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PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO


Diocese de Caratinga

PREPARAÇÃO PARA
O BATISMO

CONCEIÇÃO DE IPANEMA – MG
2011
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ORAÇÕES DURANTE OS ENCONTROS

ORAÇÃO INICIAL

D.: Em nome do Pai...


T.: Amém.
D.: Enviai o vosso Espírito e tudo será criado.
T.: E renovareis a face da terra.
Oremos: Ó Deus, que instruís os corações de Vossos fiéis com a Luz do Espírito Santo, fazei que
saibamos apreciar retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito, e possamos gozar
sempre de sua consolação. Por Cristo, Senhor Nosso. Amém.
D.: Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
T.: Como era no princípio agora e sempre. Amém.

ORAÇÃO FINAL

D.: Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.


T.: Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.
T.: Pai-nosso...Ave Maria...Sinal da Cruz.

SUGESTÃO DE LEITURAS BÍBLICAS SOBRE O BATISMO

Evangelhos: Mc 12, 28b-31. Mt 22, 35-40. Mc 1, 9-11. Mc 10, 13-16. Jo 4, 5-14. Jo 6, 44-47. Jo
7, 37b-39a. Jo 9, 1-7. Jo 19, 31-35.
Cartas: Gal 3, 26-28. Ef 4, 1-6. Rom 8, 28-32. I Pd 2, 4-5.9-10.

© Adaptado por José Aristides da Silva Gamito do original de Mons. Raul Motta de Oliveira,
de 1976, intitulado de “O Batismo”
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UNIDADE I

O SIGNIFICADO DO SACRAMENTO DO BATISMO

LEITURA BÍBLICA: At 2, 37-41.

A preparação para a celebração do Batismo


A Igreja pede para que se tenha uma catequese de preparação para o Batismo em obediência a
Jesus que diz “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto eu vos ordenei”
(Mt 28, 19-20). Os três mandatos de Jesus à Igreja é fazer discípulos, batizar e ensinar a Boa
Nova. O Batismo é sacramento muito sério por isso exige-se uma preparação das pessoas
envolvidas na sua celebração.
A exigência de uma catequese antes do Batismo é uma prática que origem no tempo dos
primeiros cristãos. Naquela época, exigiam-se três ou quatro anos de preparação. Além disso,
cada pessoa que desejasse ser batizada era apresentada à comunidade por meio de um padrinho
que examinava seu comportamento. Somente depois de um longo conhecimento do Evangelho e
da vida da Igreja é que a pessoa era batizada.

O Batismo é a entrada para a Igreja


Pelo Batismo, começamos então, a fazer parte da Igreja. Sendo assim um novo membro. Por
isso, precisamos entender, que não podemos ser um membro inútil. Precisamos ver a que grande
dignidade Deus nos colocou. Participamos de uma comunidade, na qual ninguém é maior que o
outro. Só há um chefe: Cristo. Uma comunidade que um irmão dá a mão ao outro.
Infelizmente, para muitos, o Batismo está na base da superstição. Batizam para curar as doenças
do neném e outras coisas mais, e se esquecem do verdadeiro significado que ele tem: A entrada
para a Igreja.
Estas reflexões vão fazer a gente pensar na cultivação do batismo. Vão fazer a gente sentir a
responsabilidade que temos diante de uma vida nova que se inicia. Pois, é necessário que
tenhamos boas luzes, para iluminar o caminho daqueles que ainda não podem caminhar sozinhos.
Os membros da Igreja constituem uma família já que todos são irmãos em Cristo.

O que representa a preparação para o Batismo


Deus criou tudo com perfeição (Gn 1, 31). Para sermos membros dele, precisamos fazer tudo
para segui-Lo. “Sede perfeitos, como vosso Pai celestial é perfeito” (Mt 5, 48).
Mas uma criança não terá condições de entender isto sem ser orientada pelos pais ou
responsáveis. Sozinha, ela não tem condição de crescer ligada à comunidade e também não
consegue desenvolver seu cristianismo. A fé precisa de educação para se desenvolver.
Por isso, a conscientização começa com os pais e com os responsáveis. Eles têm como missão,
conscientizar a criança, aos poucos. Não basta só batizar uma criança, é preciso ajudá-la a viver a
fé que foi assumida. Os pais e padrinhos são os tutores que se responsabilizam pela educação da
criança na fé e na moral.
À vezes alguém diz: “Para quê tanto curso? Parece que os padres não têm mais nada que
inventar!” – Olha, meu amigo: Hoje em dia existem cursos para tudo. Tudo que formos fazer
precisa de uma preparação. Quem não faz curso fica para trás.
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Também a Igreja sente necessidade de promover cursos de conscientização. Pois, de uma vez
que a sociedade, sendo material, se preocupa com a sua evolução, muito mais a Igreja deve se
preocupar com o seu desenvolvimento espiritual. O desenvolvimento da pessoa deve se dar como
um todo. É preciso se preparar bem para realizarmos aquilo pelo qual temos consideração e
respeito.

A conscientização das crianças se dá pelo exemplo dos mais velhos


A criança tem muita vontade de se parecer com os grandes. Gosta de fazer aquilo que vê os
mais velhos fazendo. Por isso, não é tão difícil conscientizar uma criança. Pois numa casa em que
os adultos rezam e vão à igreja, meninos de 4 anos já começam a cantar os cânticos da Igreja e a
rezar. Portanto, vamos aproveitar desta vontade que a criança tem de nos imitar, do interesse em
aprender, praticando boas ações.
Por outro lado, quando os mais velhos só sabem falar palavrões, praticar ações desonestas,
quando não têm participação na vida de comunidade, a criança vai crescendo no mesmo ritmo. A
boa educação faz toda a diferença.
Ninguém tem coragem de colocar uma criança numa canoa, dentro d’água, e deixar que ela se
vire sozinha. Ela não tem condição de remar. Portanto, ninguém pode ter a coragem de,
simplesmente, batizar uma criança e deixar as responsabilidades da vida cristã por conta dela.
O exemplo e o apoio dos adultos, ou seja, da comunidade, muito contribuirão para a boa
formação cristã da criança. Pelo batismo a criança se torna oficialmente membro da Igreja. A
Igreja é uma comunidade. Todos os membros devem participar e se sentir responsável por ela. O
batismo precisa de seguimento. Os pais e padrinhos são responsáveis de ensinar e dar exemplo
para que as crianças aprendam e assumam aos poucos o compromisso firmado por eles no
Batismo. Não basta só mandar a criança fazer, mandar ir ao catecismo e à igreja. É necessário
também praticar para que ela se convença que aquilo é importante. Não vale aquele dito popular
“façam o que eu falo, mas façam o que eu faço”.

PONTOS PARA REFLEXÃO:

1. O Batismo é a entrada para Igreja. Por que muitos vivem fora dela?
2. Por que nem todos se preocupam em preparar-se para batizar filho?
3. Por que existem muitos batizados e poucos praticantes?
4. Somos conscientes do valor e da responsabilidade que temos como membros da Igreja? Por
quê?
5. Se as crianças seguirem o nosso exemplo, elas terão uma boa vivência? Por quê?

UNIDADE II

A RESPONSABILIDADE DE SER CRISTÃO E DE SER IGREJA

LEITURA BÍBLICA: 1 Cor 12, 12-22

Ser membro da Igreja


Ser membro da Igreja é ser discípulo de Jesus. Pelo batismo, a pessoa se torna membro da
Igreja. A cabeça da Igreja é Jesus. Portanto, o batizado é chamado à comunhão com a sua
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comunidade e ao seguimento de Jesus. Este seguimento implica aderir ao programa de Jesus:


evangelizar, promover o perdão e a solidariedade, a justiça e a liberdade e proclamar o Ano da
Graça do Senhor (Lc 4, 18-19).

A responsabilidade dos padrinhos


Antes de a criança nascer, os pais já começam a pensar: “Quem será o padrinho?” Geralmente
pensam numa pessoa influente, rica, estudada etc.
É muito perigoso a gente esquecer que os padrinhos também são responsáveis, e convidar
qualquer pessoa para ser padrinho de uma criança. Se quisermos que a criança seja uma boa cristã
é importante que procuremos alguém que tenha condições de ser esta referência. Ninguém pode
dar o que não tem. Primeiramente, devemos olhar é a capacidade que a pessoa tem, não
financeiramente, porque isso não importa. Mas sobretudo, a capacidade de a pessoa dar bom
testemunho e educar o afilhado como cristão. Para que assim se evite problemas futuro. Ser um
bom cristão é ser alguém honesto, bem educado, um bom cidadão, uma pessoa cultive valores
verdadeiramente humanos.
Outra coisa que às vezes acontece é que alguém dê afilhado a pessoas de outra igreja ou
religião. É claro que estas pessoas podem ser boas e que dão um ótimo exemplo, de acordo com a
sua religiosidade. Mas no caso do batismo é necessário que se professe a mesma fé e que dê
testemunho do que acredita. A unidade na fé e na moral são requisitos indispensáveis. Não é um
caso de discriminação, é definição de critério. Porque ninguém pode testemunhar e se
comprometer a ensinar algo que não acredita. É uma questão de discernimento.
Dentro da própria Igreja Católica, é importante que se procure pessoas que tenham fé, sejam
praticantes e dêem bom exemplo de vida. Apenas o rótulo de “católico” não é suficiente para
testemunhar tão grandioso sacramento. A experiência já nos ensina isso. O número de batizados é
muito grande, mas sabemos que praticantes são poucos. O Batismo não pode ser aderido
simplesmente por superstição, por tradição, por medo do inferno. Hoje já somos bastante
esclarecidos para não sermos “Maria vai com as outras”.

Os padrinhos ajudam os pais a serem mais pais


Os pais não são quem coloca o filho no mundo. Mas quem cuida da formação do filho. Esta
formação se refere à formação religiosa, física, moral e social. É necessário educá-lo para viver
em sociedade, cuidando de si, dos outros e do planeta como um todo. Somos responsáveis pelo
ambiente e pelas pessoas que nos rodeiam. Por isso, precisamos ter moral, princípios, ninguém
vive para si mesmo. Já que somos responsáveis uns pelos outros, os padrinhos podem e devem
ajudar os pais a darem boas orientações aos filhos.
Se entendermos o significado da palavra “compadre” e da palavra “comadre”, poderemos
entender melhor, se os padrinhos ajudam ou não ajudam os pais a serem mais pais. A palavra
“compadre” significa “ser pai com”; a palavra “comadre” significa “ser mãe com”. Isto porque, a
palavra “padre” significa “pai”. E a palavra “madre” significa “mãe”.
Com isso, dá para entender que, a palavra “padrinho” significa “paizinho” e a palavra
“madrinha” significa “mãezinha”. Portanto, ser compadre não é coisa tão simples. É honra e
compromisso.

A família é responsável pelo bom membro


Como sabemos, a família é o ambiente em que o novo membro da Igreja de Cristo vive mais.
Nela deve existir um verdadeiro amor e um verdadeiro exemplo da vida cristã.
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É de uma família que surgem os grandes homens e mulheres, ou também os criminosos e


corruptos. E porque acontece isto? Será que Deus abençoa uma família e amaldiçoa a outra? Será
a sorte de cada pessoa? Estas perguntas devem ter respostas.
Deus sempre abençoou as famílias. E sempre que ajudá-las, quando estão em problemas. O
perigo é a gente fechar-se e não dar vez a Ele. A família precisa assumir o seu papel de
educadora.
No milagre que Jesus fez em Caná da Galileia (Jo 2, 1-10), temos uma ótima idéia para isto. O
texto relata que, estavam muitas pessoas presentes, mas Jesus também tinha sido convidado. Ele e
sua mãe, Maria. Não podemos atribuir os problemas familiares à falta de sorte. Antes, devemos
assumi-los e procurar solucioná-los. A responsabilidade das famílias é muito grande. Uma boa
sociedade, uma comunidade, depende de pessoas bem educadas por suas famílias. Esta
responsabilidade não pode ser transferida para a escola ou para outra instituição. A Escola, A
Igreja, o Estado, eles são apenas parceiros.

A moral e a prática cristã


Se nós batizamos alguém é porque queremos que ele seja cristão. Jesus diz que ninguém
acende uma lâmpada para escondê-la, a finalidade dela é brilhar. Assim, batizar para cumprir
tabela é uma atitude pouco sensata (Mt 5, 14-16). O cristão precisa fazer a diferença no mundo.
Existem tantas pessoas batizadas por aí que são mal educadas, irresponsáveis, criminosas e
corruptas. Não é esse o tipo de cristão que queremos.
Por isso, devemos nos preocupar em batizar as crianças e torná-las autenticamente cristãs. Ser
cristãos significa assumir os valores do Reinado de Deus. Esses são os valores que Jesus pregou:
O amor fraterno, a solidariedade, a justiça, a paz e o esforço para praticar sempre o bem para que
todos tenham vida e a tenham em abundância.

PONTOS PARA REFLEXÃO:

1. Que tipo de ambiente temos sido para os novos membros? Por quê?
2. Os padrinhos que você conhece, dão exemplo aos afilhados? Por quê?
3. Nossas famílias têm sempre a presença de Deus? Por quê?
4. Todos sabem da necessidade da boa formação da pessoa humana? Por quê?
5. É fácil ser compadre? Por quê?

UNIDADE III

A GRAÇA DO BATISMO NA VIDA DO NOVO CRISTÃO

LEITURA BÍBLICA: Rm 6, 1-14

Existem sete sacramentos na Igreja. Eles acompanham a vida natural. Assim como nascemos,
crescemos, amadurecemos, nos casamos e morremos também a vida de Igreja é marcada por
celebrações especiais que nos põem em contato com a graça de Deus e nos leva a experimentar
de modo mais profundo os mistérios da existência humana. O Batismo é o nascimento para a vida
na Igreja; a Eucaristia é o alimento para fortalecer a caminhada; a Confissão é nossa
reconciliação com Deus e com a comunidade; o Matrimônio marca nossa participação plena no
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exercício do amor e do mistério da criança; a Unção dos Enfermos nos fortalece e nos reconforta
na enfermidade e na velhice; e por fim, a Ordem habilita ministros para cuidar das necessidades
da Igreja.

Pelo batismo nós morremos e ressuscitamos com Cristo


Pelo Batismo nós participamos da morte de Cristo, para podermos participar de sua
ressurreição. Com isso, São Paulo nos chama à atenção para sairmos do pecado e buscarmos
viver só em Cristo. “Se morremos para o pecado, como ainda poderemos viver nele?” (Rm 6, 2).
Fomos batizados foi para que tudo que existe de mal possa ir sendo eliminado. Pelo Batismo a
gente recebe a força de Cristo. Com a força de Cristo, nós podemos fazer muita coisa boa. E onde
existe esta tal de “coisa boa”, o mal vai desaparecendo aos poucos.
Cristo, que morreu uma vez por todas, como nos diz São Paulo, está junto do Pai, sem perigo
de morte. Ele está também conosco, querendo que cada um de nós participe da sua glória. O
batismo é a abertura para realizarmos isto.
O pecado já não tem mais força de nos dominar, quando confiamos em Deus. A graça divina
habita em nós (Rm 4, 14).

O Batismo é a semente da vida


Todos que são batizados recebem esta semente. É preciso que ela seja bem cultivada. E uma
coisa muito prática, todos já conhecemos: A semente só germina, cresce e produz bem, se a terra
for boa. No pedregulho é que ela não tem condição de produzir nada. Ela nasce, mas morre
depressa (Lc 8,6).
Mesmo que a terra seja boa, devemos ter muito cuidado com as formigas que rodeiam as
plantinhas que nela existem.
As crianças são uma ótima terra. Um terreno novo, descansado. Mas é preciso que os adultos
zelem por elas, porque o mundo está cheio de formigas do mal. E é uma pena se atacarem a mais
bela planta que é o Batismo.
E como a semente não nasce e cresce de uma só vez, o Batismo das crianças também não se
desenvolve de uma só vez. É devagar que ele vai se enraizando e apanhando firmeza para crescer.
Todo esforço investido na educação do novo cristão terá com certeza um resultado positivo.
Educar bem vale a pena.

A Igreja caminha, quando os cristãos caminham


Vimos no início que não é à toa que fazemos parte da Igreja. Ela é o ambiente próprio
daqueles que querem viver em paz. Numa paz que não significa estacionamento. Numa paz, que
tem como ponto principal, a alegria de ser cristão, a alegria de caminhar.
A Igreja não pode ficar parada. Precisa ser água corrente. Água parada é brejo. Ela precisa
crescer dia-a-dia. E o crescimento dela se dá com o nosso crescimento no amor. Se a gente foi
batizado, diz ser católico, mas não faz nada de bom, a gente está é atrasando o crescimento da
Igreja.
Não precisa ninguém correr atrás dos outros para entrarem na Igreja. Basta que os que nela
estiverem, deem testemunho de seu cristianismo. Isso depende de cada um de nós. A Igreja
crescer se formos participativos e responsáveis por ela. Não podemos ser meros “torcedores”, é
preciso que sejamos “jogadores”, que estejamos sempre em ação. A Igreja é de todos os
batizados. A responsabilidade se mostra na participação ativa da vida comunitária e no
testemunho daquilo que se professa.
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PONTOS PARA REFLEXÃO:

1. Em que nossa vida, damos morada ao pecado? Por quê?


2. O que existe mais em nossa comunidade o bem ou o mal? Por quê?
3. Como encaramos a nossa responsabilidade de Igreja: com desânimo ou com entusiasmo? Por
quê?
4. Em nossa comunidade, temos visto os frutos do Batismo? Por quê?
5. Já ajudei a alguém a viver o seu Batismo? Como?

UNIDADE IV

A LITURGIA DO BATISMO

Leitura Bíblica: 1 Cor 12, 12-13

A Celebração do Batismo é repleta de simbolismo. É de fundamental importância que quem


vai participar da celebração deste sacramento esteja consciente dos gestos e da linguagem
presentes nela. Os principais elementos do Batismo são a água e as palavras “Eu te batizo...”. E
toda a realidade assumida a partir dali é expressa através dos elementos que acompanham o
batismo.

A água e a invocação
Pelo nosso Batismo, a água derramada em nós, com a invocação do Pai, do Filho e do
Espírito Santo, nos transfigura, faz de nós criaturas novas. Somos purificados de todo o mal que
herdamos desde as origens da humanidade, principalmente o pecado original. A presença de
Deus, através da água batismal, nos fortalece e nos enriquece.

A luz dentro do rito do Batismo


Jesus dizia: Eu sou a luz do mundo. E pediu para seus discípulos: Que vossa luz brilhe
para todos. E vendo as boas obras, glorifiquem o Pai. A luz representa o Cristo ressuscitado. São
Paulo escreve aos coríntios: “Outrora éreis trevas, agora sois luz no Senhor. Andai como filhos da
luz.”

As vestes brancas
A nossa Igreja coloca este símbolo da veste branca no Batismo para dizer-nos que nos
revestimos da graça de Deus, de sua presença que nos purifica, ilumina e faz resplandecer a sua
glória no mundo.

O uso do óleo
A Igreja usa para celebrar o Batismo a unção com óleo santo. O óleo serve para preparar a
comida. Há óleos perfumados que tornam nosso corpo e nossa presença mais agradáveis a nós
mesmos e aos outros. Há os óleos para combustível e para engrenagem de carros e máquinas. Há
os óleos, na Bíblia, para consagrar os Reis, Profetas e Sacerdotes. Samuel pegou o vaso de óleo e
ungiu o rei Davi na presença de todos. Jesus dizia: O Espírito está sobre mim, ele me ungiu e me
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enviou para evangelizar. O nome. O anjo diz a Maria: Tu lhe darás o nome de Jesus, que significa
Deus salva. Em geral todos os nomes dados a pessoas, na Bíblia, têm um significado bem
específico. Na Bíblia o nome é um modo de referir-se à pessoa; é o mesmo que dizer: é tal
pessoa.

As promessas do Batismo
Durante o Batismo recebemos o Creio em Deus Pai. É que depois do batismo passamos a
viver a mesma fé que milhões e milhões de pessoas vivem no mundo. O celebrante nos pede para
proclamarmos a nossa fé em Deus Pai, em Deus o Filho e em Deus o Espírito Santo.

Recitação do resumo da fé assumida no Batismo


Todos: Creio em Deus Pai, todo poderoso, criador do céu e da terra. Creio em Jesus Cristo, seu
único Filho e nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem
Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, morto e sepultado. Desceu à mansão dos mortos, subiu aos
céus, está sentado à direita de Deus Pai, todo poderoso, donde há de vir julgar os vivos e os
mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja católica, na comunhão dos santos, na
ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.

PONTOS PARA REFLEXÃO:

1. Você tinha consciência da riqueza dos símbolos e gestos usados na Celebração do Batismo?
2. Em que nos comprometemos a crer com a “reza” do Creio?

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

OLIVEIRA, Raul Motta de Oliveira. O Batismo: Preparação e celebração do sacramento do


Batismo nas comunidades eclesiais de base. Caratinga: Gráfica Dom Carloto, 1976.

PADRES AGOSTINIANOS. Temas de preparação ao Batismo. São Paulo: Comunidade Santo


Agostinho, 2007.

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