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ESTRIAS

ESTRIAS
INTRODUÇÃO

A primeira descrição foi em 1773, quando ROEREDER descreveu estrias


em mulheres grávidas.

DEFINIÇÃO
Atrofia tegumentar adquirida, de aspecto linear, sinuosa, apresentando
um ou mais milímetros de largura, a princípio avermelhada (rubra),
depois esbranquiçada (alba) e abrilhantadas (nacaradas).
Raras ou numerosas, dispõem-se paralelamente umas às outras e
perpendicularmente às linhas de fenda da pele, indicando um
desequilíbrio elástico localizado, caracterizando, portanto, uma lesão
de pele.
As estrias são ditas atróficas pelas características que apresentam, já
que atrofia é uma diminuição de espessura, decorrente da redução do
número e volume de seus elementos.
Rompe-se a fibra elástica da derme e afina-se a epiderme.

SINAIS E SINTOMAS
Primeiros sinais clínicos podem ser caracterizados por:
Dor (apenas alguns casos)
Prurido
Erupção papular e levemente eritematosa (rosada)

ETIOLOGIA
Acredita-se que o aparecimento de estrias na pele seja multifatorial, e
que além dos fatores endocrinológicos e mecânicos, existe uma
predisposição genética e familiar.
Fatores Genéticos
Diminuição dos Genes determinantes para formação do colágeno e
elastina, com isso a alteração no metabolismo do fibroblasto.

ETIOLOGIA
Existem três teorias que tentam justificar o aparecimento de estrias:
Teoria mecânica;
Teoria endocrinológica;
Teoria infecciosa;
* há controversas
TEORIA MECÂNICA
Teoria comumente aceita, onde a excessiva deposição de gordura no
tecido adiposo provoca rompimento das fibras elásticas.
Estiramento da pele, com consequente ruptura ou perda de fibras
elásticas dérmicas → origem das estrias
“Efeito sanfona”
Períodos rápidos de crescimento.
Distensão abdominal promovida na gestação.
Exercício físico vigoroso – musculação / alimentação inadequada

NÃO HÁ EVIDÊNCIAS COMPROVADAS DE QUE A HIDRATAÇÃO DA


PELE POR MEIO DE COSMÉTICOS POSSA PREVENIR O
APARECIMENTO DE ESTRIAS.

TEORIA ENDOCRINOLÓGICA
Muitos autores indicam uma relação causal entre esteróides tópicos ou
sistêmicos e as estrias.
Sisson (1954)
Relata que as estrias ocorrem entre adolescentes que podem ou não ser
obesos, pois na adolescência ocorre alteração nos níveis de hormônios
sexuais (Atividade estrógeno).
A origem mais provável das estrias baseia-se nessa teoria, onde postula-
se que um hormônio esteróide esteja presente de forma atuante e,
todos os quadros em que as estrias surgem (obesidade, adolescência,
gravidez) e também o uso de medicamentos à base de corticóides
tópicos.
Isso explica o fato raro de crianças abaixo de 05 ou 09 anos
apresentarem estrias, mesmo que obesas, pois a secreção desse
hormônio só inicia na puberdade.
Silva et al.(1999):
Avaliaram as estrias de 102 pacientes onde 45,5% estava relacionada
adolescência, 30,5% a obesidade, 19,5% gravidez e 4,5 %
medicamentos.

TEORIA INFECCIOSA
Wiener (1947) sugere que processos infecciosos provocam danos às
fibras elásticas, provocando estrias.
Exs: febre tifóide, tifo, febre reumática, hanseníase, etc.
Falta pesquisa, pois os estudiosos da teoria endocrinológica explicam o
aparecimento de estrias nesses casos devido ao tratamento efetuado
a base de corticóides.
INCIDÊNCIA
Ambos sexos;
Predominância feminina;
Localização: glúteos, mamas, abdome, coxas, região lombossacral
(homens), fossa poplítea, tórax, região ilíaca, antebraço

TRATAMENTOS

HIDRATAÇÃO

ELETROTERAPIA
A relutância na aceitação dos tratamentos está baseada no fato de que
a fibra elástica não se regenera.
Guirro et al. (1991) utilizando a Corrente Galvânica abriram uma nova
perspectiva no tratamento das estrias.
Acentuado aumento no nº de fibroblastos jovens, neovascularização e
retorno da sensibilidade dolorosa após algumas sessões
Striat
Equipamento de corrente continua (galvânica em miliampéres) e micro
corrente contínua (galvânica em microampéres) – fazer ionização em
rugas e estrias.
A eficácia do tratamento é grande, diferindo número de sessões de
acordo com a cor da pele, idade, tamanho da estria, etc.
Resultado difere nos indivíduos devido a capacidade de reação de cada
um.
Importante realizar anamnese, excluindo-se as contra-indicações.
O estímulo físico da agulha desencadeia um processo de reparação
complexo, cujo objetivo é restabelecer a integridade dos tecidos.
A estimulação com corrente desencadeia uma inflamação aguda
localizada, não apresentando qualquer efeito sistêmico.
A intensidade e duração da reação depende da reação de cd paciente.
Ocorre vasodilatação, hiperemia e edema.
Toda zona é preenchida por exsudato inflamatório composto de
leucócitos, eritrócitos, proteínas plasmáticas e fáscias de fibrina.
Pode sangrar com decorrer das sessões.
O processo inflamatório varia de 2 a 7 dias – *durante o tratamento é
CI fazer uso de anti-inflamatório.
Silva et al. (1999) realizaram um extenso trabalho experimental com
102 pctes com estrias.
Os resultados demonstraram que:
A cor da pele é de extrema importância, mostrando que a pele negra foi
mais rápida a regeneração, maior propensão a Quelóides
O resultado foi melhor quando a resposta inflamatória variou de 3 a 4
dias.
Pacientes com dificuldade de cicatrização não apresentaram resultado
satisfatório.
As estrias mais jovens responderam melhor ao tratamento.
POR SE TRATAR DE UMA TÉCNICA INVASIVA NECESSITA-SE QUESTIONAR
O PACIENTE QUANTO A SUA PREDISPOSIÇÃO PARA O APARECIMENTO
DE QUELÓIDES.
VERIFICAR SE TEM QUELÓIDE – CUIDADO COM A RAÇA NEGRA E
AMARELA – NÃO PODE FAZER GALVÂNICA.
Importante
Iniciar sempre com intensidade baixa.
As agulhas são descartáveis, sempre lavar as mãos e usar luvas.
Higienizar o local a ser tratado
Gestantes é contra indicado.
Realizar uma vez por semana.
O paciente não pode ter nenhum outro processo inflamatório.

TRATAMENTOS – LASER
Procedimento médico.
Os melhores resultados encontrados no tratamento das estrias estão por
volta de 50% de recuperação.
A ação do laser é exercida em nível celular aumentando o número de
fibras colágenas.
Mais efetivo quando aplicado imediatamente após o aparecimento da
estria.

PEELING
Peeling (descascar / descamar)
Procedimento destinado a produzir renovação celular da camada córnea
da epiderme
Agentes descamantes distintos:
Agente natural = sol
Agentes Artificiais
Físico
Químico
Biológico
Mecânico

PEELING
Físico
Microgrânulos de óxido de alumínio e ponteira de diamantes
Químico
Ácido tricloracético, Criopeeling por neve carbônica, Nitrogênio líquido...
Biológico
Ácido retinóico, Ácido lático, vitamina C...
Mecânico
Dermoabrasão e microdermoabrasão (cristais e diamantes)

PEELING
Indicações
Correção de rugas e sulcos cutâneos
Afinamento do tecido epitelial
Estrias
Tatuagens
Lesões de acne
Foliculite*
Reações Adversas
Hiperpigmentação (especialmente em peles escuras)
Cicatrizes Hipertróficas e Quelóides (pessoas propensas)
Queimaduras químicas

TRATAMENTOS – ESCARIFICAÇÃO
Procedimento médico.
Procedimento executado por qualquer instrumento perfurante, para que
se produzam lesões profundas.

INTRADERMOTERAPIA
Injeções com substâncias como vitamina C, silício orgânico e cobre,
aplicadas diretamente na estria.

MESOTERAPIA
injeções de várias substâncias que contenham uma mistura de ácidos
(retinóico, glicólico, ascórbico), que visam melhorar a qualidade da
pele, por meio de uma retração das estrias.

TERAPIA MEDICAMENTOSA
Tretinoína;
Vit C;
Ácido Glicóico

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