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autorais do mesmo são doados a instituições de caridade
Muita Paz
A GRANDE FAZENDA
“E ele repartiu por eles a fazenda.”
JESUS-LUCAS, 15:12
Eis a razão pela qual o trabalho de Casimiro Cunha se evidência com singular
importância.O coração vibrátil e a sensibilidade apurada conchegaram-se a Jesus,para
trazer aos ouvidos dos companheiros encarnados algumas notas da universal sinfonia.
Esta cartilha amorosa relaciona,em rimas singelas,alguns cânticos da fazenda divina que
o Pai nos confiou.Envolvendo expressões na luz infinita do Mestre,Casimiro dá notícias
das coisas simples,cheias de ensino transcendental.No relatório musicado de sua alma
sensível,o milharal,o pântano,a árvore,o ribeiro,o malhadouro,dizem alguma coisa de sua
maravilhosa destinação,revelando sugestões de beleza sublime.É o ensino espontâneo
dos elementos,o alvitre das paisagens que o hábito vulgarizou,mas se conservam repletas
de lições sempre novas.
EMMANUEL
A FAZENDA
E’ hora de trabalhar.
Há cantares da moenda,
E’ repouso,calma e sono,
Em breve,a propriedade
Há cipó destruidor,
Procurando o lavrador.
Esquecida e enferrujada,
A casa desprotegida
Prossegue em derrocada.
A zona particular
De sentimentos mesquinhos,
Em cânticos de trabalho.
Do espírito de serviço.
Na esfera da eternidade.
Quem não saiba aproveita-lo,
Deixemo-la sepultada
Se queres felicidade
Em paz e sabedoria,
Evita as indecisões,
Se queres tranqüilidade,
Convém a observação
Do trabalho e do otimismo.
Jamais se desesperou
A Providência Divina.
A FAXINA
A higiene determina
O movimento de alerta.
E’ o asseio proveitoso
Expulsando o pó de ontem
No polimento ao soalho,
Ao lado de espanadores
E renova-se a paisagem
A água cariciosa
Convidando ao pensamento
A limpeza efetuada
Multiplicando as estradas
De esforço e sabedoria.
Na linguagem da caserna,
Na dor e na inquietação,
Na defesa da saúde.
Contemplando o movimento,
Em plano de utilidade.
Queridas e preciosas.
Ornatos apodrecidos,
Escuro e pernicioso,
A bênção da vassourada.
Na esfera de ensinamento
O lixo personifica
Os cestos do esquecimento.
A BÚSSOLA
Em região solitária,
A todos os viajores
A bússola é necessária.
Atende, silenciosa,
E trevas de nevoeiro,
Se palpita a inquietação,
Traduz generosamente
O conforto e a direção.
Em meio a vacilações,
Significa o resumo
De grandes consolações
A bússola generosa
Da romagem terrenal,
Do rumo espiritual.
A bússola do Evangelho.
O MAPA
A qualquer expedição,
Servindo à orientação.
E’ a força da experiência
Sofrimentos, sacrifícios,
Gemeram desconhecidas...
O espírito estacionário,
Paralítico, inferior,
Desconhece-lhe o valor.
Mas aquele que aproveita
Em paz e sabedoria.
Sabendo-se viajor
A carta de indicações
Dirige-lhe a experiência.
O roteiro do Evangelho
Em nossa oportunidade.
Estamos a percorrer
As sendas da eternidade.
OS CAMINHOS
E’ convite carinhoso
E’ sugestão de bondade,
Os bens da fraternidade.
E’ a chave silenciosa
A avenida na cidade,
Se o caminho é do trabalho
No labor do ganha-pão,
De muita satisfação.
Se é traço rude e singelo,
Da Providência Divina.
A excelsa sabedoria
O êxito no trabalho,
Depende da vigilância
A enxada laboriosa,
Benefícios e atenções,
Desvelos e condições.
E limpeza na panela.
No círculo das tarefas,
Descuidada a ferramenta,
Inclina-se à negação
Às sombras da confusão.
Instrumento corrompido
O problema do utensílio,
Esforços de vigilância.
As lições da Natureza,
O carro é prestigioso,
Preservando-se do abuso.
Requisitam provisões;
Remedeia inquietações.
No desastre da loucura.
À desídia do cocheiro,
Resvala ao despenhadeiro.
O homem, na humanidade,
E’ o viajor desmandando
As luzes da eternidade.
A experiência é a viagem,
Precipita-se no abismo.
O FIO
Na verdade, é companheiro
É matéria indispensável.
E’ sublime talismã.
No espírito do trabalho,
E’ tesouro do caminho,
Observando-o, recordo
A semente pequenina
E’ minúscula, e somente
No campo de plantação.
Abandonada ao monturo,
A semente é a garantia
Do edifício do futuro.
Coisa mínima lançada
Remédio, alimentação.
Ao senso da criatura,
Responde à semeadura.
Laranjeira dá laranja,
Macieira dá maçã,
As sementes ignoradas,
Da roça desconhecida,
Se é prudente e ponderado,
Do concurso de um cajado.
Ultrapassa a obrigação,
A morte e a destruição.
Entretanto, é indispensável,
O bordão é companheiro,
Permanece na defesa
Prestativo, atencioso,
Em todas as latitudes,
Prosseguir e caminhar,
Reparando-se, porém,
De espírito sossegado,
A terra e o cultivador
Conserva, no coração,
E o lavrador é o amado,
Pesados desbravamentos,
Humilde, dilacerada,
E’ lama desamparada,
O esforço do lavrador
Da Consciência Divina.
Na terra do coração,
E’ o lavrador bem-amado
Da vida e da perfeição.
A CONSTRUÇÃO
Conselho à sabedoria.
Primeiramente examina
O local, a posição,
E edifica os alicerces
Devidos à construção.
As vozes da sensatez,
E induzem à solidez.
Da janela, do portal,
E escolhe o material.
De matéria condenada;
Seleciona a caráter
O senso da qualidade
Garante-lhe o objetivo.
Na construção do edifício
Da vida espiritual.
As chuvas e os instrumentos,
Constantes e absolutos.
Em seguida, o céu concede
Pedindo as dedicações
Depois o debulhador,
E o moinho em movimento
A esperança carinhosa
E’ um ensino generoso
A elevação de si mesmo.
A PLANTAÇÃO
Enorme a preparação,
Às fainas da plantação.
E’ preciso desprezar
Retirar os espinheiros
E arbustos inferiores.
Limpeza e destocamento.
Em lutas laboriosas,
Cicatrizes escabrosas.
Completando atividades,
Devidas à sementeira.
O solo dilacerado
Às tarefas de cultura,
Ao campo da criatura.
Se resumem a teoria,
Discurso e doutrinação.
Da Divina Sementeira
Um é a esfera de trabalho
O outro é a intimidade
Da vida particular.
Na harmonia inescrutável
No segundo é a criatura,
E’ a vibração do universo,
E’ a bela oportunidade
As penas, as amarguras,
Ao bem santificador.
No campo da humanidade.
Aperfeiçoa a paisagem,
Obediente e bondosa,
Se há calor de requeimar,
Modesta, criteriosa,
Instrumento valoroso,
Exemplifica no mundo
No serviço inicial
Aparece, indispensável,
O esforço da picareta.
E’ quase desconhecida
De cada edificação
No trabalho do princípio,
Revela ao trabalhador
Obediência e presteza.
Do serviço eficiente
Prezando as obrigações.
Humilde, criteriosa,
Obstáculo? Empecilho?
Oposições de rochedo?
A picareta resolve
Na esfera espiritual
Há construções igualmente
A nobreza da cangalha.
Convenhamos na prudência
O muar deseducado,
A golpes de grosseria;
Aparentando brandura,
Transborda selvageria.
Transforma-se, comumente,
Comparece orientando,
Honesta, laboriosa.
Ao amigo da indolência,
Em luzes de experiência.
E’ a balança de equilíbrio
Na esteira da confusão,
Em horas de indisciplina.
Atiram-se à revelia,
O carreiro vigilante
Atende à situação:
Na canícula dourada
A poder de ferroada,
Há revolta momentânea
Buscando os objetivos
A criatura precisa
No caminho de Damasco.
E’ bênção de Jesus-Cristo.
A DERRUBADA
E’ o machado formidando
No impulso renovador.
Em terríveis convulsões,
Continua a derrubada
E as árvores vigorosas
As frondes cariciosas.
A invasão do fogaréu;
Animais inferiores
E’ o termo da derrubada
Pomares e sementeiras,
No caminho universal,
É um exemplo de bondade
Um sofrimento invencível.
De formosura e valor.
Quanto mais tempo e trabalho,
Transformada em porcelana.
De sublimes expressões,
Ás vossas habitações.
A lição maravilhosa
Do seio da natureza,
A forma e a delicadeza.
Ao rumor do maquinismo
O artífice representa
A Inteligência Divina
O esforço de seleção
Efetua-se a capricho;
Sujidades, excrescências,
Na grande transformação
De serviço e perfeição.
As peças e os elementos
Submeteram-se humildes
Na oficina da existência
Precisa submeter-se
Às plainas da experiência.
Recordemos, sobretudo,
O Divino Carpinteiro
Entrega-lhe o coração.
A USINA
É justo considerar
Aumentando atividade,
Transforma-se a cachoeira
Em gerador de energia,
Suscetível de criar,
Ao lado da obediência.
Desse acordo delicado
Do conforto e do progresso.
Bondosa, confortadora,
Na sublime benfeitora.
A cachoeira incessante,
A obediência da usina,
Na casa da Natureza,
A única diferença,
Em nossa situação,
Às vitórias da Razão.
Entretanto, observamos
Os princípios sacrossantos
De amor e de inteligência.
A galinha afetuosa,
É bondade e temperança;
De deveres fraternais:
No trabalho generoso
Atende bondosamente
A toda semeadura.
É o sublime protetor
Os lírios da couve-flor,
Disposto à fraternidade,
E exemplifica a esperança
Em paz e sabedoria.
Amigo da sementeira,
Atenta no regador,
E espera da evolução.
A CANGA
De fragrância peregrina.
Na sublime transcendência,
Na Divina Providência.
Se há mistérios da beleza
As forças da Natureza.
Ruído ensurdecedor,
Há flores espatifadas
Em males da ignorância.
Mas, um dia, o lavrador,
O sofrimento em conjunto
Toleram-se mutuamente
E aprendem a trabalhar
Parentesco e obrigação,
Às luzes da educação.
De lutas indefinidas,
O animal em disparada
E colabore o cocheiro,
De rumo ao despenhadeiro.
Trabalhos imprescindíveis
Sofreriam dilação,
Antecipando o terror
O montador ou o cocheiro
Recorrem ao barbicacho.
Rebela-se e pinoteia,
Na apertura da correia.
Se busca saltar de novo
Espuma sanguinolenta.
Trabalha tranqüilamente
Em falsa compreensão,
Ao invés de trabalhar,
Recebem os linguarudos
As bênçãos de um barbicacho.
A MUDA
Sincera admiração.
Açucenas desabrocham
Desdobrando-se em beleza,
Mostrando a maternidade
Experimenta emoção
As árvores generosas,
Às mesas da criatura.
Na abundância indefinível,
Demonstram a Providência
Na bondade inexaurível.
Observe-se, porém,
Na extrema delicadeza
Da verdura perfumosa,
Destaca-se pequenino
De doce festividade,
No caminho da ansiedade.
Os passos da Natureza.
Do zelo da jardinagem.
Precisa tempo, entretanto,
Na sombra e na claridade,
A golpes de violência.
A nossa compreensão.
É a rosa da experiência,
Em terras do aprendizado.
Em todas as circunstâncias
Em nossa definição,
Há doses de fantasia
E gestos de ingratidão.
Exemplo de intrepidez,
No campo material
É base de solidez.
A luta e a dificuldade,
Coopera na educação
Se há preguiça e invigilância;
Da cátedra de Jesus,
As sugestões do tijolo.
Batido, dilacerado,
Ao peso do amassador,
Do subsolo inferior.
O tijolo pequenino,
É retângulo divino.
Saiu da lama humilhada,
É base de fortaleza.
Apesar da pequenez,
A casa da criatura.
É terra purificada,
A experiência é o tijolo
É sugestão do caminho
E exemplifica a humildade.
De flores e passarinhos.
Crepitando na lareira.
Ao seu calor, os mais velhos
De comentar a esperança.
Morrendo animosamente,
Convertem reminiscências
De novas experiências!...
Da coragem de apagar-se.
O DIAMANTE
No serro desamparado
O diamante luminoso
Eliminando os percalços
Sobretudo, é imprescindível
No espírito do trabalho.
Serviço e compreensão,
Ao bem da lapidação.
É a divina descoberta
Da gota de maravilha.
Pouca gente lembrará
Constitui a experiência
De míseros fragmentos
De carbono desprezível
Sublimada e soberana,
A história maravilhosa
Da Consciência Divina.
A PÉROLA
Da fortuna dadivosa,
Destaca-se a pescaria
Da pérola preciosa.
Atendem na seleção.
Extremas vicissitudes,
De serviços sobre-humanos,
Traduz um ato de fé
No esforço do pensamento,
No oceano do Evangelho
Há paz e sabedoria.
Esquece a dificuldade
As pérolas da Verdade.
O MÁRMORE
No gabinete isolado
Do espírito e da beleza.
É o sonho maravilhoso
É a carícia do martelo,
Te cortarem o coração,
Escuros remanescentes
De imundície e esquecimento,
Em triste apodrecimento.
Em outras ocasiões,
No resumo do imprestável,
Da matéria transformável.
Em síntese, todo esterco
É derrocada ou monturo,
Doçura e renovação.
Esterco espiritual.
Todavia, é necessário
Aproveitemos o adubo,
No trabalho peregrino
Assemelha-se à ferida
Da enxada laboriosa.
Singela, desconhecida,
É o altar da Natureza,
A existência renovada
Em sombra e separação,
De força e imortalidade.
Depois do apodrecimento,
Germinação e esplendores,
Na fartura indefinida...
O campo do cemitério
E o quadro da sepultura.
No plano espiritual.
A MINA
Picaretas formidandas,
Procuram localizar
A matéria preciosa.
Constroem-se galerias,
Sofrimentos e agonias.
Acolá, perfuradores,
Na conquista do metal
Calejados na aspereza,
Em toneladas de pedra,
Em provações da coragem,
Em pequena porcentagem.
É mina laboriosa.
O ouro da experiência.
A BOA ÁRVORE
A árvore generosa
É imagem da Criação.
As flores, a adolescência,
Repleta de experiência.
No pomo caricioso,
De vida e reencarnação.
Silenciosa na estrada,
Seu exemplo nos ensina
Na Providência Divina.
Se tomba desamparada
Ao pulso do lenhador,
Colocada no caminho,
A faca, inegavelmente,
À pessoa descuidada.
No trabalho ruralista.
No serviço ou na reserva.
No esforço de cooperar,
Atendendo eficazmente
Ao lado do sapateiro.
Contribui nas selarias,
Obedecendo ao seleiro,
Excelente companheira,
No preparo à refeição,
É muito desagradável
No pulmão ou na costela.
Forçoso é reconhecer
O esforço da lavadura.
Raramente se recorda,
Na tarefa rotineira,
O trabalho, o sacrifício
Do campo da lavadeira.
Necessário à experiência,
Do concurso do sabão,
Alijando-se a bagagem
De sujidade ou carvão.
Passado o atrito da esfrega,
Transporta-se ao coradouro,
Apurando-se a limpeza.
à água cariciosa,
Requisita paciência,
A lavadura precisa
Às roupas do sentimento.
Vivamos tranqüilamente,
Um servidor devotado.
Exemplifica o trabalho.
Se há lugarejo às escuras,
Em justa necessidade,
Em busca da claridade.
À procura da energia.
Fornecendo informações.
Em toda edificação,
Da alheia cooperação.
Se distribua ao serviço
Concurso e material.
É o seguro companheiro,
De pé vivendo o dever,
É um exemplo de serviço,
E um símbolo de humildade.
Ao rebrilhar do edifício,
O trabalho e o beneficio.
O benfeitor olvidado,
Em suas exposições,
Deveremos esperar,
Na vida particular...
Indaga-nos a segunda,
O andaime silencioso
O espírito de serviço.
É bondade vigilante.
Sanando dificuldades,
A ponte silenciosa,
Perdendo-se no horizonte.
Em meio à desolação,
A cisterna dadivosa,
Em dimensões diferentes.
De desânimo e fadiga.
Quem tem sede se aproxima
É um ato de vigilância.
Ou de estacadas singelas,
Precisa de sentinelas.
É cuidadosa, é sincera,
Dá combate à confusão,
É um mundo de ocupações:
Ai de ti se desordenas
As tuas obrigações.
Certamente encontrarás
Calúnias e tentações,
Brutalidades, malicias,
Organizando a divida,
A porteira se encarrega
Da tolerância precisa.
O caminho generoso,
O esforço de vigilância,
A gestos de intolerância
A rigidez na fronteira,
Animais ao abandono?
Necessidades de alguém?
Humilde e silenciosa,
Da cerca criteriosa.
Torturadas de aflição,
Na harmonia inalterável.
Espelho caricioso
Na tarde primaveril.
É a mensagem da prudência
No apelo da Natureza.
Evitando os desperdícios.
No organismo inteligente
De suas disposições,
Em todas as direções.
É a vitória da alegria,
Na abundancia do trabalho.
Faltaria o necessário
Se o perdulário entendesse
O ensinamento do açude,
Do sossego e da saúde.
É da prudência divina
No livro da Natureza.
A CACHOEIRA
No cimo da ribanceira,
Repara na majestade
É cântico de alegria,
Derramando em derredor
A abundancia de energia.
Depois de compreendida,
A cachoeira renova
Retamente aproveitada,
É fonte de evolução,
E aprendemos na lição,
De grandeza e dinamismo,
De misérias e discórdia;
De luz e misericórdia.
A FLOR
Do Evangelho de Jesus.
A exaltação da preguiça.
O trabalho e a obediência.
Enfeitando os aposentos
Na miséria ou na opulência,
A alegria harmoniosa
A fé no Pai de Bondade
Ao ritmo da alegria.
A MONTANHA
Na solidão da montanha.
A terra amaldiçoada.
Da soledade inclemente.
Na figura da paisagem,
Do espírito de coragem.
Comparada ao movimento
Da aridez e da agonia.
Entretanto, em todo tempo,
O amparo cariciosa
Repleta de solidão,
As planícies morreriam
estéreis e desprezadas.
Todavia, é o sacrifício,
De sua desolação,
Os vales da evolução.
O CUPIM
Debalde a vegetação
Se estende em ramaria,
A mesma fisionomia.
O cupim obstinado
Multiplica-se em rebentos,
De tumores pustulentos.
Às forças de produção,
De paz e renovação.
Desolada e ressequida.
O cupim vai provocando
Estrago, calamidade,
Miséria, esterilidade.
As almas avassaladas
De idéias inferiores.
Tristezas e desalentos
Os bens da contemplação,
As surpresas da erosão.
Horizontes luminosos
Na vastidão peregrina!
Misturando-se , à verdura,
Há caminhos de enxurrada,
Na terra dilacerada.
É possível reparar
As ulceras da montanha.
De sonho e conhecimento,
De enxurradas e detritos.
O pântano abandonado.
Todo o ar é pestilento
Em sua fisionomia,
É ferida cancerosa
No organismo da paisagem.
E o pântano desolado
Da lama do sofrimento.
Lições de sabedoria.
Em doce fidelidade,
Deixadas ao abandono.
Ensina a perseverança,
Exemplifica o dever.
Se a chuva lhe traz a enchente,
O ribeiro carinhoso
Parece o semeador
As contas desnecessárias.
Na Providência Divina.
O GRANDE RIO
Em marcha laboriosa,
Profundo e silencioso
Da grandeza indefinível.
De todos os corações.
Em dores silenciosas,
É patrimônio a dispor
A golpes de paciência,
Utilizar-lhe os proveitos
As águas estacionadas,
De forças envenenadas .
Protegendo-lhe a limpeza,
É um espelho cristalino
Na estrada da natureza.
O lodo da experiência.
O TRONCO E A FONTE
Da bondade de Jesus.
O tronco reconheceu,
De hosanas ao criador,
Levava consolação;
Cantigas de passarinho,
Harmonizando a paisagem.
Em formosura e grandeza.
Milhões de laboratórios,
As larvas e os infusórios.
As almas se modificam,
A oficina do oceano.
De sua edificação,
A sua finalidade
É a força da criação.
Protegendo-lhe a missão
Do equilíbrio inalterável.
Esplêndida e solitária,
É o testemunho fiel,
Alentando a sementeira.
Acaricia a ramagem,
É um fluido caricioso
Amenizando a paisagem.
É o mensageiro bondoso
Da alegria e da abundância,
Profundas experiências.
Se a flor é infiel à seiva
A função do sofrimento
Parece identificar-se
Em nova fecundação.
O turbilhão de amargores
Calores. Desolação.
Trazendo consolação.
É a bela fecundação
Da natureza divina.
Alimpa-se a atmosfera,
Em vagas cariciosas,
Da inspiração de Jesus.
É raio de perfeição,
Mas no pó da ignorância
É falsa compreensão.
De súbito, experimenta
Doloroso mal-estar.
O calor é intolerável
Na pressão da atmosfera.
Sufoca penosamente.
Em vastíssimos pedaços,
Atritam-se os elementos
Em gotas cariciosas,
A estrada se modifica,
Do infortúnio e da desgraça,
No seio da natureza,
Escondendo a profundeza.
A ceder na travessia,
Socorrem-se os viajantes
Do auxílio de embarcação,
Invadem-nas cavaleiros,
A zona de intimidade
No seio da natureza,
Escondendo a profundeza.
A ceder na travessia,
Socorrem-se os viajantes
Do auxílio de embarcação,
Invadem-nas cavaleiros,
A zona de intimidade
Em torno, o despovoado,
Doloroso e comovente.
Nenhuma vegetação,
O quadro é desolador,
Angústias, recordações.
Desfigurando as paisagens,
Arrasta-se amargamente,
Ralado de desventura,
Inclemências do deserto.
O oásis desconhecido.
A PRAIA
Ao longo da vastidão.
Na frágil embarcação.
Espalhando a tempestade,
No dorso da imensidade.
Dolorosas inquietudes,
Amarguras, nervosismos...
O esforço do salvamento.
Mergulha-se em pensamento
É a mensagem carinhosa
Cansados de sofrimento!...
Renova-se a confiança
Na esfera superior.
O mundo desesperado,
Na calma da natureza,
Conquistando as cercanias,
Encaminha-se às baixadas,
A torrente dilatada
Estende a dominação,
Trabalhos e sacrifícios,
Às grandes devastações,
Mosquitos, flagelações.
A abundância generosa
Entretanto, a imprevidência
Reconhecendo a beleza
O poder, a autoridade,
A fortuna, a inteligência,
Da Divina Providência.
Os doces mananciais.
De todas as criaturas,
És a fonte de bondade
És em todos os recantos,
Aclaras a imensidade,
Na borrasca, no escarcéu,
Da abundância, da limpeza,
És a terna mensageira
És a benção paternal
Da Eterna Misericórdia.
O VÔO
De maneira diferente.
As galinhas igualmente,
Queridas e admiradas,
De grande conformação,
Aproveita a elevação
As andorinhas, porém,
Procurando a primavera.
Devorando os horizontes.
As asas da inteligência.
As pombas e as andorinhas.
A CAPINA
Tentando a sufocação
Nocivas e desiguais,
De grosseiras ervaçais.
E, se vivem conformadas,
Trazendo-lhe, decidido,
A justa eliminação.
Ainda que mostrem flores
A lâmina da energia.
Cultiva diariamente
É dolorosa a tarefa
No pomar esperançoso,
Há dores indefiníveis
Dilacerados ao corte,
Despenham-se amargurados,
Esforça-se a podadeira
E as frondes carinhosas
Sucumbe, desaparece,
Necessita-se igualmente,
Em tempos de desventuras.
O sofrimento é o podão:
Na época dadivosa
Da colheita cor-de-ouro,
É tempo de conduzir
Cereais ao malhadouro
Espigas maravilhosas
Aglomerando-se em busca
Da secagem no terreiro
Agora, a compensação
A garantia, o futuro,
O lavrador cuidadoso
Organiza providências,
É necessário excluir
As últimas excrescências.
Inicia-se a limpeza,
Servidores a malhar,
De amparar o lavrador,
A alegria de prover
Em nome do criador.
No campo espiritual.
Os restos da ignorância.
A LAGARTA
Intromete-se a lagarta
No troco maravilhoso,
O traço predominante
É a nota primaveril.
De minúscula expressão,
Estrago e devastação.
Há sinais de prejuízo.
A lagarta rastejante,
Mostrengo em miniatura,
Dilacerando a verdura.
As flores, embora belas,
Perfumosas e garridas,
Aparecem deformadas,
O passeio da lagarta,
Da filha da primavera.
A árvore peregrina
Encontramos na lição,
Escura, silenciosa,
Desdobrando movimentos
Pratica perseguições,
Multiplica assassinatos.
Insetos despreocupados,
Na ilusão cariciosa,
Transformam-se em prisioneiros
Da pequena criminosa.
Na luta material,
É a doce futilidade
E, notando a experiência,
No intuito de ensinar.
Cada coisa, cada gesto,
Na esfera da educação.
A boneca inanimada
De lições maravilhosas,
De trabalho evolutivo.
Da infância espiritual.
Saboroso ao paladar.
O melhor medicamento
Se a memória é renitente,
A justa medicação
É preciso o bisturi
Na zona de intervenção.
Contra o campo infeccioso,
Providência compulsória,
Angústias do pensamento
Há remédios variados:
Compressas e pedilúvios,
Recursos de cirurgia.
Amigo, reparador,
Se é grande o sacrifício
Elevam-se labaredas. . .
O fogo ameaçador
É incêndio devorador.
Obscura, nebulosa,
A fogueira continua
Aumentando de extensão
Prosseguem a destruição;
Amarga desolação.
De amparar e socorrer,
A nota predominante
É o carvão da experiência.
Envolve a perversidade
O furor incendiário,
Na fagulha pequenina.
A TEMPESTADE
Quando o ar sufocante,
Os carros da tempestade.
Na escuridão da floresta.
Os furações implacáveis
A corrente do aguaceiro
Ás sombras da convulsão,
Na paz da vegetação.
O céu é claro-azulado,
A tempestade também?
Aflições e desencanto,
Renovação de ideais,
Desilusões dolorosas,
Desabamentos fatais.
De atender e renovar;
A energia de esperar.
Lembremos o ensinamento
Da obscura caçarola.
Ao receber substância
Indispensável à mesa,
Requisita vigilância
Utilizada em serviço,
Misturada a corrosivo.
De outra forma é descuidar
Da pureza do alimento,
Ao lixo e ao relaxamento.
Na panela descuidada
Caçarola maltratada,
Em sombras de confusão.
A VIDRAÇA
Do símbolo da vidraça.
Satisfazendo ao conforto
Prestativa, atenciosa,
A função maravilhosa
Espelho caricioso
De muita delicadeza,
Dá caminho à claridade,
Engrinaldada a rubis.
De verdura peregrina;
Na expressão do colorido,
E as várias religiões?!. . .
O banho confortador.
Ao começar da manhã.
À frente da humanidade,
Do suor e da canseira.
As células esgotadas,
A água cariciosa
A paz regeneradora
Ao corpo da criatura.
Do banho espiritual.
Levemos o coração
Às águas do Pensamento
Destinado à refeição. . .
Oferecer-se à criatura
Ressuscitando em seguida
Tempestades, ventanias.
Adornou-se em primavera,
E entregou-se alegremente
Ao segador na colheita.
Padeceu processos vários,
Viveu peregrinações,
Conforme reconhecemos,
É dádiva do Criador,
De carinho e de bondade,
E a nossa necessidade
O amor e a abnegação
O espírito de serviço
É justo reconhecer
Esperando calmamente
Exemplifica, bondoso,
A ternura e a gentileza.
Primoroso companheiro
De humilde e de atenção,
Atende à necessidade.
Entrega-se à embriaguez,
O amparo da gratidão.
Conhece o aniquilamento,
No campo do esquecimento.
De obediência e bondade,
O espírito da amizade.
A hora da refeição.
A despesa e pagamento.
Da Eterna Sabedoria
Aproveita a refeição
Dominados de cegueira,
De excessos de bebedeira.
A visita de amizade,
Permitiu-a, incentivando
A paz e a fraternidade.
No silêncio venerando
Visitando as criaturas.
E atende à fecundação,
Buscando estabelecer
Maledicência é veneno
Amor e delicadeza,
Concedeu-lhe a Providência
É mãe civilizadora
De todas as gerações.
A Providência Divina,
Procurando auxiliar,
Da esfera superior.
É o lar da conservação.
A NOITE
De esforços laboriosos,
De apelos maravilhosos.
De pensamento e repouso.
À paz e à meditação.
De calma renovação.
Da construção terrenal,
Da vida espiritual.
Os homens ignorantes
De natureza inferior.
Da fonte de vibrações
Mentiroso é o serviço.
A CANDEIA
É a noite cariciosa
Clareia do velador.
Na sala desguarnecida
Da morada carinhosa,
Aproveita-se-lhe o encanto
Na esfera da utilidade,
O espírito de humildade.
Seu processo de ajudar
Ao plano da criatura.
A si mesmo se ilumine
Singela e despercebida,
Envolve-se de energia,
Ilumina o gabinete
De pesquisa ou leitura,
Da máquina de costura.
A velhice, a enfermidade
E os sonhos da mocidade.
Há tumultos, há prazeres?
Amarguras, agonia?
Serena, silenciosa,
A sua demonstração
Na vida da Natureza
O orvalho confortador.
Alegres e perfumadas
Tristonhas e abandonadas.
Afagando as esperanças
O anseio de um coração,
Do alfabeto da afeição.
Desde os tempos mais remotos,
As posses absolutas.
Sustentando a Natureza
Podemos felicitá-lo
O dia é renovador.
Nas forças da Natureza,
Ameniza a atmosfera;
É filho da primavera.
Um símbolo de defesa,
A boa disposição.
Em todas as latitudes
A lã carinhosa e boa.
Em borrascas escarninhas?
A lã protetora e santa
Há velhice amargurada
A divina benfeitora
Enfermos entristecidos
Recolhe-os bondosamente
Em ninhos de cobertores.
Presta aos homens neste mundo
Heroína afetuosa
De serviço e de bondade,
O corpo da Humanidade.
Encontra incessantemente
O Cordeiro que dá lã
Vistamos os sentimentos
Em lã do Cordeiro Santo.
A CAPA
A capa confortadora
Permanece recolhida.
E sopros de tempestade.
Rajadas dilacerantes
Invadem a atmosfera,
Aparece no caminho,
Do consolo e do carinho.
Desatende a Providência
É o faroleiro. Em silêncio
Navios maravilhosos,
Em prodígios de conforto,
Recebem-lhe o benefício
Jangadas laboriosas. . .
Do comando ao marinheiro,
As dores do faroleiro.
A vida de insulamento
Da verdade soberana,
Desolação e amargor.
O quadro de um cemitério
Em outros, o esquecimento,
A realidade é a lição
De sombras e podridão
E o cemitério descansa
Em triste serenidade,
Assinalando em silêncio
Risonhos e perfumados.
E as noites da Natureza.
Já observaste? No mundo,
A inspiração e a beleza,
No excesso de burburinho?
O silêncio é o companheiro
Há tréguas ao pensamento,
De verdade e entendimento.
Procurar na soledade
À luz da serenidade.
Se possível, vai ao plano
Em notas harmoniosas.
Às zonas de inquietação,
Na paz da meditação.
Os vales da experiência
E as montanhas solitárias
Os segredos da energia,
De paz e sabedoria.
O DESPERTADOR
Na vida da criatura;
Acompanha-lhe a viagem
Metódico, dedicado,
Movimentando os ponteiros,
E os gemidos derradeiros.
Revela oportunidades,
É justo salientar
O amigo despertador.
Ritmando o tique-taque,
Pontual, invariável,
Em bulha desagradável.
O repouso desejado,
Levanta-se estremunhado.
Buscando-se incontinenti
Em qualquer situação.
É o nosso despertador.