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Segurança do Trabalho
Revisada e ampliada
CORPO DE BOMBEIROS
SEGURANÇA DO TRABALHO
INSTRUTOR - 1° TEN QOBM GARCEZ_________________________________________________________
MAIO – 2008
CURITIBA - PARANÁ
I. INTRODUÇÃO...........................................................................................................................4
II. SEGURANÇA DO TRABALHO..............................................................................................5
2.1. HISTÓRICO.............................................................................................................................5
2.2. CONCEITUAÇÃO...................................................................................................................8
2.3. LEGISLAÇÃO CLT................................................................................................................8
2.4. SEGURANÇA DO TRABALHO NO CB.............................................................................11
2.4.1. METAS DE SEGURANÇA NO TRABALHO NO CB.....................................................15
III. ACIDENTES DO TRABALHO.............................................................................................16
3.1. DEFINIÇÃO LEGAL............................................................................................................16
3.2. DEFINIÇÃO PREVENTIVA................................................................................................18
3.3. DOENÇA PROFISSIONAL OU DO TRABALHO..............................................................19
3.4. CAUSAS DOS ACIDENTES................................................................................................19
3.4.1. Atos Inseguros.....................................................................................................................19
3.4.2. Condições Inseguras............................................................................................................21
3.5. TEORIA DE HEINRICH.......................................................................................................22
3.6. PREVENÇÃO DE ACIDENTES...........................................................................................23
3.7. CONCLUSÕES DA PREVENÇÃO......................................................................................25
3.8. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA – EPI E EPC..............26
3.8.1. Finalidade indireta do equipamento de proteção individual................................................27
3.8.2. Considerações gerais sobre EPI...........................................................................................27
3.8.3. Importância do EPI como complemento aos equipamentos de proteção coletivo..............28
3.8.4. Implicações do não uso do EPI............................................................................................29
3.8.5. Equipamentos de Proteção Coletiva....................................................................................30
3.8.6. Equipamentos de Proteção Individual em uso no CB.........................................................30
IV. RISCOS PROFISSIONAIS NO TRABALHO.......................................................................34
4.1. AGENTES FÍSICOS..............................................................................................................34
4.2. AGENTES MECÂNICOS.....................................................................................................39
4.3. AGENTES QUÍMICOS.........................................................................................................40
4.4. AGENTES BIOLÓGICOS.....................................................................................................42
4.5. AGENTES ERGONÔMICOS................................................................................................42
4.6. MAPEAMENTO DE RISCOS...............................................................................................45
4.7. CORES NA SEGURANÇA NO TRABALHO.....................................................................47
V. CONCLUSÃO..........................................................................................................................53
VI. BIBLIOGRAFIA.....................................................................................................................53
CORPO DE BOMBEIROS
SEGURANÇA DO TRABALHO
INSTRUTOR - 1° TEN QOBM GARCEZ_________________________________________________________
I. INTRODUÇÃO
2.1. HISTÓRICO
elimináveis continuam a fazer parte da rotina da maioria dos trabalhadores de nosso país”
(Costa e Cols, 1989). O numero de trabalhadores mutilados, lesionados e mortos ainda é
absurdo em nosso País.
Embora o assunto SEJA pintado com cores muito sombrias, com a implantação de
legislações mais exigentes os números de acidentes estão diminuindo ano após ano. Ao
mesmo tempo, vislumbrar um futuro mais promissor é possível com o esforço conjunto de
toda nação: trabalhadores, empresários, técnicos e governo.
2.2. CONCEITUAÇÃO
da Polícia Militar. Importante destacar que, desde o ingresso na carreira militar possuímos o
acompanhamento de nossa saúde pela Diretoria de Saúde, através da JOS – Junta
Ordinária de Saúde que possui todo o histórico médico dos militares da Polícia Militar e
Corpo de Bombeiros.
Na ocorrência de um acidente em serviço é importante destacar que todo os
levantamentos relativos ao fato devem ser feitos imediatamente, havendo necessidade da
comunicação formal constando que não houve imprudência, negligência ou imperícia,
sendo anexado cópia do boletim interno atestando a escala de serviço. O documento que
resguarda os direitos dos militares acidentados em serviço na PMPR é o atestado de
origem, e atualmente esta sendo adotado a apresentação dos documentos citados para
confecção do mesmo pela JOS, sendo enviado a documentação através de ofício do
Comandante.
No caso de não serem tomadas as providências, deverá ser comprovado o acidente
através de uma sindicância interna da unidade, podendo inclusive ser indeferida, sendo
necessário nesse caso a instauração de um Inquérito Sanitário de Origem (ISO - Extrato
Instruções Reguladoras dos Documentos Sanitários de Origem – Portaria n° 298-CG, de 31
Jan 1962, Transcrição Boletim n° 241-CG, de 17 Dez 1985).
A Lei que garante direitos aos policiais e bombeiros militares é o Código de
Vencimentos da PMPR (Lei n° 6.417, de 03 Jul 1973), e recentemente foi garantido o direito
a uma indenização em caso de acidente no efetivo exercício da atividade (LEI Nº 14268 -
22/12/2003 regulamentada pelo DECRETO Nº 3494 - 20/08/2004).
Fonte: MPAS
O QUE É UM ACIDENTE?
HOM
EM
FATORES ATOS
PESSOAIS INSEGUROS AC
I - LESÃO FÍSICA
DEN - DOENÇAS
TES PROFISSIONAIS
- PREJUÍZOS
MATERIAIS
- PERDA DE TEMPO
ME
IO FATORES CONDIÇÕES
AMBIENTAIS INSEGURAS
Lesão
É a conseqüência de um acidente que possa causar danos físicos ao acidentado. Os
acidentes provocarão lesões leves ou graves, dependendo do agente causador.
Conjunto de características
positivas/negativas proporcionam
ambiente propicio a ocorrência de
acidentes
Doutrina do Incidente:
Estudos foram feitos acerca do assunto, e já em 1931, H. W. Heinrich concluía: O
mais importante do que simplesmente amparar o acidentado, era efetuar uma verdadeira
prevenção, evitando-se como conseqüência os danos físicos ao trabalhador.
1 Lesão incapacitante
29 Lesões não incapacitantes
300 Acidentes sem lesão
Na década de 60, estudos realizados por Frank Bird Jr., baseados em sua teoria
"Controle de Danos", a partir de uma análise de 90.000 acidentes ocorridos numa Empresa
metalúrgica americana. durante um período de mais de 07 (sete) anos, chegou à seguinte
proporção:
1 Lesão incapacitante
100 Lesões não incapacitantes
500 Acidentes com danos a propriedade
Esta nova mentalidade fundamentada em trabalhos desenvolvidos por Heinrich e
Bird, que demonstrava claramente uma programação dos acidentes motivou, em 1969, a
Insurance Company Of North América, através de Bird e John A. Flecher, analisar
1.753.498 casos informados naquele ano por 297 empresas, que empregavam 1.750.000
trabalhadores, chegando a uma relação mais precisa que a dos pesquisadores Heinrich e
Bird.
1 Acidente com lesão grave
10 Acidentes com lesão leve
30 Acidentes com danos a propriedade
600 Acidentes sem lesão ou danos vísiveis
Como vemos, os resultados obtidos mostram que para cada acidente com lesão
grave, haviam 10 acidentes com lesão leve, 30 com danos à propriedade e 600 acidentes
sem lesões ou danos visíveis à propriedade (quase acidentes).
Até então estes estudos previam "Controle de Danos e Controle Total de Perdas",
definidos como sendo unicamente práticas administrativas, quando na realidade, exigiam e
exigem, soluções essencialmente técnicas.
Diante dessa exigência, em 1972, Willie Hammer, especialista em Segurança de
Sistemas, reuniu diversas técnicas fundamentadas nos programas espaciais norte-
americanos, que adaptados à indústria demonstraram ser de grande valia na preservação
dos recursos humanos e materiais dos sistemas de produção.
Assim, a engenharia de segurança e sistemas, apresenta o que pode ser descrito
como um procedimento global, onde se detectam riscos potenciais e se promovem ações
antes que ocorra o acidente, definindo, dessa forma, o procedimento hoje adotado pelas
empresas que efetivamente fazem a prevenção dos acidentes.
Da pesquisa, concluímos:
a) Dos 641 eventos prejudiciais à Empresa, 600 são classificados como meros
Incidentes; 30 apenas provocam danos à propriedade, 10 originam lesões leves e 01 tem
conseqüência fatal ou grave;
b) Nossas oportunidades nos dias de hoje aumentaram: temos 630 chances de evitar
que o acidente nos atinja.
Diante do exposto, afirmamos que: ACIDENTE É UM EVENTO NEGATlVO
"PROGRAMADO” MAS NÃO DESEJADO, QUE CAUSA UM DANO FÍSICO AO
EMPREGADO E/OU AO PATRIMÔNIO. A expressão programado, não deve ser
compreendida no sentido literário de "dolo", mas sim no sentido técnico de "Provocado por
Omissão", por isso, é que os empregados e membros de CIPA's devem se ater às
condições ambientais dos locais de trabalho, podendo encontrar um grande número de
situações "Programadas". Por exemplo: se em um viatura operacional existe um cabo de
descida em más condições e nenhuma medida corretiva for tomada, estar-se-á
programando um acidente que poderá ocorrer a qualquer momento e cujas conseqüências
poderão ser perdas materiais que lesarão o patrimônio da corporação da qual o homem
também faz parte, até conseqüências com graves lesões e morte.
equipamento revestido com material isolante térmico, que protege o homem contra
temperaturas próximas ou mesmo menores que zero grau. Quando tais capas são usadas
e, porventura, molhadas, encharcam-se e aumentam de peso, sobrecarregando o
bombeiro, que perde a mobilidade e fica conseqüentemente em situação incomoda.
Diante desse exemplo, observa-se porque muitas vezes os combatentes do fogo não
querem e chegam a se furtar ao uso do equipamento que vai lhes dar a proteção.
Entretanto, concluem-se que o homem bem instruído e treinado deverá adquirir habilidade
do uso do EPI e ganhar confiança no material que lhe for fornecido para uso pessoal.
bombeiros mortos ou inválidos seria enorme, fato este devida à existência de material
diversificado, que, em presença de fogo, está sujeito a tornar-se agressivo ao organismo
humano, sendo encontrado no cotidiano , nos lares, e em locais de trabalho
Concluindo, o homem deve ter o material de proteção individual, prático e de fácil
manuseio, compatível com o seu biótipo, não vindo a estafá-lo simplesmente pelo seu uso.
isto diz respeito também à causa que, não sendo única, tenha contribuído para o resultado,
podendo ocorrer no local do trabalho, a serviço da empresa, nos intervalos ou mesmo a
caminho, aqui conhecido como “ acidente in itinere“, que é o acidente sofrido no
deslocamento entre a residência e o quartel e vice-versa.
A lei 6.514, de 22 de dezembro de 1977, que modificou a Consolidação das Leis do
Trabalho em seu Capítulo V, do Titulo II , em seu artigo 157 , estabelece as obrigações das
empresas, e no artigo 158, a obrigação dos empregados no que tange à segurança do
trabalho. A Portaria 3.214, de 8 de junho de 1978, com base no artigo 200 da CLT ,
aprovou, em seu artigo 1º, as Normas Regulamentadoras ( NR ) previstas no Capítulo V,
Titulo II , da indicada Consolidação.
O que interessa observar é a NR6, que trata de equipamentos de proteção individual,
estabelecendo em seu item 6.2 a obrigatoriedade do empregador em fornecer equipamento
de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e
funcionamento. Ainda neste item 6.2., letra “c”, é previsto o uso de EPI em atendimento a
situações de emergência. Também deve-se observar a NR9, que versa sobre riscos
ambientais, a qual será estudada no próximo capítulo.
b. Luvas:
São apetrechos de couro, Kevlar, raspa, vaqueta, amianto ou outro material que
protege contra a eletricidade, calor e outros agentes físicos e químicos.
A luva Fireman V segue a mesma estrutura da capa de aproximação, ou seja:
• Inicialmente um revestimento em couro azul que propicia resistência ao calor
e à abrasão;
• Abaixo do couro temos uma camada de um polímero (plástico) que garante a
impermeabilidade contra a água;
• Finalmente, internamente temos uma camada de forração em fibra que
garante a isolabilidade térmica.
c. Capas de bombeiros:
Vestuário que se destina a proteger o tronco e os braços do Bombeiro contra a
umidade e o calor radiante.
d. Botas:
Calçado de couro ou borracha com um cano que envolve a perna até o tornozelo ou
até o joelho, utilizado para proteção em áreas inundadas, materiais cortantes ou
perfurantes.
A bota utilizada pelo CB (black diamond) foi construída baseada em normas da
Associação Nacional de Proteção à Incêndios (NFPA).
O calçado para combate a incêndios é desenhado para prover proteção térmica e
física limitada para os pés e tornozelos quando propriamente em uso evitando a fadiga dos
pés, pernas e região lombar, sendo desenhada com um componente especial concebido
para prevenir rachaduras, refração e outros efeitos. A bota não é indicada contra riscos
radiológicos, biológicos ou químicos, também não são recomendadas para a imersão em
fogo, contato direto com chamas e metais super aquecidos.
As botas Black Diamond possuem três indicações quando a sua composição:
O selo verde encontrado na parte interna da bota indica que está certificada com o
grau 1 da CSA (Associação Canadense de Padrões), ou seja, calçado com bico de aço que
suporta mais de 45 kg.
O triângulo verde significa que as botas são equipadas com bico de aço grau 1
( 45Kg de impacto) e uma sola de aço contra perfurações de um prego a uma pressão de
126kg. Nossa sola de aço, que também compreende proteção para calcanhar e biqueira, é
resistente à ferrugem e testada com mais de 1.500.000 flexões sem quebrar.
O símbolo “ômega” nos demonstra que a bota possui resistência ao choque elétrico
e risco elétrico, testadas `18.000 volts @ 60 Hz por um minuto sem deixar escapar mais de
um mA.
Limitações de uso:
Calçados de proteção não são destinados contra riscos radiológicos, biológicos ou
químicos. Também não são destinados para situações de "imersão" em fogo; contato direto
com chamas e metais super aquecidos devem ser evitados.
Limpeza e secagem das botas:
Botas de borracha Black Diamond para Bombeiros são feitas com um componente
especial concebido para prevenir rachaduras, refração e outros efeitos danosos do ozônio.
Para aumentar a vida útil de suas botas B. D., siga estas instruções:
• Lave a sujeira, óleos e qualquer produto químico com sabão suave e água.
Enxágue e seque bem antes de estocá-las, guardá-las ou colocá-las em uso;
• Quando estocadas, preencha seu interior com trapos limpos e secos ou
jornais para prevenir o mofo;
• Sempre acondicione suas botas na posição "em pé", sem dobrá-las. Dobras
irão eventualmente enfraquecer a borracha;
• Guarde suas botas longe de aparelhos que produzam ozônio, tais como
motores elétricos e luzes de neon.
Inspeção e manutenção:
É importante inspecionar o calcado quanto à limpeza, uso excessivo ou danos, antes
e depois de cada uso. Testes regulares tem sido realizados como os indicados na NFPA
quanto a resistência à água.
Calçados indicando sinais de danos, enfraquecimento ou degradação, relativos a
qualquer item de qualidade requerido pela NFPA, devem ser repostos.
Nenhuma bota deve ser usada por Bombeiros sem que esteja limpa e seca.
A vida útil do calcado depende do tipo de calcado, das condições do ambiente que
podem afetar o uso, do tipo de contaminação e degradação.
Contaminação:
Leis Federais, estaduais e locais com respeito a contaminação de calcados (exemplo
do tradutor NBR), devem ser seguidas. (nota do tradutor: mais detalhes com respeito à
contaminação no local da ocorrência em que o calçado esteja envolvido, consultar a
ABIQUIM).
Nota: muitas das propriedades dos calçados dos bombeiros, como as exigidas pela NFPA,
não podem ser testadas nos locais das ocorrências.
e. Roupa aluminizada:
Vestuário revestido por alumínio que protegem contra ação do calor radiante e
eventualmente, do contato direto com o fogo.
f. Óculos:
Utilizado para proteger os olhos contra fagulhas, fumaça, poeira, ácidos, etc.. Bem
como contra ferimentos provenientes de impacto de partículas, durante utilização de
equipamentos tipo moto esmeril e outros.
g. Roupa de amianto:
São roupas de amianto, proteção geral para o corpo devido ao produto
incombustível com que são confeccionados. Podem ou não serem pintadas
com tintas aluminizadas refletivas de calor irradiado.
Pode-se com esse tipo de roupa, entrar em locais incendiados e expor-
se a chama direta, porém o tempo de exposição não pode muito longo,
porque se é verdade que ela não queima, também é verdade que não é
térmica, o que fará que o corpo esquentará até não mais suportar o calor.
Há que se considerar também, a possível falta de oxigênio em locais
confinados. Não devem as roupas de amianto serem lavadas, pois a água
retira asbestos das fibras diminuindo-se a resistência
Após o uso guardá-la em cabide de local arejado para não embolorar.
h. Protetor de ouvidos:
Aparelho destinado a proteção do canal auditivo em locais que o nível de ruído
apresente picos de energia acústica superior a normal.
i. Caneleira:
Equipamento destinado a proteção da perna do BM entre o tornozelo e o joelho,
contra choque provenientes de lascas ou outros objetos que possam ser arremessados
durante o uso de moto serras, moto esmeril e outros.
j. Protetor Facial:
Destinado a proteção contra lesões ocasionadas por partículas, respingos, vapores
químicos e radiações luminosas intensas.
l. Avental de Raspas:
Equipamento destinado a proteção do tronco do BM, durante trabalhos realizados
com a moto esmeril e corte com oxi-acetileno.
m. Roupa de apicultor:
São roupas especiais que visam a proteção do usuário contra picadas de abelhas ou
outros insetos nocivos. Essas vestimentas são confeccionadas em tecido resistente, com
tonalidades clara e envolvem o usuário dos pés a cabeça, proporcionando uma proteção
total ao corpo. Devem acompanhar esse equipamento um capuz, com visor de tela,
perneiras e luvas. As vestimentas de proteção contra insetos devem ser acondicionadas em
local ventilado e seco; evitar que sejam guardadas, quando estiverem molhadas ou mesmo
úmidas.
Durante muito tempo a segurança do trabalho foi vista como um tema que se
relacionava apenas com o uso de capacetes, botas, cintos de segurança e uma série de
outros equipamentos de proteção individual contra acidentes.
A evolução tecnológica se fez acompanhar de novos ambientes de trabalho e de
riscos profissionais a eles associados. Muitos desses novos riscos são pouco ou nada
conhecidos e demandam pesquisas cujos resultados só se apresentam após a exposição
prolongada dos trabalhadores a ambientes nocivos à sua saúde e integridade física.
A exposição do trabalhador ao risco gera o acidente, cuja consequência nesses
casos tem efeito mediato, ou seja, ela se apresenta ao longo do tempo por ação cumulativa
desses eventos sucessivos. É como se a cada dia de exposição ao risco, um pequeno
acidente, imperceptível, estivesse ocorrendo. As consequências dos acidentes do trabalho
desse tipo são as doenças profissionais ou ocupacionais.
A maneira verdadeiramente eficaz de impedir o acidente é conhecer e controlar os
riscos. Isso se faz, no caso das empresas, com uma política de segurança e saúde dos
trabalhadores que tenha por base a ação de profissionais especializados, antecipando,
reconhecendo, avaliando e controlando os riscos. Para padronizar esse trabalho foi
estabelecida a obrigatoriedade de os empregadores elaborarem um Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais, conhecido pela sigla PPRA. Esse programa, objeto de
uma Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho (NR-9), estabelece as diretrizes de
uma política prevencionista para as empresas. As doenças profissionais são causadas por
agentes ambientais de natureza variada ocasionando afecções provocadas por uma ação
lenta, repetida e durável; originadas pela exposição do organismo humano no exercício
profissional.
A legislação considera riscos ambientais os existentes nos ambientes de trabalho e
capazes de causar acidentes ou doenças profissionais em função de sua natureza,
concentração, intensidade e tempo de exposição, tendo como agentes os seguintes:
c. Frio
Os casos mais comuns que se destacam pela ação do frio são queimaduras pelo
frio, gripes, inflamações das amídalas e da laringe, resfriados, algumas alergias, problemas
circulatórios.
Geralmente essas ocorrências predominam em empresas tais como:
industrialização de pescados, frigoríficos, indústria de alimentos congelados, etc.
d. Calor
Os trabalhadores expostos aos efeitos do calor estão propensos a problemas
como insolação, câimbras e alguns casos de problemas com o cristalino do globo ocular,
mais conhecida como a catarata. Convém esclarecer que os fatores comentados,
geralmente aparecem devido à exposição excessiva ao calor. Paralelamente ao calor
podemos acrescentar as chamadas radiaç ões ultravioletas – que podem provocar
queimaduras, inflamação nos olhos (casos de conjuntivite) conforme o tempo de exposição.
O ser humano mantém uma temperatura interna aproximadamente constante (em
torno de 37ºC) seja qual for a temperatura externa (do ambiente). Essa característica está
ligada a existência de um mecanismo fisiológico de regulação da temperatura interna do
corpo, o qual é responsável pela conservação e dissipação do calor.
A temperatura da pele, para que se mantenha o equilíbrio térmico entre o corpo e
o ambiente, deve ser sempre menor do que a temperatura central do corpo em mais ou
menos 1ºC. O equilíbrio térmico entre o corpo e o ambiente baseia-se na igualdade:
Quantidade de calor recebida = Quantidade de calor cedida.
As trocas de calor necessárias para que se mantenha essa igualdade dependem,
fundamentalmente, das diferenças de temperaturas entre a pele e o ambiente e o da
pressão de vapor d'água no ar em torno do organismo, a qual, por sua vez, é influenciada
pela velocidade do ar. É importante ressaltar que a troca de calor sempre ocorre no sentido
do corpo com maior temperatura para o de menor temperatura.
São quatro as formas pelas quais se procedem essas trocas:
• Condução - pelo contato direto do corpo com objeto mais quente;
• Convenção - através do ar ou de outro fluido em movimento;
• Radiação - através de ondas eletromagnéticas (normalmente o infravermelho).
Esses três processos podem ocorrer devido a existência de fontes externas com
temperatura mais elevada do que a da pele. Esse calor transferido é chamado de calor
sensível.
Existe ainda um quarto processo que está ligado ao calor latente, utilizado para
mudança de estado (de água, em estado líquido para vapor d'água).
• Evaporação - Esse processo de troca ocorre sem que seja modificada a
temperatura. Assim, o calor recebido pelo corpo, nos casos de exposição a
temperaturas elevadas, é utilizado pelo organismo para evaporar parte da
água interna através da sudorese, não permitindo o aumento da temperatura
interna.
Os fatores que determinam a sobrecarga térmica são: a temperatura ambiente, a
umidade relativa, o calor radiante, a velocidade do ar e o metabolismo gerado no
desenvolvimento do trabalho/atividade. Por conseguinte, qualquer método de trabalho que
vise a avaliação da sobrecarga térmica deverá levar em conta os citados fatores.
Existem diversos métodos e estudos que pretendem avaliar, mediante a
utilização de um índice as características do ambiente, bem como, os limites aceitáveis de
exposição ao calor aos quais podem estar expostos os trabalhadores. No entanto, devido a
APOSTILA SEGURANÇA DO TRABALHO__________________________________ 35
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SEGURANÇA DO TRABALHO
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COMPUTADOR
Entre as máquinas das novas relações profissionais, os computadores pessoais têm
uma característica ímpar: nunca, na história da humanidade, uma mesma máquina esteve
presente na vida profissional de um número tão grande e diversificado de trabalhadores.
Diante desses fatos, muitas dúvidas têm sido levantadas sobre os riscos de
acidentes no uso de computadores. Entre eles destacam-se os chamados riscos
ergonômicos. A Ergonomia é uma ciência que estuda a adequação das condições de
trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores de modo a proporcionar um
máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
A legislação trabalhista brasileira já reconhece a importância dessa ciência e dedicou
ao tema uma Norma Regulamentadora específica (NR-17). Entre os riscos ergonômicos,
aqueles que têm maior relação com o uso de computadores são: exigência de postura
inadequada, utilização de mobiliário impróprio, imposição de ritmos excessivos, trabalho em
turno e noturno, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e repetitividade. Além desses
riscos, as condições gerais do ambiente de trabalho fazem parte da avaliação ergonômica,
aqui incluídos o nível de iluminamento, temperatura, ruído e outros fatores que, após
analisados no local, tenham influência no comportamento dos trabalhadores.
No caso específico dos profissionais que têm o computador como instrumento de um
trabalho diário, a prevenção dos riscos ergonômicos relacionados ao seu uso deverá ser
motivo de atenção e interesse, observando, entretanto, que a legislação e as normas
técnicas estão inseridas no contexto maior de uma avaliação completa do ambiente de
trabalho. O bem estar físico e psicológico dos trabalhadores reflete no seu desempenho
profissional e é resultado de uma política global de investimento em segurança, saúde e
meio ambiente.
A doença profissional mais conhecida por apresentar-se em conseqüência do uso de
computadores é chamada de LER - Lesão por Esforços Repetitivos (Repetitive Strain Injury
- RSI). É mister que fique claro que essas lesões (LER) não ocorrem apenas com o uso de
computadores, mas em toda a atividade profissional que exija o uso forçado e repetido de
grupos musculares associado a posturas inadequadas. Uma das mais conhecidas
manifestações dessas lesões, em profissionais da área de processamento de dados, é a
tenossinovite.
Dores de cabeça e irritação nos olhos também são sintomas associados ao uso de
computadores. Eles ocorrem após o trabalho prolongado e contínuo e são conseqüências
da fadiga visual. A iluminação do ambiente é um fator fundamental para reduzir a incidência
desses sintomas, principalmente no que diz respeito a evitar reflexos na tela do monitor.
Além disso, os olhos também requerem pausas regulares para descanso, da mesma forma
que os pulsos, dedos, pescoço, enfim, as partes do corpo diretamente exigidas pelo
trabalho.
O stress físico e psicológico é outra conseqüência de uma utilização sem controle do
computador, vinculado a jornadas longas, trabalhos em turno e noturnos. É interessante
observar que a interface do programa que é utilizado também influi diretamente no
desempenho e no estado geral do usuário. O trabalho intenso com um programa que tenha
uma interface pouco amigável gera maior número de erros, o que é acompanhado de
irritação, desconforto e cansaço. A Ergonomia também abrange estudos sobre esse
aspecto da relação homem-máquina, ou seja, o desenvolvimento ou o aperfeiçoamento da
interface, tornando-a cada vez mais intuitiva, direta e objetiva. Esses estudos envolvem o
desenho das telas dos programas, a distribuição dos ícones, janelas e as seqüências de
comandos para se alcançar os objetivos.
A utilização de mobiliário adequado é muito importante, mas isso se constitui apenas
em uma parte de um processo mais amplo que é a construção de um ambiente de trabalho
seguro e saudável. O ambiente de trabalho precisa ser adequado ao homem e à tarefa que
ele vai desempenhar. Quando se fala em mesas, cadeiras e teclados ergonômicos, entre
outros ítens, o que efetivamente os caracteriza é a sua flexibilidade, sua capacidade de se
ajustarem às características específicas dos seus usuários, aqui compreendidas, em
especial, a altura, peso, idade e outras.
O fundamental para os usuários de computadores é saber que há procedimentos
básicos para se evitar acidentes no trabalho, mesmo quando esse trabalho se concentra
em uma relação homem-máquina aparentemente amigável e isenta de riscos, desenvolvida
em escritórios ou mesmo em casa. Apresentamos abaixo um resumo desses
procedimentos:
O monitor deve estar com sua parte superior ao nível dos olhos do usuário; A
distância entre o monitor e o operador deve ser equivalente à extensão do braço; o monitor
deve ser ajustado para não permitir reflexos da iluminação do ambiente; os pés devem
estar apoiados no chão ou em um suporte; Os pulsos deverão estar relaxados, porém sem
estarem flexionados; se há entrada de dados, deve ser usado um suporte para
documentos, para evitar os movimentos repetidos do pescoço; o usuário deve fazer pausas
regulares para descanso, levantar, caminhar e exercitar os pulsos e pescoço com
movimentos de flexão e extensão.
A adoção desses procedimentos irá contribuir para um trabalho mais seguro, desde
que as condições do ambiente estejam adequadas ao tipo de trabalho que ali se
desenvolve, entendendo essas condições como o controle dos níveis de iluminamento,
ruído, temperatura, umidade do ar e outros agentes cuja presença possa representar
riscos.
Após estudarmos os agentes dos riscos profissionais vamos ver o que venha a ser
Mapa de Riscos, previsto no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, já estudado no
Capítulo II.
O Mapa de Riscos tem como objetivo:
a) reunir as informações necessárias para estabelecer diagnóstico da situação de
segurança e saúde no trabalho na empresa;
b) Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e a divulgação de informações
entre os empregados, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção.
Como elaborar um Mapa de Riscos:
1. Conhecer o processo de trabalho no local analisado: os trabalhadores
(número, sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurança e saúde), os instrumentos
e materiais de trabalho, as atividades exercidas e o ambiente;
2. Identificar os riscos profissionais existentes no local analisado;
3. Identificar as medidas preventivas existente e sua eficácia: medidas de
proteção coletiva, medidas de organização do trabalho, medidas de proteção individual;
4. Identificar os indicadores de saúde: queixas mais freqüentes e comuns
entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos, acidentes do trabalho ocorridos,
doenças profissionais diagnosticadas, causas mais freqüentes de ausência no trabalho;
5. Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local;
6. Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o “layout” da empresa, indicando
através de círculo:
o o grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada
na Tabela de padronização de cores correspondentes a cada risco (que será vista a
seguir);
o o número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser
anotado dentro do círculo;
o a especificação do agente (por exemplo, físico: calor excessivo,
ruído; ou ergonômico: repetitividade, ritmo excessivo, etc) que deve ser anotada dentro do
círculo;
o a intensidade do risco, de acordo com a percepção dos
trabalhadores, que deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes do
círculo:
O Mapa de Riscos completo e setorial, deverá ser afixado em cada local analisado,
de forma claramente visível e de fácil acesso para os empregados.
Má postura do
Equipamentos
Fumos Microorganismos corpo
Ruído e ou som inadequados,
metálicos (Vírus, bactérias, em relação ao
muito alto defeituosos ou
e vapores protozoários) posto
inexistentes
de trabalho
Gases Máquinas e
Oscilações e Lixo hospitalar, Trabalho
asfixiantes equipamento
vibrações doméstico e de estafante
H, He, N sem Proteção e
mecânicas animais e ou excessivo
eCO2 ou manutenção
Risco de queda
Pinturas e Falta de de nível,
Ar rarefeito Esgoto, sujeira,
névoas em Orientação lesões por
e ou vácuo dejetos
geral e treinamento impacto de
objetos
Jornada dupla e
Agentes Solventes Mau planejamento
Objetos ou
Causadores (em especial Pressões elevadas do lay-out e ou
contaminados trabalho sem
os voláteis) do espaço físico
pausas
Ácidos,
Cargas e
bases, Contágio pelo ar Movimentos
Frio e ou calor transportes
sais, álcoois, e ou insetos repetitivos
em geral
éters, etc
Aerodispersóides Fatores
Ingestão de Alergias, intoxicações Risco de choque
no ambiente psicologicos
produtos e quiemaduras elétrico
(poeiras de (não gosta do
durante causadas por (correte contínua
vegetais e trabalho, pressão
pipetagem vegetais e alternada)
minerais) do chefe, etc)
Grupo II: Vermelho Grupo I: Verde Grupo III: Marron Grupo IV: Amarelo Grupo V: Azul
Riscos Químicos Riscos Físicos Riscos Biológicos Riscos Ergonômicos Riscos Mecânicos
Poeiras Ruído Vírus Esforço fisco intenso Arranjo físico
deficiente
O uso de cores deverá ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar
distração, confusão e fadiga ao trabalhador.
A indicação em cor, sempre que necessária, especialmente quando em área de
trânsito para pessoas estranhas ao trabalho, será acompanhada dos sinais convencionais
ou da identificação por palavras.
As cores adotadas serão as seguintes:
a. Vermelho
O vermelho deverá ser usado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos
de proteção e combate a incêndio. Não deverá ser usado na indústria para assinalar perigo,
por ser de pouca visibilidade em comparação com o amarelo (de alta visibilidade) e o
alaranjado (que significa Alerta).
É empregado para identificar:
- caixa de alarme de incêndio;
- hidrantes;
- bombas de incêndio;
- sirenes de alarme de incêndio;
- caixas com cobertores para abafar chamas;
- extintores e sua localização;
- indicações de extintores (visível a distância, dentro da área de uso do extintor);
- localização de mangueiras de incêndio (a cor deve ser usada no carretel,
suporte, moldura da caixa ou nicho);
- baldes de areia ou água, para extinção de incêndio;
- tubulações, válvulas e hastes do sistema de aspersão de água;
- transporte com equipamentos de combate a incêndio;
- portas de saídas de emergência;
- rede de água para incêndio (sprinklers);
- mangueira de acetileno (solda oxiacetilênica).
A cor vermelha será usada excepcionalmente com sentido de advertência de
perigo:
- nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de construções e
quaisquer outras obstruções temporárias;
- em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas de emergência.
b. Amarelo
Em canalizações, deve-se utilizar o amarelo para identificar gases não liquefeitos.
O amarelo deverá ser empregado para indicar "Cuidado!", sinalizando:
- partes baixas de escadas portáteis;
- corrimões, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas que apresentem
risco;
- espelhos de degraus de escadas;
- bordas desguarnecidos de aberturas no solo (poços, entradas subterrâneas,
etc.) e de plataformas que não possam ter corrimões;
- bordas horizontais de portas de elevadores que se fecham verticalmente;
- faixas no piso da entrada de elevadores e plataformas de carregamento;
- meios-fios, onde haja necessidade de chamar atenção;
- paredes de fundo de corredores sem saída;
- vigas colocadas a baixa altura;
- cabines, caçambas e gatos-de-pontes-rolantes, guindastes, escavadeiras, etc.;
A identificação por meio de faixas deverá ser feita de modo que possibilite facilmente
a sua visualização em qualquer parte da canalização.
Todos os acessórios das tubulações serão pintados nas cores básicas de acordo
com a natureza do produto a ser transportado.
O sentido de transporte do fluído, quando necessário, será indicado por meio de seta
pintada em cor de contraste sobre a cor básica da tubulação.
Para fins de segurança, os depósitos ou tanques fixos que armazenem fluidos
deverão ser identificados pelo mesmo sistema de cores que as canalizações.
Sinalização para armazenamento de substâncias perigosas.
O armazenamento de substâncias perigosas deverá seguir padrões internacionais.
Considera-se substância perigosa todo material que seja, isoladamente ou não, corrosivo,
tóxico, radioativo, oxidante, e que, durante o seu manejo, armazenamento, processamento,
embalagem, transporte, possa conduzir efeitos prejudiciais sobre trabalhadores,
equipamentos, ambiente de trabalho.
Símbolos para identificação dos recipientes na movimentação de materiais
Na movimentação de materiais no transporte terrestre, marítimo, aéreo e intermodal,
deverão ser seguidas as normas técnicas sobre simbologia vigentes no País.
Rotulagem preventiva.
Todas as instruções dos rótulos deverão ser breves, precisas, redigidas em termos
simples e de fácil compreensão. A linguagem deverá ser prática, não se baseando somente
nas propriedades inerentes a um produto, mas dirigida de modo a evitar os riscos
resultantes do uso, manipulação e armazenagem do produto. Onde possa ocorrer misturas
de 2 (duas) ou mais substâncias químicas, com propriedades que variem em tipo ou grau
daquelas dos componentes considerados isoladamente, o rótulo deverá destacar as
propriedades perigosas do produto final. (126.028-6 / I3)
A rotulagem dos produtos perigosos ou nocivos à saúde deverá ser feita segundo as
normas. Do rótulo deverão constar os seguintes tópicos:
- nome técnico do produto;
- palavra de advertência, designando o grau de risco;
- indicações de risco;
- medidas preventivas, abrangendo aquelas a serem tomadas;
- primeiros socorros;
- informações para médicos, em casos de acidentes;
- nome técnico completo, o rótulo especificando a natureza do produto químico.
Exemplo: "Ácido Corrosivo", "Composto de Chumbo", etc. Em qualquer situação, a
identificação deverá ser adequada, para permitir a escolha do tratamento médico correto,
no caso de acidente.
- Palavra de Advertência - as palavras de advertência que devem ser usadas
são:
o "PERIGO", para indicar substâncias que apresentem alto risco;
o "CUIDADO", para substâncias que apresentem risco médio;
o "ATENÇÃO", para substâncias que apresentem risco leve.
- Indicações de Risco - As indicações deverão informar sobre os riscos
relacionados ao manuseio de uso habitual ou razoavelmente previsível do produto.
Exemplos: "EXTREMAMENTE INFLAMÁVEIS", "NOCIVO SE ABSORVIDO ATRAVÉS DA
PELE", etc.
V. CONCLUSÃO
Muitas são nossas missões e diferentes são os riscos a que estamos expostos, no
entanto, se mantivermos a segurança como prioridade certamente alcançaremos êxito nas
operações.
O fator segurança nas operações é essencial. Sem precauções de segurança, as
operações poderão não ser bem-sucedidas. Bombeiros que ignoram regras básicas de
segurança expõem a vítima, os seus companheiros e a si próprios a riscos desnecessários
de acidentes e traumas.
Essas regras se aplicam nos treinamentos e nas emergências reais. Nossas
operações oferecem uma variedade de perigos, tais como incêndios, desabamentos,
extremidades metálicas pontiagudas, estilhaços de vidro e metal, produtos químicos
perigosos e radioativos, quebra de ferramentas e tantas outras.
Portanto, sempre que atuando nessas operações, é necessário utilizar o
equipamento completo de proteção individual, e estar consciente de que segurança é
prioridade.
VI. BIBLIOGRAFIA