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Resumoda Quinta Disciplina
Resumoda Quinta Disciplina
Cap.1 - Dê-me uma alavanca longa o bastante... e, com uma das mãos, moverei o
mundo”
Este livro busca justamente acabar com a ilusão de que o mundo é feito por forças
separadas e que, ao contrário, à medida que ele se torna mais interligado e os negócios
mais complexos e dinâmicos, o trabalho precisa ligar-se profundamente à aprendizagem.
Nesse sentido, defende a idéia da criação de “organizações que aprendem” a fim de que
possam sobreviver e ter sucesso ao longo do tempo. A fim de que isso se torne possível e
implementável, Senge defende a prática, a nível organizacional, de cinco disciplinas
críticas que são interdependentes:
Poucas são as empresas que conseguem sobreviver até a idade média de uma pessoa.
Na maioria das empresas que “desaparecem”, há muitos indícios prévios de problemas,
entretanto, eles são comumente ignorados em virtude de uma deficiência de
aprendizagem.
Isso não acontece por acaso: a forma como as organizações são projetadas e
gerenciadas, a maneira como os cargos são definidos e, sobretudo, o modo como todos
fomos ensinados a pensar e interagir (de uma maneira ampla), tudo isso cria deficiências
cruciais de aprendizagem.
Senge destaca sete dessas deficiências que geralmente ocorrem nas organizações:
4. A fixação em eventos
Nas organizações, as conversas, em geral, são dominadas por uma preocupação com os
eventos: as vendas do mês passado, os novos cortes no orçamento, quem acaba de ser
promovido ou demitido. Estamos condicionados a ver a realidade como uma série de
acontecimentos, e para cada um deles, acreditamos haver uma explicação óbvia. Essas
explicações embora possam ser verdadeiras, nos impedem de identificar os padrões de
mudança a longo prazo que estão por trás e de compreender as causas que provocam os
padrões. A ironia é que, hoje, as principais ameaças à sobrevivência, tanto nas
organizações quanto em nossas sociedades, não vêm de eventos súbitos mas de
processos lentos e graduais: o terrorismo internacional, a degeneração do meio ambiente,
a erosão do sistema educacional em uma sociedade. Não se pode manter a
aprendizagem generativa em uma organização se a mentalidade das pessoas for
dominada pelos eventos de curto prazo.
Ex: Para um problema de queda nas vendas pode-se pensar numa liquidação, como
consequência os clientes podem comprar em excesso, diminuindo o consumo no período
seguinte.
Opções de estratégias de ação aparentemente dilemáticas num dado instante podem não
sê-lo ao longo do tempo se analisadas do ponto de vista sistêmico.
Ex: Produzir com foco em qualidade versus foco em baixo custo: num primeiro momento
só podem ser vistas como opções dilemáticas, mas a longo prazo, podem funcionar lado
a lado se trabalhadas corretamente (a diminuição dos erros elimina desperdícios e reduz
os custos).
As duas disciplinas caminham naturalmente juntas porque uma trata de expor as idéias
ocultas e a outra de como reestrutura-las a fim de revelar as causas de problemas
importantes. Modelos mentais arraigados impedem as mudanças que poderiam provir do
pensamento sistêmico. As pesquisas mostram que nossos modelos mentais são
sistematicamente defeituosos. Eles não percebem as relações de feed-back crítico,
calculam mal o tempo de espera, e na maioria das vezes concentram-se em variáveis que
são visíveis ou notórias, não necessariamente de alta alavancagem. A integração do
raciocínio sistêmico não só tende a melhorar nossos modelos mentais (o que pensamos),
como também a nossa maneira de raciocinar: substitur modelos mentais dominados por
eventos por outros que reconheçam padrões de mudança a longo prazo e as estruturas
que produzem esses padrões.
fatores limitantes podem entrar em cena para desacelerar e impedir esse reforço virtuoso.
Muitos objetivos nunca chegam a se enraizar e crescer apesar de possuírem seus
méritos. O arquétipo a seguir sintetiza a dinâmica de múltiplos fatores limitantes ao núcleo
virtuoso (R), citados por Senge:
No caso, os ciclos B1, B2, B3 e B4 são estruturas de balanceamento que surgem como
conseqüências não intencionais a partir dos fatores positivos componentes do ciclo (R), e
que tendem a frear seu crescimento. A estrutura arquetípica formada torna-se possível de
ser revelada a partir da linguagem circular e gráfica do PS; isto é bem mais difícil de
acontecer com a linguagem linear tradicional.
Os arquétipos sistêmicos servem de base para uma linguagem pela qual as equipes
poderão lidar eficazmente com a complexidade, na medida em que estando mais fluentes
nela, as conversas tendem cada vez mais a girar sobre as estruturas subjacentes e
pontos de alavancagem da situação.
Cap 17 – Micromundos
Senge nos traz três estudos de caso sobre micromundos extraídos de negócios
diferentes, que ilustram a variedade de questões estratégicas e operacionais que esse
tipo de ferramenta pode esclarecer e apresentam-se resumidamente a seguir:
Pressão p/
Capacidade B2 Contratação e controlar custos
de produção treinamento de
pessoal o
A partir de novas simulações as equipes descobrem inclusive, que não basta apenas
contratar e treinar novos funcionários (os novos funcionários tendem a assumir os
eventuais padrões medíocres atuais de qualidade); é necessária uma estratégia
coordenada de contratação e melhoria dos padrões de qualidade. Os participantes dos
workshops chegaram a conclusão que numa empresa de prestação de serviços é
impossível separar a capacidade de produção dos recursos humanos em separado da
qualidade nos serviços.