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Abstract
O presente trabalho é baseado na obra de Boaventura Sousa Santos ”Um discurso sobre as
Ciências”. Pretende fazer uma análise crítica dessa obra compreendendo as críticas que lhe estão
associadas e a problemática relacionada com a emergência, consolidação, manutenção e o
afastamento de paradigmas na epistemologia da Sociologia.
Suportado por uma estrutura que insere “Um discurso sobre as Ciências” no seu tempo
histórico, na comunidade científica e profissional e na vida do autor, o trabalho apresenta uma
resenha da obra, bem como as principais críticas que lhe são feitas e o contributo prestado à
epistemologia e à investigação sociológica em Portugal.
Introdução
Numa época em que a Sociologia em Portugal se tinha começado a institucionalizar, em
que surgiram licenciaturas em vários ramos da sociologia1, em que nas conferências se
versavam temas como a Sociologia Militar, a Sociologia da Informação e a Etnografia entre
outros, Boaventura Sousa Santos, publica “Um discurso sobre a ciência”. É sobre esta obra que
o presente trabalho pretende reflectir, até porque estão passados 21 anos sobre a sua publicação
e continua a ser polémica no seio da comunidade científica.
Pela sua especificidade, antes de a abordar, é necessário que o leitor possua uma
consciência de que haverá sempre necessidade de observar, criticar, comparar, introduzir
inovação e rever os métodos e os paradigmas que os suportam, bem como ter á priori a noção de
que ambos possuem um ciclo de vida que lhes é inerente. Estes são os limites que lhe estão
subjacentes inicialmente.
1
Recordemos aqui que a Licenciatura em Sociologia do Trabalho, leccionada durante anos no ISCSP-
UTL, foi criada em 1989. Após a reestruturação a que foi sujeito o ensino superior, por força do Processo
de Bolonha, esta Licenciatura deixou de ser leccionada.
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PINTO, José Madureira (Set 2004). - Formação, tendências recentes e perspectivas de
desenvolvimento da Sociologia em Portugal. Sociologia. [online]. no.46 [12Nov08], p.11-31.
Disponível na WWW; http://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-
65292004000300002&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 0873-6529.
3
PINTO, José Madureira. (2004), ob. cit.
4
ALMEIDA, João Ferreira (2005); Vinte anos da APS em Portugal - Sessão Comemorativa dos 20
anos da APS; [online] [12Nov08] . Disponível na WWW;
http://www.aps.pt/cms/docs_prv/docs/DPR462c7cc25cc76_1.pdf
5
Site da Associação portuguesa de sociologia, disponível na WWW; http://www.aps.pt/ [online],
[12Nov08]
6
ALMEIDA, João Ferreira (2005), ob. cit.
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(…) rituais e outras práticas simbólicas no seio de grupos sociais marginais (de emigrantes,
artesãos, camponeses…, as estratégias de sobrevivência na agricultura e noutros sectores
“subterrâneos” da economia, (…)7
Em 1988, durante o 4º. Congresso anual da APS, foram apresentadas 73 comunicações e
abordaram–se temas como: a “Sociologia da informação, do conhecimento e da cultura”,
“Sociologia das questões urbanas e rurais”, “Sociologia da família” e “Sociologia industrial, das
organizações e do trabalho”. Em plenário, no referido congresso, foi também discutido o tema
“Condições de exercício e perspectivas profissionais da sociologia”, demonstrando que os
sociólogos portugueses já olhavam para si próprios enquanto grupo socioprofissional.
7
PINTO, José Madureira. (Set. 2004) Formação, tendências recentes e perspectivas de
desenvolvimento da Sociologia em Portugal”. Sociologia. [online], no.46, [12Nov08], p.11-31.
Disponível na WWW; htpp:// www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php? Script=sci_arttext&pid=S0873-
65292004000300002&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 0873-6529.
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Site da APS, disponível na WWW; http://www.aps.pt/?area=001&marea=001&sarea=001;
[online]¸Lisboa, [12Nov08]
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como autor de um vasto n.º de obras9 (algumas delas foram várias vezes editadas e publicadas
em Inglês e Espanhol) e de artigos publicados em revistas científicas10.
A comunidade científica reconhece-lhe a obra, distinguida e premiada11 mas é nessa
comunidade que a sua personalidade e obra foram colocadas no epicentro da maior polémica
desta década da Sociologia portuguesa12, em que também são intervenientes: António Manuel
Baptista e Maria Filomena Mónica (seus principais opositores) e dois grupos de intelectuais, que
se caracterizam por serem apoiantes de uns e do outro. Sobre esta discussão, que se pretendia
sobre o pensamento e obra, tem de dizer-se que deixou o campo da epistemologia e da
investigação sociológicas para se estender à crítica mordaz e à ofensa pessoais.
Boaventura Sousa Santos tem o mérito de ser um sociólogo que deu o seu contributo
para a consolidação da Sociologia no nosso país.
9
Um Discurso sobre as Ciências (1988); Introdução a uma Ciência Pós-Moderna (1989); Estado e
Sociedade em Portugal - 1974-1988- (1990); Pela Mão de Alice: O Social e o Político na Pós-
Modernidade (1994); Reinventar a democracia (1998); A Crítica da Razão Indolente: Contra o
Desperdício da Experiência (2000); A Cor do Tempo Quando Foge (2001); Democracia e Participação: O
Caso do Orçamento Participativo de Porto Alegre (2002); A Universidade no Séc. XXI: Para uma
Reforma Democrática e Emancipatória da Universidade (2004); Fórum Social Mundial: Manual de Uso
(2005); A gramática do tempo. Para uma nova cultura política (2006); Para uma revolução democrática
da justiça (2007).
10
Ver a página disponível na WWW; http://www.boaventuradesousasantos.pt/pages/pt/artigos-em-
revistas-cientificas.php; Lisboa [19Nov08]
11
Prémio Ensaio Pen Club (1994); Prémio Gulbenkian de Ciência (1996) e Prémio Bordado da Imprensa
– Ciências (1997)
12
Foram reunidos documentos da polémica no blog de Nuno Crato, disponível na WWW:
http://pascal.iseg.utl.pt/~ncrato/Recortes/JNSilva_JL_20040121.htm, Lisboa [12Nov08]
13
1ª edição de “Um discurso sobre a ciência” data de Julho de 1987.
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com descoberta por Einstein da teoria da relatividade no séc. XX14. Explica o porquê da
hegemonia desta ordem científica e analisa os seus efeitos na construção da Ciência.
O ciclo de vida do paradigma é defendido15, existindo semelhanças de pensamento
com Bourdon: (…) O caminho do progresso na teoria faz-se muitas vezes pela crítica de
paradigmas existentes e pela formulação de novos paradigmas (…) 16
, com o objectivo de
referir que nos encontramos numa fase de transição entre o paradigma dominante e o paradigma
emergente17.
14
SANTOS, Boaventura Sousa; (2006), Um discurso sobre as ciências, Edições Afrontamento, 15ª
Edição, Porto, , pág. 10.
15
SANTOS, Boaventura Sousa (2006); ob. cit., pág. 23.
16
Citado por BARATA, Óscar Soares (1994); Introdução às Ciências Sociais; Volume I, Bertrand
Editora, 8ª edição, Venda Nova, págs.43 e seg .
17
SANTOS, Boaventura Sousa (2006); ob. cit., idem.
18
BACON, Francis; Novum Organum ou Verdadeiras Indicações Acerca da Interpretação da
Natureza”, disponível na WWW; http://br.egroups.com/group/acropolis/; Lisboa; [22Nov08]
19
FONSECA, M.J.M , (Fev1996); Em Torno do conceito de Ciência, in Millenium Online; n.º 1,
disponível na WWW, http://www.ipv.pt/millenium/Fonseca_ect1.htm, Lisboa [12Nov08]
20
SANTOS, Boaventura Sousa (2006); idem, pág. 17.
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21
SANTOS, Boaventura Sousa (2006); ob. cit, pág. 20
22
SANTOS, Boaventura Sousa (2006), idem, pág. 38
23
SANTOS, Boaventura Sousa (2006) ibidem, pág. 38
24
SANTOS, Boaventura Sousa (2006), idem, ibidem, pág. 38
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25
SANTOS, Boaventura Sousa (2006); idem, pág. 41
26
FONSECA, M.J.M (1996); Em torno do conceito de ciência, in Millenium Online; n.º 1; disponível na
WWW; http://www.ipv.pt/millenium/Fonseca_ect1.htm, Lisboa [12Nov.2008]
27
SANTOS, Boaventura Sousa (2006); idem, pág. 48
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4- Principais críticas
Passados 21 anos sobre a data em que foi publicada a obra “Um discurso sobre as
Ciências”, pode constatar-se que ela ainda continua a ser alvo de críticas que se podem agrupar
em dois grandes grupos: um, em que as críticas são provenientes de outros ramos das ciências e
outro, em que a crítica é pessoal, virada contra a personalidade e a esfera privada, não
28
GIDDENS, Anthony (1997); Sociologia; Tradução de Pedro Silva Pereira e José Manuel Sobral,
Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, pág. 37
29
GIDDENS, Anthony (1997); Ob. cit. págs. 26/28
30
SANTOS, Boaventura Sousa (2006); idem, pág. 55/56
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fundamentada na sua obra, que por ser cientificamente acrítica não nos merece maior atenção do
que a constatação da sua existência.
No seio da crítica feita por outros ramos da ciência há a considerar a que se pauta pela
defesa da diferença entre o senso comum e ciência: (…) os cientistas acreditam que existe um
mundo exterior ao pensamento. Portanto, existe uma parte lógica, racional, e outra derivada da
observação e experiência. Metaforicamente, acho que podemos até falar de uma dialéctica
entre teoria e experiência. Os objectos, os acontecimentos, da investigação científica assim
como os resultados por ela alcançados são independentes dos caprichos, das emoções, da
vontade ou arbítrio dos investigadores (…)31.
A crítica que versa sobre a diferença entre ciências naturais e ciências sociais (…) Nisto
parece estar de acordo BSS que considera os obstáculos... intransponíveis (pp. 21-22). Para alguns, é
a própria ideia da ciência da sociedade que está em causa, para outros, trata-se tão só de empreender
uma ciência diferente (sic) [...] A ciência social será sempre uma ciência subjectiva e não objectiva como
as ciências naturais; tem de compreender os fenómenos sociais a partir das atitudes mentais, e do
sentido em que os agentes conferem às suas acções, para o que é necessário utilizar métodos de
investigação e mesmo critérios epistemológicos diferentes dos correntes nas ciências naturais, métodos
qualitativos em vez de métodos quantitativos, com vista à obtenção de um conhecimento intersubjectivo,
descritivo e compreensivo, em vez de um conhecimento objectivo e nomotéctico (…)32.
A crítica sobre o deficiente aproveitamento do conhecimento científico, defende que foi
feita uma má interpretação das premissas científicas, e delas se retiraram conclusões erradas;
(…) pois este teorema não demonstra de forma alguma que até a matemática é incerta, mas sim
que, num sistema formal, há proposições verdadeiras que não se conseguem demonstrar dentro
desse mesmo sistema (…)33.
As duas últimas críticas formuladas, dizem respeito a questões relativas à perfilhação dos
ideais políticos de Boaventura Sousa Santos e à sua metodologia, indo mesmo ao ponto de
considerarem que os estudos realizados segundo a sua égide estarão feridos de nulidade,
englobando neste caso os estudos realizados pelo CES da Universidade de Coimbra: (…)
Dizem-se "cientistas" mas o que concebem e praticam como "ciência" (e temos de acreditar no
que escreveu o Director) nem caricatura é. Claro que os estudos sociológicos são importantes.
31
Entrevista de António Manuel Baptista in Jornal de Letras [online]; disponível na WWW;
http://pascal.iseg.utl.pt/~ncrato/Recortes/baptista52-60.pdf; [online], Lisboa, [12Nov08]
32
Entrevista de António Manuel Baptista in Jornal de Letras, [online], idem.
33
Referência crítica ao teorema de Gödel, disponível na WWW; http://pt.livra.com/item/um-discurso-
sobre-as-ciencias/8722559/; 2004; Lisboa [12Nov08]
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Ninguém discute isso. Mas uma "ciência"que está concebida e se pratica para só alcançar
certos resultados desejáveis para a sociedade, é uma potencial fonte de fraudes e charlatanices
(…) Não podemos permitir que se desvie dinheiro para quaisquer grupos que reclamem ser
formados por "cientistas" e que têm novas concepções de ciência e a sua prática que levam só a
resultados política e socialmente desejáveis porque os investigadores a isso estão determinados
(…)34.
34
Entrevista de António Manuel Baptista in Jornal de Letras, [online], idem.
35
Toda a polémica se encontra profusamente documentada, na secção Recortes, disponível no site
disponível na WWW; http://pascal.iseg.utl.pt/~ncrato, Lisboa, (12Nov08)
36
BAPTISTA, António Manuel (2002); O discurso pós-moderno contra a Ciência - Obscurantismo e
irresponsabilidade, Gradiva, Lisboa
37
Termo usado por António Manuel Baptista, em entrevista Disponível em WWW;
http://pascal.iseg.utl.pt/~ncrato/Recortes/EPC_Publico_20031106.htm; (12Nov08)
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(…) Estou a preparar o Segundo Discurso Sobre as Ciências e aí proporei uma outra
designação. A minha concepção de um tal paradigma tem pouco a ver com a concepção mais
corrente (tanto francesa como norte-americana). Enquanto esta parte da ideia de que os
problemas epistemológicos modernos (verdade ou verdades; representação ou construção;
objectividade ou subjectividade; autonomia do saber ou determinação social; racionalidade ou
irracionalidade; etc) deixaram de ter consistência, importância ou mesmo validade, eu parto da
ideia de que tais problemas continuam válidos e importantes, só que as soluções modernas para
eles não nos servem. Daí que, em textos posteriores, tenha chamado à minha concepção
“paradigma pós-moderno de oposição”. Com que outras novidades nos surpreenderá?
Conclusões:
Boaventura Sousa Santos é um dos pioneiros da institucionalização da Sociologia em
Portugal.
“Um discurso sobre as ciências”, é uma obra polémica que versa o tema da epistemologia
das ciências sociais, é nesse campo que nos demonstra que nos encontramos numa fase de
transição, uma vez que face à existência de um paradigma dominante, já é possível
encontrarem-se vestígios um paradigma emergente.
Nesta sua teoria, o paradigma emergente tem 4 postulados (são eles a fonte da maior
polémica da Sociologia portuguesa do início deste século):
Toda a ciência natural é ciência social,
Todo a ciência local é ciência total,
To conhecimento é autoconhecimento,
Toda a ciência visa constituir-se senso comum
Entre as principais críticas apontadas a esta obra em particular encontram-se as que lhe
vêm de outros ramos da ciência e da própria sociologia, tais como a diferença entre senso
comum e ciência, a diferença entre ciências naturais e ciências sociais, deficiências de
interpretação do conhecimento matemático, metodologia científica com deficiente
aplicabilidade. Uma outra crítica que lhe é feita é que o seu trabalho, bem como os trabalhos por
ele dirigidos, estão feridos de idealismo político, falando-se mesmo em resultados pretendidos.
A obra está no centro da discussão sociológica e há que lhe reconhecer a qualidade de
21anos depois da sua primeira edição ainda despertar o interesse do público académico, tendo
dado origem a outras obras, quer como resposta, quer como defesa de teoria.
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Bibliografia:
ALMEIDA, João Ferreira; Vinte anos da APS em Portugal - Sessão Comemorativa dos 20 anos da
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BARATA, Óscar Soares (1994); Introdução às Ciências Sociais; Volume I, Bertrand Editora, 8ª edição,
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DURKEIM, Émile; As Regras do Método Sociológico, traduzida por Eduardo lúcio Vieira;
Editorial Presença, 6ª edição, Lisboa, 1995, ISBN 972-23-1429-7
GIDDENS, Anthony; Sociologia; Tradução de Pedro Silva Pereira e José Manuel Sobral,
Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1997, ISBN 972-31-0758-9
NUNES, A. Sedas; Questões Preliminares Sobre as Ciências Sociais, Editorial Presença,
Lisboa, 12ª edição, 1996, ISBN 972-23-1350-9
PEREIRA, Alexandre; POUPA, Carlos; Como escrever uma Tese monografia ou livro
científico usando o Word, Edições Sílabo, 3ª edição revista, Lisboa, 2006, ISBN 972-618-
350-2
PINTO, José Madureira. - Formação, tendências recentes e perspectivas de desenvolvimento
da Sociologia em Portugal. Sociologia. [online]. Set04, no.46 [12Nov08], p.11-31.
Disponível na WWW; http://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S0873-65292004000300002&lng=pt&nrm=iso>.. ISBN 0873-6529
SANTOS, Boaventura Sousa; Um Discurso Sobre as Ciências, Edições Afrontamento”, 15ª
Edição, Porto, 2006; ISBN 978-972-36-0174-9
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Índice
Abstract ......................................................................................................................................... 2
Introdução ..................................................................................................................................... 2
1- Década de 1980 – Estado da Sociologia em Portugal ............................................................... 2
1.1- Produção sociológica escrita na década de 1980........................................................... 3
2- O autor: breve referência à vida e obra ..................................................................................... 4
3- “Um discurso sobre as ciências” ............................................................................................... 5
3.1- Paradigma dominante e a sua crise................................................................................ 6
3.2- Paradigma emergente - Os 4 postulados do paradigma................................................. 7
3.2.1- Toda a Ciência natural é ciência social ................................................................. 7
3.2.2- Toda a ciência local é total .................................................................................... 8
3.2.3- Todo o conhecimento é autoconhecimento ........................................................... 9
3.2.4- Todo o conhecimento científico visa constituir-se senso comum ......................... 9
4- Principais críticas ...................................................................................................................... 9
5- “Um discurso sobre as ciências” no centro da polémica........................................................ 11
Conclusões: ................................................................................................................................. 12
Bibliografia: ................................................................................................................................ 13
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