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2004/05
por
Cesaltina Morgado
(Prof. da Escola Náutica Infante D. Henrique e Estudante de Doutoramento da FCT da UNL)
e
Manuel Duarte Ortigueira
I. INTRODUÇÃO AOS SINAIS E SISTEMAS
1 - Determine se os seguintes sistemas são ou não invariantes no tempo:
a) y[n] = x[n] − x[n − 1]
b) y(t) = t x(t)
c) y[n] = x[−n]
d) y(t) = x(t)cos(ωot)
Solução:
a) Este sistema está descrito pela seguinte relação entrada-saída:
y[n] = Γ[x[n]] = x[n] − x[n − 1]
Se a entrada for atrasada de k unidades no tempo e aplicada ao sistema, a saída virá igual a:
y1[n] = Γ[x[n − k]] = x[n − k] − x[n − k − 1]
Por outro lado, se a saída y[n] for atrasada de k unidades no tempo, temos que:
y2[n] = y[ n − k] = x[n − k] − x[n − k − 1]
Uma vez que os resultados de y1[n] e y2[n] são idênticos, isto é, y1[n] = y2[n], concluímos que o
sistema é invariante no tempo.
e para a saída:
y2(t) = y(t − to) = (t − to) x(t − to)
e para a saída:
y2(t) = x(t −to)cos(ωo(t −to))
2 - Determine se os sistemas descritos pelas seguintes relações de entrada-saída são lineares ou não
lineares.
a) y(t) = t x(t)
b) y[n] = x[n2]
c) y(t) = x2(t)
Solução:
Para as entradas x1(t) e x2(t), as correspondentes saídas são:
y1(t) = t x1(t)
y2(t) = t x2(t)
Por outro lado, a combinação linear dos dois sinais de saída y1(t) e y2(t), resulta no sinal:
y4(t) = a y1(t) + b y2(t) = a t x1(t) + b t x2(t)
Como y3(t) = y4(t), concluímos que o sistema é linear.
Procedendo de forma similar ao exemplo anterior, as saídas correspondentes aos sinais de entradas
x1[n] e x2[n] são:
y1[n] = x1[n2]
y2[n] = x2[n2]
Por outro lado, a combinação linear dos dois sinais de saída y1[n] e y2[n], resulta no sinal:
y1(t) = x12(t)
y2(t) = x22(t)
y3(t) = Γ[a x1(t) + b x2(t)] = [a x1(t) + b x2(t)]2 = a2 x12(t) + 2ab x1(t) x2(t) + b2 x22(t)
Por outro lado, a combinação linear dos dois sinais de saída y1(t) e y2(t), resulta no sinal:
e) y[n] = x[n2]
f) y(t) = x(2t)
g) y(t) = x(−t)
Solução: O sistemas descritos nas alíneas a), b), e c) são causais, porque as saídas dependem apenas
das entradas presentes e passadas. Por outro lado, os sistemas das alíneas d), e), e f) são não causais,
porque as saídas dependem dos valores futuros da entrada. O sistema da alínea g) é não causal: por
exemplo, se seleccionarmos o instante t = −1, temos para a saída y(−1) = x(1). Assim, a saída no
instante t = −1, depende da entrada no instante futuro t =1.
4 - Faça a representação gráfica dos seguintes sinais. Tome como referência o sinal discreto x[n] da
figura 1.
a) y[n] = x[−n]
b) y[n] = x[2n]
c) y[n] = x[−n +1]
d) y[n] = x[2n +2]
x[n]
4
-1
-2
-3
-6 -4 -2 0 2 4 6
n
Solução:
Neste caso o sinal x[n] foi rodado no tempo para dar o sinal x[−n].
y[n]=x[-n]
4
-1
-2
-3
-6 -4 -2 0 2 4 6
n
Neste caso, o sinal x[2n] foi obtido de x[n] efectuando “saltos” de 2 unidades no tempo, conforme se
mostra na figura 3.
y[n]=x[2n]
4
-1
-2
-3
-6 -4 -2 0 2 4 6
n
O sinal x[−n + 1] é obtido do sinal discreto x[n], efectuando em 1º lugar a operação de inversão no
tempo e em 2º lugar a operação de deslocamento no tempo de 1 unidades para a direita.
Fig.4−Representação gráfica do sinal discreto x[−n + 1].
Neste caso, vamos resolver o problema por um segundo método. Vamos considerar sinais do tipo
y[n] =x[an + b]. Para representar estes sinais devemos efectuar a sua decomposição em dois, seguindo
as seguintes regras:
1º −Efectuar a translação no tempo;
2º−Efectuar a mudança de escala.
No nosso caso, efectuamos a seguinte decomposição:
1º− y1[n] =x[n + 2]
Nota: Os resultados analisados neste problema podem ser estendidos de forma similar ao caso dos
sinais A TEMPO CONTÍNUO.
y[n]=x[2n+2]
4
-1
-2
-3
-8 -6 -4 -2 0 2 4
n
Solução:
Na figura 6 está representado o sinal x[n].
Este sinal pode ainda ser representado por:
x[n] = …, 0, 3, 2, 1, 0 , 1, 2, 3, 0, 0, …
↑
Neste caso, a saída é exactamente igual à entrada. Tal sistema denomina-se sistema identidade.
Este sistema atrasa a entrada de uma amostra. Assim, a sua saída é dada por:
x[n] = …, 0, 3, 2, 1 , 0, 1, 2, 3, 0, 0, …
↑
Neste caso o sistema avança a entrada de uma amostra. Por exemplo, o valor da saída no instante n = 0
é y[0] = x[1]. A resposta do sistema ao sinal de entrada é igual a:
x[n] = …, 0, 3, 2, 1, 0, 1 , 2, 3, 0, 0, …
↑
x[n]
4
3.5
2.5
1.5
0.5
0
-6 -4 -2 0 2 4 6
n
A saída deste sistema, em qualquer instante, é igual ao valor médio da amostra anterior, actual e
posterior. Por exemplo, a saída no instante n = 0, é:
1 1 2
y[0] = 2[x[−1] + x[0] + x[1]] = 2 (1 + 0 + 1) = 3
Repetindo este cálculo para todo o valor de n obtemos o seguinte sinal de saída:
x[n] = …, 0, 1, 5/3, 2, 1, 2 3 , 1, 2, 5/3, 1, 0, …
↑
Solução:
Para calcular a convolução entre 2 sinais discretos x[n] e h[n], vamos aplicar o resultado:
+∞
y[n] =x[n]*h[n] = ∑ x[k]h[n-k]
k=−∞
com base nos seguintes passos:
1º Efectuar a inversão no tempo do sinal h[k]: obtemos h[−k]
2º Deslocar h[−k] de “n1”: obtemos h[−k + n1]
3º Multiplicar x[k] por h[−k + n1] e somar: obtemos y[n1]
4º Repetir os passos anteriores, fazendo variar “n” de −∞ a +∞: obtemos y[n].
h[k]
x [n-k]
0.8
0.6
0.4
0.2
0
-15
-4+n n-10 -5 00 5 6 10 15
Fig.1−Representação gráfica dos sinais factores da convolução y[n] = x[n]*h[n] = h[n]*x[n], n <0.
2ª Situação:
Para n≥0 ∧ n −4≤0, i. e, 0≤n≤4, vem que (ver figura 2−zona de intersecção):
n n+1
y[n] = ∑ (2/3)k = 1−1(2/3)
− (2/3)
= 3(1−(2/3)n+1)
k=0
1 h[k]
0.8
0.6
0.4
0.2
0
-15 -10 -5 0 5 10 15
1 u[n-k ]
0.8
0.6
0.4
0.2
0
-15 -10 -5 -4+ n 00 n 5 10 15
Fig.2−Representação gráfica dos sinais factores da convolução y[n] = x[n]*h[n] = h[n]*x[n], 0≤n≤4.
3ª Situação:
Para n≤6 ∧ n-4>0, isto é, 4<n≤6, temos (ver figura 3):
n
y[n] = ∑ (2/3)k
k=−4+n
Fazendo a mudança de variável m = k + 4 − n, obtemos:
4
∑ (2/3)m −4+n = (2/3)−4+n 11−−(2/3)
5
y[n] = = 3 [(2/3) −4+n − (2/3) 1+n]
m=0 (2/3)
4ª Situação:
Para n-4≤6 ∧ n>6, ou seja 6<n≤10,temos (ver figura 4):
6
y[n] = ∑ (2/3)k
k=−4+n
Fazendo a mudança de variável m = k + 4 − n, obtemos:
10−n
11−n
y[n] = ∑ (2/3)m −4+n = (2/3)−4+n 1−1(2/3)
−(2/3)
=3 [(2/3) -4+n − (2/3) 7]
m=0
h[k]
1
0.8
0.6
0.4
0.2
0
-15 -10 -5 0 5 10 15
k
1
x[n-k]
0.8
0.6
0.4
0.2
0
-15 -10 -5 0 -4+n 5n 10 k 15
h[k]
1
0.8
0.6
0.4
0.2
0
-15 -10 -5 0 5 10 15
k
1 x[n-k]
0.8
0.6
0.4
0.2
0
-15 -10 -5 0 -4+n5 n 10 k15
5ª Situação:
Para n-4>6,ou seja n>10, não há intersecção (ver figura 5). Deste modo: y[n] = 0.
h[k]
1
0.8
0.6
0.4
0.2
0
-15 -10 -5 0 5 10 15
k
1
x[n-k]
0.8
0.6
0.4
0.2
0
-15 -10 -5 0 5 -4+n
10 n 15
k
1º Situação:
Para n<0, temos y[n] = 0 (pois não há intersecção, conforme se mostra na figura 6).
20
15
x[k]
10
0
-15 -10 -5 0 5 10 15
k
1 m[n-k]
0.8
0.6
0.4
0.2
0
-15 -10 n -5 0 5 10 15
k
2ª Situação:
Para n≥0 , temos que (ver figura 7):
n n+1
y[n] = ∑ (1.2)k = 1−1(1.2)
− (1.2)
= −5(1−(1.2)n+1)
k=0
20
15
x[k]
10
0
-15 -10 -5 0 5 10 15
k
1 m[n-k]
0.8
0.6
0.4
0.2
0
-15 -10 n -5 0 5 10 15
k
7 - Determine a resposta impulsional da associação em série de dois sistemas LIT tendo como repostas
impulsivas:
1 n 1 n
h1[n] = 2 u[n] e h2[n] = 4 u[n]
Solução:
Para determinar a resposta impulsional global dos dois sistemas ligados em série, efectuamos a
convolução de h1[n] com h2[n]. Deste modo, obtemos:
+∞
h[n] = h1[n]*h2[n] = ∑ h1[k]h2[n-k]
k=−∞
1ª Situação:
Para n < 0, temos que h[n] = 0.
2ª Situação:
Para n ≥ 0, temos que:
+∞ +∞ +∞
h[n] = ∑ h1[k]h2[n-k] = ∑ (1/2)k(1/4)n-k = (1/4)n ∑ 2k = (1/4)n (2n+1 − 1)
k=−∞ k=0 k=0
= (1/2)n [2 −(1/2)n]
8 - Calcule a sequência de autocorrelação do sinal x[n] = an u[n], 0 < a <1.
Solução:
A autocorrelação do sinal x[n] é, por definição, dada por:
+∞
Rx[n] = x[n]*x[−n] = ∑ x[k] x[k − n]
k=−∞
O método de resolução é idêntico ao da convolução. Neste caso, o sinal não é invertido no tempo,
apenas é deslocado de uma quantidade n.
1ª Situação:
Para n < 0, vem que (ver figura 8):
+∞ +∞ −n
Rx[n] = ∑ ak ak − n = a−n ∑ (a2)k = 1a− a2
k= 0 k= 0
x[k]
1
0.8
0.6
0.4
0.2
0
-8 -6 -4 -2 0 2 4 6 k8
x[k-n]
1
n<0
0.8
0.6
0.4
0.2
0
-8 -6 -4
n -2 0 2 4 6 k8
2ª Situação:
Para n ≥ 0, vem que (ver figura 9):
+∞ +∞ n
Rx[n] = ∑ a k ak − n = a−n (a2)k = a 2
∑ 1−a
k= n k= n
x[k]
1
0.8
0.6
0.4
0.2
0
-8 -6 -4 -2 0 2 4 6 k8
x[k-n]
1 n>0
0.8
0.6
0.4
0.2
0
-8 -6 -4 -2 0 2 n 4 6 8
k
Note que quando n é negativo, a−n = a|n|. Deste modo, as 2 equações anteriores podem ser combinadas
na seguinte expressão:
a| |
n
Rx[n] = 2 −∞ < n < ∞
1−a
9 - Determine a resposta de um sistema LIT com resposta impulsional h(t) = u(t) ao sinal de entrada
x(t) = e-2tu(t).
Solução:
A resposta do sistema é determinada através da operação de convolução:
+∞
⌠ x(t)h(t-τ) dτ
y(t) =x(t)*h(t) = ⌡
−∞
Vamos aplicar o mesmo raciocínio usado para o caso de sinais discretos.
1ª Situação:
Para t<0 (ver figura 10), não há intersecção. Deste modo, y(t) =0.
h(t - τ)
1 x(τ)
0.8
0.6
0.4
0.2
0
-15 -10 t
-5 00 5 10 τ15
Fig.10−Representação gráfica dos sinais factores da convolução y(t) = x(t)* x(t), t<0.
2ª Situação:
Para t≥0 , no intervalo da intersecção (ver figura 11), temos que:
t t
1 −2τ 1
⌡ e-2τ dτ = − 2 e 0 = 2 (1 −e-2t)
y(t) = ⌠
0
ou ainda:
1
y(t) = 2 (1 −e-2t)u(t)
h(t- τ)
1
x(τ)
0.8
0.6
0.4
0.2
0
-15 -10 -5 0
0 5t 10 τ 15
Fig.11−Representação gráfica dos sinais factores da convolução y(t) = x(t)* x(t), t≥0 .
10 - Determine a resposta de um sistema LIT discreto com resposta impulsional h[n] = (1/2)n u[n] ao
Solução:
A resposta de um SLIT é, no domínio do tempo, dada por:
+∞
y[n] = x[n]*h[n] = ∑x[k] h[n − k] (1)
k=−∞
onde,
∞
H(Ωo) = ∑ h[k] e-j Ωo k (4)
k= - ∞
onde, Ωo = π/2.
∞ ∞
π
H2=
∑ 1 k e-j π k/2 =
2 ∑ 12 e -j π /2k
k= 0 k= 0
ou ainda:
1 1 2 o
H(π/2) = 1 = 1= e- j 26.6
1 - 2 e- j π/2 1+j2 5
Solução:
Vamos considerar x[n] = cos(Ωon). Decompondo em sinais exponenciais complexos, teremos:
| | (
y[n] = H(Ωo) cos Ωon + Φ(Ωo) ) (7)
Note que:
Solução:
Para identificar os coeficientes de Fourier ck do sinal, vamos decompor o sinal x(t) na forma:
+∞
jω t
x(t) = ∑cke o (Série de Fourier) (3.1)
k=−∞
Então:
j ωot − e−j ωot
x(t) =sin(ωot) = e
2j
ck = 0, k ≠ ±1
1 −jω t
ck = T ⌠⌡x(t) e o dt
o
To
Solução:
O espectro do sinal é determinado pelos coeficientes de Fourier, ck.
ou ainda:
1 1 1 1
x(t) = 1 + 1 + 2j ej ωot + 1 − 2j e−j ωot + 2 ej π/4 ej 2ωot + 2 e−j π/4 e−j 2ωot
ck = 0, |k|>2
Na figura seguinte estão representados o espectro de amplitude e o espectro de fase do sinal x(t).
1.5
|ck|
0.5
0
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
k
1
θ(ck)
0.5
(radianos)
-0.5
-1
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
k
Fig.1−Representação gráfica do espectro de amplitude |ck| (no topo) e do espectro de fase θ(ck) (em
baixo).
+∞ +∞
Px = ∑ 2 2
|ck| =co + 2 ∑|ck|2
k=−∞ k=1
+∞
14 - Considere o sinal periódico x(t) da figura 2, consistindo numa forma de onda rectangular de
amplitude unitária e período fundamental To .
-To - T1 T1 To 2To t
Solução:
Para determinar os coeficientes de Fourier, ck, do sinal x(t), vamos tomar apenas um período do sinal
1 -j kωot dt
ck = T ⌠ ⌡ x(t) e k= 0, ±1, ±2, …
o
To
e para k≠0 :
T1
1 ⌠
ck = T ⌡ x(t) e
o
-j k ω t
o dt =
1 ⌠ -j kω t
To ⌡ e o dt = -
1
jkωoTo
e [
− jω o t T1
]
− T1
To -T1
ou ainda:
jω o T 1 − e − jω o T 1 2 sin(kωoT1) sin(kωoT1)
ck = -2
1
e = = k≠0
kωoTo 2j kωoTo kπ
Relativamente ao cálculo da potência média do sinal, vamos efectuá-lo no domínio do tempo por
questões de simplicidade. Deste modo, iremos empregar a equação seguinte:
1 2
Px = T ⌠
⌡ |x(t)| dt
oT
o
vindo:
T1
1 1 2T1
Px = T ⌠ 2
⌡ |x(t)| dt = T ⌠ ⌡ dt = T
oT o o
o -T1
15 - Considere o sinal de tensão periódico da figura 3:
Mostre que os coeficientes de Fourier do sinal são dados por:
jV V
Vk = , k = ±1, ±2, ±3, … e Vo = 2
2πk
1 V
0.8
0.6
0.4
0.2
-0.2
-0.4
-0.6
-0.8
-1
-To
0 5 0 10 To 15 2To20 3To
25 t
30
Solução:
Para 0 ≤ t < To, o sinal é descrito pela equação v(t) = Vt/To. Os coeficientes de Fourier são dados por:
To To
1 −j kωot dt = 1 ⌠ Vt e−j kωot dt
Vk = T ⌠ ⌡ v(t) e To ⌡ To
o 0
0
ou, ainda:
V e−j kωot T0 j V
Vk = 2 2 2 (−j kωot − 1) =
2πk
To −k ω o 0
Para k = 0, temos:
To
1 V t dt = V
V0 = T ⌠ 2
o ⌡ To
0
Usando os resultados da alínea a), vem que:
+∞ +∞
V
v(t) = Vo +2 ∑ |Vk| cos( k ωot + θk) = 2 + ∑(V/πk) cos( k ωot + π/2) , -∞ < t< +∞
k=1 k=1
Considerando que, para 0 ≤ t < To, a tensão é descrita por v(t) = Vt/To, vem para a potência média
normalizada, que:
To To
1 1 2
Pmed = T . ⌠
2
⌡ |v(t)| dt = T . ⌠ Vt 2 dt = V
o 0
o ⌡ To 3
0
Designando o valor médio, ou DC, da tensão como Vo, a potência DC é igual a:
V V2
Po = Vo2 = 2 2 = 4
Da alínea a), temos |V1| = |V−1| = V/2π. A potência da fundamental é igual a:
V 2 V 2 V2
P1 = + = 2
2π 2π 2π
A potência total associada às componentes DC e fundamental é :
1 1
Po + P1 = V24 + 2 = 0.301 V2
2π
Comparando este resultado com a verdadeira potência média de 0.333 V2, vemos que
0.301/0.333×100, isto é, 90.4% da potência do sinal está contida nestas duas componentes. Deste
modo, maior parte da potência do sinal está contida nas baixas frequências.
IV. TRANSFORMADA DE FOURIER DE SINAIS APERIÓDICOS A TEMPO
CONTÍNUO
Solução:
Para calcular o espectro do sinal iremos usar a definição de transformada de Fourier:
+∞
-j ωt
X(ω) = ⌠
⌡x(t) e dt (2)
-∞
Note que para o sinal x(t) terá apenas transformada de Fourier (TF) se for estável. Assim, o sinal x(t)
terá apenas Transformada de Fourier para a>0. Nesta situação, obtemos para a TF:
+∞ +∞
X(ω) = ⌠
⌡e
-at -j ωt
e dt = −
1
a+jω
e [
−(a + jω)t
0
]
0
1
= a>0
a+jω
Representado X(ω) na forma polar, obteremos como amplitude e fase:
ω
θ(ω) = − arctan a
1
|X(ω)| =
( a2 + ω2 1/2 )
Este resultado está representado na figura seguinte.
|X(w)|
1
0.8
0.6
0.4
0.2
0
-6 -4 -2 0 2 4 6
w
θ(ω)
100
50
-50
-100
-8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8
w
Fig.1 Espectro do sinal aperiódico x(t) = e-at u(t). a) Espectro de amplitude |X(ω)|; b) Espectro de
fase θ(ω).
Solução:
O sinal satisfaz as três condições de Dirichlet, por isso, tem transformada de Fourier.
Aplicando a equação (2), obtemos:
+∞ 0 +∞
-a|t | -j ωt at -j ωt -at -j ωt
X(ω) = ⌠
⌡e e dt = ⌠
⌡e e dt + ⌠
⌡e e dt
0 -∞ 0
1 1
= +
a−jω a+jω
2a
= 2
a + ω2
Este resultado está representado na figura seguinte.
X(w)
0.8
0.6
0.4
0.2
0
-8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8
w
Solução:
O sinal x(t), sendo periódico, pode ser representado pela série de Fourier:
+∞
jω t
x(t) = ∑cke o
k=−∞
Para estes sinais, a transformada de Fourier (TF) é dada pela expressão (ver tabela de TF):
+∞
X(ω) = 2π ∑ ckδ(ω − kωo) (3)
k=−∞
2π
onde ωo = T
1 -j kωot dt
ck = T ⌠ ⌡ x(t) e k= 0, ±1, ±2, …
o
To
Donde resultam:
T/2
1 ⌠ -j kωot dt = 1
ck = T ⌡ δ(t) e T
−T/2
Inserindo este resultado na equação (3), vem que:
+∞
2π
X(ω) = T ∑ δ(ω − kωo)
k=−∞
Deste modo, podemos verificar que a Transformada de Fourier de uma sequência periódica de
impulsos no tempo, é também uma sequência periódica de impulsos no domínio da frequência.
19 - Determine a resposta em frequência de um sistema LIT com entrada x(t) e saída y(t) relacionadas
através da equação:
d x (t )
y(t) = d t
Solução:
A saída y(t) de um SLIT está relacionada com a entrada x(t) através da operação de convolução:
y(t) = x(t)*h(t) (1)
onde h(t) é a resposta impulsional do sistema.
Através da propriedade da convolução, a equação (1) é equivalente no domínio da frequência ao
resultado:
Y(ω) = TF{y(t)} = X(ω) H(ω) (2)
onde H(ω) = TF{h(t)}, a resposta em frequência do sistema é a transformada de Fourier (TF) de h(t).
Deste modo, através da propriedade da derivação, resulta para:
dx(t)
y(t) = dt
que:
Y(ω) = TF{y(t)} = jω X(ω)
vindo, pela equação (2), que:
Y(ω)
H(ω) = =jω
X (ω)
20 - Determine a resposta y(t) de um SLIT, com resposta impulsional h(t) = e-at u(t), a>0, ao sinal de
entrada x(t) = e-bt u(t), b>0. (Sugestão: faça uso das propriedades da transformada de Fourier.)
Solução:
Através da equação (2) do exercício anterior e da propriedade da convolução, temos que, no domínio
da frequência, a resposta de um sistema SLIT, é dada por:
Y(ω) = TF{y(t)} = X(ω) H(ω)
Vamos determinar a TF dos sinais h(t) e x(t).
1
H(ω) = TF{h(t)} =
a + jω
1
X(ω) = TF{x(t)} =
b + jω
Substituindo na equação (2), vem que:
1
Y(ω) = X(ω) H(ω) = (3)
(a + jω)( b + jω)
Vamos determinar a TF dos sinais h(t) e x(t).
1
H(ω) = TF{h(t)} =
a + jω
1
X(ω) = TF{x(t)} =
b + jω
Substituindo na equação (2), vem que:
1
Y(ω) = X(ω) H(ω) = (3)
(a + jω)( b + jω)
Vamos admitir que a ≠ b.
Aplicando o método dos resíduos, obtemos:
1 A B
= + (4)
(a + jω)( b + jω) a + j ω b + jω
vindo:
1 1
A= = (5)
b + jω jω = −a b − a
1 1 1
B= = =− (6)
a + jω jω = −b a − b b−a
Substituindo (5) e (6) na equação (4), virá que:
1 1 1 1
Y(ω) = = − (7)
(a + jω)( b + jω) b − a a + jω b + jω
21 - Determine a resposta de um SLIT com resposta impulsional h(t) = e-t u(t) ao sinal de entrada
3
Solução:
Procedendo de forma similar ao caso anterior, teremos que (pela propriedade da convolução):
Y(ω) = TF{y(t)} = X(ω) H(ω) (8)
Calculando a TF de h(t) e x(t), obtemos que:
1
H(ω) = TF{h(t)} =
1 + jω
3
X(ω) = TF{x(t)} = ∑ 2π ck δ(ω −2πk)
k= −3
Y(ω) =
∑ 2π c k
δ(ω −2πk) (é um sinal periódico)
1 + j 2πk
k= −3
y(t) = TF-1{Y(ω)} =
∑ c k j 2πkt
e
1 + j 2πk
k= −3
+∞
22 - Seja p(t) um sinal periódico com período T, dado pela equação p(t) = ∑ δ(t −kT) e s(t) um
k= −∞
sinal com TF representada na figura seguinte. Determine a TF do sinal r(t) = p(t) s(t).
S (ω )
A
1
0 .8
0 .6
0 .4
0 .2
0
-1 . 5 −- 1ω 1 -0 . 5 00 0 .5 ω1 1 ω1 . 5
Solução:
Da tabela de transformadas de Fourier, podemos ver que:
+∞ TF 2 π +∞ 2π
p(t ) = ∑ δ (t − kT ) ↔ P(ω ) = ∑ δω − k
k = −∞ T k = −∞ T
1 1 +∞ 2πk
R (ω) = TF{r (t)} =
2π [ S (ω)* P (ω)] = T ∑ S (ω)* δ (ω − T )
k= −∞
ou, ainda:
1 +∞ 2πk
R(ω) = T ∑ S(ω − T )
k= −∞
Este sinal consiste na repetição periódica de réplicas do sinal S(ω) espaçadas na frequência de 2π/T.
Este problema evidencia a ideia da operação de amostragem no domínio do tempo.
23 - Considere que um SLIT cujo o sinal de saída y(t) está relacionado com o sinal de entrada x(t)
através da equação:
dy(t)
dt + a y(t) = x(t) com a>0
Determine a resposta impulsional do sistema.
Solução:
Para obter a resposta impulsional h(t) do sistema, vamos ter de calcular a transformada de Fourier
Solução:
Aplicando TF a ambos os membros da equação (1), temos que:
Solução:
+∞ T1/2
ωT
X(ω) = ⌠ −j ωtdt = ⌠ A e−j ωtdt = 2A .sin 1 (1)
⌡ x ( t ) e ⌡ ω 2
−∞ −T1/2
Aplicando a relação:
sin(πλ)
sinc(λ) = (2)
πλ
Virá ainda para (1), que:
ωT1
X(ω) = AT1 .sinc
2π
O espectro de energia (também designado de densidade espectral de energia) é dado por:
2A 2 2ωT1
= .sin 2
2
|X(ω)| ω
| X(ω)|2
0.9
0.8
0.7
0.6
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0
-20 -15 -10 −2π-5 0 5 2π 10 15 ω 20
x(t)
2
x1(t) x2(t)
1 1 1
= +
−2 −1 1 2 t −2 2 t −1 1 t
Fig.5
Solução:
Da figura, vemos que:
x(t) = x1(t) + x2(t)
Aplicando a TF a ambos os membros desta equação e usando a propriedade da linearidade (ver tabela
de TF), obtemos para a transformada de Fourier do sinal x(t):
ω
X(ω) = 4 sinc + 2 sinc
2ω
π π
27 - Determinar a transformada de Fourier do sinal x(t) = t x2(t), onde x2(t) é o sinal dado no
exercício 25, com A=1 e T1 =1.
Solução:
Aplicando TF a ambos os membros de x(t) e usando a propriedade da multiplicação por potências de t
n
{n
TF t x2(t) } = (j ) n d
n
X2(ω)
dω
Resulta que:
d ω d sin ω ω cos ω − sin ω
X(ω) = j 2 sinc = 2j
dω dω ω
= 2j
π ω2
Note que, a transformada de Fourier de x2(t) é igual a (ver tabela de TF):
ω
X2(ω) = 2 sinc
π
| X (ω))|
0.9
0.8
0.7
0.6
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0
-10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 10
ω (rad/sec)
a) x(t) = −e−atu(−t) .
d) x(t) = e | | u(t)
−b t
Solução:
Aplicando a definição de transformada de Laplace (TL)(bilateral):
+∞
⌠x(t) e-stdt (1)
X(s) = TL{x(t)} = ⌡
−∞
obtemos:
0
⌠e−(a + s)t dt = 1
X(s) = TL{x(t)} = − ⌡ s+a
−∞
A região de convergência (ROC) para este sinal é dada por Re{s + a}<0, isto é Re{s}< −a.
Novamente, aplicando a definição de transformada de Laplace, resulta que:
+∞ +∞ +∞
X(s) = TL{x(t)} = ⌠ -st ⌠e−(1 + s)t dt + ⌡
⌡x(t) e dt = ⌡ ⌠e−(2 + s)t dt
−∞ 0 0
ou ainda:
1 1
X(s) = s + 1 + s + 2 (2)
{
TL e−t u(t) } = s +1 1 ROC1: Re{s} > −1
{
TL e−2t u(t) } = s +1 2 ROC2: Re{s} > −2
{
TL e−t u(t) } = s +1 1 ROC2: Re{s} > −1
{
TL e2t u(t) } = s −1 2 ROC3: Re{s} > 2
4 1 1 1 (s − 1)2
X(s) = 1 − 3 s + 1 + 3 = ROC=ROC1∩ROC2∩ROC3: Re{s} > 2
s − 2 (s + 1)(s − 2)
{
X(s) = TL{x(t)} = TL e−btu(t) } + TL{e−btu(−t)}
Da tabela de TL, tiramos que:
{
TL e−bt u(t) } = s +1 b ROC1: Re{s} > −b
1
TL{ebt u(−t)} = − ROC2: Re{s} < b
s−b
Observemos os casos:
Para b<0, o sinal x(t) não tem TL, porque não há uma região comum de convergência das ROC’s de
cada um dos termos de X(s).
1
Para x(t) = cos(ωt) u(t) = 2 [ejωt + e−jωt] u(t), temos que:
1
{
X(s) = TL{x(t)} = 2 TL ejωtu(t) } + 12 TL{e−jωtu(t)}
Aplicando nesta equação o resultado (ver tabela de TL):
{
TL e−at u(t) } = s +1 a ROC1: Re{s} > −a
1
29 - Determine a transformada de Laplace inversa de X(s) = para cada uma das
(s + 1)(s + 2)
seguintes regiões de convergência:
a) Re{s} > −1
b) Re{s} < −2
c) −2<Re{s} < −1
Solução:
Aplicando o método dos resíduos a X(s), obtemos que:
1 A B
X(s) = = +
(s + 1)(s + 2) s + 1 s + 2
com:
1 1
A = s + 2 =1 B = s + 1 = −1
s= −1 s= −2
Vamos agora determinar a ROC de cada termo da equação:
1 1
X(s) = s + 1 − s + 2.
Como os pólos de X(s) (isto é: s= −1;−2) estão à esquerda de Re{s} > −1, a ROC de cada termo de
X(s) deverá incluir Re{s} > −1. Logo, ambos os sinais de X(s) deverão ser sinais orientados “à
direita”.
Das tabelas de TL, temos que:
{
TL e−t u(t) } = s +1 1 ROC1: Re{s} > −1
{
TL e−2t u(t) } = s +1 2 ROC1: Re{s} > −2
Aplicando estes resultados no cálculo da transformada de Laplace inversa (TL-1), virá que:
Solução:
Das tabelas de TL, temos que:
{
TL e−at u(t) } = s +1 a ROC1: Re{s} > −a
{
X(s) =TL t e−at u(t) } = − dsd s +1 a = (s +1a)2 ROC: Re{s} > −a
es
H(s) = s + 1 ROC: Re{s} > −1.
Solução:
Como a ROC está à direita do pólo mais à direita de H(s), a resposta impulsional será um sinal
orientado “à direita”. Por outro lado, das tabelas de TL, temos que:
{
TL e−t u(t) } = s +1 1 ROC1: Re{s} > −1
{
TL x(t − to) } = e−sto X(s) ROC=ROC1
vem que:
s
TL { e−(t + 1) u(t + 1)} = s e+ 1 ROC: Re{s} > −1
A resposta impulsional do sistema é dada por:
32 - Considere um sistema LIT causal com entrada x(t) e saída y(t) relacionadas através da equação
diferencial:
dy(t)
dt + 3y(t) = x(t) (1)
Determine a função de transferência do sistema H(s).
Determine a resposta impulsional h(t).
Solução:
Aplicando a transformada de Laplace (TL) a ambos os membros da equação (1), e utilizando as
propriedades da derivação e da linearidade da TL, obtemos:
sY(s) + 3Y(s) = X(s)
ou ainda:
Y(s) 1
H(s) = = ROC: Re{s} > −3
X(s) s + 3
Note que, como o sistema é causal a ROC deverá estar à direita do pólo mais à direita, neste caso
s = −3.
O diagrama de pólos e zeros de H(s) está representado na figura 1.
Para calcular a resposta impulsional, vamos calcular a transformada de Laplace inversa de H(s).
Consultando as tabelas da TL, obtemos:
0.8
0.6
0.4
0.2
Imaginary Axis
-0.2
-0.4
-0.6
-0.8
-1
-3 -2.5 -2 -1.5 -1 -0.5 0
Real Axis
s2 + 1
33 - Dada a função de transferência H(s) = . Determine se o sistema é estável e/ou causal
(s + 1)(s + 2)
para as seguintes regiões de convergência:
a) Re{s} > −1
b) Re{s} < −2
c) −1 < Re{s} < −2
Solução:
Os pólos do sistema são s = −1 e s = −2, ambos estão à esquerda do eixo imaginário.
Na figura 2 está representado o diagrama de pólos e zeros do sistema.
0.8
0.6
0.4
0.2
Imaginary Axis
-0.2
-0.4
-0.6
-0.8
-1
-2 -1.8 -1.6 -1.4 -1.2 -1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0
Real Axis
s4 + 2s3 + 3s2 + 2s + 1
34 - Determine a transformada de Laplace inversa de X(s) = 4 .
s + 4s3 + 7s2 + 6s + 2
Solução:
Vamos decompor X(s) em fracções. Para tal, efectuamos 1º a divisão do numerador pelo denominador
e depois aplicamos o método dos resíduos. Obtemos o seguinte resultado simplificado:
−j 0.5 j 0.5 2 1
X(s) = 1 + +s+1+j−s+1+
s+1−j (s + 1)2
A transformada de Laplace inversa pode, agora, ser obtida aplicando os resultados constantes na tabela
de TL. Deste modo, obtemos:
π
x(t) = TL−1{X(s)} = δ(t) + e−tcost − 2 u(t) − 2 e−t u(t) + t e−t u(t)
35 - Um filtro analógico passabanda tendo aplicado na entrada o sinal x(t) = u(t) deu como resposta
Solução:
Considerando o filtro como um SLIT, temos que:
y(t) = x(t)*h(t) = u(t) *h(t) (1)
para a entrada x(t) = u(t).
Aplicando a propriedade da convolução na equação (1), temos:
ou ainda:
1
{
Y(s) = TL{y(t)} = s + 1.155cos(−2.618) TL e−5tcos(8.66t) u(t) }−
{
− 1.155 sin(−2.618) TL e−5tsin(8.66t) u(t) }
mas:
1
TL{u(t)} = s ROC: Re{s} > 0
{
TL e−5tcos(8.66t)u(t) } = (s + 5s)2++5 8.662 ROC: Re{s} > −5
{
TL e−5tsin(8.66t)u(t) } = (s + 5)8.66
2 + 8.662 ROC: Re{s} > −5
vindo:
1 s+5 5 1 s
Y(s) = TL{y(t)} = s − + = −
(s + 5)2 + 8.662 (s + 5)2 + 8.662 s (s + 5)2 + 8.662
10(s + 10)
=
s (s2 + 10s + 100)
Deste modo:
10(s + 10)
H(s) = sY(s) = 2 ROC: Re{s} > −5
s + 10s + 100
Na figura 3 está representado o diagrama de pólos e zeros do sistema.
Pole-Zero Map
10
2
Imaginary Axis
-2
-4
-6
-8
-10
-10 -9 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0
Real Axis
Impulse Response
10
6
Amplitude
-2
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2
Time (sec)
A A* B B*
= + + + Re{s} > −5
s + 5 − j 8.66 s + 5 + j 8.66 s − j 8.66 s + j 8.66
onde:
y(t) = TL−1{Y(s)} = 12.82 e−5t cos(8.66t + 2.86) u(t) + 14.68 cos(8.66t − 0.576) u(t)
Na figura seguinte está representada a resposta y(t) ao sinal x(t) = 10 cos(8.66t) u(t).
y(t)
10
x(t)
Amplitude
-5
-10
-15
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2
Time (sec)
Fig.5−Resposta do sistema h(t) = 11.54 e−5t cos(8.66t −0.534) u(t) ao sinal de entrada
x(t) = 10 cos(8.66t) u(t).
VI. TRANSFORMADA Z
1
36 - Determine a transformada z do sinal x[n] = 2n u[n].
Solução:
Aplicando a definição de transformada z, vem que:
+∞ +∞ +∞
X(z) = ∑ x[n]z −n
= ∑ (1/2) n −n
z = ∑ (1/2 .z−1)n
n=−∞ n=0 n=0
0.8
0.6
0.4
Imaginary Part
0.2
-0.2
-0.4
-0.6
-0.8
-1
-1 -0.5 0 0.5 1
Real Part
37 - Determine a transformada z do sinal x[n] = −an u[−n − 1].
Solução:
Aplicando a definição de transformada z, vem que:
+∞ −1 −1
X(z) = ∑ x[n]z −n
=− ∑a z n −n
= ∑ (az−1)n
n=−∞ n=−∞ n=−∞
x[n] tem transformada z se |z a−1| < 1, isto é, |z| < a. Nestas condições:
1 1 z
X(z) = 1 − = = ROC: |z| < a
1 − a−1z 1 − az−1 z−a
Solução:
Neste exercício vamos usar a tabelas de transformadas z.
A TZ de x[n] é igual a (aplicando a propriedade da linearidade):
X(z) = X1(z) + X2(z) (1)
1
39 - Dada a função de transferência H(z) = −1
1 −1.5z + 0.5 z−2
Determine a resposta impulsional do sistema para as seguintes regiões de convergência:
|z| > 1
|z| < 0.5
0.5 < |z| < 1
Solução:
Vamos determinar a expansão em fracções parciais de H(z).
z2 z2
H(z) = 2 =
z − 1.5z + 0.5 (z − 1) (z − 0.5)
onde:
z z
A= =2 B= = −1
z − 0.5 z =1 z − 1 z =0.5
Neste caso como a ROC é |z| > 1, o sinal h[n] é causal; logo, ambos os termos de (2) são causais.
Consultando a tabela de transformadas z, obtemos para a transformada z inversa de H(z), que:
[
h[n] = 2 (1)n u[n] − (0.5)n u[n] = 2 − (0.5)n u[n] ]
Como a ROC é |z| < 0.5, o sinal h[n] é anti-causal. Deste modo, ambos os termos de (2) correspondem
a sinais anti-causais.
[ ]
h[n] = TZ −1{H(z)} = −2 + (0.5)n u[−n − 1] (ver tabela de TZ)
Neste caso, a ROC é 0.5 < |z| < 1 é uma coroa, o que implica que o sinal é bilateral. Assim, o 1º termo
de (2) corresponde a um sinal causal e o 2º termo a um sinal anti-causal. Deste modo, obtemos:
3 − 4 z−1 1 2
H(z) = = 1 −1 + 1 − 3 z−1
1 −3.5 z−1 + 1.5 z−2 1−2z
Solução:
Na figura seguinte está representado o diagrama de pólos e zeros de H(z).
1.5
0.5
Imaginary Part
-0.5
-1
-1.5
Uma vez que o sistema é estável, a ROC deve incluir o círculo de raio unitário e por isso 0.5 < |z| < 3.
Consequentemente, h[n] é não causal e é dada por (ver tabela de TZ):
1 n
h[n] = TZ{H(z)} = 2 u[n] − 2(3) u[−n − 1]
n
Uma vez que o sistema é causal, a ROC é |z| > 3. Neste caso (ver tabela de TZ):
1 n
h[n] = TZ{H(z)} = 2 u[n] + 2(3) u[n]
n
Este sistema é instável.
Se o sistema é anti-causal, a ROC é |z| < 0.5. Por isso (ver tabela de TZ):
1 n
h[n] = TZ{H(z)} = − 2 + 2(3) u[−n − 1]
n
Neste caso, o sistema é instável.
5 1
41 - Determine a resposta do sistema LIT, y[n] = 6 y[n − 1] − 6 y[n − 2] + x[n], ao sinal de entrada
1
x[n] = δ[n] − 3 δ[n].
Solução:
5 1
y[n] − 6 y[n − 1] + 6 y[n − 2] = x[n] (1)
0.9
0.8
0.7
0.6
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0
0 5 10 15 20 25 30
n
Solução:
Através da propriedade da correlação de duas sequências, temos que:
Dado que ROC deste sinal é um anel, rx [n] é um sinal bilateral, mesmo com x[n] causal. Efectuando
Solução:
Calculemos a transformada z de ambos os sinais pela definição:
+∞
X(z) = ∑ x[n]z−n (1)
n=−∞
Resulta que:
x2[n] = δ[n − k]
x3[n] = δ[n + k]
Solução:
Vamos aplicar a definição de transformada z unilateral:
∞
X+(z) = ∑ x[n]z−n
n=0
X2+(z) = z−k
X3+(z) = 0
X5+(z) = z−2 ( X+(z) + x[−1]z + x[−2]z2) = z−2 X+(z) + x[−1]z−1 + x[−2] (1)
Uma vez que x[−1] = a−1, x[−2] = a−2 e por outro lado:
∞ ∞
X+(z) = ∑ x[n]z−n = ∑ (az−1)n = 1 − 1az−1
n=0 n=0
z−2
X5+(z) = + a−1z−1 + a−2
1 − az−1
Solução:
Aplicando a transformada z unilateral a ambos os membros de (1), obtemos:
[
Y+(z) = a z−1Y+(z) + y[−1] ] + X+(z) (2)
Substituindo y[−1] = 1 e
∞ ∞
X+(z) = ∑ u[n]z−n = ∑ (z−1)n = 1 −1z−1
n=0 n=0
1 − an + 1
y[n] = an+1 u[n] + u[n]
1 − a
ou, ainda:
1
y[n] =
1−a
(1 − an + 2)u[n]
47 - Um sistema LIT causal é descrito pela equação y[n] = 0.5y[n − 1] + x[n] + 0.5x[n − 1].
Determine:
a resposta impulsional do sistema.
a resposta do sistema ao sinal de entrada x[n] = u[n], com y[−1] = 0.
a resposta do sistema ao sinal x[n] = cos(nπ/12)u[n] com y[−1] = 0.
Solução:
Vamos 1º calcular a função de frequência H(z) do sistema e depois aplicar-lhe a transformada z
inversa: obtemos h[n].
Seguindo o procedimento usual para expansão em fracções parciais (no domínio z), temos que:
Y(z) z + 0.5 1 −2 3
z = H(z)X(z) = z − 0.5 ×1 − z−1 = z − 0.5 + 1 − z−1
[ ]
y[n] = −2(0.5)n + 3 u[n]
Nesta situação:
Y(z) z + 0.5 z − 0.966 −1.641 1.397e−j 0.332 1.397ej 0.332
= × = + +
z z − 0.5 z − 1.932z + 1 z − 0.5
2 z − ej 0.262 z − e−j 0.262
e após multiplicar esta equação por z para dar Y(z), obtemos para a transformada z inversa (ver tabela
TZ):
[ ]
y[n] = −1.641(0.5)n + 2.794cos(nπ/12 −0.332) u[n]
VII. AMOSTRAGEM
48 - Considere o sinal analógico xa(t) = 3cos(100πt).
Solução:
Como a frequência do sinal analógico é de 50 Hz, a frequência de amostragem mínima requerida para
evitar aliasing é fs = 100 Hz.
Se o sinal é amostrado à frequência fs = 200 Hz, o sinal discreto no tempo é:
πn
x[n] = 3cos 200 = 3 cos 2
100πn
Se o sinal é amostrado à frequência fs = 75 Hz, o sinal discreto no tempo é:
Solução:
As frequências presentes no sinal xa(t) referenciado acima são:
f1 = 25 Hz, f2 = 150 Hz, f3 = 50 Hz
Daqui constatamos que fmax = 150 Hz, logo fs > 2 fmax = 300 Hz.