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Definição
Classificação
• Ministério da Saúde - MS - Brasil: baseada na DL50 oral das formulações líquidas e sólidas
• Organização Mundial da Saúde - OMS: baseada na DL50 em ratos, oral e dérmica, por mg/kg
de peso, das formulações líquidas e sólidas .
Por determinação legal, todos os produtos devem apresentar nos rótulos, uma faixa colorida,
indicativa de sua classe toxicológica
Calcula-se que atualmente são utilizadas cerca de 2000 substâncias diferentes como
praguicidas (ingredientes ativos) em todo o mundo. A partir destas, produzem-se inúmeras
misturas (formulações) com outros ingredientes ativos ou com solventes, emulsificantes, etc.
Dentre os vários grupos de população que estão expostos aos agrotóxicos, destacam-
se os principais:
1. Profissionais:
1.1.Trabalhadores do setor agropecuário. Este é, sem dúvida, o grupo mais sujeito aos efeitos
danosos dos agrotóxicos. Tanto os que têm contato direto, (aplicadores, preparadores da calda,
almoxarifes) como os de contato indireto, podem ter exposição e apresentarem efeitos agudos e
de longo prazo. O grupo de contato indireto, que é o que realiza capinas, roçadas, desbastes,
colheitas, é o de maior preocupação. Como o período de reentrada nas lavouras não é
respeitado, estes trabalhadores, muitas vezes, se expõem e se contaminam em maior grau do
que o grupo de contato direto.
1.2. Setor de Saúde Pública. Este grupo profissional apresenta riscos de contaminação, pois
embora a exposição, em geral, ocorre com produtos de baixa toxicidade, ela é contínua durante
muitos anos. A resistência adquirida pelos vetores, como o Aedes, aos principais agrotóxicos,
exige a mudança freqüente de produtos, o que gera nos trabalhadores exposição a múltiplos
produtos com sérios prejuízos à saúde.
1.5.Setores de transporte e comércio: Este grupo tem grande importância, principalmente nos
municípios do interior dos Estados onde existe um número significativo de casas comerciais,
cooperativas que comercializam e estocam os produtos.
2. População em geral
A intoxicação crônica caracteriza-se por surgimento tardio, após meses ou anos, por
exposição pequena ou moderada a produtos tóxicos ou a múltiplos produtos, acarretando danos
muitas vezes irreversíveis, como paralisias e neoplasias. Os sintomas são subjetivos tornando o
quadro clínico indefinido e o diagnóstico difícil de ser estabelecido.
São bem absorvidos por todas as vias (oral, dérmica, respiratória, pele e mucosas) por
serem altamente lipossolúveis. A presença de solvente orgânico (hidrocarboneto), comumente
adicionado às formulações dos agrotóxicos, intensifica a absorção. A meia-vida plasmática é
relativamente curta, podendo variar de poucos minutos a horas, dependendo do composto e da
quantidade absorvida. Os inseticidas e seus produtos de biotransformação são rapidamente
distribuídos por todos os tecidos atingindo concentrações maiores no fígado e rins, mas não se
acumulam por tempo prolongado. Os organofosforados, diferentemente dos carbamatos,
atravessam com facilidade a barreira hematoencefálica, produzindo quadros neurológicos. A
eliminação é urinária para a maioria dos compostos nas primeiras 48h.
INSETICIDAS PIRETROIDES
Características
Cinética
Absorção: são bem absorvidos no trato gastrintestinal. Pela via dérmica ocorre absorção em
menor grau que a via oral. A exposição por inalação pode causar irritação de vias aéreas e
reações de hipersensibilidade.
INSETICIDAS ORGANOCLORADOS
Esses venenos atualmente têm sido estudados com maior profundidade em nível
mundial visto que compõem uma ampla variedade de substâncias denominadas Substâncias
Tóxicas Persistentes, impactantes em relação ao meio ambiente e à saúde pública.
Uso
O uso da maioria dos organoclorados está proibido no País. Ainda são empregados na
agricultura (no controle de insetos), na saúde pública (controle de vetores) e na indústria
farmacêutica (tratamento de ectoparasitas especialmente piolhos e escabiose).
FUNGICIDAS
Nas exposições a longo prazo, pelo fato de alguns desses fungicidas apresentarem
manganês (metal pesado) na molécula, podem determinar um tipo de Parkinsonismo, com
tremores de extremidades que podem evoluir para um quadro irreversível.
HERBICIDAS GLIFOSATO
Dentre os herbicidas que vêm aumentando a utilização em todo o país, existem três
grupos de preocupação para a saúde, a saber:
Existe uma formulação comercial que possui uma substância surfactante que tem ação
irritativa dermatológica de importância, não sendo uma ação do próprio princípio ativo.
É um dos herbicidas mais utilizados na agricultura mundial, com crescimento constante dos
casos de intoxicações acidentais, profissionais e intencionais.
O Paraquat (PQ) e o Diquat são herbicidas do grupo dos bipiridilos não seletivos,
largamente utilizados, principalmente na agricultura e por agências governamentais e indústrias
para controle de ervas daninhas.
O Paraquat tem seu uso restrito em muitos países do mundo tendo em vista seu
potencial significativo para intoxicações acidental e intencional. Nas últimas décadas, o
paraquat foi um agente bastante popular para o suicídio, mas, atualmente há declínio do
envenenamento intencional. Paraquat e diquat são compostos altamente tóxicos e o tratamento
dos pacientes intoxicados requer muita habilidade e conhecimento dos procedimentos
apropriados de tratamento.
O Paraquat é altamente tóxico ao homem por ingestão; seu efeito tóxico em mamíferos
é, em grande parte, devido ao dano para os alvéolos pulmonares. É bem absorvido por via
digestiva e moderadamente pela a pele irritada ou lesada, mas, não é absorvido
significativamente pela pele intacta. É altamente irritante para os olhos. A via inalatória tem
menor absorção. Absorção de névoa de spray pode acontecer, mas não parece ser de
significado prático.
O envenenamento com Diquat é muito menos comum que com paraquat. Em estudos
animais, causa lesões rápidas e reversíveis dos pneumócitos tipo I, sem lesar as células tipo II,
não produzindo então, as lesões pulmonares observadas com o PQ.
HERBICIDAS CLOROFENOXIACETICOS
Como seu emprego não é autorizado como domissanitário. Tem seu uso na agricultura como
herbicida sistêmico, seletivo para controle de ervas daninhas, indicado em pré ou pós-
emergência.
RODENTICIDAS (RATICIDAS)
Os raticidas têm importância desde o século XX. Inicialmente, foram usados raticidas
derivados inorgânicos como o tálio e o fósforo amarelo. Os convulsivos como o fluoracetato de
sódio e a fluoroacetamida, além da estricnina e do arsênico, são substâncias altamente tóxicas.
Atualmente os raticidas autorizados pelo MS são compostos orgânicos sintéticos, à base de
warfarina e outros anticoagulantes, altamente tóxicos para os roedores, especificamente depois
de contato repetido, porém muito menos tóxico para humanos.