impostos, atingir esta meta. Daí,
sobre um novo prisma, é princípio mais abrangente.
A alternativa “a” está falsa, pois o STF estende a capacidade contributiva às multas, num
prisma abrangente de consagração da isonomia.
A alternativa “b” foi tida como falsa, no entanto, merece nossa crítica, uma vez que as
tarifas, espécies de preço público, são facultativas exatamente face a sua natureza
contratual, ao contrário das taxas, compulsórias, face a sua natureza legal. Daí, a questão
gerar dúvida quanto ao alcance do examinador, contrariando inclusive súmula do STF.
A Alternativa “c” está errada, uma vez que a progressividade de alíquotas é instrumento de
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A alternativa “a” está falsa, uma vez que já verificamos ser hipótese de incidência de ISS,
prevista na lista do ISS, LC 116/03.
A alternativa “b” está falsa, uma vez que o IPTU é imposto real que admite
progressividade de alíquota em função da capacidade econômica, conforme previsto no art.
156 par. 1o. , I CF, fruto da EC 29/00. “§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a
que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:" I – ser
progressivo em razão do valor do imóvel; e II – ter alíquotas diferentes de acordo com a
localização e o uso do imóvel."
A alternativa “c” está falsa, uma vez que a EC 39/02 incluiu dispositivo constitucional, no
art. 149- A CF para permitir aos municípios e DF “instituir contribuição, na forma das
respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no
art. 150, I e III.”
A alternativa “d” está falsa, face ao permissivo consititucional no art 156 par. 1o. , I CF,
fruto da EC 29/00. “§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art.
182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:" ...; e II – ter alíquotas diferentes
de acordo com a localização e o uso do imóvel."
A progressividade é uma técnica impositiva que, em nosso país, pode ser utilizada
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02. ICMS SP
A competência tributária, representando delimitação do poder de tributar, é matéria de
índole constitucional, sendo, por tal motivo, fixada pela Constituição Federal. Quanto à
referida competência é correto afirmar que:
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Uma empresa de transporte coletivo municipal, sediada no DF, que adquire combustível de
outra unidade da federação para consumo próprio
a) É contribuinte do ISS, relativamente aos serviços prestados, mas isenta do ICMS
sobre combustível
b) É contribuinte do ISS, relativamente aos serviços prestados, e do ICMS,
relativamente ao combustível
c) Não é contribuinte do ISS
d) É contribuinte do ISS, relativamente aos serviços prestados e imune à incidência do
ICMS sobre combustível
e) Não é contribuinte do ICMS
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Em nosso sistema tributário, está sujeita a incidência exclusiva do ISS a seguinte atividade:
a) Fornecimento de alimentação em bares e restaurantes
b) Aviamento de fórmulas médicas
c) Colocação de molduras em estampas ou pinturas
d) Conserto de motores, com fornecimento de peças e componentes
e) Edição de livros, jornais e periódicos
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À respeito dos princípios e das limitações ao Poder de Tributar que regem o Sistema
Tributário, é correto afirmar que
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a) IPI
b) ICMS
c) IPI e do ICMS
d) IR, IPI e ICMS
e) IPI, ICMS e ISS
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A progressividade é uma técnica impositiva que, em nosso país, pode ser utilizada
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O gabarito tido como verdadeiro, indica a imunidade recíproca das autarquias. De fato, a
imunidade recíproca prevista no art. 150, VI, “a” CF para as entidades políticas, é extensiva
às autarquias e fundações públicas, pelo disposto no parágrafo 2.º do art. 150 CF. “Art. 150.
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: a) patrimônio,
renda ou serviços, uns dos outros; § 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às
autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao
patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas
decorrentes.” Vale ressaltar tratar-se de uma imunidade condicionada à vinculação às
finalidades essenciais ou delas decorrentes.
Incorreta a alternativa ‘a’, uma vez que a imunidade geral atribuída aos templos também
está condicionada à vinculação às finalidades essenciais, ao contrário do que diz a assertiva
da alternativa em questão. Vide art. 150, VI, ‘b’ CF. ““Art. 150. Sem prejuízo de outras
garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: b) templos de qualquer culto; § 4º - As
vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a
renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas
mencionadas.”
A alternativa ‘b” está incorreta uma vez não corresponder às hipóteses constitucionais de
previsão de imunidade.
As alternativas ‘d’ e ‘e’ estão incorretas, pois, como já exposto no art. 150 , VI, ‘a’ CF e
150 § 2 CF, comentário da assertiva letra ‘c’ acima, a imunidade recíproca é extensível às
autarquias e fundações públicas. Portanto, não é extensível a toda a administração indireta,
não o sendo às empresas públicas nem às sociedades de economia mista. Há situações
excepcionais em que o STF interpreta a Constituição, estendendo a imunidade recíproca
também às empresas públicas quando exercerem “delegação de serviços públicos”, como
foi a decisão aplicada à Empresa de Correios e Telégrafos que exercem o serviço de
“postagem”. Entende o STF, portanto, que as empresas públicas delegatárias de serviços
público ou, mesmo, se exercessem atividade econômica, no entanto, em regime de
monopólio, teriam imunidade recíproca por extensão.
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Cabe à União exigir o imposto sobre produtos industrializados antes de decorridos noventa
dias da data de publicação da lei que o majorar?
Empresa pública federal goza de imunidade tributária no que se refere ao patrimônio, à
renda e aos serviços vinculados às suas atividades que não tenham fins lucrativos?
Cabe aos Estados e ao Distrito Federal estabelecer hipótese de imunidade tributária em
relação a fato que esteja sujeito à incidência do imposto sobre propriedade de veículos
automotores?
As contribuições sociais para a seguridade social só poderão ser exigidas após decorridos
noventa dias da data de publicação da lei que as houver instituído ou aumentado?
Na assertiva I, o IPI não poderá ser cobrado antes dos 90 dias, uma vez que este se submete
à denominada “noventena” do art. 150, III, “c” CF. Portanto, como o IPI, é uma exceção
ao princípio da anterioridade, por ter sido incluído no rol das exceções, no art. 150 §1 CF,
mas, no entanto, não foi incluído como exceção à noventena, deverá aguardar os 90 dias da
publicação para a respectiva cobrança. Poderíamos dizer que, como ele só se sujeita aos
90 dias, estaria sujeito ao princípio da anterioridade nonagesimal.
Na afirmativa III, vale ressaltar que Estados não concedem imunidade. Imunidade é não
incidência prevista na Constituição Federal.
Na afirmativa IV, é correto afirmar que as contribuições sociais está sujeitas ao princípio da
anterioridade nonagesimal, previsto no art. 195 § 6 CF.” § 6º - As contribuições sociais de
que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da
publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto
no art. 150, III, "b". CF.
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A não exigência do ICMS nas operações de saída de livro jurídico da loja revendedora para
o consumidor final local é considerada hipótese de
a) Não-incidência
b) Isenção
c) Imunidade
d) Anistia
e) Remissão
a) F, F, V, F
b) F, V, V, F
c) F, F, V, V
d) V, F, V, V
e) V, F, F, F
A afirmativa I é falsa, uma vez que o STF concedeu imunidade geral de impostos sobre
patrimônio, renda e serviços aos templos, extensível aos lotes vagos e prédios comerciais.
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Trata-se de mudança de posição, face à decisão muito antiga quando ainda negava esta
imunidade. Praticamente, depois dessa mudança de posicionamento do STF, quanto aos
templos, a imunidade ganhou um caráter bem mais abrangente, sendo vedada sua extensão,
no entanto, diante de contratos de locação, mesmo assim, salvo se a renda da locação não
reverter para a função essencial.
A afirmativa II é falsa, pois a cobrança de taxa de coleta de lixo é permitida, não o sendo a
taxa de limpeza pública, face ao STF ter entendimento de ser este um serviço não
específico, diga-se, geral, bem como também indivisível. Portanto, não caberia cobrança de
taxa, por ofensa ao fato gerador, previsto no art. 145, II CF e art. 77 CTN.
A afirmativa III é verdadeira, face a se tratar de norma procedimental, ou seja, critério de
apuração, nos termos do art. 11 Lei 9311/96 e do art. parágrafo 2.º, do art. 1.º LC 105/01.
A afirmativa IV é verdadeira, face à decisão do STF dando à imunidade recíproca
interpretação extensiva aos filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais
e periódicos.
Assinale a falsa:
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A alternativa “c” é verdadeira, pois, mesmo com a imprecisão de terminologia, dizendo ser
“isento”, quando a Constituição protege um fato contra tributação, trata-se de uma
imunidade tributária.
A alternativa “d” está correta, pois a imunidade é do livro, jornal, periódico e do papel
destinado a sua impressão, não se estendendo à entidade. Trata-se de imunidade objetiva,
alcançando o II, IE, IPI e o ICMS apenas. Não alcança a entidade, não abrangendo,
portanto, IR ou PIS e COFINS.
A alternativa “e” está correta, uma vez que o poder de conceder isenção é fruto do exercício
da competência, apesar de ser uma exoneração do tributo, é próprio do titular da
competência tributária.
A alternativa ‘b’ está falsa, uma vez que a imunidade objetiva dos livros, como já exposta,
não alcança a entidade, mas apenas o próprio livro. Trata-se de imunidade objetiva,
alcançando o II, IE, IPI e o ICMS apenas. Não alcança a entidade, não abrangendo,
portanto, IR ou PIS e COFINS.
A alternativa ‘e’ está falsa por falta de previsão constitucional, uma vez que a imunidade
geral prevista no art. 150, VI CF não se aplica às taxas, mas apenas aos impostos. Além
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disso, vale ressaltar que o art. 5, XXXIV CF é caso de imunidade específica de taxas, não
alcançando serviços prestados aos entes públicos federais ou estaduais
a) Compete à União instituir impostos sobre a renda obtida pelos partidos políticos,
das instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos
b) Caberá à Lei Complementar dispor sobre os conflitos de competência entre os entes
políticos e estabelecer normas gerais em matéria tributária
c) Os impostos sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativos a títulos ou
valores mobiliários são de competência da União
d) Somente a União pode instituir empréstimos compulsórios
e) Ocorrerá o fonômeno da parafiscalidade quando a entidade a quem se delegou o
poder de arrecadar o tributo, receber autorização legal para ficar e aplicar aqueles valores
em suas próprias finalidades
Gabarito oficial alternativa “a”. Trata-se da imunidade geral prevista no art. 150, VI, c CF
“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: c)
patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social,
sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; “ Vale ressaltar que trata-se de
imunidade condicionada, nos termos do art. 150 par. 4.º CF.
A alternativa “b” está correta nos termos do art. 146, II e III CF.
A alternativa “e” está correta. Já foi objeto de explicação na aula n.º 01 a parafiscalidade,
sendo requisito seu a transferência da capacidade ativa e dos recursos ao ente que irá
administrar os tributos. Vale ressaltar que nem toda transferência de capacidade ativa ou de
recursos implica em parafiscalidade, por se relacionar às funções paralelas ás funções
típicas de Estado. Ex. A União institui contribuição social sobre a folha salarial e determina
ao INSS a administração dos recursos bem como a capacidade para exigir o seu
cumprimento, face tratar-se de tributo voltado a uma função paralela ás funções típicas de
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da arrecadação da CIDE.
Distintos fatos geradores do ICMS cujas alíquotas são aumentadas nos dias 30 de agosto e
30 de novembro de determinado exercício poderão ser cobrados a partir
Observe que não foi incluído no rol das exceções no art. 150 par. 1.º CF.
Portanto, para a primeira hipótese, publica da lei em 30 agosto, aplica-se em 1.º janeiro
seguinte. Nesta hipótese já se está atendendo ao prazo mínimo de 90 dias. Na segunda
hipótese, publicada a lei em 30 novembro, aplica-se no exercício seguinte, observado o
prazo mínimo de 90 dias, 1.º de março.
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a) ITBI e IPTU
b) IR e IPTU
c) IR, IPI e IPTU
d) IPTU e IPVA
e) IPI, ICMS e ISS
IPTU- art. 156 parágrafo 1o., II CF "§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que
se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: II – ter alíquotas
diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel."
IPVA art. 155 parágrafo 6o, II CF § 6º O imposto previsto no inciso III: II - poderá ter
alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização
Contribuição Social, 195 par. 9.º CF “As contribuições sociais previstas no inciso I deste
artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade
econômica ou da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou de condições
estruturais do mercado de trabalho”.
Observe que não há que se confundir as alíquotas diferenciadas por critérios incidentais
com as alíquotas progressivas já estudas na aula n.º 02.
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norma geral de direito tributário sobre matéria acerca da qual a legislação federal era
omissa. Posteriormente, a matéria veio a ser objeto de disposição específica na legislação
federal. Nessa situação, se a lei federal for completamente oposta à estadual, ficará esta
integralmente sem eficácia enquanto perdurar a validade daquela.
II. Apesar da forma federativa do Estado brasileiro, o Senado Federal tem competência
para avaliar o desempenho das administrações tributárias das unidades da Federação.
Verdadeiro. Observe que o princípio da isonomia, no art. 150, II CF, prevê tratamento igual
para os equivalentes e desigual para os não equivalentes. “Art. 150. Sem prejuízo de outras
garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios: II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em
situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou
função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos,
títulos ou direitos;”. Daí, uma empresa de grande porte deverá ter tratamento diferenciado
das demais sob pena de ofensa ao princípio da isonomia. Por exemplo, elas não são
incluídas no SIMPLES, somente as microempresas e as empresas de pequeno porte.
Verdadeiro. Trata-se de imunidade prevista na CF art. 153,par.3.º , III CF e 149 par. 2.º, I
CF.
a. 1
b. 2
c. 3
d. 4
e. nenhuma
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GABARITO D
Verdadeiro. Vale ressaltar que a CF prevê imunidade no caso apenas para impostos,
ressalvada a incidência de II, IE e ICMS. Portanto, não há imunidade de contribuição
interventiva. Vide CF 155 § 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput
deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações
relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo,
combustíveis e minerais do País.”
II. Caso a União deseje criar uma contribuição de intervenção no domínio econômico
sobre a comercialização do milho, a Constituição Federal faculta-lhe estabelecer uma
alíquota fixa por saca de milho, independentemente do valor sobre o qual se efetivem as
operações.
Gabarito verdadeiro. Alíquota fixa é aquela onde não se aplica percentual, trata-se da
aplicação de unidade monetária por unidade de medida de mercadoria. Ex. 1 real por saca.
Vide art. CF 149 § 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de
que trata o caput deste artigo: III - poderão ter alíquotas: a) ad valorem, tendo por base o
faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor
aduaneiro; b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada.
Falso. Caso o servidor estadual ou municipal esteja sujeito à regime previdenciário público
criado pelo próprio Estado ou Município, a competência para instituir a contribuição social,
que regra geral seria da União, passa a ser do próprio Estado ou Município. No entanto, a
alíquota não pode ser inferior ao do servidor federal, e não, como disse a assertiva,
superior. “CF 149 § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão
contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime
previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos
servidores titulares de cargos efetivos da União.”
a. VVV
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b. VFV
c. FFV
d. VVF
e. FFF
Gabarito alternativa D
II. Cabe a lei complementar federal dispor sobre o fato gerador e a base de
cálculo dos impostos previstos na Constituição da República, inclusive do imposto sobre
serviços (ISS) e do imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA).
Verdadeiro. Nos termos do art. 146, III CF, caba à lei complementar estabelecer normas
gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre definição de tributos e de
suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos
respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes. Portanto, a lei complementar
não vai instituir o ISS ou o IPVA, mas apenas definir norma geral para seus respectivos
fatos geradores, base de cálculo e contribuintes, entenda-se, definição a nível de norma
geral. Isto não se confunde com a definição dos fatos geradores, base de cálculo e
contribuintes que deverá ser feita também na lei instituidora dos respectivos tributos.
Falso. Fundamento no art. 149 par. 2.º I CF “2º As contribuições sociais e de intervenção
no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: I - não incidirão sobre as receitas
decorrentes de exportação;”. Trata-se de hipótese de imunidade tributária.
a. VVV
b. VVF
c. VFV
d. VFF
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e. FFF
GABARITO B
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a) V, V, V d) F, F, V
b) V, V, F e) F, V, F
c) V, F, V
A afirmativa II é falsa, uma vez que a imunidade recíproca das entidades políticas é
incondicionada. Vale ressaltar, no entanto, que está sujeita à restrições do art 150 par. 3.º
CF, onde se lê “desde que não explore atividade econômica”. “150 § 3º - As vedações do
inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços,
relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a
empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou
tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto
relativamente ao bem imóvel”. No entanto, a doutrina majoritária entende que locação não
seria ato de comércio, portanto, não se enquadraria na restrição do parágrafo 3.º , salvo se
fosse locação para fins comerciais.
A afirmativa III é verdadeira, uma vez que trata-se de imunidade condicionada, prevista no
art. 150, VI, “c” CF. Vale observar o parágrafo 4.º do art. 150 CF. § 4º - As vedações
expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os
serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. O
STF considera que, diante do contrato de locação, que por si desclassifica a imunidade,
poderá, no entanto, ser mantida a imunidade caso a renda da locação reverta para a função
essencial.
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II. A imunidade tributária conferida pelo art. 150, VI, c, da Constituição Federal às
instituições de assistência social sem fins lucrativos alcança as entidades fechadas de
previdência social que conferem benefícios aos seus filiados mediante o recolhimento das
contribuições pactuadas.
III. Os Estados e o Distrito Federal não têm competência para instituir empréstimo
compulsório, ainda que se destine ao atendimento de despesas extraordinárias de caráter
urgente que decorram de calamidade pública.
IV. A Constituição Federal impede que as contribuições sociais para a seguridade social
tenham base de cálculo própria de impostos.
Falso. Não há impedimento, uma vez que são tributos especiais, caracterizados, não
somente pelo fato gerador, mas por outras características, como, por exemplo, seu fim:
custeio da seguridade social
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a) Cabe aos Estados e ao Distrito Federal instituir e cobrar adicional de até cinco por cento
do que for pago à União por pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas nos respectivos
territórios, a título de imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, incidente
sobre lucros, ganhos e rendimentos de capital.
b) Não é permitido instituir e cobrar a taxa de conservação de estradas de rodagem cuja
base de cálculo seja idêntica à do imposto sobre propriedade territorial rural.
c) O imposto sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos é instituído e
cobrado pelos Municípios.
d) É permitido à União continuar a exigir o imposto sobre movimentação ou transmissão
de valores e de créditos e direitos de natureza financeira, que instituiu com base na Emenda
Constitucional n°3, de 17 de março de 1993.
e) É permitido à União, aos Estados e ao Distrito Federal instituir, nos respectivos âmbitos
de atuação, contribuições de intervenção no domínio econômico.
Vale ressaltar que estão incorretas as alternativas “a” e “c”, uma vez que o AIR e o IVVC
foram extintos pela EC 03/93.
Incorreta a alternativa “d”, pois o IPMF foi considerado inconstitucional, uma vez que a EC
3/93, neste tributo, autorizou exceção à anterioridade e violou a imunidade recíproca.
Incorreta a alternativa “e”, uma vez que CIDE é de competência exclusiva da União, nos
termos do art. 149 CF.
Não, uma vez que CIDE é de competência exclusiva da União, nos termos do art. 149 CF.
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Não, uma vez que a destinação da sua receita segue o disposto no inciso II, do parágrafo 4.º
do art. 177 CF II - os recursos arrecadados serão destinados: a) ao pagamento de subsídios
a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados de
petróleo; b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do
petróleo e do gás; c) ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes.
III. Compete aos municípios o imposto sobre a cessão, a título oneroso, de direitos à
aquisição, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos
reais sobre imóveis?
Sim, por se enquadrar na hipótese prevista no art. 156, II CF. Exemplo: na compra de um
imóvel em inventário, de fato o que se faz é uma escritura de cessão de direitos
hereditários, sujeita, portanto ao ITBI
Todos os casos de alíquota, mesmo zero, situam-se no campo de incidência tributário, digo,
há fato gerador, apesar da alíquota zero. Alterando-se a alíquota, tributa-se.
Na hipótese da notação NT, trata-se de uma não incidência prevista na lei. É como se a lei
dissesse a expressão “não incide tributo sobre o fato X”. Portanto, fora do campo de
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incidência.
Portanto, nem todos os produtos da TIPI terão incidência, pois alguns vêm com a notação
NT.
Melhor alternativa, portanto “b”.
Verdadeiro. Trata-se do diposto no art. 156 parágrafo 3, III CF. “156 § 3º Em relação ao
imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementarI - fixar as suas
alíquotas máximas e mínimas”
Falso. Trata-se do previsto no art. 154, I CF. A competência residual é a atribuição para a
União instituir, por lei complementar, imposto “novo”, entenda-se com fato gerador e base
de cálculo diferentes dos demais previstos no seu rol de competência e da competência dos
demais entes. “Art. 154. A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos
não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato
gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição.”
Falso, tal afirmativa estaria correta para os impostos sujeitos à anterioridade. Vide art. 62
§2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os
previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro
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seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
Quanto às contribuição, segundo o STF, a MP deverá aguardar 90 dias a contar da sua
primeira publicação, em respeito à anterioridade nonagesimal, mesmo sem que se tenha
ainda convertido em lei. 195 § 6º - “As contribuições sociais de que trata este artigo só
poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as
houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b".
a) V V F V
b) F F V F
c) V F V F
d) F V F F
e) V F F V
a) lei ordinária federal poderá instituir novos impostos, desde que não tenham fato gerador
ou base de cálculo próprios dos previstos no texto constitucional
b) lei ordinária federal poderá instituir isenções de tributos estaduais e municipais
c) somente a União poderá instituir contribuições sociais
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A alternativa “a” está incorreta pois, nos termos do art. Art. 146, III CF, cabe à lei
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A alternativa “c” está incorreta, uma vez que as Contribuições interventivas, CIDE, não são
objeto de lei complementar. Basta a instituição por lei ordinária. Logicamente, se o
legislador decidir instituí-las por lei complementar, não haverá impedimentos, face ao
quorum de maioria absoluta, como foi o caso do COFINS, instituído por lei complementar
e alterado sucessivamente por lei ordinária. No entanto, não havia necessidade. No caso do
empréstimo compulsório, no entanto, é necessário a instituição por lei complementar,
inclusive no caso de guerra externa ou calamidade pública.
A alternativa “d” está incorreta, uma vez que a competência residual da União,
originariamente atribuída para a instituição de imposto residual, com base no art. 154, I CF,
foi estendida às contribuições sociais, com fundamento de validade no art. 195 parágrafo
4.º CF “195 § 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou
expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. “. Portanto, não se
cogita de contribuição interventiva residual, mas sim de contribuição social residual.
A não exigência do ICMS nas operações de saída de livro jurídico da loja revendedora para
o consumidor final local é considerada hipótese de
f) Não-incidência
g) Isenção
h) Imunidade
i) Anistia
j) Remissão
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a) F, F, V, F
b) F, V, V, F
c) F, F, V, V
d) V, F, V, V
e) V, F, F, F
Assinale a falsa:
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f) Compete à União instituir impostos sobre a renda obtida pelos partidos políticos,
das instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos
g) Caberá à Lei Complementar dispor sobre os conflitos de competência entre os entes
políticos e estabelecer normas gerais em matéria tributária
h) Os impostos sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativos a títulos ou
valores mobiliários são de competência da União
i) Somente a União pode instituir empréstimos compulsórios
j) Ocorrerá o fonômeno da parafiscalidade quando a entidade a quem se delegou o
poder de arrecadar o tributo, receber autorização legal para ficar e aplicar aqueles valores
em suas próprias finalidades
Distintos fatos geradores do ICMS cujas alíquotas são aumentadas nos dias 30 de agosto e
30 de novembro de determinado exercício poderão ser cobrados a partir
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f) ITBI e IPTU
g) IR e IPTU
h) IR, IPI e IPTU
i) IPTU e IPVA
j) IPI, ICMS e ISS
VI. Apesar da forma federativa do Estado brasileiro, o Senado Federal tem competência
para avaliar o desempenho das administrações tributárias das unidades da Federação.
a. 1
b. 2
c. 3
d. 4
e. nenhuma
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a. VVV
b. VFV
c. FFV
d. VVF
e. FFF
a. VVV
b. VVF
c. VFV
d. VFF
e. FFF
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Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas,
em seguida, marque a resposta correta.
( ) A imunidade tributária conferida pela Constituição Federal a instituições de assistência
social sem fins lucrativos somente alcança as entidades fechadas de previdência social
privada se não houver contribuição dos beneficiários.
( ) É permitido à União exigir imposto sobre a renda auferida por Municípios que provenha
de aluguel de imóveis a eles pertencentes.
( ) O imóvel pertencente a entidade sindical de trabalhadores, ainda quando alugado a
terceiros, permanece imune ao imposto sobre propriedade predial e territorial urbana
(IPTU), desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tal
entidade.
d) V, V, V d) F, F, V
e) V, V, F e) F, V, F
f) V, F, V
f) Cabe aos Estados e ao Distrito Federal instituir e cobrar adicional de até cinco por cento
do que for pago à União por pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas nos respectivos
territórios, a título de imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, incidente
sobre lucros, ganhos e rendimentos de capital.
g) Não é permitido instituir e cobrar a taxa de conservação de estradas de rodagem cuja
base de cálculo seja idêntica à do imposto sobre propriedade territorial rural.
h) O imposto sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos é instituído e
cobrado pelos Municípios.
i) É permitido à União continuar a exigir o imposto sobre movimentação ou transmissão
de valores e de créditos e direitos de natureza financeira, que instituiu com base na Emenda
Constitucional n°3, de 17 de março de 1993.
j) É permitido à União, aos Estados e ao Distrito Federal instituir, nos respectivos âmbitos
de atuação, contribuições de intervenção no domínio econômico.
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III. Compete aos municípios o imposto sobre a cessão, a título oneroso, de direitos à
aquisição, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos
reais sobre imóveis?
a) V V F V
b) F F V F
c) V F V F
d) F V F F
e) V F F V
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f) lei ordinária federal poderá instituir novos impostos, desde que não tenham fato gerador
ou base de cálculo próprios dos previstos no texto constitucional
g) lei ordinária federal poderá instituir isenções de tributos estaduais e municipais
h) somente a União poderá instituir contribuições sociais
i) somente o Município poderá instituir taxas por serviços prestados
j) o ITR é um tributo federal que, nos termos de permissivo constitucional, poderá ser
fiscalizado e cobrado pelos Municípios.
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Trata-se da disciplina dos chamados “favores fiscais”, cujo exigência de lei específica foi
estendida pela EC 03/93 a diversos benefícios, tais como, o subsídio, a isenção, a redução
de base de cálculo, o crédito presumido, a anistia ou remissão. Dispõe o parágrafo 6.º do
art. 150 CF: “"§ 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de
crédito presumido, anistia ou remissão, relativas a impostos, taxas ou contribuições, só
poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule
exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição,
sem prejuízo do disposto no artigo 155, § 2º, XII, g."
Observe que foi feita uma exceção ao final do respectivo parágrafo, indicando que o ICMS
receberá disciplina diversa, exigindo deliberação dos Estados, nos termos regidos em lei
complementar federal. O citado implica que os favores fiscais, como por exemplo, uma
isenção, relacionados ao ICMS, não serão concedidos por ato unilateral do próprio Estado,
necessitando deliberação conjunta entre os mesmos: 155, § 2º, XII, g."compete à lei
complementar g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito
Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.”
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Gabarito alternativa “b”. Trata-se de previsão no CTN, no parágrafo 1.º do art. 108,
proibindo-se que os elementos da estrutura do tributo ( %, fato gerador, base de cálculo e
contribuintes), quanto omitidos na lei instituidora do tributo, possam ser supridos pela
aplicação analógica da lei de casos semelhantes ao respectivo fato gerador. Se uma lei
deixa de mencionar uma alíquota, não caberia analogia para suprir a lacuna da lei, uma vez
que estaria sendo cobrado tributo não instituído, por falta de elemento essencial de sua
estrutura.
Incorreta a alternativa “a”, uma vez que analogia é método de integração cuja exigência
não foi prevista em caráter obrigatório ,no CTN, para infrações. Integração significa o
preenchimento da lacuna da lei. Há casos não solucionados diretamente pelo texto legal,
por falta de previsão específica. Nestas hipóteses o CTN elencou vários métodos para a
solução de casos concretos de maneira a suprir esta omissão do legislador. Vide art 108
CTN: “Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a
legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada: I a analogia; II - os
princípios gerais de direito tributário; III - os princípios gerais de direito público; IV - a
eqüidade.”
Incorreta a alternativa “c”, uma vez que cabe equidade como o último dos critérios de
integração previstos no art. 108 CTN
Incorreta a alternativa “d”, uma vez que cabe a utilização dos princípios gerais do direito
público como o penúltimo dos critérios de integração previstos no art. 108 CTN
Incorreta a alternativa “e”, uma vez que o Código Tributário Nacional exige, para as
isenções, modalidade de exclusão do crédito, interpretação literal. Portanto veda
interpretação extensiva. Vide art. 111 CTN: “Interpreta-se literalmente a legislação
tributária que disponha sobre: I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; II - outorga
de isenção; III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.”
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Vale ressaltar que a alternativa “c”, gabarito oficial, menciona, na frase, “não pode ser
devolvido porque, sem embargo da desvalia do ato, aperfeiçoou-se o fato gerador do
imposto”, dando a entender a impossibilidade de devolução. Prefiro acreditar que a norma
geral não exige a devolução, o que não seria, propriamente proibido, mas sim, inexigível do
legislador ordinário.
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Gabarito oficial alternativa “d”. Trata-se de réplica fiel do disposto no artigo 110 CTN. “A
lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e
formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição
Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou
dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias”. Por exemplo, imagine
uma lei instituidora de tributo, ITBI, que definisse em determinado artigo um bem imóvel
como abrangendo também os veículos automotores. Teríamos uma lei tributária, dando ao
instituto “bem imóvel” interpretação extensiva e diversa daquela dada pelo próprio Direito
Civil, disciplina que cria o referido instituto. Tal procedimento é, portanto, vedado.
Incorreta a alternativa “b”, uma vez que o primeiro método de integração, em verdade, é a
analogia. Vale relembrar que integração significa o preenchimento da lacuna da lei. Há
casos não solucionados diretamente pelo texto legal, por falta de previsão específica. Nestas
hipóteses o CTN elencou vários métodos para a solução de casos concretos de maneira a
suprir esta omissão do legislador. Vide art 108 CTN: “Na ausência de disposição expressa,
a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na
ordem indicada: I a analogia; II - os princípios gerais de direito tributário; III - os princípios
gerais de direito público; IV - a eqüidade.”
Incorretas as alternativas “b” e “e”. Vide art. 111 CTN: “Interpreta-se literalmente a
legislação tributária que disponha sobre: I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; II -
outorga de isenção; III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias”.
Portanto, na alternativa “b” foi mencionado, incorretamente, a “imunidade”, pois para este
instituto não há exigência de interpretação literal. Por várias vezes, o STF, aplica às
hipóteses de imunidade interpretação extensiva.
Já a alternativa “e” nega a existência de interpretação literal, contrariando o próprio art.
111 CTN.
Incorreta a alternativa “c”, uma vez que, nos termos do próprio CTN, os princípios gerais
do direito privado são usados para interpretação dos seus institutos, mesmo quando usados
por lei tributária, mas não para atribuir efeito jurídico no campo tributário. Vide art. 109
CTN: “Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do
conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos
respectivos efeitos tributários.”
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Falso, uma vez que, nos termos do art. 111 CTN, não se enquadram na exigência de
interpretação literal as hipóteses de extinção do crédito tributário.
( ) O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei; o
da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.
Verdadeiro, por aplicação dos parágrafos 1.º e 2.º do art. 108 CTN: § 1º O emprego da
analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei. § 2º O emprego da
eqüidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.”
Verdadeiro, por disposto no art. 111 CTN, já anteriormente exposto por nós.
Falso, por disposto no art. 109 CTN, já anteriormente exposto por nós. Note-se que os
efeitos tributários serão objeto da própria lei tributária, o que não se confunde com a
definição dos institutos privados, objeto dos princípios gerais do direito privado.
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Falso, por disposto no art. 108 CTN, já anteriormente exposto por nós. Houve inversão na
ordem dos métodos de integração, o que não se admite, pois deverão ser usados na ordem
sucessiva prevista no próprio artigo.
3.ª QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 06.
a) em caso de dúvida quanto à capitulação legal do fato, os dispositivos de lei tributária que
tratam de fato gerador, definem infrações, ou lhes cominam penalidades, devem ser
interpretados da maneira mais favorável ao sujeito passivo.
Falso, pois o art. 112 CTN, que exige interpretação mais favorável ao contribuinte, se
aplica quando houve situação de dúvida em lei que trate de infrações e não na lei que define
tributos. Observe que a alternativa “a” mencionou “os dispositivos de lei tributária que
tratam de fato gerador, ....”, dando margem de interpretação abrangente também aos
tributos.
c) a legislação tributária que dispõe sobre lançamento de crédito tributário deve ser
interpretada literalmente.
Falso, por não se enquadrar nas hipóteses previstas no art. 111 CTN. Lançamento não é
hipótese de exclusão nem de suspensão, mas sim de constituição do crédito tributário.
Falso, porque a vedação de emprego da analogia, no art. 108 parágrafo 1.º, dirige-se ao
tributo não previsto em lei.
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Falso, por disposto no art. 108 CTN, já anteriormente exposto por nós. Houve inversão na
ordem dos métodos de integração, o que não se admite, pois deverão ser usados na ordem
sucessiva prevista no próprio artigo.
Um contribuinte sonegou um tributo no ano de 2000, sendo certo que o auto de infração
somente foi lavrado no ano de 2005, quando estava em vigor alíquota menos gravosa de
tributo devido.
Nesta hipótese, o Fisco
a) Deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, porque o
lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador
b) Deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, porque mais
vantajosa em termos de arrecadação
c) Deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, porque o
lançamento tem eficácia constitutiva de crédito tributário
d) Deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, em obséquio ao
princípio da aplicação da lei mais benigna
e) Poderá aplicar, discricionariamente, qualquer das alíquotas
Gabarito oficial alternativa “a”. Trata-se da aplicação do disposto no art. 144 CTN c.c. art.
105 CTN. Isto é, nada mais do que a aplicação rígida do princípio da irretroatividade, com
fundamento na CF art. 150, III, “a” CF: “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III -
cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei
que os houver instituído ou aumentado”. Diante do mencionado dispositivo, o CTN no art.
105 CTN, faz sua regulamentação dispondo: “A legislação tributária aplica-se
imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja
ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo 116.” Portanto,
em se tratando de tributos, haverá a necessidade da aplicação, quando do lançamento, da lei
em vigor à época do fato gerador, sob pena de se fazer retroagir a lei nova e posterior, em
afronta aos dispositivos citados. Veja a determinação do art. 144 CTN. “O lançamento
reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então
vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada”.
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seja, não se trata de retroagir lei modificativa. Vide art. 106, I CTN: A lei aplica-se a ato ou
fato pretérito: I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a
aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;” Esse dispositivo
admitiria a retroatividade por ser interpretação autêntica, advinda do mesmo órgão, não se
tratando de lei nova, que cria ou altera tributos, mas sim lei interpretativa.
Um contribuinte praticou infração tributária no ano de 2000, sendo certo antes da lavratura
do auto de infração em 2005, foi reduzida a multa fiscal legalmente prevista.
Nesta hipótese, o Fisco
a) Deverá aplicar a multa fiscal mais gravosa vigente no ano de 2000, porque o
lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador e rege-se pela lei então vigente
b) Deverá aplicar a multa fiscal mais gravosa vigente no ano de 2000, porque mais
vantajosa em termos de arrecadação
c) Deverá aplicar a multa fiscal menos gravosa vigente no ano de 2005, porque o
lançamento tem eficácia constitutiva de crédito tributário
d) Deverá aplicar a multa fiscal menos gravosa vigente no ano de 2005, em obséquio
ao princípio da aplicação da lei mais benigna
e) Poderá aplicar, discricionariamente, qualquer das alíquotas
Observe que, no Direito Tributário, ao contrário do Direito Penal, a lei mais benigna de
infrações somente retroage para casos não definitivamente julgados.
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Gabarito alternativa “c”, por aplicação do disposto no art. 106, II, “a” CTN.
a) VFFF
b) FVFV
c) VFFV
d) FFFV
e) VFVF
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art. 146: “III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente
sobre: ...b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;” Portanto,
se é correto pensar que a lei que vai instituir um tributo deverá elencar as hipóteses de
extinção do crédito, vale também ressaltar que não poderá elencar hipótese de extinção de
crédito não prevista em norma geral, objeto de lei complementar federal.
A alternativa II está incorreta, uma vez que exoneração de tributo dada em lei é objeto de
isenção e não imunidade. Imunidade é limitação constitucional à competência tributária,
diga-se, é hipótese de não incidência constitucional.
A alternativa III está incorreta, uma vez que a definição de normas gerais sobre crédito
tributário, como já comentado na afirmativa I, é objeto de lei complementar federal, nos
termos do art. 146, III, “b” CF.
A alternativa IV está incorreta, uma vez que o CTN somente admite como hipótese de
extinção do crédito tributário, a dação em pagamento em bens imóveis, nos termos do art.
156, XI CTN.
Gabarito oficial alternativa “d”. Trata-se do disposto no inciso V do parágrafo 2.º do art.
155 CF. V - é facultado ao Senado Federal: a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações
internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de
seus membros; b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito
específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria
absoluta e aprovada por dois terços de seus membros.”
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Incorreta a alternativa “b” por ferir o disposto no 155 parágrafo 2.º, V CF, já exposto no
comentário ao gabarito oficial.
Incorreta a alternativa “c” por ferir o disposto no art. 155 par.2.º VII CF, uma vez que,
quando o destinatário for não contribuinte, deverá a mercadoria sair do Estado de Origem
pela alíquota interna do Estado de origem: VII - em relação às operações e prestações que
destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á: a) a
alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto; b) a alíquota
interna, quando o destinatário não for contribuinte dele;”
Incorreta a alternativa “e”, pois a EC 33/01, contrariando antiga súmula do STF, súmula
660, determinou ser incidente o ICMS na importação por pessoa física ou jurídica,
contribuinte ou não, independentemente do destino que se dê à mercadoria: Vide art. 155
par.2.º , IX, “a” CF “ incidirá também: a)sobre a entrada de bem ou mercadoria importados
do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do
imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no
exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o
estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço;”
a) sim,sim,sim
b) sim,não,sim
c) sim, não, não
d) não, não, sim
e) não, não, não
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Quanto às limitações materiais, vale relembrar que uma MP se converte em lei, diga-se, em
lei ordinária. Apesar do raciocínio, face à sistemática do processo legislativo das MPs, já
anteriormente explanado em decisões do STF, o Constituinte atual, no art. 62 par. 1.º CF
vem fazer esta ressalva de forma expressa: “§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias
sobre matéria: III – reservada a lei complementar”. Daí a pergunta n.º 2 ser de resposta
negativa, pois no texto, refere-se à instituição de normas gerais, que, nos moldes do art.
146, III CF, exigem lei complementar federal.
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entre duas ou mais entidades de federação ou nas hipóteses permitidas no CTN, como, por
exemplo, no art. 120 CTN.
A afirmativa III é correta por se tratar da aplicação da regra de vigência do art. 104 CTN,
regra especial para os impostos sobre o patrimônio e a renda. Tal artigo não está
recepcionado como regra de anterioridade, mas sim como uma regra especial de “vacatio
legis”, nos dizeres do STF. Vide art. 104 CTN: “Entram em vigor no primeiro dia do
exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei, referentes a
impostos sobre o patrimônio ou a renda: I - que instituem ou majoram tais impostos; II -
que definem novas hipóteses de incidência; III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo
se a lei dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, e observado o disposto no
artigo 178.”
A afirmativa IV está incorreta, por contrariar a regra regra especial de “vacatio legis” para
normas complementares prevista no art. 103, III CTN.”Salvo disposição em contrário,
entram em vigor: I - os atos administrativos a que se refere o inciso I do artigo 100, na data
da sua publicação; II - as decisões a que se refere o inciso II do artigo 100, quanto a seus
efeitos normativos, 30 (trinta) dias após a data da sua publicação; III - os convênios a que
se refere o inciso IV do artigo 100, na data neles prevista”
Gabarito alternativa “b”. Trata-se da análise da imunidade geral do art.150, VI, “c” CF.
“Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: c) patrimônio,
renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais
dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos,
atendidos os requisitos da lei.” O CTN, no art. 14, regula o caráter “sem fins lucrativos”
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para adequar a referida imunidade dispondo três requisitos necessários para que a entidade
se enquadre nessa característica “I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio
ou de suas rendas, a qualquer título; (Redação dada pela Lcp nº 104, de 10.1.2001); II -
aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos
institucionais; III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos
de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.”
Diante do disposto acima, a alternativa que reproduz uma dessas exigências é a alternativa
“b”.
.
14. AFTN 2002-II ESAF
O estabelecimento, em caráter geral, da definição da base de cálculo e do fato gerador dos
impostos discriminados na Constituição há de ser feito por
A possibilidade de norma geral pelos Estados é exceção à primazia da União, nos moldes
do art. 24 CF. Os Estados terão competência para suplementar a norma geral da União ou
suprir a sua omissão para assuntos do seu interesse, mas vale frizar, a primazia é sempre da
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União. Art. 24. “Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e
urbanístico. § 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-
á a estabelecer normas gerais. § 2º - A competência da União para legislar sobre normas
gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.”
1 – O Código Tributário Nacional, embora tenha sido aprovado como lei ordinária, pode
regular as matérias para as quais a Constituição, que lhe é posterior, passou a exigir lei
complementar.
2 – Cabe a lei complementar federal, em relação aos impostos em geral, como o ICMS e o
ISS, a definição dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes.
3 – Resolução do Senado Federal, obedecidas as condições constitucionais, poderá
estabelecer, para o ICMS, as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e
de exportação.
a) sim,sim,sim
b) sim,não,sim
c) não,sim,sim
d) sim,sim,não
e) não,não,não
A afirmativa I e II tem o mesmo fundamento já explicado na questão 14, qual seja, o art.
146, III CF. O CTN, quando da sua publicação em 1966, veio na forma de lei ordinária,
por inexistir, à época a exigência de lei coplementar para as normas gerais, o que só foi
introduzido pela CF 1967, passando o CTN a ser recepcionado com “status” de lei
complementar, isto é, só alterável por lei complementar.
A afirmativa II tem fundamento no art. 146, III, “a” CF, já explicado anteriormente,
segundo o qual, normas gerais em matéria tributária, exigem lei complementar federal.
A afirmativa III tem fundamento no inciso IV do parágrafo 2.º do art. 155 CF; “IV -
resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos
Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas
aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação. Observe a exigência de
Resolução do Senado. Quando a questão disse “ poderá” entenda-se um “poder-dever”.
Difícil o aluno fazer tal raciocínio...
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AFRF2000 ESAF
Escolha, das afirmações abaixo, qual está de acordo com a teoria da recepção das normas
gerais contidas no Código Tributário Nacional – CTN.
Vale observar não se tratar de exigência expressa de lei complementar! Daí o gabarito
oficial.
No entanto, dada permissão, pretendemos discordar desse raciocínio, uma vez que a CF
deverá ser interpretada de forma sistemática, uma vez que tributo é matéria disciplinada no
Sistema Tributário Nacional, art. 145 a 162 CF, devendo-se, pois, indagar-se do tipo de
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tributo, uma vez que alguns tributos são objeto de lei ordinária, mas outros, de lei
complementar. Daí, porque o Constituinte, elencou a competência para os diversos tributos,
atribuindo a exigência ou não de lei complementar em função da matéria. Não haveria por
que se interpretar o artigo supracitado de forma isolada, uma vez se tratar de matéria
tributária. Portanto, isenções deverão ser objeto de lei ordinária ou complementar, em
função do tributo.
Por último, cabe lembrar ao aluno, que por mais de uma vez essa questão tem sido
respondida com o mesmo gabarito, ou seja, “União concede isenção de tributos por lei
ordinária”. Vale a experiência do aluno em provas....Por isso não nos cansamos de
aconselhar para que o aluno faça sempre todo concurso possível.
a) lei ordinária.
b) lei complementar.
c) lei delegada.
d) decreto legislativo.
e) resolução do Senado federal.
Gabarito oficial alternativa “d”. Trata-se da aplicação dos art. 49,I CF cc art. 59, VI CF: “É
da competência exclusiva do Congresso Nacional: I - resolver definitivamente sobre
tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos
ao patrimônio nacional” “Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: I -
emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções.”
Observe que os Tratados Internacionais em matéria tributária deverão ser ratificados,
aprovados, pelo Congresso mediante decreto legislativo. Vale ressaltar, no entanto, que a
produção de efeitos internos, como legislação tributária, somente após a publicação de
Decretos do Executivo.
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Verdadeiro. Trata-se da aplicação da regra de “vacatio legis”, art. 104 CTN combinada
com a exigência do respeito ao princípio da anterioridade. Portanto, a lei que innstitui IR
entraria em vigor no exercício seguinte a sua publicação e, nesta mesma data, já estaria
atendendo ao princípio da anterioridade. Note-se que o IR é exceção à noventena, nos
termos do art. 150 par. 1.º CF.
II. ( ) Devido ao princípio da estrita legalidade, que vige no direito tributário, não se
admitem fontes informais, como o costume, para esse ramo do ordenamento jurídico.
Falso, uma vez que os costumes são enquadrados no inciso III do art. 100 CTN, “práticas
administrativas reiteradas” configurando fontes secundárias do Direito Tributário.
III.( ) Considere a seguinte situação hipotética: Uma lei criou determinado imposto e
definiu os elementos necessários à sua cobrança. Pouco depois, uma instrução normativa
(IN) da SRF estatuiu a desnecessidade de recolhimento daquele tributo durante
determinado período. Inúmeros contribuintes, em face da instrução normativa, efetivamente
deixaram de recolher o tributo. Posteriormente, a Receita Federal, constatando a ilegalidade
da IN, por meio de uma nova instrução normativa, anulou-a estabeleceu que os
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Verdadeiro. O art. 100 parágrafo único do CTN dispensa a imposição de juros de mora e
penalidades quando o contribuinte cumpre exigência estabelecida em normas
complementares. No caso exposto, IN não poderia dispensar tributo, pois isenção exige lei.
Em se corrigindo o ato normativo, caberá exigência do tributo eventualmente não
recolhido, apenas dispensando-se a imposição de multa, juros e correção monetária.
Falso, pois nos termos do art. 103, I CTN, ato administrativo normativo em matéria
tributária, entra em vigor, salvo previsão em contrário, na data da sua publicação.
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Um contribuinte sonegou um tributo no ano de 2000, sendo certo que o auto de infração
somente foi lavrado no ano de 2005, quando estava em vigor alíquota menos gravosa de
tributo devido.
Nesta hipótese, o Fisco
a) Deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, porque o
lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador
b) Deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, porque mais
vantajosa em termos de arrecadação
c) Deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, porque o
lançamento tem eficácia constitutiva de crédito tributário
d) Deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, em obséquio ao
princípio da aplicação da lei mais benigna
e) Poderá aplicar, discricionariamente, qualquer das alíquotas
Um contribuinte praticou infração tributária no ano de 2000, sendo certo antes da lavratura
do auto de infração em 2005, foi reduzida a multa fiscal legalmente prevista.
Nesta hipótese, o Fisco
a) Deverá aplicar a multa fiscal mais gravosa vigente no ano de 2000, porque o
lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador e rege-se pela lei então vigente
b) Deverá aplicar a multa fiscal mais gravosa vigente no ano de 2000, porque mais
vantajosa em termos de arrecadação
c) Deverá aplicar a multa fiscal menos gravosa vigente no ano de 2005, porque o
lançamento tem eficácia constitutiva de crédito tributário
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d) Deverá aplicar a multa fiscal menos gravosa vigente no ano de 2005, em obséquio
ao princípio da aplicação da lei mais benigna
e) Poderá aplicar, discricionariamente, qualquer das alíquotas
a) VFFF
b) FVFV
c) VFFV
d) FFFV
e) VFVF
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físicas, mas não convertida em lei até 31 de dezembro de 2002, continuou a produzir efeitos
a partir de 1° de janeiro de 2003?
• É admitida a edição de medida provisória para estabelecer, em matéria de legislação
tributária, normas gerais sobre a definição de base de cálculo do imposto de competência da
União sobre propriedade territorial rural?
• No tocante ao imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação
(ICMS), cabe à lei complementar estabelecer as alíquotas aplicáveis às operações e
prestações, interestaduais e de exportação?
a) sim,sim,sim
b) sim,não,sim
c) sim, não, não
d) não, não, sim
e) não, não, não
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sem fins lucrativos. No entanto, de acordo com o Código Tributário Nacional, tal
imunidade tributária é subordinada à observância, pelas referidas instituições, do seguinte
requisito, entre outros:
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a) lei ordinária.
b) lei complementar.
c) lei delegada.
d) decreto legislativo.
e) resolução do Senado federal.
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II. ( ) Devido ao princípio da estrita legalidade, que vige no direito tributário, não se
admitem fontes informais, como o costume, para esse ramo do ordenamento jurídico.
III.( ) Considere a seguinte situação hipotética: Uma lei criou determinado imposto e
definiu os elementos necessários à sua cobrança. Pouco depois, uma instrução normativa
(IN) da SRF estatuiu a desnecessidade de recolhimento daquele tributo durante
determinado período. Inúmeros contribuintes, em face da instrução normativa, efetivamente
deixaram de recolher o tributo. Posteriormente, a Receita Federal, constatando a ilegalidade
da IN, por meio de uma nova instrução normativa, anulou-a estabeleceu que os
contribuintes deviam recolher o imposto no período de contribuintes deviam recolher o
imposto, incidente no período de que trata a instrução anulada, embora dispensada do
pagamento de multa, juros e correção monetária. Nessa situação, a nova IN cumpriu o
disposto no CTN, e os contribuintes não se poderão eximir do recolhimento do tributo.
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OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
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Gabarito alternativa B
A doutrina esclarece a distinção entre ELISÃO FISCAL e EVASÃO FICAL. A ELISÃO
FISCAL, impropriamente chamada por alguns de EVASÃO LÍCITA, é procedimento lícito
adotado pelo contribuinte para reduzir ou evitar pagamento de tributos. Trata-se do
planejamento tributário, também denominado economia fiscal. A EVASÃO FISCAL seria
método ilícito visando reduzir ou evitar pagamento de tributos.
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Gabarito alternativa C.
Nos termos do art 121, I CTN, denomina-se contribuinte quem tenha relação pessoal e
direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador. Portanto, o operador
econômico em questão, para os fatos por ele praticados será contribuinte de imposto.
No entanto, quando a lei lhe atribui função de recolher imposto por fato antecedente,
praticado em operação anterior, por outrem, no lugar do contribuinte ou por operações
futuras que irão ocorrer, atuará como responsável por substituição, nos termos do art. art.
128 CTN, que determina que, “a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo
crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação,
excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do
cumprimento total ou parcial da referida obrigação”.
Vale observar que para este recolhimento fruto da substituição tributária, o sujeito passivo
que irá recolher, no lugar do substituído, será o substituto tributário, designado por lei.
Vale lembrar que responsabilidade não se presume, deverá ser prevista em lei. Vide art. 121
CTN
Art. 121, II CTN “Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento
de tributo ou penalidade pecuniária, denominada responsável, quando, sem revestir a
condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.”
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Comentários: FALSO. Nos termos do art. 116 CTN, sendo o fato gerador uma situação
fática estaria correto a afirmativa acima, mas em sendo situação jurídica, diga-se uma
ficção criada pelo direito, somente ocorreria o fato gerador, se a situação jurídica fosse
constituída nos termos da lei, do direito aplicável. Vide art. 166, I CTN “Salvo disposição
de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos: I -
tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias
materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios”
FALSO. A definição legal do sujeito passivo tributário exige lei. Contratos não definem
sujeito passivo, salvo, nas hipóteses excepcionais autorizadas em lei. Vide art. 123 CTN,
nos termos do qual, “salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares,
relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda
Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias
correspondentes” Portanto, um contrato de locação não determinando locatário como
responsável pelo IPTU, em regra, não vale perante a Fazenda Pública para alteração da
definição legal do sujeito passivo, na verdade, só valeria entre as partes.
a) FVF
b) FFV
c) FFF
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d) VVF
e) VFF
Gabarito alternativa E.
Trata-se da aplicação do art. 121, I CTN, que define contribuinte como o sujeito passivo da
obrigação tributária principal que se caracteriza pela prática do fato gerador, isto é, pelo
vínculo direto com o fato gerador. Já o Responsável terá vínculo indireto decorrente de
expressa disposição legal.
Gabarito alternativa B.
Em verdade, responsável decorre de previsão em lei, nos termos do art. 121, II CTN, “
responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de
disposição expressa de lei.”. Há vínculo com o fato gerador, mas trata-se de vínculo
indireto, ao contrário do contribuinte, este último com vínculo direto. A lei complementar
federal define responsável a nível de norma geral, cabendo à lei de cada ente tributante,
respeitada a lei complementar, a previsão na respectiva lei tributária ao instituir o tributo.
Daí estarem incorretas as alternativas A e C.
A alternativa D estaria incorreta, uma vez que a responsabilidade admite recolhimento
antecipado, nos termos do art. 150 par. 7.º CF, o que é faculdade do legislador para facilitar
a fiscalização, e não uma obrigação. Trata-se da aplicação conjugada do art. 128 CTN e do
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já mencionado art. da Constituição. Nos termos do art. 128, a lei pode atribuir de modo
expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato
gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou
atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida
obrigação.” Acrescente-se a possibilidade de exigência do pagamento mesmo antes da
ocorrência do fato gerador, no termos do art 150 par. 7.º CF “A lei poderá atribuir a sujeito
passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de impostos ou
contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e
preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido."
Vale lembrar, no entanto, que este instituto do fato gerador presumido poderá ser usado ou
não à critério do ente tributante.
A alternativa E está incorreta, por criar uma restrição indevida.
a) substituição tributária
b) responsabilidade tributária parcial
c) responsabilidade tributária de terceiro
d) responsabilidade tributária por sucessão
e) diferimento
Gabarito alternativa A.
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Gabarito alternativa D.
Trata-se de distinguir sujeito passivo de obrigação principal ( contribuinte ou responsável )
de sujeito passivo de obrigação acessória. Nos termos dos art. 121 e 122 CTN, sujeito
passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade
pecuniária. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: I - contribuinte, quando tenha
relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador; II -
responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de
disposição expressa de lei. No entanto, o sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa
obrigada às prestações que constituam o seu objeto. Vale ressaltar, que o sujeito passivo de
obrigação acessória não tem nome especial, mas pode coincidir com o contribuinte ou com
o responsável. Vale lembrar que a obrigação tributária acessória, no art. 113,par.2o. CTN,
de acessória não tem nada, pois pode existir independente da principal. Portanto o sujeito
passivo da obrigação acessória poderá ou não coincidir com o sujeito passivo da obrigação
principal. Daí o gabarito.
A alternativa “b”, um tanto confusa, confesso, mas não foi tida como gabarito. Talvez, se o
autor quisesse se referir a possibilidade de ser apenas o contribuinte o sujeito passivo da
obrigação principal, isso excluiria obrigação principal ao responsável tributário. O que
torna errada a frase. De outro lado, nada impede que um contribuinte, não sendo, portanto,
responsável, seja o único sujeito passivo de uma obrigação principal, o que tornaria o
gabarito verdadeiro. Temos que levar uma “bola de cristal!”....
A alternativa “a” está errada quando mencionou no texto o conectivo “ou”: arrecadação ou
fiscalização. Entenda que a delegação isolada da função de arrecadação não transfere
capacidade ativa, nem delega competência, mas será apenas um cometimento de um
encargo, o encargo de arrecadar tributos, nos termos do art. 7 par. 3..CTN: “§ 3º Não
constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do
encargo ou da função de arrecadar tributos”. Lembre-se, nos termos do art. 7 CTN, a
competência é indelegável, a capacidade ativa é delegável a ente público, mas a função de
arrecadar pode ser transferida isoladamente, mesmo a ente privado.Vejamos novamente:
CTN art. 7 “A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de
arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões
administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a
outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.
§ 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à
pessoa jurídica de direito público que a conferir.
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§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica
de direito público que a tenha conferido.
§ 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado,
do encargo ou da função de arrecadar tributos.
Analise veracidade
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“A Constituição Federal admite que a lei faculte aos municípios a cobrança do imposto
territorial rural.”
Verdadeiro, nos termos do art. 153 par. 4, III CF, uma vez que a Constituição permite aos
municípios o exercício da capacidade ativa, mediante opção do próprio município, nos
temos de lei. Dispõe o referido inciso que o ITR será fiscalizado e cobrado pelos
Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do
imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.
Gabarito alternativa B.
Vale ressaltar que, nos termos do at. 113 CTN, a obrigação tributária principal surge com a
ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária
e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. Não há que se confundir com a
obrigação acessória, esta sendo decorrente da legislação tributária e tem por objeto as
prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da
fiscalização dos tributos. Vale frisar que a obrigação principal tem prestação de dar e não
de fazer, diga-se, tem prestação de dar TRIBUTO ou MULTA.
Não confundir com o crédito tributário, direito material da fazenda que se constitui com o
lançamento, nos termos do art. 142 CTN. Daí incorretas as alternativas C e E.
Por último, incorreta a alternativa D, face o disposto no art art. 140 CTN, segundo o qual as
circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as
garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não afetam a
obrigação tributária que lhe deu origem
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Falso, pois basta o fato gerador, nos termos do art. 113 par. 1.ºCTN para fazer surgir o
vínculo jurídico fazenda-contribuinte. O lançamento somente se faz necessário para a
formalização desse vínculo, daí surgindo o crédito tributário.
Verdadeiro. Já analisada. Vide art. 126 CTN. A incapacidade civil não interfere na
capacidade tributária passiva
Verdadeiro. Nos termos do art. 117, I CTN. É necessário o implemento da condição para
fazer surgir a obrigação, pois aí estará ocorrendo o fato gerador.
I. Fato gerador da obrigação tributária principal é a situação definida em lei, que impõe a
prática ou a abstenção de ato não caracterizador de obrigação tributária acessória.
Falso, nos termos do art. 114 CTN. Uma vez que as prestações de fazer ou não fazer não
integram obrigação principal, mas sim a acessória. Vide art. 114. “Fato gerador da
obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua
ocorrência.”. Não há que se confundir com o fato gerador da acessória, o qual, nos termos
do art. 115 CTN. é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática
ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.
II. Os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos devem ser considerados na interpretação da
definição legal do fato gerador.
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Falso. Nos termos do art. 118, II CTN. Já analisado, o fato gerador será interpretado à luz
do efeito patrimonial e não dos efeitos decorrentes e sucessivos. Ex. Se a mercadoria foi
importada, ocorre o fato gerador, mesmo que não tenha sido útil ao importador.
III. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes
os seus efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que se verifiquem as
circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são
próprios.
Gabarito A
a) Apenas a formulação IV é correta.
b) Apenas as formulações II e IV são corretas.
c) Apenas as formulações III e IV são corretas.
d) Apenas as formulações I, II, e III são corretas.
e) Apenas as formulações II e III são corretas.
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Gabarito alternativa C.
Trata-se do instituto da solidariedade, nos termos do art. 124 CTN: “são solidariamente
obrigadas I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato
gerador da obrigação principal II - as pessoas expressamente designadas por lei.”
Alternativa A incorreta face ao já exposto no art. 121, II CTN “!responsável, quando, sem
revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.”
Alternativa D incorreta, uma vez que cabe recusa do domicílio eleito, quando impossibilite
ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, nos termos do art. 127 par. 2.º CTN.
Gabarito alternativa D.
Trata-se da sucessão tributária empresarial, nos termos do art. 132 CTN, segundo o qual a
pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de
outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas
jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. Observe na questão
que cada parte da empresa cindida será incorporada por empresa pré-existente, daí cada
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a) esteja constituída, ainda que provisoriamente, nos termos do direito, sendo que, para
tais efeitos , os negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados , se
suspensiva a condição, após o momento da celebração do negócio
b) esteja definitivamente constituída, ainda que provisoriamente, nos termos do direito
aplicável, sendo que, para tais efeitos, de regra, os negócios jurídicos condicionais reputam-
se perfeitos e acabados , se suspensiva a condição, desde o momento do seu implemento
c) se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que
normalmente lhe são próprios, e os negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e
acabados quando não houver oposição do sujeito ativo
d) se verifique o seu implemento ou a prática do ato, e em certos casos a celebração do
negócio, seja suspensiva ou resolutória a condição, porém devendo partir-se sempre do
momento em que a situação esteja constituída
e) for constituído, nos termos da lei tributária aplicável, visto que quaisquer negócios
jurídicos reputam-se perfeitos e acabados, não sendo resolutória a condição, desde o
momento da prática do ato ou do momento do seu implemento.
Gabarito alternativa B.
Trata-se da aplicação do disposto no art. 117 CTN, segundo o qual, salvo disposição de lei
em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados: I
- sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento; II - sendo resolutória
a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio.
Portanto, na hipótese do gabarito trata-se de fato gerador, situação jurídica, sujeita à
condição suspensiva. Portanto considera-se ocorrido apenas quando do seu implemento.
Falso, pois está confundindo situação jurídica com situação fática, nos termos do art. 116
CTN. Caso já analisado.
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Falso, pois no caso exposto, a sentença é tida como condição resolutária. O seu
implemento desfaz a transferência, mas não impede que, desde a escritura lavrada
anteriormente, já se considere ocorrido o fato gerador. Aplica-se o art. 117, II CTN “sendo
resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio”.
Gabarito alternativa D
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Verdadeiro, pois trata-se de isenção subjetiva, nos termos do art. 125, II CTN. Os demais
devedores serão solidários pelo salvo. No caso só há mais uma devedor.
13 ICMS RN 2005
Marque a resposta correta, considerando as formulações abaixo.
I. As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da
obrigação principal são solidariamente obrigadas.
II. A obrigação tributária acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em
obrigação principal relativamente à penalidade não pecuniária.
III. O Código Tributário Nacional não permite a tributação de rendas provenientes de
atividades ilícitas.
IV. De acordo com o Código Tributário Nacional, cabe exclusivamente à autoridade
judicial competente desconsiderar, em decisão fundamentada, os atos ou negócios jurídicos
praticados com a finalidade de dissimular a natureza dos elementos constitutivos da
obrigação tributária.
a) Somente I é verdadeira.
b) Somente I e II são verdadeiras.
c) Somente I, II e III são verdadeiras.
d) Somente II, III e IV são verdadeiras.
e) Somente III e IV são verdadeiras.
Gabarito alternativa A
Alternativa B está falsa. Nos termos do art 113 par. 3.º CTN, “a obrigação acessória, pelo
simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à
penalidade pecuniária, diga-se, se converte em multa”.
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A alternativa C está falsa. Trata-se da aplicação do princípio do “non olet”, ou seja, o fato
gerador, na sua interpretação, deverá o interprete se abstrair da licitude ou ilicitude do
objeto da atividade da qual decorre. Leia-se o art. 118, I, “in fine” CTN, segundo o qual, s
definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se: I - da validade jurídica dos atos
efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da
natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;. Portanto, se alguém aufere renda advindo
de prática de ato ilícito, a renda é fato tributável, não confundindo-se com atividade ilícita
da qual se originou, a qual será punida na esfera criminal.
A alternativa D está incorreta, pois a aplicação da cláusula anti-elisão, prevista no art. 116
par. Único CTN, é atributo da autoridade administrativa. Quem lança é a Fazenda. Já
estudamos o caso.
Falso. Nos termos do art. 34 lei 9249 de 1995, somente se dá extinção da punibilidade para
os crimes contra a ordem tributária, objeto da lei 8137/90, quando o agente paga os tributos
antes do recebimento da denúncia.
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a) V,V,V
b) V,F,V
c) V,F,F
d) F,F,V
e) F,F,F
Gabarito B
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Verdadeiro, com base no art. 166 CTN, a restituição de tributos que comportem, por sua
natureza, transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove
haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este
expressamente autorizado a recebê-la. No caso exposto, houve transferência do encargo
tributário da empresa aos participantes da previdência.
II. Considere a seguinte situação hipotética: Um indivíduo fez operar uma empresa de
previdência privada em situação totalmente irregular, sem autorização dos órgãos
legalmente competentes e cujos contratos continham cláusulas imorais e contrárias ao
direito. Um aplicador contratou com essa empresa um plano de previdência privada e, em
determinado momento, veio a resgatar o produto de seu investimento. Nessa situação, ainda
que houvesse lei prevendo IR sobre tais atos jurídicos, esse tributo não poderia incidir,
devido às ilegalidades relacionadas com o contrato e com a empresa e em razão das
nulidades disso decorrentes.
Falso, face ao art 126,III. CTN. A capacidade tributária passiva independe de estar a pessoa
jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou
profissional.
III. Considere a seguinte situação hipotética: Uma empresa de previdência privada firmou
um contrato com seus investidores, mediante escritura pública, comprometendo-se a
observar os ônus tributários incidentes sobre os resgates dos planos. Severo, um dos
participantes do plano, requereu o resgate antecipado dos valores que investiria, mas, por
ocasião do pagamento, a empresa não recolheu os tributos devidos. A fazenda nacional,
posteriormente, ajuizou execução fiscal em face de Severo, o qual opôs embargos à
execução, invocando o contrato que firmara coma empresa. O juiz julgou procedentes os
embargos e extinguiu a execução fiscal, por ilegitimidade passiva de Severo, facultando à
Fazenda Nacional ajuizar nova execução, dessa vez em face da empresa que assumira os
encargos tributários. Nessa situação, o juiz equivocou-se, pois era juridicamente correto que
a fazenda cobrasse a dívida de Severo.
Verdadeiro. Pois no caso exposto, a empresa não foi designada por lei como responsável,
mas sim por contrato com a outra parte. Neste caso, vale a regra de que contrato não define
sujeito passivo. No caso, a empresa não se transformou em substituto tributário, cabendo a
execução de Severo. Vide art. 123 CTN.
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QUESTÕES
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a) substituição tributária
b) responsabilidade tributária parcial
c) responsabilidade tributária de terceiro
d) responsabilidade tributária por sucessão
e) diferimento
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a) esteja constituída, ainda que provisoriamente, nos termos do direito, sendo que, para
tais efeitos , os negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados , se
suspensiva a condição, após o momento da celebração do negócio
b) esteja definitivamente constituída, ainda que provisoriamente, nos termos do direito
aplicável, sendo que, para tais efeitos, de regra, os negócios jurídicos condicionais
reputam-se perfeitos e acabados , se suspensiva a condição, desde o momento do seu
implemento
c) se verifquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que
normalmente lhe são próprios, e os negócios jurídicos condicionais reputam-se
perfeitos e acabados quando não houver oposição do sujeito ativo
d) se verifique o seu implemento ou a prática do ato, e em certos casos a celebração do
negócio, seja suspensiva ou resolutória a condição, porém devendo partir-se sempre
do momento em que a situação esteja constituída
e) for constituído, nos termos da lei tributária aplicavel, visto que quaisquer negócios
jurídicos reputam-se perfeitos e acabados, não sendo resolutória a condição, desde o
momento da prática do ato ou do momento do seu implemento.
13 ICMS RN 2005
Marque a resposta correta, considerando as formulações abaixo.
I. As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da
obrigação principal são solidariamente obrigadas.
II. A obrigação tributária acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em
obrigação principal relativamente à penalidade não pecuniária.
III. O Código Tributário Nacional não permite a tributação de rendas provenientes de
atividades ilícitas.
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a) Somente I é verdadeira.
b) Somente I e II são verdadeiras.
c) Somente I, II e III são verdadeiras.
d) Somente II, III e IV são verdadeiras.
e) Somente III e IV são verdadeiras.
a) V,V,V
b) V,F,V
c) V,F,F
d) F,F,V
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e) F,F,F
II. Considere a seguinte situação hipotética: Um indivíduo fez operar uma empresa de
previdência privada em situação totalmente irregular, sem autorização dos órgãos
legalmente competentes e cujos contratos continham cláusulas imorais e contrárias ao
direito. Um aplicador contratou com essa empresa um plano de previdência privada e, em
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determinado momento, veio a resgatar o produto de seu investimento. Nessa situação, ainda
que houvesse lei prevendo IR sobre tais atos jurídicos, esse tributo não poderia incidir,
devido às ilegalidades relacionadas com o contrato e com a empresa e em razão das
nulidades disso decorrentes.
III. Considere a seguinte situação hipotética: Uma empresa de previdência privada firmou
um contrato com seus investidores, mediante escritura pública, comprometendo-se a
observar os ônus tributários incidentes sobre os resgates dos planos. Severo, um dos
participantes do plano, requereu o resgate antecipado dos valores que investiria, mas, por
ocasião do pagamento, a empresa não recolheu os tributos devidos. A fazenda nacional,
posteriormente, ajuizou execução fiscal em face de Severo, o qual opôs embargos à
execução, invocando o contrato que firmara coma empresa. O juiz julgou procedentes os
embargos e extinguiu a execução fiscal, por ilegitimidade passiva de Severo, facultando à
Fazenda Nacional ajuizar nova execução, dessa vez em face da empresa que assumira os
encargos tributários. Nessa situação, o juiz equivocou-se, pois era juridicamente correto que
a fazenda cobrasse a dívida de Severo.
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Gabarito alternativa D
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Gabarito alternativa D.
Trata-se da natureza jurídica do lançamento, nos termos do art. 142 CTN, “procedimento
administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação
correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido,
identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.”.
Diga-se é um procedimento que declara a obrigação e constitui o crédito tributário.
Gabarito alternativa E.
Trata-se da aplicação, via de regra da lei material vigente ao fato gerador, nos termos do
art. 144 CTN, face ao princípio da irretroatividade. Há exceções, porém, não apresentadas
na questão.
As demais alternativas contrariam a natureza jurídica de lançamento, nos termos do art. 142
CTN. Vide o dispositivo: “compete privativamente à autoridade administrativa constituir o
crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente
a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria
tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso,
propor a aplicação da penalidade cabível”. Portanto, não se restringe ao auto de infração,
conforme deixa claro na afirmativa “A” , pois é todo um procedimento, que se inicia com o
primeiro ato de ofício e termina com a notificação do sujeito passivo. Caro colega, há quem
opine em contrário, mas essa é a dogmática do CTN....
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A alternativa D é incorreta pois em caso de imunidade não há fato gerador, não há o que
lançar, enquanto na isenção há proibição expressa ao lançamento em virtude de lei.
Gabarito alternativa D
Os autores, via de regra sustentam haver três modalidades de lançamento: de ofício, por
declaração e por homologação. Vide art. 149, 147 e 150 CTN. No artigo 149 CTN, o
lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos diversos
casos, dentre os quais, quando a lei assim o determinar. Portanto, não depende de prévio
pagamento ou declaração do contribuinte. Já no lançamento por declaração, nos termos do
art 147 CTN, este é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro,
quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa
informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. Por último, nos termos
do art. 150 CTN, o lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja
legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da
autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando
conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
Observe que há uma modalidade derivada, o arbitramento, a qual é tida por alguns autores
como espécie adaptada aos lançamento de ofício ou por declaração, enquanto outros
adotam como modalidade autônoma. Em concurso já caíram as duas respostas. Vide, por
exemplo o art. 148 CTN “quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tem em
consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade
lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam
omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os
documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado,
ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial’
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Gabarito alternativa A
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Gabarito alternativa C.
Esta alternativa nada tem haver com a repetição de indébito tributário, nos termos dos art.
165 a 169 CTN.
São verdadeiras:
a) I, II e III somente
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b) I, II, III e IV
c) III somente
d) II e IV somente
Gabarito “B”
Todas estão corretas. Todas são modalidades de extinção do crédito previstas no art. 156
CTN. Compensação é composição de dívidas, sem litígio entre Fazenda e contribuinte,
prevista no art. 170 CTN. Transação são concessões recíprocas, havendo litígio, entre
Fazenda e Contribuinte, nos termos do art. 171 CTN. Remissão é perdão do crédito, seja
tributo ou infração, desde que lançados, nos termos do art. 172 CTN. Por último, a
decadência, como modalidade de extinção do crédito, indica a perda da faculdade para
lançamento do tributo, pela inércia da Fazenda Pública no prazo fatal previsto em lei.
a) por lei ordinária, por lei complementar, por decreto legislativo do Congresso
Nacional, por medida provisória e por portaria
b) por decreto legislativo estadual ou distrital, por lei complementar, por lei ordinária e
por decreto legislativo do Congresso Nacional
c) por lei ordinária somente
d) somente em caso de calamidade pública, desde que seja por lei municipal, estadual
ou federal
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a) deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, por que o
lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador
b) deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, por que mais
vantajosa em termos de arrecadação
c) deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, por que o
lançamento tem eficácia constitutiva do crédito tributário
d) deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, em obséquio ao
princípio da aplicação da lei mais benigna
e) poderá aplicar, discricionariamente, qualquer das alíquotas.
Gabarito alternativa A
a) deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, por que o
lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador
b) deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, por que mais
vantajosa em termos de arrecadação
c) deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, por que o
lançamento tem eficácia constitutiva do crédito tributário
d) deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, em obséquio ao
princípio da aplicação da lei mais benigna
e) poderá aplicar, discricionariamente, qualquer das alíquotas.
Gabarito alternativa D.
As multas também se sujeitam, via de regra ao princípio da irretroatividade, nos moldes do
art. 144 CTN. Vale também a leitura do art. 105 CTN “ A legislação tributária aplica-se
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imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja
ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo 116.”. No
entanto, em se tratando de infrações, caberá, por analogia ao Direito Penal ( há diferenças),
a aplicação retroativa da lei mais benéfica ao contribuinte, desde que o caso não esteja
transitado em julgado. Vide art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: II - tratando-se
de ato não definitivamente julgado: a) quando deixe de defini-lo como infração; b) quando
deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não
tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; c) quando
lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.”
Gabarito alternativa C.
Trata-se do prazo decadencial, previsto no art.173, II CTN, segundo o qual, o direito de a
Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados da
data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o
lançamento anteriormente efetuado. Para a doutrina majoritária é um novo prazo
decadencial, considerando-se a regra de que decadência não se interrompe, nem se
suspende. No entanto, para a minoria, é hipótese excepcional de interrupção de decadência.
A ESAF já adotou as duas posições em concurso. A FCC não entrou no mérito.
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Trata-se do sigilo fiscal e as hipóteses excepcionais quando a Fazenda não estaria violando
a regra do sigilo, por permissão da própria lei. Vide art. 198. CTN “Sem prejuízo do
disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de
seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou
financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios
ou atividades. Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos no art. 199,
os seguintes: I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça; II – solicitações
de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que seja
comprovada a instauração regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade
respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por
prática de infração administrativa. § 3o Não é vedada a divulgação de informações relativas
a: I – representações fiscais para fins penais; II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda
Pública; III – parcelamento ou moratória.” Vale ressaltar também a possibilidade de
permuta de informações entre as fazendas públicas das entidades, mediante convênio, para
permuta de informações, bem como com o estrangeiro, nos termos de tratados
internacionais.
Gabarito alternativa C.
Trata-se do dever de prestar informações ao Fisco, quando intimados por escrito dirigido,
de forma exemplificativa, nos termos do art. 197 CTN. “Mediante intimação escrita, são
obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham
com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros: I - os tabeliães, escrivães e
demais serventuários de ofício; II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e
demais instituições financeiras; III - as empresas de administração de bens; IV - os
corretores, leiloeiros e despachantes oficiais; V - os inventariantes; VI - os síndicos,
comissários e liquidatários; VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe,
em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão” No entanto, estão
ressalvados os casos relacionados a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente
obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou
profissão, nos termos do parágrafo único do mencionado dispositivo.
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Gabarito alternativa E.
A alternativa E versa sobre lançamento por declaração, não por homologação. Este último
já tratamos anteriormente. Quanto ao lançamento de ofício e ao lançamento por declaração,
o pagamento é ato posterior que extingue o crédito, não estando sujeito á condição.
Verdadeira a altenativa III.
A alternativa I está falsa, nos termos do art 142 CTN. Já foi analisada anteriormente.
A alternativa II está falsa, nos termos do art. 151 CTN. Já foi analisada anteriormente.
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Trata-se da aplicação do prazo prescricional do art. 169 CTN. “prescreve em dois anos a
ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição.” Vale acrescentar que
o prazo de prescrição é interrompido pelo início da ação judicial, recomeçando o seu curso,
por metade, a partir da data da intimação validamente feita ao representante judicial da
Fazenda Pública interessada.
Alternativa B incorreta, pois, nos termos do art. 166 CTN, a restituição de tributos que
comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro somente será
feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a
terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la.. Portanto, não será apenas na
hipóteses elencada na questão.
A alternativa D este incorreta, pois, nos termos do art. 167 CTN, “a restituição total ou
parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e das
penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter formal não prejudicadas
pela causa da restituição.” Observe que não há efeito extensivo às multas formais, mas às
multas moratórias e juros de mora sim.
A alternativa E foi tida como incorreta. Permito discordar, uma vez haver no dispositivo já
citado, 169 par.único CTN, hipótese de interrupção de prescrição no ajuizamento da ação
anulatória da decisão que denegou o pedido de restituição. Onde o examinador desejaria
chegar com essa negativa, não vislumbro... Dispõe o artigo.... “o prazo de prescrição é
interrompido pelo início da ação judicial, recomeçando o seu curso, por metade, a partir da
data da intimação validamente feita ao representante judicial da Fazenda Pública
interessada.”
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A alternativa C ofende o disposto no art 187 CTN, segundo o qual o crédito tributário tem
cobrança não sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação
judicial, concordata, inventário ou arrolamento
A alternativa D também está incorreta, uma vez que a concessão de recuperação judicial
exige quitação de tributos. Há no entanto a possibilidade de, por exemplo, parcelamento, o
que o difere da antiga concordata. Vale ressaltar que o art. 191-A CTN admite a certidão
positiva com efeitos de negativa, por exceção. Vide art. 191-A “A concessão de
recuperação judicial depende da apresentação da prova de quitação de todos os tributos,
observado o disposto nos arts. 151, 205 e 206 desta Lei.”
Falso, uma vez que somente bens que a lei considera absolutamente impenhoráveis não
serão garantia do crédito. A questão aqui falou de bem gravado pelo contribuinte com
cláusula de impenhorabilidade. Vide art. 184 CTN. “Sem prejuízo dos privilégios especiais
sobre determinados bens, que sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito
tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito
passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de
inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da
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Verdadeiro, nos termos do art. 185 CTN. Analisado anteriormente. Vale lembrar que a
LC118/05 antecipou o marco inicial para presunção de fraude para a data da inscrição em
dívida ativa.
“Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou
habilitação em falência, concordata, inventário ou arrolamento”
( ) Os bens do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida gravados por ônus real
respondem pelo pagamento do crédito tributário da Fazenda Pública.
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a) F, V, F
b) F, F, V
c) F, F, F
d) V, V, V
e) V, V, F
Gabarito alternativa D
Gabarito alternativa B.
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Gabarito alternativa B
Todas alternativas já analisadas anteriormente.
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a) V, V, F d) F, F, V
b) V, F, V e) F, F, F
c) V, V, V
Gabarito alternativa E.
Vale ressaltar questão já analisada anteriormente.
A terceira afirmativa merece destaque, nos termos do art. 155-A par 2.º CTN, uma vez que
o erro se traduz no fato de que o parcelamento é espécie de moratória, daí, por que a
questão deveria ter dito ao contrário, “Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as
disposições desta Lei, relativas à moratória”
Gabarito E.
Afirmativa I incorreta, nos temos do art 168, II CTN.” O direito de pleitear a restituição
extingue-se com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados: I - nas hipótese dos
incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do crédito tributário; II - na hipótese do
inciso III do artigo 165, da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou
passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido
a decisão condenatória”. Trata-se do prazo decadencial de 5 anos para o pedido de
repetição de indébito”
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Afirmativa II incorreta, nos termos do art. 167 par único CTN a restiuição vence juros não
capitalizáveis, a partir do trânsito em julgado da decisão definitiva que a determinar”.
Observe, não confundir a correção monetária que se conta desde o pagamento indevido. Os
juros são não capitalizáveis.
A alirmativa III está incorreta, pois não se restituem todas as multas, são as não formais,
nos termos do art. 167 CTN . “A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição,
na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, salvo as referentes a
infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição.”
Precedentes do Superior Tribunal de Justiça, assim como do STF, apoiado na súmula 153
do extinto Tribunal Federal de Recursos, apontam o seguinte entendimento sobre a
decadência e a prescrição do crédito tributário:
a) constituído, no qüinqüênio, através de auto de infração ou notificação de
lançamento, o crédito tributário, não há que se falar em decadência, fluindo, a partir daí, em
princípio o prazo prescricional, que todavia, fica suspenso até que sejam decididos os
recursos administrativos.
b) constituído, no qüinqüênio, através de auto de infração ou notificação de
lançamento, o crédito tributário, não há que se falar em decadência, fluindo, a partir daí, em
princípio o prazo prescricional, que se esgotará no prazo prescricional de cinco anos,
independentemente de julgamento dos recursos administrativos
c) a cessação do prazo fatal da decadência dá-se tão somente com a solução definitiva
do processo administrativo e não com a lavratura do auto de infração ou a notificação de
lançamento, fluindo, a partir da solução definitiva do processo administrativo, o prazo
prescricional
d) O prazo decadencial não se suspende nem se interrompe, por expressa disposição
legal, correndo antes do auto de infração ou notificação de lançamento, assim como durante
todo o processo administrativo. Escoado este prazo a Administração Pública terá o prazo
fatal de 5 anos para percepção da quantia apurada no processo administrativo, sob pena de
ocorrer a chamada prescrição intercorrente
e) Com a simples lavratura do auto de infração não se consuma o lançamento fiscal,
em razão de sua provisoriedade, porém a decadência é impedida, fluindo, a partir daí o
prazo prescricional, que não se suspende ou interrompe, tendo a Administração Pública
cinco anos para a cobrança do crédito sob pena de prescrição intercorrente.
Gabarito alternativa A
Nos termos do CTN, art. 174, “ a ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em
cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva”. Resta a grande pergunta.
Quando o crédito se considera definitivamente constituído, na notificação do lançamento ou
na decisão final do processo administrativo. Nos termos da antiga súmula 153 TFR, na
notificação do lançamento, sendo a impugnação administrativa fator de suspensão da
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Gabarito alternativa B.
As afirmativas I e II traduzem a atual posição do STF e STJ, divergindo, ou melhor,
ampliando o entendimento da antiga súmula 153 TFR.
A afirmativa III está correta, uma vez que não se admite a compensação mediante o
aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do
trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. Portanto, não caberia liminar, nem tutela
antecipada para tal efeito. Daí estar incorreta a alternativa IV.
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Gabarito alternativa C.
Trata-se de ação que não visa contestar o crédito tributário, mas sim, contestar formalidades
indevidas impostas pela Fazenda Pública quanto ao seu recebimento.
Vide art. 164 CTN, quanto às hipóteses que admitem ajuizamento da presente ação, cujo
objeto é a extinção do crédito tributário pela conversão do depósito em renda. “A
importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo,
nos casos: I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro
tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória; II - de subordinação
do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal; III -
de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre
um mesmo fato gerador. A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se
propõe pagar. Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a
importância consignada é convertida em renda; julgada improcedente a consignação no
todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das
penalidades cabíveis.
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Gabarito alternativa E
Afirmativa I está incorreta. Trata-se de presunção legal relativa ou “júris tantum”. Vide art.
204 CTN. “A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o
efeito de prova pré-constituída. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser
ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.”
Afirmativa II está incorreta, uma vez que trata-se da ato unilateral da fazenda, visando
instrumentalizar a ação de execução fiscal mediante a formalização de um título executivo
extra judicial, a Certidão da Dívida Ativa. Vide art. 201. “Constitui dívida ativa tributária a
proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa
competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão
final proferida em processo regular.”
Afirmativa III está correta. Vide art. 202. “O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado
pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente: I - o nome do devedor e, sendo
caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência
de um e de outros; II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;
III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que
seja fundado; IV - a data em que foi inscrita; V - sendo caso, o número do processo
administrativo de que se originar o crédito. Parágrafo único. A certidão conterá, além dos
requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição.”
No entanto, nos termos do art. 203 CTN, a omissão de quaisquer dos requisitos previstos no
artigo anterior, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo
de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira
instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou
interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada.”.
Portanto, trata-se de vício sanável antes da ação de embargos ajuizada pelo contribuinte em
face da Fazenda Pública interessada.
Afirmativa IV verdadeira. Observe que um dos requisitos do art. 202 CTN, para a inscrição
em dívida ativa é a fórmula de se calcular os juros de mora. Daí o art. 200 parágrafo único
afirma: “A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo, a liquidez do
crédito.
QUESTÕES
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São verdadeiras:
a) I, II e III somente
b) I, II, III e IV
c) III somente
d) II e IV somente
a) por lei ordinária, por lei complementar, por decreto legislativo do Congresso
Nacional, por medida provisória e por portaria
b) por decreto legislativo estadual ou distrital, por lei complementar, por lei ordinária e
por decreto legislativo do Congresso Nacional
c) por lei ordinária somente
d) somente em caso de calamidade pública, desde que seja por lei municipal, estadual ou
federal
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a) deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, por que o lançamento
reporta-se à data da ocorrência do fato gerador
b) deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, por que mais vantajosa
em termos de arrecadação
c) deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, por que o
lançamento tem eficácia constitutiva do crédito tributário
d) deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, em obséquio ao
princípio da aplicação da lei mais benigna
e) poderá aplicar, discricionariamente, qualquer das alíquotas.
a) deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, por que o
lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador
b) deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, por que mais
vantajosa em termos de arrecadação
c) deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, por que o
lançamento tem eficácia constitutiva do crédito tributário
d) deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, em obséquio ao
princípio da aplicação da lei mais benigna
e) poderá aplicar, discricionariamente, qualquer das alíquotas.
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Precedentes do Superior Tribunal de Justiça, assim como do STF, apoiado na súmula 153
do extinto Tribunal Federal de Recursos, apontam o seguinte entendimento sobre a
decadência e a prescrição do crédito tributário:
a) constituído, no qüinqüênio, através de auto de infração ou notificação de
lançamento, o crédito tributário, não há que se falar em decadência, fluindo, a partir
daí, em princípio o prazo prescricional, que todavia, fica suspenso até que sejam
decididos os recursos administrativos.
b) constituído, no qüinqüênio, através de auto de infração ou notificação de
lançamento, o crédito tributário, não há que se falar em decadência, fluindo, a partir
daí, em princípio o prazo prescricional, que se esgotará no prazo prescricional de
cinco anos, independentemente de julgamento dos recursos administrativos
c) a cessação do prazo fatal da decadência dá-se tão somente com a solução definitiva
do processo administrativo e não com a lavratura do auto de infração ou a
notificação de lançamento, fluindo, a partir da solução definitiva do processo
administrativo, o prazo prescricional
d) O prazo decadencial não se suspende nem se interrompe, por expressa disposição
legal, correndo antes do auto de infração ou notificação de lançamento, assim como
durante todo o processo administrativo. Escoado este prazo a Administração Pública
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