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9. CARDIOVASCULAR I.......................................119
3. ANATOMIA DO TÓRAX E VARIAÇÕES Léo de Oliveira Freitas e Marcelo Souto Nacif
ANATÔMICAS 23 Parte teórica.......................................................119
Marcelo Souto Nacif e Léo de Oliveira Freitas Parte prática ...................................................... 123
Parte teórica ........................................................ 23
10. CARDIOVASCULAR II.....................................135
Parte prática........................................................ 26
Marcelo Souto Nacif e Léo de Oliveira Freitas
Parte teórica ...................................................... 1 35
Parte prática...................................................... 137
4. PNEUMONIAS................................................... 35
Léo de Oliveira Freitas, Marcelo Souto Nacif e 11. OSTEOARTICULAR I ....................................... 1 47
Roberto Lima Pinto Léo de Oliveira Freitas e Marcelo Souto Nacif
Parte teórica........................................................ 35 Parte teórica......................................................1 47
Parte prática........................................................ 38 Parte prática...................................................... 1 53
Fig. 1-2.
cianureto de bário. Notou que o vidro, papelão e ma- lung depende da carga do núcleo, da distânoria en-
deira deixavam "passar" os raios, enquanto que os tre o elétron e o núcleo e, evidentemente, da ener-
metais os detinham ou os absorviam. Interpondo sua gia do elétron. A energia cinética perdida pelo elé-
mão entre o tubo emissor e o écran fluorescente (placa tron é emitida diretamente sob a forma de um
de platino-cianureto de bário), Roentgen observou fóton de radiação. No diagnóstico, a maior parte
seus próprios ossos e, mais tarde, "fotografou" os da dos fótons de raios X são de origem Bremsstrah-
mão de sua mulher. Esta foi a primeira radiografia e a lung (Fig. 1-3).
grande descoberta foi feita. Tal fato histórico foi descri- • Radiação característica: resulta de uma interação
to por Sylvanus P. Thompson, pesquisador, físico e suficientemente forte para arrancar do átomo um
fundador da Sociedade Britânica de Radiologia, em 5 elétron de uma camada interna. Sempre que
de novembro de 1897. um elétron ioniza um átomo de um alvo removen-
Naquela ocasião os aparelhos dispunham de uma do um elétron da camada K, temporariamente um
fonte emissora de Raios X de baixo rendimento (1 a 2 "buraco" é produzido. Este estado é totalmente
mA). Uma radiografia da mão durava minutos e a do anormal, sendo corrigido pelo deslocamento de
crânio 1 hora. um elétron mais externo, completando assim a ca-
A Radiologia como especialidade médica não se mada K. Esta mudança de posição orbital do elé-
utiliza apenas de imagens por raios X para o diagnós- tron de uma camada externa para uma camada
tico e por isso atualmente é denominada de radiologia interna é acompanhada pela emissão do fóton de
e diagnóstico por imagens. raios X. Desta maneira o elétron novamente se
torna estável (Fig. 1-4).
3 NATUREZA DOS RAIOS X
Onde ocorre?
Os raios X são radiações eletromagnéticas de pe-
queno comprimento de onda que se propagam em li- Ocorre no tubo de raios X, que consiste essencial-
nha reta, com a velocidade da luz, e ionizam a maté- mente das seguintes partes (Fig. 1-5):
ria, inclusive o ar. Podem atravessar corpos opacos, ser Uma diferença de potencial elétrico (DDP) aplica-
absorvidos ou refletidos pela matéria, dependendo do da entre os terminais positivo (anódio) e negativo (oa-
peso atômico desta e da energia dos raios. tódio), determina um fluxo de elétrons que se desloca
em alta velocidade, do catódio para o anódio, onde
3 COMPOSIÇÃO DO FEIXE DE RAIOS X
Os raios X são produzidos a partir de dois meca-
nismos básicos diferentes.
0--
Fig. 1-3.
Fig. 1-4.
Produção da radiação de frenagem
(Bremsstrahlung). Produção da radiação característica.
INTRODUÇÃO À RADIOLOGIA 5
são bruscamente frenados. Com esta frenação, a ener- • Kilovoltagem: responsável pelo poder de
gia cinética dos elétrons transforma-se em calor (99%) p,entração sendo importante na determinação da quali-
e raios X (1%). dade da imagem.
Assim, a alta voltagem faz com que os elétrons • Distância: a distância padrão (foco-filme) no estu-
sejam atraídos e acelerados na direção do anódio. Quan- do radiológico convencional é de 1 m, com exce-
do estes elétrons atingem o anódio, a Bremsstrahlung e ção do exame radiológico do tórax, onde se usa a
os raios X característicos são produzidos. distância de 1,80 m (telerradiografia).
A quantidade de radiação produzida é proporcio- • Tempo: é variável e inversamente proporcional ao
nal à corrente elétrica (mA), que percorre o filamento movimento da região que está sendo radiografada.
ao tempo de emissão, medido em segundos (s). O pro- Exemplo: exame do tubo digestivo usa-se tempo
duto mA x s (mAs) — miliampère segundo o res- Jácurto para evitar o borramento (fiou) cinético.
ponsável pela quantidade de radiação. no estudo da mama utiliza-se um tempo de
A energia da radiação que determina sua força de exposição maior.
penetração depende da kilovoltagem (kV) aplicada. A Formação da imagem
qualidade da radiação é dependente do kV.
Os raios que ultrapassam o corpo chegam ao écran,
sensibilizando os cristais de tungstato de cálcio que
Fatores radiológicos possuem a capacidade de emitir luz (fluorescência).
• Miliampere (mA): número de elétrons que inci- Esta luz irá sensibilizar o filme, formando a imagem
dem no anódio a cada segundo. latente que, após a revelação, se transformará em
• Miliampère por segundo (mAs): número total que imagem real. O écran, então, reduz a quantidade de raios X
atinge o anódio. Responsável pela quantidade de necessária à formação das imagens, já que o filme é cer-
radiação. ca de 100 vezes mais sensível à luz do que aos raios X.
6 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Os raios que são absorvidos pelo corpo não sensibili- na extremidade do catódio, do feixe de raios X, é
zam o filme e estas áreas correspondentes, após a re- maior do que aquela na extremidade do anódio, devi-
velação, ficarão brancas. do à angulação do anódio. Por isso devemos sempre
Quando a radiação atravessa parcialmente o cor- colocar a parte mais espessa da região a examinar na
po e parte chega ao filme, determinará nestas áreas di- direção do catódio.
ferentes tons de cinza após a revelação. Assim, de-
pendendo do peso atômico das diversas regiões radio- Ionização
grafadas, e da capacidade de penetração dos raios
No processo de ionização as radiações interagem
(energia), maior ou menor radiação atravessará o cor-
com os materiais arrancando para fora dos átomos os
po e sensibilizará o filme com maior ou menor intensi-
elétrons ao seu redor. Ao serem ionizados os elemen-
dade. Determinará neste imagens que variam do negro
tos químicos ficam ávidos por reagir com outros ele-
ao branco, passando por tonalidades de cinza.
mentos, modificando as moléculas das quais fazem
Esta gama de tonalidades do branco ao negro são
parte. Sob a ótica da radioproteção, a ionização é mais
denominadas "densidades radiográficas". Existem cin-
nociva aos seres vivos do que a excitação (exemplo:
co densidades radiográficas.
radicais livres).
Absorção do Imagem no Os três processos principais de interação que re-
Densidade radiográfica corpo filme movem os fótons de um feixe de raios X são:
• Efeito fotoelétrico: ocorre quando um fóton
Metal Total Branco
transfere toda sua energia, desaparecendo e fazendo
Cálcio (osso) Grande Menos branco
surgir um elétron livre. E mais comum quando
Água (partes moles*) Média Cinza
fótons de baixa energia incidem em materiais com
Gordura Pouca Quase negro
número atômico elevado (Fig. 1-6).
Ar Nenhuma Negro
• Efeito Compton: ocorre quando um fóton cede
(*) As estruturas do corpo que têm densidade de partes moles são: parte de sua energia para um elétron, que sai de
tecido conectivo, músculos, sangue, cartilagem, pele, cálculos de sua órbita, tomando o fóton uma outra direção
colesterol (de vesícula) e cálculos de ácido úrico.
dentro do material (radiação secundária) (Fig.
1-7).
Refere-se como "opacidade" ou "imagem radiopa-
ca" às imagens que tendem ao branco e como "transpa-
Outros equipamentos
rência", "radiotransparência" ou "imagem radiotrans-
parente" às imagens que tendem ao preto. Filme. Placa de poliéster recoberta por emulsão de
gelatina e cristais de prata. A prata é sensibilizada pela
Efeito anódio luz ou radiação, tornando-se negra após a revelação.
Fenômeno que explica os 5% a mais de radiação Chassis. Estojo onde é colocado o filme virgem pa-
no lado do catódio. A intensidade da radiação emitida ra protegê-lo da luz.
Fig. 1-6.
Representação geométrica do
efeito fotoelétrico.
INTRODUÇÃO À RADIOLOGIA 7
Fig. 1-7.
Representação geométrica do
efeito Compton.
Écran. Folha flexível de plástico ou papelão do ta- tores também são importantes, como podemos obser-
manho correspondente ao tamanho do filme usado: var na Fig. 1-10.
forra o chassis, ficando em íntimo contato com o filme. O contraste é dado pela diferença entre áreas cla-
E revestido por material fluorescente (cristais de tungs- ras e escuras da radiografia e depende das condições
tato de cálcio) que emite luz quando irradiado. Esta técnicas durante a execução do exame (dosagem equi-
luz sensibiliza o filme, o que possibilita menor quanti- li brada do mAs e do kV).
dade de radiação. A função do écran é reduzir a dose Outro fator que pode influenciar a qualidade da
de radiação (Figs. 1-8 e 1-9). i magem é a presença de radiação difusa que se forma
durante a atenuação do feixe de raios X principalmen-
Qualidade da imagem
te no corpo do paciente, no chassis e na mesa. Esta
Uma boa radiografia depende fundamentalmente
radiação, espalhada em todas as direções, é denomi-
do contraste e da nitidez da imagem. Porém, outros fa-
nada radiação secundária, que, ao contrário de con-
tribuir para a formação da imagem, escurece o filme
CHASSIS
Fluoresced
Raios X
FILME
Fig. 1-9.
Definição
radiográfico de maneira não uniforme, suprimindo o Filtros. Para obtenção de radiografias de alta quali-
contraste e levando à perda de qualidade da imagem. dade com o mínimo de exposição do paciente, alguns
Para reduzir a radiação secundária são utilizados colimadores permitem a colocação dos denominados
alguns dispositivos, entre outros: filtros de alumínio, com aproximadamente 0,5 mm de
Diafragmas e colimadores. Reduzem o feixe de ra- espessura. Na verdade é uma tentativa de se bloquear
diação que sai da ampola, limitando-o à área a ser ra- os fótons de baixa energia e que não contribuem para
diografada. a formação da imagem no filme e só aumentam a dose
Grade anti-difusora ou Bucky. Dispositivo de lâ- de radiação ao paciente .
minas metálicas intercaladas com material radiotrans- A nitidez da imagem depende basicamente da
parente, dispostas de maneira a absorver a radiação i mobilidade do corpo, da distância do objeto ao filme
secundária, permitindo que só a radiação primária e do tamanho do foco (Fig. 1-12).
atinja o filme. E colocado antes do filme, na mesa ou É fundamental que o corpo esteja imóvel ao ser
em suporte próprio na parede (Fig. 1-11). radiografado para que a "foto" saia nítida. Porém, vís-
Fig. 1-11.
ceras que se movimentam como intestino e coração, O dano causado pela radiação é cumulativo, ou
não param. Por isso é necessário que a radiografia seja seja, a lesão causada tem seus danos aumentados por
executada no menor tempo possível. Consegue-se isso doses repetidas de radiação. Porém, os riscos dimi-
diminuindo-se o tempo de exposição. nuem com a redução da quantidade de radiação.
O objeto tem que estar o mais próximo possível do Os efeitos biológicos da radiação são classificados
fil me para evitar ampliação da imagem. O tamanho em:
do foco tem que ser o menor possível a fim de evitar a
penumbra, que "borra" o contorno da imagem (Fig. • Efeitos estocásticos: são proporcionais à dose de
1-12).
radiação recebida, sem existência de um limiar.
São cumulativos. Provocam modificações nas cé-
3 EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO lulas, podendo levar ao câncer ou a efeitos heredi-
O efeito biológico é uma resposta natural do orga- tários. Exemplo: neoplasias e leucemia.
nismo a um agente agressor e esta resposta pode com- • Efeitos da exposição pré-natal: os efeitos depen-
portar-se de diversas formas. O conhecimento sobre os dem do período da gestação em que ocorre a
efeitos biológicos da radiação é de extrema importân- exposição. Quando o número de células do em-
cia para que se possa utilizar as radiações ionizantes brião é pequeno, a probabilidade da ocorrência
de forma não prejudicial. do efeito é maior.
10 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
• Efeitos determinísticos: são li miares dependentes. Os efeitos a longo prazo podem ser divididos em:
Provocam um número elevado de células mortas, – Genéticos: são os que podem surgir quando os
causando o colapso do tecido. Aparecem, em ge-
órgãos reprodutores são expostos à radiação. O
ral, dias ou semanas após a irradiação do órgão ou dano não se expressa na pessoa irradiada, e sim
tecido. Exemplo: radiodermite exsudativa, aplasia
em gerações futuras, por mutações genéticas nas
medular, catarata, esterilidade (temporária ou per- células reprodutoras.
manente).
—Somáticos: são observados na pessoa irradiada.
O mais importante dano celular está relacionado radiodermite , câncer, catarata, leucemia, malforma-
com o DNA, que pode levar as células à morte imediata ções (exposição do feto).
ou a alterações no material genético, com conseqüên-
cias a longo prazo nos descendentes do indivíduo irra- V PRINCÍPIOS DA RADIOPROTEÇÃO E SEUS
diado. Uma célula que manteve a capacidade reprodu- MEIOS
tiva, mas com modificações neoplásicas no DNA, pode
Os principais objetivos da proteção contra as ra-
dar origem a um câncer. Porém, na maioria das vezes, as diações são:
células modificadas são eliminadas pelo sistema i muno-
• Diminuição dos efeitos somáticos.
lógico. Quando estas células superam as dificuldades
• Redução da deterioração genética das popula-
de reprodução, diferenciação e dos mecanismos de de-
ções.
fesa do organismo, o tumor cancerígeno surge.
A radiossensibilidade celular é variável. Quanto Os princípios da radioproteção são:
mais jovens (que se dividem rapidamente) e não-di- • Justificação: qualquer atividade envolvendo radia-
ferenciadas as células, mais sensíveis serão à radiação. ção ou exposição deve ser justificada com relação
Os cinco órgãos mais sensíveis à radiação são: a outras alternativas e produzir um benefício posi-
ó,guôlsenãodac
pme estômago. tivo para a população.
Células mais sensíveis: glóbulos brancos (princi- • Otimização: as exposições à radiação devem ser
palmente Iinfócitos), glóbulos vermelhos, óvulos e es- mantidas tão baixas quanto razoavelmente exe-
permatozóides. qüíveis (princípio ALARA – As Low As Reasonably
Células de sensibilidade intermediária: células Achivable).
epiteliais e células do cristalino. • Limitação de dose: as doses individuais não de-
Células mais resistentes: Células nervosas e mus- vem ultrapassar os li mites das doses anuais pré-es-
culares (à exceção do sistema nervoso do embrião). tabelecidos.
Telerradiografia do tórax em PA. (A) Penetração excessiva e inspiração máxima adequadas. (B) Penetração
adequada, centralização inadequada e não realização da apnéia inspiratória máxima. Contar o número de
arcos costais.
14 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 2-3.
Telerradiografia do tórax em PA levemente rodada. Observar a extremidade medial da clavícula direita na linha
média e a extremidade da clavícula esquerda afastada da linha média. Linha companheira da clavícula (setas),
mamilos (pontas de seta).
Telerradiografia do tórax em PA. (A) Inspiração máxima. Técnica correta. (B) Inspiração insuficiente. Técnica
incorreta. Paciente obesa dificultando a apnéia inspiratória máxima.
ESTUDO RADIOGRÁFICO DO TÓRAX 15
Telerradiografia do tórax. (A) PA aparentemente normal. (B) Perfil: observamos imagem hipotransparente devido
a uma consolidação pulmonar (pneumonia). Notar a importância das duas incidências.
Telerradiografia do tórax. (A) PA. Penetração excessiva e leve rotação. Observar imagem hipertransparente
superposta à imagem cardíaca. A leve rotação é evidenciada pela posição da extremidade medial da clavícula à
esquerda na linha média. (B) Perfil. Notar a típica imagem ovalar retrocardíaca, apenas suspeitada na
telerradiografia em PA. (C) Perfil com esôfago contrastado. Hérnia hiatal paraesofagiana no mediastino posterior
(seta).
16 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 2-7.
Dinâmica pulmonar
(expansibilidade pulmonar e
mobilidade diafragmática).
(A e B) Estudo em inspiração
máxima. (C e D) Estudo em
expiração máxima. Observar a
redução do volume pulmonar, mais
evidente no perfil, e a elevação das
hemicúpulas frênicas. O paciente
enfisematoso, com pulmões
volumosos, apresenta dificuldade
de eliminar o ar na expiração, por
isso a hipertransparência está
aumentada, simulando penetração
excessiva.
Fig. 2-8.
A~ B
Fig. 2-9.
(A) Telerradiografia do tórax em PA. Imagem hipotransparente (seta) em terço superior do pulmão direito.
(B) Incidência ápico-lordótica mostrando a lesão apical com muito maior nitidez (seta) sem a superposição da
clavícula e das primeiras costelas.
(A) Telerradiografia do tórax em PA. Hipertransparência (*) em terço superior do pulmão esquerdo. Notar que a
área não possui vascularização. (B) Tomografia linear visualizando-se área hipertransparente com muito maior
nitidez. Bolha de enfisema (*).
18 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
(A) Telerradiografia do tórax em PA. PA penetrada. Imagem hipotransparente no terço superior do pulmão
esquerdo (seta). (B) Tomografia linear do pulmão esquerdo em AP. (C) Tomografia linear. Notar que na
tomografia linear a lesão se torna muito melhor visualizada.
Notar imagem cavitária (seta) no terço superior do pulmão esquerdo. (A) Ápico-lordótica. (B) Tomografia linear.
Em ambas as figuras a cavidade no lobo superior esquerdo é bem identificada.
ESTUDO RADIOGRÁFICO DO TÓRAX 19
A
Fig. 2-13.
Broncografia. (A) PA. (B) Perfil. (C) Oblíqua esquerda. Opacificação da árvore brônquica por contraste
radiopaco (bário fino). Método principalmente utilizado para a pesquisa de bronquiectasias. Deve-se ter o
cuidado de aplicar contraste em apenas um pulmão de cada vez, para evitar a insuficiência respiratória e a
sobreposição das imagens dos dois pulmões no perfil. A broncografia está em desuso.
Fig. 2-14.
Fig. 2-15.
Broncografia bilateral. (A) PA. (B) Perfil. Houve opacificação bilateral da árvore brônquica, prejudicando a
avaliação. Notar, mesmo assim, a presença de dilatações (setas), característica principal das bronquiectasias.
A
Fig. 2-16.
Broncoaspiração com sulfato de bário. (A) PA. (B) Perfil. Observar opacificação do esôfago (seta), da traquéia
(ponta de seta), do estômago e dos segmentos traqueobrônquicos (*).
ESTUDO RADIOGRÁFICO DO TÓRAX 21
Fig. 2-17.
Fig. 2-18.
23
24 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Os derrames pleurais por força da gravidade ten- Existe uma cissura acessória importante, a da veia
dem a se acumular nos seios costofrênicos, especial- ázigos, situando-se na região súpero-medial do lobo
mente nos posteriores. superior direito.
Abaixo da hemicúpula diafragmática esquerda
está a bolha de ar do estômago (fundo gástrico), e abai-
Vascularização
xo da hemicúpula diafragmática direita encontramos o
fígado. Estes parâmetros são importantes no perfil para O fluxo pulmonar normal é mínimo nos ápices
a diferenciação do diafragma esquerdo do direito. pulmonares e máximo nas bases, devido a dois fatores:
Além deste achado radiológico, o diafragma direito é gravitacional e valores da pressão arterial pulmonar,
visualizado por inteiro pela presença do pulmão em alveolar e venosa pulmonar, existindo um crescente
toda a sua extensão, ao contrário do esquerdo, que gradiente de perfusão a partir dos ápices pulmonares
não é visualizado em seu terço anterior pela presença para as bases. Assim, na posição ereta e em inspiração
do coração. profunda os vasos apicais ficam colapsados enquanto
À esquerda, a distância entre bolha gástrica e o os basais estão dilatados.
pulmão é menor do que um centímetro. O aumento
deste espaço pode significar tanto doença gástrica Parênquima pulmonar
(tumor com espessamento da parede) quanto, mais
A telerradiografia do tórax em póstero-anterior
freqüentemente, doença do tórax (derrame pleural
(PA) mostra os pulmões ao lado do mediastino. Os pul-
infrapulmonar).
mões podem ser divididos em três zonas — superior,
O mediastino, incluindo o coração, será estudado
média e inferior — por duas linhas horizontais que se
no capítulo específico.
situam acima e abaixo dos hilos e assim a zona média,
intermediária, compreende os hilos direito e esquerdo.
Hilos pulmonares
A imagem dos hilos pulmonares é, fundamental-
mente, composta pelas artérias pulmonares. A sua
relação anatômica com os brônquios principais po-
de ser assim descrita: à direita, a artéria pulmonar
passa à frente do brônquio principal, enquanto a ar-
téria pulmonar esquerda situa-se acima do brônquio
principal. Desta forma o hilo esquerdo é mais alto
que o direito.
O brônquio principal esquerdo é maior, horizonta-
lizado e menos calibroso do que o direito, que por sua
vez é menor, verticalizado e mais calibroso, o que faci-
lita a broncoaspiração para o lado direito.
Cissuras
São compostas por duas superfícies pleurais parie-
tais que envolvem lobos adjacentes vizinhos. Os lobos são divididos em segmentos e os segmen-
O pulmão direito possui duas cissuras — oblíqua e tos em lóbulos. Os segmentos e os lóbulos são envolvi-
horizontal — e o pulmão esquerdo possui apenas uma dos por septos de tecido conjuntivo. Os lóbulos pul-
cissura, a oblíqua. monares, também chamados de lóbulos secundários,
A direita, a cissura oblíqua separa o lobo inferior constituem a menor porção do parênquima pulmonar
dos lobos médio e superior, e a cissura horizontal se- envolta por septo de tecido conjuntivo.
para, o lobo superior do lobo médio. O lóbulo secundário é suprido por bronquíolos
A esquerda, a cissura oblíqua separa o lobo supe- terminais acompanhados de suas respectivas artérias.
rior do lobo inferior. O território pulmonar distal a um bronquíolo terminal
No perfil a cissura oblíqua esquerda tem um traje- é denominado de ácino. No interior de cada lóbulo,
to mais vertical que a direita e posiciona-se mais pos- segundo Reid, encontramos de três a cinco ácinos. Os
teriormente com relação à esquerda. Além disso, a ácinos possuem um diâmetro de 4-8 mm e quando
união da cissura horizontal com a cissura oblíqua di- consolidados originam uma imagem hipotransparen-
reita ajuda a distinguí-la da esquerda. te, de contornos mal definidos com meio centímetro
ANATOMIA DO TÓRAX E VARIAÇÕES ANATÔMICAS 25
Fig. 3-1.
Telerradiografia de tórax normal. (A) PA. Traquéia (1), brônquio principal direito (2), brônquio principal
esquerdo (3), escápula (4), clavícula (5), esterno (6), veia ázigos (7), arco aórtico (8), artéria pulmonar esquerda
(9), bordo cardíaco esquerdo superior (10), bordo cardíaco esquerdo inferior (11), átrio direito (12), artérias do
lobo inferior (13), ângulo costofrênico lateral (14) e mama (15). (B) Perfil. Traquéia (1), feixe vascular
pré-traqueal (2), arco aórtico (3), brônquio do lobo superior direito (4), brônquio do lobo superior esquerdo (5),
artéria pulmonar esquerda (6), artéria pulmonar direita na área vascular pré-traqueal (7), dobra da axila (8),
escápula (9), ângulo costofrênico posterior direito (10), ângulo costofrênico posterior esquerdo (11), bolha
gástrica (12), cólon transverso (13) e VCI (14).
ANATOMIA DO TÓRAX E VARIAÇÕES ANATÔMICAS 27
Segmentação pulmonar. (A) PA. (B) Perfil direito. (C) Perfil esquerdo.
Fig. 3-4.
Telerradiografia do tórax. (A) PA consolidação no lobo inferior esquerdo no limiar da visibilidade. Em (B) perfil,
típica consolidação do segmento basal anterior do lobo inferior esquerdo, em contato com a cissura oblíqua
(setas).
Telerradiografia de tórax. (A) PA. Consolidação (seta) no lobo superior esquerdo. Notar a área hipertransparente
em seu interior. (B) Perfil. Esta incidência permite localizar a consolidação no segmento anterior do lobo
superior (*).
ANATOMIA DO TÓRAX E VARIAÇÕES ANATÔMICAS 29
Telerradiografia de tórax. (A) PA. (B) Perfil. Elevação de hemicúpula frênica esquerda (seta). Notar o
desaparecimento do terço anterior da hemicúpula frênica devido à presença do coração (sinal da silhueta).
(C) PA e (D) Perfil. O contraste nos cólons permite a melhor identificação da topografia da hemicúpula frênica
esquerda. O diagnóstico diferencial pode ser feito com a consolidação pneumônica em lobo inferior ou com
herniação diafragmática. 0 contraste nos cólons permitiu o diagnóstico correto.
30 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 3-10.
Fig. 3-11.
Hérnia de hiato paraesofageana. (A) PA. Imagem hipertransparente (seta) projetada sobre a área
cardíaca. (B) Perfil. Típica imagem ovalar (seta) retrocardíaca com nível líquido, correspondente à
herniação. Notar que o perfil permite uma identificação muito mais precisa da lesão.
Fig. 3-13.
A
Fig. 3-14.
a bifidez anterior no quarto arco costal
Anomalia de Luschka. (A e B) Telerradiografia de tórax em PA. Notar
esquerdo (seta).
Fig. 3-16.
Fig. 3-17.
Timo volumoso. Telerradiografia de tórax em PA de uma criança. Observar o sinal da vela de barco (seta).
Fig. 3-19.
Fig. 3-20.
3 I NTRODUÇÃO
Alveolar Intersticial
É uma doença aguda do parênquima pulmonar Processo agudo Processo agudo ou crônico
que pode atingir um lobo inteiro (pneumonia lobar),
Densidades coalescentes Não tendem a coalescer
um segmento de lobo (pneumonia segmentar ou lo- precoces
bular), ou os alvéolos contíguos aos brônquios (bron-
Opacidades homogêneas Opacidades heterogêneas:
copneumonia). Quando ela afeta principalmente o
li near, reticular ou
tecido intersticial do pulmão, é dita pneumonia in- retículo-nodular
tersticial. As pneumonias constituem a sexta causa
Aspecto irregular de limites Aspecto regular – definidos
de morte nos países desenvolvidos, e nos países em i mprecisos
desenvolvimento são superadas apenas pela diar- Localizado – lobar ou Difusos – bilaterais
réia. A incidência aumenta com a idade, do mesmo segmentar
modo que sua letalidade, que chega a 20% nos ido- Aerobroncograma freqüente Aerobroncograma raro
sos. Modificação rápida das Modificação lenta das imagens
i magens
O diagnóstico etiológico em geral baseado no exa- No Rx não borra o contorno Apagamento dos vasos e
me de escarro é difícil e enganador, pela vascular brônquios
Asa de borboleta, Faveolamento, fibrose e linhas
contamiçã acteriana normal da orofaringe e pela dificulda-
b
pneumatoceles e cavidades de Kerley
de de isolamento de muitos patógenos. Muitas bacté- Associação clínico-radiológico Dissociação
rias podem determinar esta doença no adulto, porém o
clínico-radiológico
agente etiológico mais comum da pneumonia em
crianças é o vírus.
35
36 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Pneumonia alveolar. (A) PA. (B) Perfil. Condensação não homogênea de limites imprecisos em segmento lateral
e parte do medial do lobo médio do pulmão direito com broncograma aéreo. Notar a presença do sinal da
silhueta.
Pneumonia alveolar. (A) PA. Condensação alveolar extensa, de limites imprecisos, localizada no segmento
lateral do lobo médio do pulmão direito. Notar a ausência do borramento do contorno cardíaco. (B) Perfil.
Notar que a condensação é delimitada em sua maior extensão pela cissura oblíqua.
PNEUMONIAS 39
Pneumonia alveolar. (A) PA. (B) Perfil. Condensação alveolar, de limites imprecisos acometendo o segmento
posterior e parte do anterior do lobo superior do pulmão direito.
Fig. 4-4.
Pneumonia lobar. (A) PA. Condensação homogênea (setas), de limites parcialmente definidos em segmento
lateral e medial do lobo médio do pulmão direito, com a presença de broncograma aéreo (pontas de seta),
determinando o aparecimento do sinal da silhueta (o contorno do átrio direito não é visível). (B) Perfil.
Condensação projetada sobre o coração e limitada pelas cissuras oblíqua e horizontal.
40 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 4-5.
Pneumonia lobar. (A) PA. (B) Perfil. Condensação homogênea (seta), de limites imprecisos em segmentos basais
(anterior, lateral e posterior) do lobo inferior do pulmão esquerdo. Presença de broncograma aéreo. Não se
observa o sinal da silhueta, pois a consolidação é de localização posterior, não entrando em contato com a
borda cardíaca esquerda.
Pneumonia redonda. (A) PA. Condensação homogênea, de limites definidos em segmento apical do lobo
inferior do pulmão esquerdo. (B) 0 perfil confirma a topografia da lesão.
PNEUMONIAS 41
Pneumonia lobar. (A) PA. (B) Perfil. Condensação homogênea, de limites imprecisos, em lobo médio do pulmão
direito com broncograma aéreo. Observar o sinal da silhueta (cardíaca).
A
Fig. 4-8.
Pneumonia lobar. (A) Telerradiografia de tórax em PA. Condensação homogênea, de limites imprecisos,
acometendo quase a totalidade do lobo inferior do pulmão esquerdo, principalmente o segmento apical.
(B) Perfil. Confirma a correta topografia da lesão.
42 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 4-9.
Pneumonia lobar. (A) PA. (B) Perfil. Condensação homogênea, de limites parcialmente definidos nos 2/3
superiores do pulmão direito. Notar a opacificação do seio costofrênico lateral direito (derrame
parapneumônico).
PNEUMONIAS 43
Pneumonia de lobo médio. (A) PA. Condensação não homogênea, de limites imprecisos, localizada no lobo
médio do pulmão direito. Notar o sinal da silhueta e o broncograma aéreo. (B) Perfil. Notar que a condensação,
na realidade, é homogênea, tipicamente localizada no lobo médio e delimitada pelas cissuras oblíqua e
horizontal.
Fig. 4-12.
Pneumonia lobar. (A) PA. (B) Perfil. Condensação não homogênea, de limites imprecisos acometendo o
segmento apical e a base do lobo inferior do pulmão esquerdo. Presença de infiltrado inflamatório, associado,
na região periilar à esquerda. Observar a hepatoesplenomegalia. A seta demonstra o rebaixamento da flexura
esplênica do cólon pela esplenomegalia.
44 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
A
Fig. 4-13.
Pneumonia lobar. (A) PA. (B) Perfil. Condensação não homogênea, de limites imprecisos em segmentos anterior
e posterior do lobo superior do pulmão direito, com broncograma aéreo. Notar que o processo é limitado pelas
cissuras horizontal e oblíqua (seta).
Fig. 4-14.
Pneumonia por Staphylococcus. (A) PA. (B) Perfil. Criança. Pneumatocele gigante à direita, com nível líquido
em seu interior deslocando o coração para a esquerda. Mecanismo valvular associado, isto é, ocorre um
acúmulo progressivo de ar no interior da pneumatocele.
Pneumonia por Klebsiella. (A) PA. Condensação homogênea de limites precisos em lobo superior direito.
(B) Perfil. Notar o abaulamento da cissura (pneumonia do lobo pesado).
46 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Acompanhamento de tratamento de pneumonia. (A) PA. (B) Perfil. Fase aguda: condensação não homogênea,
de limites parcialmente precisos, com epicentro no segmento apical do lobo inferior do pulmão direito, com
broncograma aéreo. (C) PA. (D) Perfil. Após seis dias de tratamento: regressão do quadro.
PNEUMONIAS 47
Broncopneumonia. (A) Telerradiografia do tórax. (B) Tomografia linear. Condensações não homogêneas, de
limites imprecisos, mais extensas no terço inferior de ambos os pulmões, com amplo predomínio à esquerda.
Pneumonia intersticial. (A) Telerradiografia do tórax em PA. Infiltrado intersticial reticular difuso a partir dos
hilos, borrando o contorno dos vasos. (B) Perfil. Alteração do gradiente de densidade normal da coluna
torácica. Notar a hemicúpula frênica direita discretamente elevada.
48 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 4-20.
Pneumonia viral. (A) PA. (B) Perfil. Infiltrado intersticial no terço inferior do pulmão direito. O
paciente obteve melhora clínica, sem tratamento com antibiótico.
PNEUMONIAS 49
Fig. 4-23.
Pneumonia intersticial viral. (A) PA. (B) Perfil. Notar a presença do infiltrado à direita e a preservação do
contorno do átrio direito.
50 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Pneumonia mista. Casos diferentes. (A) PA. Infiltrado intersticial no lobo inferior direito. (B) PA. Infiltrado
intersticial extenso bilateral e difuso. Notar o componente alveolar associado borrando os contornos cardíacos e
diafragmáticos.
Al B
4-26.
Pneumonia abscedada. (A) Telerradiografia do tórax em PA. (B) Perfil. Imagem cavitária com paredes
espessadas (setas), de contornos irregulares e nível líquido (pontas de seta) no seu interior, localizado nos
segmentos basais do lobo inferior esquerdo.
PNEUMONIAS 51
A B
Fig. 4-27.
Pneumonia abscedada (seta). (A) PA. (B) Perfil. Condensação não homogênea, de limites imprecisos
apresentando área de desintegração parenquimatosa com nível líquido em seu interior, no segmento posterior
do lobo superior do pulmão direito.
Fig. 4-28.
B
A
Fig. 4-29.
homogênea, ovalar, de limites definidos em quase toda sua
Abscesso pulmonar. (A) PA. Consolidação alveolar PA. Notar a extensa desintegração necrótica
extensão, localizada no terço médio do pulmão esquerdo. (B)
determinando o aparecimento de cavidade de paredes espessas, contorno interno irregular com nível líquido
em seu interior e mecanismo valvular associado.
A~
Fig. 4-30.
Perfil. Extenso infiltrado intersticial bilateral e difuso
Pneumonia por Pneumocystis carinii. (A) PA. (B)
adquirindo, em algumas regiões, o padrão micronodular. Paciente hipoxêmico e portador de SIDA.
PNEUMONIAS 53
. 4-31.
Síndrome de Lõffler. Infiltrado pulmonar eosinofílico. (A) PA. Condensações no lobo superior esquerdo
assumindo grosseiramente o padrão macronodular. (B) PA. Mudança rápida (em 24 horas) do aspecto
radiográfico com desaparecimento do padrão macronodular. (C) Apico-lordótica. Desaparecimento das
condensações após seis dias de evolução.
54 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Seqüela de varicela. (A) PA. (B) Perfil. Observar os micronódulos calcificados bilaterais e mais numerosos nas
regiões basais.
TUBERCULOSE E OUTRAS
DOENÇAS GRANULOMATOSAS 5
Léo de O Iiveira Frotas + Marcelo Souto Nacif
55
56 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 5-2.
Fig. 5-5.
ti,
Fig. 5-6.
Fig. 5-8.
Tuberculose pós-primária. Cavidade no lobo superior
esquerdo com ampla consolidação pneumônica Tuberculose pós-primária. PA. Infiltrado
específica em associação. Observar o broncograma parenquimatoso no lobo superior direito, de aspecto
aéreo. retículo-nodular. Lesão inicial (foco de Assmann).
60 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 5-9.
Tuberculose
pós-primária. Tomografia
li near. Cavitação (área de
desintegração
parenquimatosa) no lobo
superior esquerdo, de
paredes espessas com
nodulações junto ao
brônquio de drenagem
situado no pólo inferior.
Fig. 5-12.
Tuberculose pós-primária. Lesão inicial. Tomografia computadorizada. (A) Janela para parênquima e (B) janela
para mediastino. Observar consolidação parenquimatosa no segmento posterior do lobo superior direito com
pequena área de desintegração necrótica (cavitação).
Fig. 5-13.
Fig. 5-15.
5-16.
A B
C
Fig: 5-17.
Tuberculose pós-primária. Seqüelas. (A) PA. (B) Perfil. Traves densas e áreas relativamente homogêneas de
fibrose com bronquiectasias de permeio no lobo superior do pulmão direito e no terço inferior do pulmão
esquerdo. Notar a acentuada redução do volume do pulmão esquerdo atraindo o mediastino e a hemicúpula
frênica homóloga. Area hipertransparente no terço superior do pulmão esquerdo, podendo corresponder à
bolha. (C) Broncografia. Bronquiectasias. Mesmo caso.
64 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 5-18.
Tuberculose pós-primária.
Fibrose pulmonar. Atelectasia
por fibrose do lobo superior
direito. Granulomas calcificados
nos lobos superiores mais bem
evidenciados à esquerda.
Tracionamento cefálico dos
hilos. Notar hipertransparência
basal por enfisema cicatricial.
Fig. 5-19.
Tuberculose pós-primária. Cura com reliquat i mportante. (A) PA. (B) Perfil. Granulomas, traves fibrosas e
bronquiectasias mais extensas no lobo superior direito. Redução volumétrica do pulmão direito, comparar com
o esquerdo. Notar o efeito de grade.
TUBERCULOSE E OUTRAS DOENÇAS GRANULOMATOSAS 65
Fig. 5-20.
Fig. 5-21.
Tuberculose pós-primária. Tomografia
Tuberculose pós-primária. Tomografia
computadorizada. Cura com reliquat i mportante.
computadorizada. Cura com reliquat i mportante.
Bronquiectasias. Observar a dilatação e o
Blocos fibrosos, cavidades saneadas, bronquiectasias
espessamento dos brônquios principalmente do lobo
e acentuada redução de volume do pulmão direito.
superior direito.
Espessamento pleural bilateral. Severo enfisema
cicatricial no pulmão esquerdo. Notar o desvio
rotacional do mediastino para direita.
Fig. 5-22.
Fig. 5-23.
Tuberculose pós-primária. Tuberculoma. (A e B) Tomografia linear mostrando imagem nodular, de limites nítidos
e com pequena cavidade em topografia subpleural. Notar as pequenas lesões satélites em associação (setas).
Fig. 5-24.
Fig. 5-25.
Tuberculose pleural. Derrame pleural. (A) PA. Velamento dos seios costofrênico e cardiofrênico esquerdos, com
o sinal da parábola de Damoiseau. (B) PA. (C) PA. Notar a redução progressiva do volume do derrame pleural
após o início do tratamento com melhora clínica importante. Lesão parenquimatosa no lobo superior esquerdo
assooiada.
68 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
A
Fig. 5-27.
(A) PA. Broncopneumonia tuberculosa. Lesões ácino-nodulares difusas com áreas de coalescência bilaterais
acompanhadas de derrame pleural, também bilateral. Derrame pericárdico associado. O paciente foi a óbito.
(B) PA. Fibrose pulmonar apical bilateral. Traves apicais densas com cavidades de paredes lisas no lobo
superior
direito. Notar a retração cefálica dos hilos e o enfisema cicatricial basal.
Fig. 5-28.
Fig. 5-30.
Tuberculose em paciente com SIDA. (A) PA. (B) Perfil. Extensas condensações ácino-nodulares bilaterais com
tendência à coalescência.
70 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 5-32.
Paracoccidioidomicose. (A) Topograma. Observar o infiltrado reticulonodular bilateral e difuso. (B) Tomografia
computadorizada. Além do infiltrado, as bolhas de enfisema e as pequenas cavidades são muito melhor
demonstradas.
Fig. 5-33.
Fig. 5-34.
Sarcoidose. (A) Telerradiografia do tórax em PA. (B) Perfil. (C) Tomografia linear. Observar as massas linfonodais
paratraqueais e hilares, bilaterais e simétricas típicas da doença.
ATELECTASIA E DERRAME
PLEURAL 6
Léo de Oliveira Freitas ♦ Marcelo Souto ♦ Andéa Petrelli
Fig. 6-1.
Atelectasia do lobo superior esquerdo. (A) PA. (B) Perfil. (C) PA penetrado com esôfago contrastado. Opacidade
homogênea (1) no terço médio para superior do hemitórax esquerdo, sem broncograma aéreo em seu interior,
retraindo a cissura oblíqua homóloga (setas), com atração do mediastino superior (desvio de traquéia, esôfago e
aorta) (pontas de setas) e elevação da hemicúpula frênica (*). Observar a hiperinsuflação compensatória do lobo
inferior esquerdo e notar a discreta redução dos espaços intercostais.
76 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
I
Fig. 6-2.
Atelectasia dos segmentos basais do lobo inferior esquerdo. (A) Perfil. Opacidade (1) sem broncograma aéreo
brônquio determinando atração da cissura oblíqua (seta). (B) Tomografia linear. Massa (retângulo) obstruindo o
correspondente.
Fig. 6-3.
Atelectasia do lobo superior direito. (A) PA. (B) Perfil. Opacidade homogênea sem
broncograma aéreo com retração da cissura horizontal devida à redução volumétrica
do lobo superior direito. Hiperinsuflação compensatória no restante do parênquima
pulmonar. Paciente havia aspirado um pequeno grão de feijão.
Fig. 6-6.
Fig. 6-5.
Derrame pleural livre. PA. Velamento da metade
Derrame pleural. PA. Localizado no terço inferior do inferior do hemitórax esquerdo apresentando o sinal
hemitórax esquerdo determinando o sinal da da parábola.
parábola. Obstrução do seio costofrênico lateral
esquerdo.
78 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 6-7.
Derrame pleural li vre. (A) PA. Velamento do terço inferior do hemitórax direito. (B) Laurell. Líquido livre no
espaço pleural (setas).
Fig. 6-8.
Fig. 6-9.
Derrame pleural interlobar. Tumor fantasma. (A) PA. Opacidade homogênea elipsóide na cissura horizontal
(seta), simulando um tumor. Velamento do seio costofrênico lateral direito associado. (B) PA. Desaparecimento
da imagem pós-tratamento da insuficiência cardíaca, confirmando a natureza da lesão.
Derrame infrapulmonar esquerdo. PA. Aumento da Derrame pleural livre e volumoso. Hemitórax opaco
distância entre o pulmão (1) e a bolha de ar do à esquerda. PA. Velamento total com desvio do
estômago (2). mediastino para a direita.
80 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 6-12.
Derrame pleural livre. PA. Observar o velamento de terço médio para inferior do
hemitórax direito. Notar o sinal da parábola (setas), com desaparecimento da
hemicúpula frênica e do átrio direito e o desvio do mediastino para esquerda.
ATELECTASIA E DERRAME PLEURAL 81
Fig. 6-13.
Derrame pleural livre. (A) PA. Opacidade determinando o desaparecimento da hemicúpula frênica direita e
velamento do seio costofrênico homolateral. (B) Perfil. Localização posterior da coleção líquida com velamento
total do seio costofrênico posterior com visualização de uma única cúpula frênica (esquerda). O líquido é
li mitado pela cissura oblíqua (*). (C) Laurell. Observar o acentuado deslocamento do líquido no espaço pleural.
Notar o nível hidroaéreo da bolsa gástrica (pontas de setas) e líquido livre na cavidade pleural (setas).
82 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
A
Fig. 6-14.
Derrame pleural bilateral. (A) PA. Observar a opacificação dos seios costofrênicos
laterais (setas), maior à direita. Espessamento pleuroapical bilateral (pontas de setas),
mais importante à direita. Esboço do sinal da parábola. (B) Laurell. O líquido livre na
cavidade pleural escorre à direita, entre o pulmão e a parede torácica (1), e à esquerda
localiza-se junto ao mediastino (2), desobstruindo seio costofrênico lateral esquerdo
(círculo).
ATELECTASIA E DERRAME PLEURAL 83
A B
C
Fig. 6-15.
Fig. 6-16.
encistado. (A) PA. Opacidade ocupando os dois terços inferiores do hemitórax esquerdo.
Derrame pleural foi tangenciado por raios X, mostrando-se como uma coleção densa, opaca, de
(B) Perfil. O derrame pleural
li mite anterior definido.
Fig. 6-18.
Fig. 6-17.
Derrame pleura! drenado à esquerda. Velamento do
Drenagem de derrame pleural. PA. Drenagem seio costofrênico lateral esquerdo com nível líquido
cirúrgica incompleta. Velamento de terço médio e (pontas de setas). Dreno corretamente posicionado,
inferior de hemitórax esquerdo com nível líquido apontando
para o ápice (setas).
(setas) após drenagem. Mediastino desviado para o
lado oposto.
ATELECTASIA E DERRAME PLEURAL 85
6-19.
Drenagem. (A) PA. Derrame pleural à direita com velamento de seios costo e cardiofrênicos. Condensação
parenquimatosa pulmonar associada. (B) Laurell. Pré-drenagem. Líquido livre no espaço pleural (setas). (C) PA.
Pós-drenagem. Notar a acentuada redução do volume do líquido no espaço pleural (pontas de setas).
86 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 6-20.
Fig. 6-21.
Fig. 6-23.
Derrame pleural e atelectasia. Hemitórax opaco à
Hemitórax opaco à direita. PA. Derrame pleural
direita. PA. Velamento difuso e total com mediastino
associado à atelectasia promovendo velamento
centrado. Coração em topografia normal.
difuso, com desaparecimento da imagem cardíaca
(atelectasia) e traquéia e aorta centradas (derrame
pleural).
ENFISEMA PULMONAR E
PNEUMOTÓRAX
Léo
MarceIo O liveira
de Souto Nacif Freitas +
87
88 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
• Persiste, habitualmente, por um longo tempo. • Redução do volume pulmonar com aumento da
• Pleurite evoluindo para paquipleuriz. sua densidade.
• Pode aparecer associado a líquido na cavidade
CONSIDERAÇÕES RADIOGRÁFICAS pleural (hidropneumotórax).
• Desvio do mediastino contralateral no pneumo-
• Limite externo nítido, pleura visceral visível. tórax hipertensivo.
• Ausência de parênquima periférico no hemitórax
acometido pelo pneumotórax. Não se visualiza a
vascularização periférica.
90 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
A
Fig. 7-1.
Enfisema centrolobular avançado. Tomografia computadorizada. (A) Ápice. (B) Terço médio. Acentuação da
marcas pulmonares (espessamento do interstício axial) e hipertransparência (diminuição dos valores de
atenuação do parênquima pulmonar).
Enfisema panlobular. (A) PA. (B) Perfil. Observar o aumento do volume pulmonar, a hipertransparência
adifus redução do número e calibre dos vasos. Notar a presença do tórax em "tonel". Infecção pulmonar associa
na base esquerda.
ENFISEMA PULMONAR E PNEUMOTÓRAX 91
B
Fig. 7-3.
Fig. 7-4.
A
Fig. 7-5.
Enfisema pulmonar. (A) PA em inspiração. (B) PA em expiração. Observar o volume das grandes bolhas, de
paredes finas, no lobo superior direito, maior na inspiração.
A B
Fig. 7-6.
Enfisema pulmonar difuso (bolhoso). Notar, além dos sinais clássicos do enfisema, a presença de numerosas
bolhas esparsas pelos pulmões. No perfil é evidente a retificação das hemicúpulas frênicas.
ENFISEMA PULMONAR E PNEUMOTÓRAX 93
7-7.
7-8.
Enfisema pulmonar parasseptal. Tomografia computadorizada. (A e B) Pequenas bolhas junto à pleura visceral e
aos septos interlobulares. Ainda não existe pneumotórax.
94 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 7-10.
Fig. 7-9.
Enfisema pulmonar cicatricial. Extensa destruição
Enfisema cicatricial grave. PA. Extensas lesões
parenquimatosa com áreas hipertransparentes
específicas e residuais nos lobos superiores e severo
associadas a áreas importantes de fibrose nos terços
enfisema cicatricial predominante nas bases. vasculatura
médios dos pulmões. Notar a ausência da
nas áreas enfisematosas.
A
Fig. 7-11.
Bronquiectasias. Tomografia computadorizada. Dilatação e notável espessamento das paredes brônquicas.
ENFISEMA PULMONAR E PNEUMOTORAX 95
Fig. 7-12.
Fig. 7-13.
7-15.
Pneumotórax PA. Notar a presença de ar na cavidade
pleural. Observar a linha da pleura visceral (setas). Pneumotórax espontâneo. Reabsorção do
Aumento da densidade do pulmão colapsado (*). pneumotórax. Mesmo caso anterior.
MEDICINA
96 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE
Fig. 7-lb.
A
Fig. 7-17.
(B) PA.
(A) PA. Volumoso pneumotórax à direita determinando acentuado colabamento pulmonar.
Desaparecimento do pneumotórax. Regressão.
ENFISEMA PULMONAR E PNEUMOTÓRAX 97
Hidropneumotórax à direita. Acúmulo de ar e líquido Pneumotórax (setas) e abscesso pulmonar (*) na base
(*) na cavidade pleural. Pulmão colapsado (setas). direita, em associação. Observar o derrame pleural
opacificando o seio costofrênico lateral direito.
Fig. 7-19.
Hidropneumotórax volumoso. Rotura da parede de cavidade em lobo superior. Notar o grande nível líquido que
se estende livremente no espaço pleural.
98 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 7-2 1.
Pneumomediastino e
enfisema de partes moles
cervicais. Notar a
presença de ar no
mediastino
estendendo-se à região
cervical.
Fig. 7-22.
Fig. 7-23.
Pneumotórax e pneumopericárdio
associado a coleções densas (*) no
espaço pleural (seta) e no espaço
pericárdico (pontas de setas).
Paciente com tuberculose pleural e
pericárdica.
B
Fig. 7-24.
Fig. 7-25.
Carcinoma de grandes
Células escamosas Adenocarcinoma células Carcinoma de pequenas células
Apresentação Massa central, atelectasia Nódulo periférico Grande massa Massa central (80% dos casos)
radiográfica ou pneumonia ou massa (habitualmente) associada à linfadenomegalia
pós-obstrutiva e mediastinal extensa
cavitação em 30% dos Cavitação é rara
casos Metástases à distância estão
presentes no diagnóstico
101
102 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
A
Fig. 8-1.
Tumor maligno. Carcinoma de pequenas células. (A) Inspiração. (B) Expiração. Enfisema obstrutivo no pulmão
direito. Observar o aumento do volume do hilo direito associado à hiperinsuflação do pulmão homólogo. Não é
possível distinguir a imagem endobrônquica do tumor propriamente dito. Notar a variação do volume do
pulmão esquerdo, maior na inspiração e menor na expiração, desenvolvendo um leve balanço do mediastino.
Fig. 8-2.
Fig. 8-3.
Massa (1) de contornos
Tumor maligno. Carcinoma broncogênico de grandes células. (A) PA. (B) Perfil.
espiculados e limites imprecisos, com epicentro no segmento apical do lobo inferior direito. Consolidação
pneumônica de vizinhança (2). Notar a redução do volume do pulmão direito com hiperinsuflação
compensatória do pulmão esquerdo.
A
Fig. 8-4.
Tumor maligno. Carcinoma de células escamosas. (A) PA. Pré-operatório. Massa de contornos bocelados e
espiculados junto ao hilo esquerdo. (B) PA. Pós-operatório de lobectomia. Redução volumétrica de pulmão
esquerdo e retração de estruturas vizinhas.
TUMOR DE PULMÃO 105
Tumor maligno simulando benignidade. Adenocarcinoma em topografia periférica. (A) PA. (B e C) Tomografia
li near. Massa de contornos parcialmente definidos no lobo inferior direito. Pequeno foco pneumônico adjacente.
Fig. 8-6.
Tumor maligno. Carcinoma broncogênico. (A) PA, tomografia linear. (B) AP. (C) Perfil. Massa de contornos
lobulados — limites definidos em quase toda sua extensão — no segmento anterior do lobo superior do pulmão
direito.
106 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 8-7.
Carcinoma broncogênico. (A) PA. (B) Perfil. (C) Tomografia computadorizada. Massa ovalar com densidade de
partes moles, limites parcialmente definidos localizada no segmento anterior do lobo superior do pulmão
direito. Notar, na tomografia computadorizada, janela para parênquima, a área de consolidação não
homogênea em topografia posterior à massa sugerindo pneumonia em associação.
TUMOR DE PULMÃO 107
Fig. 8-8.
Carcinoma de células
escamosas. PA. Massa de
contornos bocelados em contato
com a parede lateral. Observar o
ângulo agudo característico das
lesões intrapulmonares em
contato com a parede torácica
ou mediastino, ou mesmo com o
diafragma.
Fig. 8-9.
Tumor maligno. Adenocarcinoma. (A) PA. (B) Perfil. (C) Tomografia linear. Massa ovalar com limites
parcialmente definidos, em contato com a superfície pleural na topografia do segmento ápico-posterior do lobo
superior do pulmão esquerdo.
108 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Carcinoma de células escamosas. TC. (A) Janela para o parênquima. (B) Janela para o mediastino. Massa de
contornos espiculados, em contato com a parede torácica. Pequena cavidade excêntrica. Linfonodomegalia
hilar homóloga. Notar os sinais de enfisema pulmonar associado. Tabagismo: bronquite crônica, DPOC, câncer
de pulmão e óbito.
Fig. 8-11.
Fig. 8-12.
Tumor de Pancoast. (A) PA. (B) Perfil. Típica lesão apical direita com destruição dos primeiros arcos costais direitos.
Efeito de massa desviando a traquéia para a esquerda. Paciente apresentava ptose palpebral, enoftalmia e miose.
110 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 8-15.
Fig. 8-16.
Metástases
hematogênicas
(i mplantes
secundários), múltiplas
lesões nodulares
difusas, de tamanho e
densidade variados,
associadas a derrame
pleural bilateral.
TUMOR DE PULMÃO 111
Fig. 8-17.
Fig. 8-18.
Metástases em "Bala de canhão". (A) PA. (B) Perfil. Metástases hematogênicas de osteossarcoma localizado na
metáfise do fêmur direito.
TUMOR DE PULMÃO 113
Metástase com derrame pleural esquerdo. (A) PA. (B) Perfil. Múltiplas lesões nodulares em ambos os pulmões.
(C) Observar a prótese metálica no úmero pós-fratura patológica determinada por metástase óssea lítica.
Fig. 8-2 1.
B
Fig. 8-22.
Linfangite carcinomatosa. (A) PA. (B) Tomografia linear. Observar o extenso infiltrado intersticial e a
linfonodomegalia hilar bilateral. Edema intersticial por obstrução linfática.
Fig. 8-24.
Pneumectomia à direita. Pós-operatório. (A) Topograma. (B) Janela para mediastino. Observar a hiperinsuflação
compensatória do pulmão esquerdo com desvio rotacional do mediastino, ocupando parte do leito pulmonar
direito. Notar o espessamento da pleura parietal e mediastinal envolvendo uma coleção homogênea hipodensa.
Fig. 8-26.
Tumor benigno. Condroma. (A) PA. Imagem nodular de limites precisos, homogênea, em topografia hilar
direita. (B) Tomografia linear. A lesão determina compressão e afastamento dos brônquios lobar superior e
intermediário. Observar a ausência de sinais de invasão.
Fig. 8-28.
Fig. 8-29.
Fig. 8-30.
Mesotelioma maligno. (A) PA. (B) Perfil. (C) Tomografia linear. Massas com densidade de partes moles, limites
precisos, com o maior eixo em contato com a parede torácica e determinando com ela a formação de um
ângulo obtuso, mostrando sua localização extra-pulmonar. O estudo histopatológico demonstrou a malignidade
do mesotelioma. 0 paciente não apresentava história de exposição ocupacional às fibras do asbesto.
CARDIOVASCULAR
I
Léo de Oliveira Freitas + Marcelo Souto Nacif
V EXAMES
Radiografias
119
120 RADlOLOGlA PRÁTlCA PARA O ESTUDANTE DE MEDlClNA
Observar a relação das câmaras cardíacas, grandes vasos e as válvulas em AP e perfil, respectivamente. Imagem
modificada do NETTER.
CARDlOVASCULAR I 121
Fig. 9-1.
(A) Coração normal. PA. Reconhecer os contornos normais do coração e do pedículo vascular.
(B)Cardiomegalia global. PA. Reconhecer os contornos do átrio direito e do VE. (C) Perfil com esôfago
contrastado. Reconhecer a topografia do VD, anterior, e do VE e AE, posteriores. Notar que o AE comprime o
esôfago posteriormente. AE = Atrio esquerdo; VD = ventrículo direito; VE = ventrículo esquerdo.
A B
Fig. 9-2.
Arteriografia pulmonar. (A) Fase arterial. Observar o tronco da artéria pulmonar, as artérias pulmonares direita e
esquerda e seus ramos lobares e segmentares. Notar que o hilo pulmonar esquerdo é mais alto que o direito.
(B) Fase venosa. As veias centrais calibrosas convergem para o átrio esquerdo.
124 RADlOLOGlA PRÁTlCA PARA O ESTUDANTE DE MEDlClNA
Fig. 9-4.
A
Fig. 9-5.
Estenose mitral. (A) PA. (B) Perfil com esôfago contrastado. Observar a inversão do padrão vascular com
aumento do AE melhor evidenciado no perfil pela típica compressão segmentar e localizada do esôfago.
CARDlOVASCULAR I 125
Fig. 9-6.
Fig. 9-7.
Hemossiderose. Estenose mitral de longa duração. Observar que, pela estase prolongada ocorreu deposição de
hemossiderina no interstício pulmonar. Infiltrado reticular bilateral, porém mais proeminente na base do
pulmão direito. Sinais de aumento do AE e VD.
126 RADlOLOGlA PRÁTlCA PARA O ESTUDANTE DE MEDlClNA
A
Fig. 9-8.
Doença mista da válvula mitral. Pós-operatório de valvuloplastia. (A) PA. (B) Perfil. Observar o aumento do AE,
a estase pulmonar e o aumento de VD. Dilatação do tronco da artéria pulmonar. Edema intersticial em ambas as
bases. Obliteração do seio costofrênico posterior por derrame pleural. Esternorrafia.
Fig. 9-9.
Estenose aórtica. Observar o leve aumento do VE, ectasia e alongamento da aorta. A circulação pulmonar
encontra-se dentro dos padrões da normalidade.
CARDlOVASCULAR I 127
Fig. 9-10.
Fig. 9-11.
Mioorardiopatia dilatada. Reconhecer os aumentos do
AD, AE e do VE. Notar a mínima distensão dos vasos Hipertensão arterial sistêmica. Hipertrofia
dos lobos superiores. A câmera mediana VD não é concêntrica do VE. Observar ectasia e alongamento
claramente demonstrável. Existe uma retificação do da aorta com arredondamento da ponta do VE.
arco médio.
Fig. 9-12.
Insuficiência cardíaca congestiva. (A) PA. (B) Perfil. Marcapasso corretamente encunhado no VD.
Cardiomegalia global, ectasia e alongamento da aorta.
Fig. 9-14.
Fig. 9-15.
Cardiopatia congênita acianótica no adulto, nunca tratada. Síndrome de Eisenmenger (shunt direita-esquerda).
Hipertensão arterial pulmonar severa e crônica. Paciente de 60 anos portadora de uma CIA tipo seio venoso.
(A) Telerradiografia de tórax em PA. (B) Perfil com esôfago contrastado. Observar a dilatação aneurismática do
tronco da artéria pulmonar e de seus ramos principais com amputação após as primeiras ramificações. No
perfil, notar a enorme imagem das artérias pulmonares dilatadas e sobrepostas. (C e D) Ecocardiograma
transesofágico. Observar a comunicação interatrial tipo seio venoso de 1,8 cm e a dilatação da artéria pulmonar
com 4,2 cm. Observar que neste caso o ecocardiograma transtorácico não fez o diagnóstico.
130 RADlOLOGlA PRÁTlCA PARA O ESTUDANTE DE MEDlClNA
Cardiopatia congênita acianótica no adulto. Mesmo caso anterior. Síndrome de Eisenmenger (shunt
direita-esquerda). TC. (A e B) Janela para o parênquima. (C e D) Janela para o mediastino. Observar a dilatação
aneurismática do tronco da artéria pulmonar, das artérias pulmonares principais, lobares e segmentares com
calcificações parietais. Comparar o diâmetro muito maior das artérias pulmonares segmentares com os
brônquios em correspondência (normal: a luz brônquica é igual ao calibre arterial).
CARDlOVASCULAR I 131
Fig. 9-17.
Situs inversus totalis. (A) Tórax em PA. Aorta e VE à direita. "Imagem em espelho". (B) Abdome. Fígado à
esquerda e baço à direita.
B
Fig. 9-18.
Síndrome de Kartagener. (A) PA. (B) Seios da face. Notar o situs inversus totalis associado a sinusite e a
bronquiectasias na base do pulmão esquerdo.
CARDlOVASCULAR I 133
C D
Fig. 9-19.
Aneurisma dissecante de aorta. (A) Aortografia. (B, C e D) TC. Observar a luz verdadeira, hiperdensa, e a luz
falsa, hipodensa, do aneurisma delimitados pelo flap.
CARDIOVASCULAR II 10
Marcelo Souto
Oliveira Freitas ♦ Léo de
A) Edema intersticial:
a/ ESTENOSE MITRAL
• Aumento do calibre dos vasos do lobo superior
(redistribuição do fluxo). Estreitamento da válvula mitral com conseqüente
redução do fluxo sanguíneo do átrio esquerdo (AE)
• Borramento perivascular.
para o ventrículo esquerdo (VE). Em geral é resultante
• Borramento peribrônquico, notando-se aumento
de uma endocardite reumática. Aumenta primei-
da espessura da parede brônquica, especialmente
ramente o AE e o VD com conseqüente elevação da
nos brônquios segmentares vistos de cima (seg-
pressão capilar pulmonar e desenvolvimento de hiper-
mentos anteriores dos lobos superiores).
tensão no território arterial pulmonar, e aparecimento
• Borramento (enevoamento) hilar. O edema é mais dos sinais radiográficos típicos na circulação pulmo-
pronunciado nos hilos pela maior quantidade de
nar. Calcificações na válvula e no AE podem ser evi-
li nfáticos e tecido conjuntivo nesta topografia. denciadas.
• Aparecimento das linhas septais de Kerley. (Linhas
Na estenose mitral de longa duração o achado de
A: 5 a 10 cm, curvilíneas em direção ao hilo; li-
micronódulos no interstício sugerem deposição de
nhas B: 1,5 a 2,0 cm, horizontais e na periferia
hemossiderina (hemossiderose) e, eventualmente, os-
pulmonar, sendo melhor visíveis junto ao seio
sificação.
costofrênico ; e linhas C: mesmas medidas que B loca-
lizadas nas regiões anteriores e posteriores dos
pulmões.) V DOENÇA CARDIOVASCULAR
• Edema subpleural. HIPERTENSIVA
• Padrão de infiltrado reticular difuso pode originar-
se da soma de todos os sinais acima descritos. • Paciente com hipertensão arterial sistêmica
• Sobrecarga de VE.
B) Edema alveolar:
• Coração apresenta-se inicialmente normal.
• Edema pulmonar basal: nódulos acinares (alveola-
res) que tendem à coalescência, bilaterais, mais • Hipertrofia ventricular esquerda concêntrica.
extensos nas regiões basais e que podem atingir os • Dilatação e alongamento da aorta.
135
136 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 10-1.
Fig. 10-2.
Cardiopatia congênita cianótica. Tetralogia de Fallot. (A) PA. (B) Perfil com esôfago contrastado. Observar a
hipertrofia e o aumento do VD (ventrículo direito), fazendo o sinal do tamanco holandês e ocupando o espaço
retroesternal. Oligoemia pulmonar.
138 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 10-3.
Fig. 10-4.
Insuficiência ventricular esquerda. (A) PA. (B) Perfil. Pequeno aumento do volume das câmaras esquerdas
associado à redistribuição do fluxo e edema intersticial pulmonar. Presença de linhas B de Kerley no limiar da
visibilidade. Notar a presença de diminuto derrame cissural no perfil (setas).
CARDIOVASCULAR II 139
Edema agudo de pulmão. Condensações alveolares Edema agudo de pulmão. Radiografia de tórax no
bilaterais, mais extensas nos lobos inferiores. leito em AP. Observar as condensações alveolares
extensas bilaterais. Notar a dificuldade do
diagnóstico pelo padrão radiográfico não satisfatório
em alguns exames realizados no leito.
Fig. 10-8.
Fig. 10-6.
Edema agudo de pulmão. Radiografia do tórax em AP.
Edema agudo de pulmão. Observar os eletrodos de Paciente no CTI. Observar a presença de extensas
monitoração cardíaca e tubo orotraqueal consolidações alveolares poupando a periferia dos
corretamente posicionados. Paciente internado no pulmões onde a remoção do líquido é mais rápida e
CTI. direcionada para os hilos. Bomba linfática.
140 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
B
Fig. 10-9.
Edema agudo de pulmão pós-infarto agudo do miocárdio. (A) PA. (B) PA. Observar a acentuada redução das
condesações alveolares após 48 h de tratamento.
Fig. 10-10.
Dupla lesão mitral com estenose predominante. (A) PA. (B) Perfil com esôfago contrastado. Sinais de aumento
de AE (átrio esquerdo) e do VD (ventrículo direito) com estase na circulação pulmonar.
Fig. 10-12.
Fig. 10-13.
Insuficiência cardíaca. (A) PA. (B) Perfil com esôfago contrastado. Entre os sinais clássicos já descritos observar
o aumento do VE que, no perfil, ocupa o espaço retrocardíaco sem determinar compressão esofagiana. Sinais de
severa hipertensão arterial pulmonar associada.
Al
Fig. 10-15.
ICC. clássicos já descritos. (A) PA. (B) Perfil. Edema intersticial e alveolar basal bilateral associado à
cardiomegalia.
A
Fig. 10-16.
ICC associada a DPOC. (A) PA. (B) Perfil. Além dos sinais clássicos da ICC, observar a hipertransparência
difusa, as bolhas de enfisema no lobo inferior esquerdo e a retificação das hemicúpulas frênicas indicando a
presença de DPOC em associação. Cardiomegalia com aorta dilatada em PA e alongada no perfil.
144 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 10-17.
Derrame pericárdico. Saco pericárdico distendido por Tromboembolismo pulmonar (TEP). Observar a
líquido. "Aspecto em moringa". Paciente de 16 anos, oligoemia do pulmão esquerdo. Sinal de Westermark.
vítima de trauma perfurante por barra de ferro após
queda de 1 metro e meio de altura.
CARDIOVASCULAR II 145
Arteriografia pulmonar. Pulmão direito. (A e B) Inversão da imagem. Observar a falha de enchimento na artéria
interlobar direita.
146 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
A B
Fig. 10-23.
Embolia séptica. Tomografia computadorizada. (A e B) Janela para o parênquima. Nódulos sólidos e cavitados
esparsos pelos pulmões. Paciente com septicemia por Staphylococcus.
147
148 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Agora estamos aptos para dar o início ao estudo da Tomografia computadorizada (TC)
Radiologia e temos que lembrar que para um correto A TC é indispensável para estudar várias condi-
diagnóstico sempre devemos correlacionar os achados ções traumáticas e tumorais ósseas e dos tecidos mo-
radiológicos, a história clinica, a idade e o sexo do pa- les, devido à sua alta resolução espacial (cortes sagitais
ciente. e coronais). O estudo tomográfico pode ser realizado
com janelas para osso e para partes moles, reconstru-
3 ABORDAGEM RADIOLÓGICA ções em três dimensões, mensuração dos coeficientes
Radiografia simples de atenuação (Unidades de Hounsfield — UH), poden-
do-se utilizar a injeção do meio de contraste iodado
É o primeiro método de imagem na avaliação das
sempre que indicado.
doenças do osso. O radiologista deve obter no mínimo
As principais indicações da TC são:
duas incidências do osso, formando ângulo de 90° en-
tre si, cada incidência incluindo duas articulações ad- • Estudo do canal vertebral, incluindo a estenose.
jacentes. • Estudo de fratura-luxação, especialmente na topo-
Em crianças, sempre que possível, é necessário grafia da face, órbitas e pelve.
obter radiografia do membro normal não afetado para • Estudo de anormalidades intra-musculares.
comparação. Em geral, as radiografias padrões com- • Estudo do trauma osteoarticular, principalmente
preendem as incidências AP e perfil; ocasionalmente na identificação precisa das fraturas e na detecção
são necessárias incidências oblíquas e especiais. de fragmentos intra-articulares.
Sinais radiológicos: • Estudo de tumores ósseos e eventuais extensões
• Redução da densidade óssea: pode ser focal (líti- para o tecido mole adjacente.
ca) ou generalizada (osteopenia). • Estudo das doenças metabólicas e infecciosas
• Aumento da densidade óssea (esclerose): que tam- ósseas (tuberculose vertebral, por exemplo).
bém pode ser focal ou generalizada. • Biópsias orientadas por TC.
OSTEOARTICULAR I 149
• Passar uma linha dividindo no meio a diáfise do • Aumento uniforme da densidade da epífise com
fêmur, devendo atravessar o acetábulo e a articu- osteoporose por desuso adjacente ao acetábulo e
lação lombossacra. ao colo femoral.
• Na presença de luxação, a linha passará lateral- • Em estágio mais avançado observamos esmaga-
mente a ambas as estruturas. mento, fragmentação da epífise e aumento acen-
tuado da densidade.
Doença de Legg-Calvé-Perthes • A cura é um processo lento, podendo exigir vários
É a necrose avascular idiopática da cabeça femo- anos.
ral. O traumatismo, ou o microtraumatismo repetido, • Podemos observar também alargamento da linha
com injúria para os vasos nutridores das epífises, tem epifisária, irregularidade com pequenas áreas cís-
sido freqüentemente sugerido como etiologia. ticas na superfície da metáfise, alargamento e
É uma condição benigna e com cura. A doença é encurtamento do colo do fêmur.
devida à degeneração e necrose seguidas por substi-
tuição eventual do osso necrosado quando ocorre a Epifisiólise
revascularização. É caracterizada pelo escorregamento epifisário da
Ocorre na infância, ao redor dos 5 anos, é mais fre- cabeça femoral, podendo ser uni (75%) ou bilateral
qüente em meninos, podendo ser bilateral em 10% (25%). A epífise, de forma característica escorrega pos-
dos casos. terior e medialmente com relação ao colo femoral. A
principal complicação é a osteonecrose da cabeça
Aspecto radiológicos femoral, podendo resultar em coxo-artrose no adulto.
• Acetábulo de aspecto normal. Ocorre na adolescência entre 10 e 15 anos, sendo
• A cápsula articular está distendida por líquido, mais freqüente em meninos obesos.
com discreto aumento do espaço articular, deslo-
cando lateralmente a cabeça do fêmur. Aspectos radiológicos
• Observamos, em primeiro lugar, uma fina zona • Deslocamento epifisário no sentido medial e pos-
radiotransparente linear arciforme no osso sub- terior.
condral, exatamente abaixo da superfície articu- • Redução relativa da altura da epífise.
lar, na epífise. • Borramento da fise.
• Discreto achatamento e irregularidade da superfí- • Deformidade do colo do fêmur.
cie articular superior da cabeça do fêmur. • Perda do sinal do triângulo de Capener.
OSTEOARTICULAR I 153
Fig. 11-2.
Fig. 11-3.
Radiografia simples normal em AP e
perfil do joelho. Adulto. Estudar a
anatomia e observar os mesmos
elementos descritos anteriormente.
154 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 11-6.
Fig. 11-5.
Fig. 11-7.
Fig. 11-8.
Fig. 11-9.
Fig. 11-11.
Fig. 11-12.
Radiografia da articulação
coxofemoral esquerda, em AP,
mostrando luxação. Notar
acetábulo (1), cavidade
articular (2) e cabeça do fêmur
(3).
Fig. 11-13.
A
Fig. 11-14.
(A) Radiografia simples em AP e perfil da perna. Criança. Traço de fratura na diáfise distal da tíbia (seta),
invisível em AP e visível no perfil. (B) Fratura (setas) incompleta no terço distal da diáfise da tíbia, somente
visível no perfil.
Fig. 11-15.
e..
Incidências para o escafóide. Notar o traço de fratura visível nas terceira e quarta incidências (seta).
OSTEOARTICULAR I 159
A B
Fig. 11-16.
(A) Radiografia simples do antebraço em AP e perfil. Criança. Fratura em galho verde na metáfise distal da ulna
e do rádio (setas). (B) Outro caso. Radiografia simples mostrando fratura em galho verde (seta) na metáfise distal
do rádio.
Fig. 11-17.
Fig. 11-18.
Radiografia simples em AP e em rotação interna do ombro. Adulto. Fratura patológica do terço proximal do
úmero (seta). Notar a lesão lítica (*) que determinou a fratura.
Fig. 11-19.
Radiografia do antebraço e
punho em AP e perfil,
realizada com aparelho
gessado, para controle de
fratura (setas) na diáfise da
ulna.
OSTEOARTICULAR I 161
Fig. 11-23.
Fig. 11-21.
Radiografia da coxa em AP, para controle de
osteossíntese com haste metálica, para fixação do
Radiografia da perna em AP e perfil, realizada com
fêmur, devido à fratura em fase de consolidação no
aparelho gessado, para controle e de fratura completa
terço médio.
da diáfise distal da tíbia.
162 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
A
Fig. 11-24.
Radiografia das mãos. Doença articular degenerativa. Artrose. (A) AP. (B) Oblíqua. Notar o adelgaçamento e a
esclerose de múltiplas articulações interfalangianas (círculos).
Fig. 11-25.
Fig. 11-26.
Radiografia simples do joelho. Artrite séptica. (A) AP. (B) Perfil. Podemos observar destruição da cortical e da
li nha epifisária (1) com elevação do periósteo (2), discreta redução do espaço articular (3), aumento (edema) de
partes moles (4) e subluxação anterior dos côndilos femorais (5).
Fig. 11-27.
Radiografia simples do joelho direito. Artrite séptica. (A) AP. (B) Perfil. Observar aumento difuso das partes
moles por inflamação e edema associado ao derrame intra-articular. Notar o apagamento dos planos gordurosos
periarticulares.
164 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 11-30.
Fig. 11-29.
(A) Radiografia simples das mãos em AP. Artrite reumatóide. Observar a rarefação da densidade óssea, redução
dos espaços articulares (círculos), as erosões marginais (setas), o cisto subcondral (ponta de seta) e aumento do
volume da partes moles. (B) Radiografia simples dos pés em AP. Artrite reumatóide. Observar na primeira
articulação do hálux a degeneração da cartilagem articular e o aumento do volume das partes moles (círculos).
Mesmo paciente.
Fig. 11-32.
Fig. 11-33.
Radiografia da bacia em AP. Luxação congênita do quadril. Notar a hipoplasia da cabeça do fêmur (*), luxação
com desvio lateral coxofemoral e interrupção da linha de Shenton à direita.
Fig. 11-34.
Fig. 11-35.
Fig. 11-36.
Fig. 11-37.
Fig. 11-38.
Radiografia da bacia em
AP. Epifisiólise bilateral.
Notar parafusos metálicos
fixando a cabeça do fêmur.
O deslocamento epifisário
foi corrigido. Observamos
deformidade do colo
femoral à direita.
OSTEOARTICULAR II 12
ALTERAÇÕES HEMATOPOIÉTICAS 3 ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS
Anemia falciforme Osteomielite
É uma doença de natureza genética em que os paci- É a inflamação aguda ou crônica dos ossos geral-
entes apresentam a hemoglobina S. Esta mostra duas mente causada por bactérias e eventualmente por fun-
cadeias alfa normais e duas cadeias beta anômalas. Nas gos, que se instalam preferencialmente em ossos bem
cadeias beta o glutamato, na posição seis, encontra-se vascularizados.
substituído pela valina, formando-se então precipitados Devemos lembrar que a osteomielite inicial é diag-
que deformam os glóbulos vermelhos (hemácias nosticada pela cintilografia e a RM é tão sensível quan-
falciforme ), quando sob baixa tensão de oxigênio. Dessa to esta. A RM pode ainda trazer informações sobre as
forma os achados radiológicos dar-se-ão basicamente estruturas vizinhas.
pela hiperplasia normoblástica da medula óssea e pela Três mecanismos básicos permitem que um orga-
obstrução vascular determinada pelas hemácias anô- nismo infeccioso alcance o osso:
malas, causando isquemia e necrose.
1. Disseminação hematogênica: o local de infecção
Achados radiológicos é distante como a pele, as amígdalas, a vesícula
biliar ou o trato urinário. E mais comum em crian-
• Perda óssea por hiperplasia medular, o achado ças e ocorrem nas metáfises ósseas. Nos adultos
mais comum, resulta em densidade óssea diminuí- mais comum na coluna vertebral.
da. 2. Disseminação por foco contíguo: o comprometi-
• Padrão trabecular grosseiro (malha de arame). mento ósseo deriva da infecção de tecidos moles
• Presença de infarto ósseo. Destruição irregular vizinhos ao osso envolvido. Por exemplo, os den-
com reação periosteal, geralmente nas epífises das tes para a mandíbula ou dos seios paranasais para
crianças com mais idade. a calota craniana ou face.
• Infarto ósseo em diáfises de adultos. 3. Implantação direta: através de um ferimento
• Nas vértebras, a osteoporose pode provocar defor- direto eja por projétil de arma de fogo, perfuração
s
midades por compressão, ocasionando o aspecto por corpo estranho, fratura exposta ou por um
de biconcavidade. procedimento cirúrgico.
• A vértebra da anemia falciforme apresenta depres-
são central semelhante a um degrau no platô ver- Osteomielite aguda e crônica
tebral.
Sinais radiológicos
• Um aspecto de "cabelo eriçado" do crânio, tão
típico da talassemia, é infreqüente mas pode haver • O edema de partes moles com perda dos planos
aumento do espaço diplóico. de gordura é o sinal mais precoce (24 a 48 horas).
• Cardiomegalia. • Lesão lítica destrutiva inicial no osso (7 a 10 dias),
• Infarto do baço (redução do volume) com calcifi- geralmente acompanhado por reação periosteal.
cações, podendo chegar à auto-esplenectomia. • Lesão óssea progressiva da cortical e medular,
• Fraturas patológicas e osteomielite podem ocor- com esclerose endosteal e reação periosteal (2 a 6
rer. semanas).
169
170 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
• Areas de seqüestro ósseo necrótico (6 a 8 sema- ósseo aos raios X. Seu diagnóstico, entretanto, é dado
nas). E um osso morto dentro de uma área de os- pela densitometria.
teomielite. Os locais-alvo das alterações são o esqueleto axial
• A capa de novo osso periosteal circundante do (coluna vertebral e pelve) e as regiões periarticulares
osso é chamada de invólucro. do esqueleto apendicular. A osteoporose pode ser do
• No estágio denominado osteomielite crônica for- tipo difuso ou localizado. As vértebras apresentam-se
ma-se um trajeto fistuloso com drenagem através bicôncavas.
do invólucro. Manifesta-se principalmente nos indivíduos idosos
• O abscesso de Brodie é um abscesso ósseo de e nas mulheres depois da menopausa, assim como nos
tamanho variado que representa um foco subagu- casos de imobilização prolongada, bem como em
do ou crônico de infecção ativa. numerosas doenças endócrinas (h iperparatireioidis-
mo, doença de Cushing, etc).
Tuberculose Uma avaliação objetiva da osteoporose pode ser
A infecção é de origem hematogênica e freqüente- feita medindo-se a espessura da córtex do terceiro me-
mente é demonstrada a doença pulmonar simultânea. tacarpiano. A soma das espessuras das corticais na
As costelas e a coluna vertebral são os locais mais fre- metade da diáfise deve ser pelo menos de 50% da
qüentemente atingidos. Pode ocorrer tanto nos ossos espessura total do metacarpo no mesmo nível.
quanto nas articulações.
A artrite tuberculosa é monoarticular e geralmen- Raquitismo e osteomalácia
te secundária a uma osteomielite tuberculosa adja- O raquitismo (em crianças) e a osteomalacia (em
cente. Apresenta uma tríade: osteoporose periarticu- adultos) são o resultado de mineralização deficiente
lar, erosões ósseas periféricas e redução gradual do (calcificação) da matriz óssea.
espaço articular, que é característica da doença. A Os sinais de raquitismo são mais evidentes nos
redução do espaço articular é de evolução arrastada, locais de crescimento ativo (úmero proximal, no an-
diferenciando-a da artrite piogênica que possui evo- tebraço distal e nos joelhos).
lução rápida. A osteomalácia é mais freqüente em pacientes
com insuficiência renal (hiperparatireoidismo secun-
Aspectos radiológicos dário) ou com deficiência de absorção de vitamina D
(síndromes de má absorção).
• Durante a segunda infância, possui uma aparência
Pode existir "fraqueza" óssea com fraturas patoló-
cística, com destruição cortical irregular, expan-
gicas associadas.
são para os tecidos moles, sem neoformação óssea
Ao exame radiológico o raquitismo é caracteriza-
periosteal.
do por:
• Em crianças e adultos manifesta-se como lesão
• Osteopenia generalizada.
lítica localizada na metáfise, com esclerose margi-
• Aumento das regiões terminais dos arcos costais
nal e reação periosteal sobrejacente, podendo-se
(rosário raquítico).
expandir para os tecidos moles e sem formação de
seqütro • Deformidade das curvas nos ossos longos, princi-
.
palmente fêmur e tíbia.
• A infecção na coluna vertebral manifesta-se atra-
• Alargamento da placa de crescimento e formação
vés de um estreitamento do espaço discal, com
destruição dos platôs vertebrais adjacentes ao dis- de taça ou alargamento da metáfise, principal-
mente no úmero proximal, no rádio e na ulna dis-
co. Massa (fuso) paravertebral é comum. Rara-
mente o processo infeccioso pode destruir uma tal e no fêmur distal.
única vértebra ou parte de uma vértebra (pedícu- Radiologicamente a osteomalácia é caracterizada
lo) sem invasão do disco. por:
• Osteopenia generalizada.
V ALTERAÇÕES METABÓLICAS
• Linhas radiotransparentes, simétricas e perpendi-
Osteoporose culares à cortical, que são denominadas de "
É a doença óssea sistêmica mais comum. É carac- pseudofraturas" (zonas de Looser), mais comuns na
terizada por formação insuficiente ou reabsorção au- bacia e no colo do fêmur.
mentada de matriz óssea, resultando em redução da
massa óssea e aumento da radiotransparência do osso Escorbuto
com adelgaçamento das corticais e trabéculas. As fra- É determinado pela falta de vitamina C na dieta,
turas tornam-se mais freqüentes. Desta forma existe uma resultando basicamente na redução da atividade dos
redução da densidade radiológica de todo o esqueleto osteoblastos.
OSTEOARTICULAR II 171
Fig. 12-2.
A
Radiografia simples da coluna dorsal em perfil. Fig. 12-4.
Anemia falciforme. Notar osteopenia associada ao
aspecto trabecular grosseiro e a deformidade em platô Radiografia simples da coluna lombar. Anemia
na região central das plataformas dos corpos vertebrais falciforme. (A) AP. (B) Perfil. Notar a osteoporose, o
(pontas de setas), característico da anemia falciforme trabeculado ósseo grosseiro e a depressão central nos
(drepanocitose). platôs vertebrais (degrau).
OSTEOARTICULAR II 173
Fig. 12-8.
Fig. 12-6.
Fig. 12-10.
Radiografia do joelho
em AP. Osteoporose.
Notar a redução difusa
da densidade óssea.
Fig. 12-9.
Fig. 12-11.
Fig. 12-12.
Radiografia simples da
coluna torácica em perfil.
Osteoporose. Observar a
rarefação óssea com
deformidade em cunha
do corpo vertebral
(vértebras bicôncavas).
A
Fig. 12-13.
Radiografia simples do joelho. Escorbuto. (A) AP e perfil. (B) AP do joelho direito e esquerdo. Observar a
osteoporose difusa com afilamento das corticais, aumento da densidade da cortical (setas), osteófito (círculos) e
linhas densas na metáfise (pontas de setas). Em (A) notar fratura de tíbia e fíbula associada.
176 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 12-15.
A B
Radiografia do crânio. Doença de Paget. (A) AP. (B) Perfil. Notar lesões Iíticas e predomínio de lesões blásticas,
com resultante aumento da densidade óssea (trabeculação grosseira), espessamento da díploe, tábua externa e
interna (pontas de setas). (C e D) Outro paciente. Tomografia computadorizada com janela para osso. Notar o
acentuado espessamento das tábuas e da díploe. Meningioma da foice associado (*).
178 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 12-18.
Fig. 12-19.
Radiografia do punho AP e
perfil. Tumor benigno. Lesão
lítica (seta) circundada por fino
halo de esclerose, que insufla e
preserva a cortical no terço
distal do rádio.
OSTEOARTICULAR II 1 79
Fig. 12-20.
Fig. 12-21.
Fig. 12-22.
Fig. 12-23.
Fig. 12-25.
Radiografia simples do
fêmur. Osteoma osteóide
(círculo). Acentuado
espessamento compacto,
homogêneo, de limites
definidos e fusiforme da
cortical com imagem
lítica no seu interior
(nidus).
182 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 12-27.
Fig. 12-28.
Fig. 12-29.
Fig. 12-30.
Radiografia simples
da perna. Fibroma
não ossificante. Lesão
lítica delimitada por
fino halo de
esclerose, lobulada,
na tíbia proximal,
que respeita a
cortical e as partes
moles vizinhas.
184 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 12-32.
Fig. 12-31.
Fig. 12-33.
Radiografia do antebraço em AR
Tumor maligno. Lesão lítica
destruindo a cortical com discreto
aumento de partes moles (metástase
de carcinoma de mama).
OSTEOARTICULAR II 185
Fig. 12-36.
Fig. 12-34.
Fig. 12-37.
Fig. 12-35.
Radiografia da coluna toracolombar em perfil. Tumor
Radiografia de mandíbula em AP. Tumor maligno. maligno. Lesão lítica extensa no corpo vertebral e
Lesão lítica destruindo a cortical com aumento de pedículos destruindo a cortical com fratura por
partes moles na mandíbula esquerda (*). Comparar compressão de L1. Metástase lítica de carcinoma
com o lado direito normal. broncogênico (*).
186 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 12-38.
Fig. 12-39.
Radiografia da bacia. (A) AP. (B) Oblíqua. Observar a fratura do ramo iliopubiano (seta) à direita.
Fig. 12-42.
GRAUS DA ESPONDILOLISTESE
Fig. 13-1.
Radiografia simples da coluna cervical. Normal. (A) AP. (B) Perfil. (C) Oblíquas. Estudar a anatomia: corpo (a),
espaço interarticular (b), articulação interapofisária (c), arco posterior (d), apófise espinhosa (e) e articulação
uncoapofisária de Lushka (círculo).
Fig. 13-2.
Fig. 13-3.
Radiografia simples da coluna torácica e lombar. (A) AP. (B) Perfil da coluna torácica, (C) AP e (D) perfil da
coluna lombar. Arcos costais (*) em (A e B). Observar a discreta escoliose toracolombar sinistro-convexa. Notar
em (C) corpo (1), espaço discai (2), pedículo (3), articulação facetaria (4) e processo espinhoso (5). Em (D)
pedículo (1), processo espinhoso (2), articulação facetária (3) e processo transverso (4).
Fig. 13-4.
Fig. 13-5.
Coluna lombar. (A) AP e perfil. (B) Oblíquas. Observar os osteófitos ântero-marginais em L2, L3 e L4.
(C) Incidência de Fergusson — articulações sacroilíacas (setas).
COLUNA VERTEBRAL 195
Fig. 13-6.
Tomografia computadorizada da coluna cervical. (A) Corte axial através do corpo: corpo (1), forame transverso
(2), apófise transversa (3), canal vertebral (4), lâminas (5) e apófise espinhosa (6). (B) Corte axial através do
disco: disco intervertebral (1), forame neural (2), articulação facetária (3), lâminas (4) e apófise espinhosa (5).
19 6 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Tomografia computadorizada da coluna lombar. (A) Corte axial através do corpo: corpo (1), pedículos (2),
apófise transversa (3), canal vertebral com o saco dural (4), lâminas (5) e apófise espinhosa (6). (B) Corte axial
através do disco: disco (1), forame neural (2), canal vertebral com o saco dural (3), articulações facetárias (4),
lâminas (5), ligamento amarelo (6) e apófise espinhosa (7).
A B
Fig. 13-9.
(A) Mielografia da coluna cervical em perfil. Observar a coluna de contraste no espaço subaracnóideo
envolvendo a medula. (B) Mielografia da coluna lombar em AP e perfil. Observar a coluna de contraste no
espaço subaracnóideo envolvendo as raízes nervosas.
COLUNA VERTEBRAL 197
Fig. 13-10.
Tomografia computadorizada da coluna lombar. (A) Janela para parênquima. (B) Janela para osso.
(C) Reconstrução em 3D. Observar fratura com destruição parcial do corpo vertebral e fragmentos ósseos,
inclusive no interior do canal medular.
19 8 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Fig. 13-11.
Coluna cervical. (A) AP. (B) Perfil. Observar no perfil os osteófitos marginais, redução do espaço discal (setas) e
discreta esclerose do osso subcondral em C3-C4, C4-05 e C6-C7, comparar com C2-C3 normal. No AP,
uncoartrose (articulações uncovertebrais ou de Lushka – círculos) generalizada.
Coluna cervical AP e perfil. Observar discreta Coluna lombar em AP e perfil. Doença degenerativa.
osteofitose e redução do espaço discal (setas) em Observar os osteófitos (setas) de L2 a L5 e a
C5-C6 e C6-C7, no perfil. No AP notamos diminuição dos espaços discais entre L4-L5 e L5-S1.
uncoartrose em C5-C6 e C6-C7 (círculo).
COLUNA VERTEBRAL 199
Coluna lombar em AP e perfil. Doença degenerativa. Coluna toracolombar em perfil. Observar a fratura do
Observar os incipientes osteófitos (setas) em L2, L3 e esterno (seta). Calcificação do núcleo pulposo (ponta
L4. Espaços discais preservados. de seta).
Fig. 13-15.
A
20 0 RADIOLOGIA PRÁTICA PARA O ESTUDANTE DE MEDICINA
Radiografia da coluna lombar em perfil. Tuberculose Coluna lombar em AP e perfil. Observar seis
vertebral. Areas líticas no corpo de L3 (pontas de vértebras com características de lombares.
setas). Destruição dos corpos de L3 e L4 (setas) e do
respectivo disco intervertebral. Calcificações de
abscesso tuberculoso anterior à coluna lombar (*).
Coluna torácica e lombar em AP. Observar seis Coluna toracolombar em AP. Observar a escoliose
vértebras com características de vértebras lombares. torácica dextroconvexa, devido a uma hemivértebra
Agenesia do 12 2 arco costal, bilateralmente. (seta) em T4.
COLUNA VERTEBRAL 201
Fig. 13-21.
"
Radiografia simples da coluna lombar. Espondilolistese grau I. (A) Oblíqua normal. Observar o "cão escocês .
(B) Oblíqua com espondilolistese verdadeira, fratura (seta). (C) Perfil com espondilolistese verdadeira (fratura).
(D) Perfil com espondilolistese degenerativa (sem fratura).
COLUNA VERTEBRAL 203
Coluna lombar. Tumor benigno. (A) AP. (B) Perfil. Escoliose lombar sinistroconvexa devida a uma lesão lítica
insuflante (setas) na apófise transversa de L4 à direita. Cisto ósseo aneurismático. Observar, também, uma
hipoplasia do 12o arco costal direito.
Fig. 13-25.
Fig. 13-26.
Tomografia da coluna lombar. Mieloma múltiplo. Observar lesões líticas com destruição
dos corpos vertebrais e invasão do canal vertebral (*).
Radiografia simples da coluna lombar. Metástase. Radiografia simples da coluna lombar. Metástase
Observar múltiplas lesões líticas e blásticas difusas difusa. As metástases densas difusas quando
pelo esqueleto axial. Notar lesão insuflante da apófise estudadas por não radiologistas podem passar
transversa de L2 (seta). despercebidas.